Trabalhadores e a juventude saem às ruas contra o plano de austeridade do governo e gritam: ‘Fora Daqui, a fome, a miséria e o FMI’
Portugal parou nesse dia 24 de novembro em uma forte greve geral contra os cortes e o plano de austeridade imposto pelo governo, sob orientação da chamada ‘troika’ (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e o FMI). A greve, convocada pelas centrais CGTP e UGT, atingiu tanto o setor público quanto o privado, afetando principalmente os transportes, educação e saúde.
No transporte público, além dos ônibus, as estações ferroviárias ficaram paradas. Os aeroportos também foram paralisados, com a suspensão de 121 vôos só da empresa TAP. Nos colégios, calcula-se que o nível de paralisação tenha atingido os 85%. Foi também a maior greve no ensino superior dos últimos anos. Grande parte dos hospitais, um dos maiores afetados pelos cortes no Orçamento, permaneceu todo o dia de portas fechadas.
Ao todo, estavam marcadas 30 manifestações no país no decorrer desse dia 24. Ao final da tarde, a manifestação das centrais se juntou à dos ‘Indignados’; os dois principais protestos de Lisboa reuniram milhares de pessoas. “A luta continua nas empresas e na rua”, “Desemprego em Portugal, vergonha nacional” e “Fora daqui – a fome, a miséria e o FMI”, foram alguns dos slogans entoados na marcha.
Houve repressão da polícia em frente ao Parlamento e sete manifestantes chegaram a ser presos. A polícia investiu ainda contra piquetes de trabalhadores. Manifestações de solidariedade à greve geral foram realizadas na Espanha e na Grécia.
Essa foi a segunda greve geral no país em um ano. A primeira aconteceu há exatos 12 meses, no dia 24 de novembro de 2010, contra o então governo Sócrates, do Partido Socialista. Agora, o governo Pedro Passos Coelho, do PSD (Partido Social Democrata), de direita, segue implementando a mesma política de cortes e austeridade.
Crise e ataques
Assim como o elo mais fraco de uma Europa convulsionada, como Grécia e Espanha, Portugal vive uma grave crise social. O pequeno país de 10 milhões de habitantes conta já com quase 1 milhão de trabalhadores desempregados. A isso se soma os ataques do governo. Além dos cortes no orçamento da educação pública, aumento nos impostos e nas taxas públicas, como transporte e eletricidade, o governo determinou o fim do 13º salário e do subsídio de férias. O governo ainda quer aumentar em 30 minutos a jornada de trabalho diária do setor privado.
Segundo o próprio governo, esse conjunto de medidas de austeridade deve agravar ainda mais a crise em 2012, provocando uma redução de 3% no PIB, com o desemprego ultrapassando os 13%. E que só tende a piorar. No mesmo dia em que ocorria a greve geral, a agência de classificação de risco Fitch anunciava o rebaixamento da nota de Portugal, apontando novo rebaixamento e pressionando o governo a recrudescer os ataques e os cortes.
Assim como na Grécia, o futuro dos trabalhadores, da juventude e da maioria da população portuguesa será decidida nas ruas.
LIT-QI: Lutar sem trégua contra os governos dos banqueiros e a Troika
Retirado do Site do PSTU
Greve paralisou grande parte dos serviços públicos |
No transporte público, além dos ônibus, as estações ferroviárias ficaram paradas. Os aeroportos também foram paralisados, com a suspensão de 121 vôos só da empresa TAP. Nos colégios, calcula-se que o nível de paralisação tenha atingido os 85%. Foi também a maior greve no ensino superior dos últimos anos. Grande parte dos hospitais, um dos maiores afetados pelos cortes no Orçamento, permaneceu todo o dia de portas fechadas.
Ao todo, estavam marcadas 30 manifestações no país no decorrer desse dia 24. Ao final da tarde, a manifestação das centrais se juntou à dos ‘Indignados’; os dois principais protestos de Lisboa reuniram milhares de pessoas. “A luta continua nas empresas e na rua”, “Desemprego em Portugal, vergonha nacional” e “Fora daqui – a fome, a miséria e o FMI”, foram alguns dos slogans entoados na marcha.
Houve repressão da polícia em frente ao Parlamento e sete manifestantes chegaram a ser presos. A polícia investiu ainda contra piquetes de trabalhadores. Manifestações de solidariedade à greve geral foram realizadas na Espanha e na Grécia.
Essa foi a segunda greve geral no país em um ano. A primeira aconteceu há exatos 12 meses, no dia 24 de novembro de 2010, contra o então governo Sócrates, do Partido Socialista. Agora, o governo Pedro Passos Coelho, do PSD (Partido Social Democrata), de direita, segue implementando a mesma política de cortes e austeridade.
Crise e ataques
Assim como o elo mais fraco de uma Europa convulsionada, como Grécia e Espanha, Portugal vive uma grave crise social. O pequeno país de 10 milhões de habitantes conta já com quase 1 milhão de trabalhadores desempregados. A isso se soma os ataques do governo. Além dos cortes no orçamento da educação pública, aumento nos impostos e nas taxas públicas, como transporte e eletricidade, o governo determinou o fim do 13º salário e do subsídio de férias. O governo ainda quer aumentar em 30 minutos a jornada de trabalho diária do setor privado.
Segundo o próprio governo, esse conjunto de medidas de austeridade deve agravar ainda mais a crise em 2012, provocando uma redução de 3% no PIB, com o desemprego ultrapassando os 13%. E que só tende a piorar. No mesmo dia em que ocorria a greve geral, a agência de classificação de risco Fitch anunciava o rebaixamento da nota de Portugal, apontando novo rebaixamento e pressionando o governo a recrudescer os ataques e os cortes.
Assim como na Grécia, o futuro dos trabalhadores, da juventude e da maioria da população portuguesa será decidida nas ruas.
Retirado do Site do PSTU
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