A greve nacional dos bancários segue crescendo e, nesta quinta-feira, já paralisou 6.944 agências nos 26 estados e no Distrito Federal, o que representa um aumento de 118 unidades em relação ao dia anterior conforme dados da Contraf
Nas negociações de quinta-feira, 1º de outubro, o tema discutido durante todo o dia foi a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta da Fenaban representa uma PLR bem menor que a do ano passado com o teto, passando de 15% para 4%. Uma perda que, em alguns casos, chega a superar um salário. Não houve debate sobre os índices de reposição das perdas salariais.
Hoje será retomada a mesa única, a partir das 11h, em São Paulo.
Caixa Econômica Federal
A enrolação continua na Caixa. Na negociação de ontem, a empresa se resumiu a reafirmar que seguirão a Fenaban nas cláusulas econômicas. Isso contraria a expectativa dos funcionários em negociar diretamente com o governo sobre a reposição das perdas que, na Caixa, somam mais de 90%.
Foi debatida também a criação de comitês de ética regionais para tratar do assédio moral. Ao todo serão cinco no Brasil, a ser criado no âmbito das Superintendências de Atendimento. O problema é que, com o fim da terceirização da retaguarda sem contratação de novos funcionários, o volume de trabalho aumentou. Junte-se a isso o programa “Minha casa, minha vida” e veremos que a pressão só tende a se agravar.
A Caixa reafirmou a constituição dos comitês de acompanhamento de credenciamento e descredenciamento da rede Saúde Caixa. Serão criados comitês em cada Gipes. O banco também aceitou discutir com os trabalhadores o modelo de custeio do plano de saúde.
Sobre a Cipa, a Caixa concorda em realizar eleições para a escolha de todos os cipeiros eleitos pelos trabalhadores, em lugar de apenas a metade como é feito hoje.
Com a greve mais forte dos últimos anos, os empregados da CEF não aceitarão retornar ao trabalho sem que sejam garantidas conquistas nas suas reivindicações específicas como reposição das Perdas, mais contratações, isonomia e PCC digno.
Quadro nacional de mobilização
Em Bauru (SP), mais de cem pessoas presentes na assembleia deliberaram que a greve continua por tempo indeterminado. A paralisação avançou ainda mais em cidades menores que, somando-se com 35 agências fechadas em Bauru, ultrapassa 80 locais parados na base do sindicato. No dia de ontem, chegou o primeiro interdito proibitório, no HSBC. Nova assembleia hoje às 18h.
Em Fortaleza, assembleia com 380 participantes reiterou a continuidade da greve por unanimidade. O movimento segue forte em todo o estado do Ceará.
“Aqui no Piauí, a participação na assembleia melhorou. Mais de cem pessoas vieram, fruto do nosso trabalho de telefonar para os colegas alertando para a possibilidade de as direções dos bancos mobilizarem os gestores, caso saísse uma proposta, qualquer que fosse só mesmo para encerrar a greve”, afirma Solimar, da Oposição Bancária. “Na minha inscrição, alertei para a possibilidade do acordo de dois anos”, completa.
Nesses oito dias da greve nacional dos bancários, na base do Sindicato dos Bancários da Bahia, estão fechadas mais de 380 agências, englobando Salvador e o interior.
No Rio Grande do Norte, diante da falta de respeito dos banqueiros, que suspenderam as negociações no final da tarde de ontem sem apresentar nenhuma proposta de reajuste nem de melhora de PLR, a assembleia geral dos bancários decidiu, por aclamação, continuar a greve por tempo indeterminado. A categoria volta a se reunir hoje, a partir das 18h30, no auditório do Sinte. Isso porque nesta sexta-feira, às 11h, a Fenaban marcou uma nova rodada de negociação com os bancários.
