sábado, 10 de setembro de 2011

Banqueiros lucram como nunca e categoria vai à luta por direitos

A palavra de ordem “O lucro do banco cresceu agora eu quero o meu”, sintetiza a política do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligado à CSP-Conlutas, na campanha salarial 2011 cuja data base é 1° de setembro.

Nesta campanha os bancários enfrentam o arrocho salarial, o crescimento inflacionário, o ritmo alucinante da jornada de trabalho, o endividamento, reflexos diretos da política econômica do governo, que privilegia o setor financeiro e ataca os trabalhadores e a maioria do povo.

Dilma e os banqueiros ameaçam a categoria com a crise internacional para tentar impor o arrocho salarial e anunciando também que as estatais não deverão conceder “aumento real”. Mas não existe crise hoje no Brasil, com os bancos (incluindo os públicos) tendo lucros altíssimos. É fato que a categoria está atenta ao desenrolar da crise econômica mundial, mas não vão abrir mão de salários e mais direitos.

O sistema financeiro obteve 500% de lucratividade nos dois mandatos de Lula (de R$ 34 bilhões, nos dois governos de FHC, para R$ 170 bilhões nos de Lula) enquanto a categoria obteve 56% de reajuste. Os bancários percebem a realidade de crescimento econômico e dos altíssimos lucros dos bancos e tem feito fortes movimentos grevistas nos últimos anos.

Neste 1° semestre, todos os bancos continuam a bater recordes. O Bradesco anunciou R$ 5,4 bilhões de lucro superando em 21,7% do mesmo período do ano passado. O Banco do Brasil, R$6,2 bilhões, a Caixa Econômica Federal R$1,7 bilhões, o Itaú Unibanco R$ 7,1 bilhões e o Santander R$ 4,1 bilhões (25% do seu lucro mundial). E esta tendência se mantém. O crédito bancário subiu para R$ 1,85 trilhão, diz o Banco Central, com um volume total atingindo 47,3% do PIB. Estes dados se contrastam com as perdas de 98,62% na Caixa Econômica Federal, 86,68% no Banco do Brasil e 26% nos privados e um piso de R$ 1.140,00 nos privados e R$1.600,00 nos públicos.


Reivindicações

Os salários precisam ser valorizados com a reposição das perdas, piso do Dieese e PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 25% dos lucros linear para todos.

Outro aspecto da campanha é o combate ao assédio moral. O ritmo e a pressão por metas são generalizados, tornando os problemas psíquicos juntamente com a LER-DORT, as principais doenças profissionais na categoria.

As pautas específicas também serão parte fundamental da campanha: a luta por 6 horas e o PCS (Plano de Cargos e Salários) no Banco do Brasil, a isonomia de direitos na Caixa Econômica Federal e a estabilidade nos bancos privados que vêem seus empregados sumirem por conta das fusões e dos cortes administrativos.


Contra o governismo

Infelizmente, a postura do Planalto Central não deve mudar o apoio irrestrito da Confederação dos Bancários –Contraf-CUT, ao governo. Ao rebaixar a reivindicação em 12% de reposição (inflação e “aumento real”) e não ter mobilizado a categoria até agora sinalizam que vão buscar saídas com proposta rebaixada e algum “avanço” que não implique em grandes custos para os bancos e o governo.

Por isso, a intervenção do MNOB, é lutar contra a política dos sindicalistas governistas que querem convencer os trabalhadores a rebaixar suas expectativas. Vamos exigir destas direções que rompam com o governo Dilma e lutem contra os patrões e o governo em defesa das reivindicações dos trabalhadores.


Calendário de mobilização

Definidas as rodadas de negociações (30 e 31/08 – emprego e reivindicações sociais; 5 e 6/09 – saúde e condições de trabalho e 13/09 – remuneração), o MNOB está defendendo o seguinte calendário de mobilização da campanha:

  • Manifestações nos locais de trabalho nos dias de negociações;

  • Reuniões nos locais de trabalho durante as próximas semanas;

  • 13/09 – Dia de luta;

  • 14/09 – Assembléia (onde os sindicatos não convocarem o MNOB realizará plenárias);

  • 15/09 – Paralisações e/ou greve de 24 horas;

  • 20/09 – Assembléias de deflagração de greve;

  • 21/09 – Data indicativa de greve.


  • Retirado do Site do PSTU

    Inglaterra e Kadafi: ligações perigosas

    Documentos mostram que regime de Kadafi recebeu opositores diretamente das mãos da CIA e do M-16; em uma troca intensa de favores. Leia artigo, direto de Liverpool, Inglaterra.


    Blair com KadafiA grande vitória do povo líbio contra a ditadura de Kadafi está ajudando a classe trabalhadora de outros países a conhecerem melhor seus próprios governos. Aqui na Inglaterra, Tony Blair, do Partido Trabalhista que, quando foi primeiro ministro de 1997 a 2007, costumava fazer discursos defendendo a democracia e os direitos humanos, acaba de ser desmascarado por uma revelação bombástica: sua relação secreta com o ditador líbio Muhamar Kadafi. Que os governos burgueses e imperialistas mantêm relações com ditadores, não é novidade. Mas que essa relação envolveu uma cooperação estreita para violar os direitos humanos do povo líbio e massacrar a oposição contra um governo que se dizia anti-imperialista já ultrapassa todos os limites.

    Esta semana um importante jornal inglês, The Independent (4/9), fez revelações surpreendentes sobre essa relação entre a Inglaterra e Kadafi, revelações estas que derrubam por terra qualquer argumento dos apoiadores de Kadafi no seio daquelas correntes de esquerda que tentam mostrá-lo como anti-imperialista. O jornal divulgou documentos encontrados pela Organização de Direitos Humanos da ONU encontrados no escritório de Moussa Koussa, então chefe de espionagem de Kadafi em Trípoli, que comprovam que a Inglaterra, por meio do M16 (serviço secreto), e os EUA, por meio da CIA, atuavam em parceria com Kadafi para reprimir a oposição ao regime do ditador líbio.

    Entre outras revelações, os documentos mostram que a Inglaterra, durante o governo Blair, ajudou a capturar um dos líderes da oposição ao regime de Kadafi antes de ele ser enviado de volta à Líbia, onde foi brutalmente torturado.


    Uma mão lava a outra

    “O envolvimento de Londres na captura de Abdel-Hakim Belhaj, comandante militar das forças rebeldes em Tripoli, é revelado numa carta escrita por um oficial do MI6. Nela, ele lembra Koussa de que foi o serviço de inteligência da Inglaterra que liderou a captura de Mr Belhaj quando era o líder do Libyan Islamic Fighting Group, antes de ele ser entregue ao governo líbio”, diz o jornal. A “confissão de culpa” de Belhaj teria sido obtida por meio de "progressiva técnica de interrogatório". Belhaj revelou na época que ele havia sido torturado durante o interrogatório. O oficial da M16 escreveu: "Isso foi o mínimo que nós poderíamos fazer por vocês e pela Libia para demonstrar a estreita relação que nós construímos durante os anos recentes”.

    Tão próxima era a relação entre os dois governos que várias agências de inteligência européias usaram os serviços do MI6 para também capturar seus próprios líbios suspeitos de ‘terrorismo’. Os serviços secretos sueco, italiano e alemão contaram com a ajuda da agência inglesa e sua ligação com Trípoli para essas ações. Um indício da fraternal relação entre a inteligência britânica e seus parceiros líbios são as cartas trocadas entre Londres e Trípoli, todas encabeçadas pelas frases "Saudações do MI6" e "Saudações do SIS".

    Embora os documentos revelem dados da época em que Tony Blair estava no governo, há indícios de que existam também relações entre a Inglaterra e alguns membros do novo governo líbio, o Transitional National Council (TNC).