A greve segue com força e cresceu tanto no BB (principalmente no interior) quanto nos bancos privados. “Recebemos no dia de hoje mais um interdito proibitório, dessa vez do HSBC, e por isso, iremos garantir a greve no ABN Real e no Santander Banespa, que ainda não possuem liminares”, afirma Juary Chagas, diretor do sindicato.
Durante a assembleia, o coordenador-geral do sindicato, Liceu Carvalho, informando os bancários sobre o Interdito Proibitório declarou que “esta é a terceira decisão da Justiça local a favor dos banqueiros, o que prova de que lado está o Judiciário”. O Sindicato reforçou o convite a todos os bancários para intensificar a greve nos piquetes e pressionar os patrões.
Passeata dos bancários mostrou força da greve no Maranhão, realizada na manhã do dia 1º de outubro, pelo centro de São Luís, organizada pelo Sindicato dos Bancários. A passeata terminou na agência do Bradesco da avenida Magalhães de Almeida, a entidade deu continuidade às ações que estão sendo desenvolvidas durante a greve. No final do dia, assembleia decidiu, por unanimidade, a continuidade da greve.
Em São Paulo, o movimento segue forte. “Temos que preparar a base contra manobras que o sindicato posse fazer. Na assembleia de ontem a diretoria da entidade apenas permitiu que a Oposição falasse após a votação da continuidade da greve. Isso demonstra que tentam esvaziar o debate que não contribui para o fortalecimento do movimento”, disse Wilson Ribeiro, empregado da Caixa e membro do MNOB.
“A intensificação da convocação dos bancários para as assembléias e piquetes, para que a categoria tome a campanha em suas mãos, é o que determinará que continuemos a greve fortalecendo a luta pelas reivindicações gerais e específicas nos bancos públicos”, completa.
No Rio de Janeiro, o quadro da greve segue com ampla adesão. “O fim da trava de dois anos e da lateralidade, o PCS, a reposição das perdas, a valorização do piso, isonomia e anuênio para todos são pontos centrais desta campanha e não vamos encerrar o movimento sem eles”, declara Vânia Gobetti, funcionária do BB e ativista da Oposição Bancária.
Retirado do Site do PSTU
Nas negociações de quinta-feira, 1º de outubro, o tema discutido durante todo o dia foi a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta da Fenaban representa uma PLR bem menor que a do ano passado com o teto, passando de 15% para 4%. Uma perda que, em alguns casos, chega a superar um salário. Não houve debate sobre os índices de reposição das perdas salariais.
Hoje será retomada a mesa única, a partir das 11h, em São Paulo.
Caixa Econômica Federal
A enrolação continua na Caixa. Na negociação de ontem, a empresa se resumiu a reafirmar que seguirão a Fenaban nas cláusulas econômicas. Isso contraria a expectativa dos funcionários em negociar diretamente com o governo sobre a reposição das perdas que, na Caixa, somam mais de 90%.
Foi debatida também a criação de comitês de ética regionais para tratar do assédio moral. Ao todo serão cinco no Brasil, a ser criado no âmbito das Superintendências de Atendimento. O problema é que, com o fim da terceirização da retaguarda sem contratação de novos funcionários, o volume de trabalho aumentou. Junte-se a isso o programa “Minha casa, minha vida” e veremos que a pressão só tende a se agravar.
A Caixa reafirmou a constituição dos comitês de acompanhamento de credenciamento e descredenciamento da rede Saúde Caixa. Serão criados comitês em cada Gipes. O banco também aceitou discutir com os trabalhadores o modelo de custeio do plano de saúde.
Sobre a Cipa, a Caixa concorda em realizar eleições para a escolha de todos os cipeiros eleitos pelos trabalhadores, em lugar de apenas a metade como é feito hoje.
Com a greve mais forte dos últimos anos, os empregados da CEF não aceitarão retornar ao trabalho sem que sejam garantidas conquistas nas suas reivindicações específicas como reposição das Perdas, mais contratações, isonomia e PCC digno.