    Os documentos revelam também que as agências de segurança britânicas davam detalhes sobre a vida dos opositores de Kadafi no exílio, incluindo números de telefone. Entre os “espionados” estava Ismail Kamoka, liberado pela justiça britânica em 2004 por não ter sido considerado uma ameaça à segurança nacional da Inglaterra.


    Kadafi anti-imperialista?

    Aqui na Inglaterra muitos lutadores de esquerda e outros grupos que se reivindicam “marxistas” desataram uma verdadeira enxurrada de críticas ao povo líbio por ter derrubado, “com a ajuda do imperialismo”, o “anti-imperialista” Kadafi. Fazem coro com Hugo Chávez e Fidel Castro, dizendo que o imperialismo queria derrubar Kadafi para se apossar do petróleo e controlar a Líbia e, portanto, haveria que defendê-lo contra essa agressão.

    No entanto, esses documentos agora revelados demonstram o tipo de “anti-imperialismo” que Gadaffi defendia; era um anti-imperialismo de palavra e um pro-imperialismo de política. A colaboração estreita entre seu regime e os governos imperialistas ficou mais uma vez confirmada pela revelação documentada de que os serviços de inteligência imperialistas faziam o papel sujo, fora da Líbia, de identificar, espionar e prender os lutadores de oposição a Kadafi, e depois, os entregava de volta ao ditador para que ele os torturasse em suas prisões sinistras. Se faltava alguma prova, agora não falta nada.

    É o caso de se perguntar: se Kadafi fosse realmente anti-imperialista, como entender o porquê dessa colaboração que vem desde 2002, quando a CIA e o M16 começaram um engajamento ativo com os agentes de inteligência líbios para sufocar os focos de oposição dentro do país?


    Os fatos são os fatos

    Os que hoje defendem Kadafi dizem que ele foi vítima de uma agressão imperialista e por isso, é obrigação dos revolucionários defendê-lo. No entanto, os fatos demonstram o contrário. Não houve qualquer agressão imperialista contra Gadaffi, porque o imperialismo o defendia e tinha um acordo com ele para juntos reprimirem a oposição, como demonstram agora os documentos encontrados. Os protestos que acabaram por derrubar essa ditadura que já durava 42 anos começaram a ficar mais fortes a partir de fevereiro de 2011. A prisão de um ativista pelos direitos humanos em Benghazi, no dia 15, foi a gota d’agua que deu início a uma onda de protestos por todo o país, incendiando uma população já cansada e prestes a explodir. A reação violenta de Gadaffi contra os manifestantes, usando armas e tropas treinadas pela Inglaterra e armamento antigo comprado da URSS e de outros países, inclusive do Brasil, e também armas químicas, espalhou os protestos, animados pela revolução no Egito e Tunísia. O que empurrou o povo líbio à revolução foi o próprio governo, uma ditadura sanguinária, que fechava a porta a todo movimento de oposição, que vinha entregando o petróleo ao imperialismo sem que isso se revertesse em benefícios para a população, submersa em péssimas condições de vida.

    Os fatos são categóricos. A intervenção imperialista veio depois que os protestos já haviam se espalhado e os rebeldes ameaçavam ocupar os poços de petróleo. Apesar de toda a repressão, Kadafi não conseguiu controlar uma insurreição que crescia cada vez mais, fazendo assim com que as potências imperialistas interviessem no sentido de deter o movimento de massas e garantir a continuidade capitalista na Líbia, por meio de um governo burguês encabeçado pelo TNC.

    Outra acusação contra os rebeldes é que eles não são lutadores honestos, revolucionários que dão a vida para derrubar a ditadura na Líbia. Seriam, na verdade, agentes imperialistas infiltrados no meio do povo, armados pelas grandes potências para derrubar Kadafi e assim abrir o caminho para o controle imperialista do país. A intervenção imperialista na Líbia como tentativa de controlar a insurreição das massas realmente dá margem a esse tipo de interpretação, porque torna todo o processo altamente contraditório.