Quadro nacional de mobilização
Em Bauru (SP), mais de cem pessoas presentes na assembleia deliberaram que a greve continua por tempo indeterminado. A paralisação avançou ainda mais em cidades menores que, somando-se com 35 agências fechadas em Bauru, ultrapassa 80 locais parados na base do sindicato. No dia de ontem, chegou o primeiro interdito proibitório, no HSBC. Nova assembleia hoje às 18h.
Em Fortaleza, assembleia com 380 participantes reiterou a continuidade da greve por unanimidade. O movimento segue forte em todo o estado do Ceará.
“Aqui no Piauí, a participação na assembleia melhorou. Mais de cem pessoas vieram, fruto do nosso trabalho de telefonar para os colegas alertando para a possibilidade de as direções dos bancos mobilizarem os gestores, caso saísse uma proposta, qualquer que fosse só mesmo para encerrar a greve”, afirma Solimar, da Oposição Bancária. “Na minha inscrição, alertei para a possibilidade do acordo de dois anos”, completa.
Nesses oito dias da greve nacional dos bancários, na base do Sindicato dos Bancários da Bahia, estão fechadas mais de 380 agências, englobando Salvador e o interior.
No Rio Grande do Norte, diante da falta de respeito dos banqueiros, que suspenderam as negociações no final da tarde de ontem sem apresentar nenhuma proposta de reajuste nem de melhora de PLR, a assembleia geral dos bancários decidiu, por aclamação, continuar a greve por tempo indeterminado. A categoria volta a se reunir hoje, a partir das 18h30, no auditório do Sinte. Isso porque nesta sexta-feira, às 11h, a Fenaban marcou uma nova rodada de negociação com os bancários.
A greve segue com força e cresceu tanto no BB (principalmente no interior) quanto nos bancos privados. “Recebemos no dia de hoje mais um interdito proibitório, dessa vez do HSBC, e por isso, iremos garantir a greve no ABN Real e no Santander Banespa, que ainda não possuem liminares”, afirma Juary Chagas, diretor do sindicato.
Durante a assembleia, o coordenador-geral do sindicato, Liceu Carvalho, informando os bancários sobre o Interdito Proibitório declarou que “esta é a terceira decisão da Justiça local a favor dos banqueiros, o que prova de que lado está o Judiciário”. O Sindicato reforçou o convite a todos os bancários para intensificar a greve nos piquetes e pressionar os patrões.
Passeata dos bancários mostrou força da greve no Maranhão, realizada na manhã do dia 1º de outubro, pelo centro de São Luís, organizada pelo Sindicato dos Bancários. A passeata terminou na agência do Bradesco da avenida Magalhães de Almeida, a entidade deu continuidade às ações que estão sendo desenvolvidas durante a greve. No final do dia, assembleia decidiu, por unanimidade, a continuidade da greve.
Em São Paulo, o movimento segue forte. “Temos que preparar a base contra manobras que o sindicato posse fazer. Na assembleia de ontem a diretoria da entidade apenas permitiu que a Oposição falasse após a votação da continuidade da greve. Isso demonstra que tentam esvaziar o debate que não contribui para o fortalecimento do movimento”, disse Wilson Ribeiro, empregado da Caixa e membro do MNOB.
“A intensificação da convocação dos bancários para as assembléias e piquetes, para que a categoria tome a campanha em suas mãos, é o que determinará que continuemos a greve fortalecendo a luta pelas reivindicações gerais e específicas nos bancos públicos”, completa.
No Rio de Janeiro, o quadro da greve segue com ampla adesão. “O fim da trava de dois anos e da lateralidade, o PCS, a reposição das perdas, a valorização do piso, isonomia e anuênio para todos são pontos centrais desta campanha e não vamos encerrar o movimento sem eles”, declara Vânia Gobetti, funcionária do BB e ativista da Oposição Bancária.
Retirado do Site do PSTU