    Mas essa é uma interpretação fácil porque é mecânica. O imperialismo, em muitas ocasiões, usou desse expediente, de armar mercenários para atingir seus fins. Na Líbia é possível que isso também tenha ocorrido, mas se analisamos os fatos friamente, fica claro que se isso ocorreu não foi o determinante. A maioria dos rebeldes não conforma um exército regular, como haveria de se prever caso fosse preparado pelo imperialismo. Ao invés de capacetes, botas, uniforme com proteção anti-bombas, o que se vê são pessoas sem qualquer tipo de proteção na cabeça, sem sapatos ou com chinelos nos pés, e roupas puídas. Nada parecido a soldados ou mercenários de um exército imperialista! Quanto ao armamento, em geral são armas arrancadas da própria ditadura, graças a que os rebeldes conseguiram invadir muitos dos depósitos de armas de Kadafi para se apossar de fuzis e metralhadoras.

    No entanto, todas essas acusações contra os rebeldes não têm sustentação alguma na realidade. Se fossem agentes do imperialismo, seria difícil acreditar em sua capacidade de contaminar todo um país. Caso Kadafi se tratasse de um governo democrático e não uma sanguinária ditadura, caso se tratasse de um governo que garantisse boas condições de vida à população, e não um governo corrupto e espoliador, difícil seria acreditar que alguns mercenários conseguiriam levar adiante uma insurreição que envolveu todo o povo com tamanha força, que enfrentou um exército bem mais equipado e levou abaixo esse mesmo governo.

    Quanto a Kadafi sim, há provas irrefutáveis de sua ligação com o imperialismo, de suas tentativas de sufocar as massas a qualquer custo para continuar no poder. Por isso são tão importantes os documentos revelados agora pela Organização de Direitos Humanos da ONU e divulgados pelo The Independent, mostrando as ligações perigosas entre Kadafi, a Inglaterra e os Estados Unidos para manter a espoliação do povo líbio.

    Os trabalhadores ingleses têm agora mais um motivo para não acreditar nas mentiras do Partido Trabalhista e devem exigir imediatamente uma retratação pública dos dirigentes desse partido, que devem ser punidos por terem colaborado com a prisão, tortura e morte de muitos ativistas líbios de oposição. Também têm mais razão para continuar combatendo o governo Conservador de Cameron, que continua bombardeando a Líbia e busca impor sua política através do novo governo do TNC e tem como objetivo desarmar os comitês populares do povo líbio. Os trabalhadores ingleses precisam mostrar agora todo o seu apoio à luta do povo líbio pela liberdade, exigindo do governo inglês a imediata desativação dos serviços secretos do M16 e a abertura total de seus arquivos.


    Retirado do Site do PSTU

    quarta-feira, 7 de setembro de 2011

    Por uma segunda independência

    No dia 7 de setembro, dia da independência, há desfiles militares, declarações dos governos e muitas outras cerimônias solenes. Mas o Brasil é verdadeiramente independente?

    Como falar de uma verdadeira independência se a economia brasileira nunca foi tão dependente? Cerca de 60% das empresas brasileiras estão nas mãos de estrangeiros. As multinacionais controlam os setores de ponta da indústria, como indústria automobilística, alimentos e bebidas, eletroeletrônico, farmacêutico, indústria digital, petroquímica, telecomunicações. Avançaram muito em setores em que antes não existiam ou eram fracas como na construção civil, campo, comércio varejista e bancos.

    Como falar de independência se metade de tudo o que o país arrecada em impostos e taxas é entregue aos bancos nacionais e estrangeiros? O governo Dilma está entregando neste ano R$ 954 bilhões de reais (49,15% do orçamento federal) aos bancos como pagamento da dívida pública. No orçamento previsto para 2012, já se prevê pagar R$ 1,02 trilhão (47,9%) do orçamento. Para que se tenha uma idéia, o pagamento de todos os salários do funcionalismo corresponde a apenas 9,59% desse orçamento.

    É como se um trabalhador fosse obrigado a entregar metade de tudo o que ganha todos os meses a um banco. Toda a vida desse trabalhador estaria determinada pelo pagamento dessa dívida. É o que se passa com nosso país. Trabalhamos, mesmo sem saber disso, para enriquecer ainda mais os bancos nacionais e estrangeiros. E são esses bancos que determinam a política econômica do governo. Não é por acaso que o Brasil tem as mais altas taxas de juros de todo o mundo.

    Como falar de independência se tropas brasileiras ocupam militarmente o Haiti. Essa ocupação foi "pedida" por Bush (quando era presidente dos EUA) a Lula. As tropas não cumprem nenhuma função "humanitária", como é divulgado. Desde que começou a ocupação militar não existem notícias de qualquer melhoria na área de saúde, educação ou de saneamento. Na verdade, os soldados ajudam a sustentar um plano econômico a serviço das fábricas norte-americanas têxteis instaladas nesse país, que pagam R$ 110 por mês de salários. As greves são reprimidas pelas tropas de ocupação, dirigidas por soldados brasileiros. Como dizia Lênin, não pode ser livre um país que oprime outro país. As tropas brasileiras oprimem o povo haitiano a serviço da exploração norte-americana.

    Não se pode comemorar o 7 de setembro como a "independência do país". O que se deve fazer é chamar os trabalhadores e a juventude a lutar por uma segunda e verdadeira independência, a libertação do país do domínio imperialista.

  • Veja a programação do 17º Grito dos Excluídos em todo o país


  • Retirado do Site do PSTU

    UFRN: Categoria apóia e ocupação da Reitoria continua por tempo indeterminado


    Na manhã desta terça-feira, a já tradicional assembleia realizada na reitoria foi marcada por uma novidade, desde as primeiras horas desta segunda-feira (05)  os técnico-administrativos em greve  da UFRN, seguindo orientação do comando nacional de greve (CNG-FASUBRA),  montaram  acampamento e ocupam a reitoria da universidade.

    Por isso, para dar apoio aos companheiros que mantêm a ocupação, a assembleia foi realizada em frente ao acampamento, que está localizado na ante-sala do gabinete da reitora. Mais de 300 técnico-administrativos participaram desta assembleia, e várias entidades marcaram presença para dar apoio à atividade. Entre as entidades presentes estavam os estudantes da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes- LIVRE!), que declararam apoio a atividade radicalizada, e irão integrar  o acampamento.

    Participaram também membros do Sindicato dos Bancários e o representante da Intersindical, Santino Arruda. Após a assembleia, além dos estudantes, mais técnico-administrativos se integraram ao acampamento.

    A assembleia de hoje também marcou o 3° mês da greve e ao chegar aos 90 dias de paralisação o governo continua recusando-se a apresentar proposta para a categoria, contudo isso parece não abalar os técnico-administrativos, que demonstraram, através das falas na assembleia, a intenção de radicalizar cada vez mais o movimento paredista.

    Nos encaminhamentos, a categoria aprovou a continuidade da ocupação na reitoria, que se mantêm por tempo indeterminado. Além disso, por entender que o momento é de radicalização da greve nos estados, os técnico-administrativos não aprovaram participação na caravana à Brasília que ocorre no próximo dia 23/09. Por fim foi aprovado, por unanimidade, a manutenção da greve na UFRN por tempo indeterminado.


    Veja mais imagens da assembleia e do segundo dia de ocupação da reitoria 


    Retirado do Site do SINTEST/RN

    Privatização dos Correios: você concorda com isso?

    Os trabalhadores que apóiam Dilma estão de acordo com a privatização dos Correios?


    Você é um trabalhador que apóia o governo. Sabe que uma das diferenças marcadas pelas campanhas eleitorais de Lula contra Alckmin em 2006 e Dilma contra Serra em 2010 foi a questão das privatizações. O PT atacou as privatizações de FHC e alertou para a possibilidade de que, caso Serra ganhasse, as estatais que restam poderiam ser privatizadas.

    Capa

    Mas você sabia que a presidente Dilma, junto com o PT e o PCdoB, está nesse momento privatizando os Correios? A transformação da estatal em Correios S.A. já foi votada na Câmara e no Senado, bastando a assinatura de Dilma para se transforme em lei.

    Você acha correto Dilma privatizar uma das estatais mais importantes? O governo não pode defender essa medida nem sequer com uma das desculpas usadas pelo governo FHC. O PSDB dizia que o dinheiro ganho com as privatizações seria revertido em saúde e educação, o que se comprovou uma mentira completa. A situação da saúde e educação vem piorando a cada dia, e o dinheiro acabou nos bolsos corruptos dos políticos do PSDB.

    Diziam ainda que a administração da iniciativa privada é mais “competente” que a estatal. Depois da grave crise do capitalismo iniciada em 2008 fica difícil sustentar essa besteira. Muitas das grandes empresas estão ameaçadas de falência. Mesmo com toda a burocracia ligada ao capital privado que administra as estatais, pode-se comprovar o dinamismo de uma Petrobras, a eficiência dos Correios. Não é por acaso que os Correios são uma das instituições mais respeitadas do país. Caso seja concretizada a privatização, a qualidade dos serviços vai cair, porque a empresa vai buscar centralmente o lucro, e vai deixar de lado as operações com os setores mais pauperizados.

    Durante a campanha eleitoral, nós do PSTU alertamos que o PT não explicava porque mantinha no governo Lula as privatizações dos governos FHC. Porque Lula não revogou as privatizações fraudulentas da Vale do Rio Doce, da CSN e Embraer? Nós dissemos que Lula tinha acordo com elas e por isso não as revogava. Isso não passava pela cabeça dos defensores do PT.

    E agora? O governo Dilma já tinha privatizado os aeroportos do país. E está privatizando os Correios. É a maior privatização da história dos governos petistas. Vai ficar ao lado das privatizações da Vale, CSN e Embraer como uma das maiores de todos os tempos no país.

    Os trabalhadores dos Correios estão em campanha salarial. Os que defendem a CSP- Conlutas estão juntando a defesa de seu reajuste salarial com a campanha política contra a Correios S.A. Os trabalhadores dos Correios, assim como todos no país, devem se somar à campanha pela exigência de que Dilma vete essa privatização.


    Retirado do Site do PSTU

    terça-feira, 6 de setembro de 2011

    Cerca de 10 mil operários marcham no primeiro dia de greve da construção civil de Belém (PA)

    Trabalhadores enfrentam repressão policial em canteiros de obras do governo


    Começou forte o primeiro dia de greve dos trabalhadores da construção civil de Belém (PA) nesse dia 5 de setembro. A paralisação havia sido deliberada na assembleia realizada no último dia 25 e que reuniu 2 mil operários, e ratificada no dia 1º, prazo dado à patronal. “Nossa greve começou muito forte, os trabalhadores estão indignados com os baixos salários e as condições de serviço e estão demonstrando muita disposição de luta”, afirma Cleber Rabelo, dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém (PA). Após paralisarem os canteiros, cerca de 10 mil trabalhadores marcharam pelas principais ruas da cidade.


    “Saímos dos canteiros e fomos até o sindicato e de lá seguimos em passeata pela Almirante Barroso até o Entroncamento, e tomamos conta da Praça do Monumento da Cabanagem”, informa Cleber. Lá os operários realizaram assembleia para definir os rumos do movimento. O dirigente denuncia ainda que o governo deslocou todo o aparato repressivo para acompanhar as mobilizações. Além da Tropa de Choque e do COE (Comando de Operações Especiais), várias viaturas do Comando Tático e até caminhões da Cavalaria acompanharam os operários.

    Em algumas obras do governo, como a da Santa Casa, a polícia reprimiu com bombas de gás e spray pimenta. Dois operários também acabaram detidos. “Os trabalhadores questionaram essa atitude vergonhosa do governo, porque aqui não tem bandidos, somos todos pais e mães de família lutando por um salário justo”, indigna-se Cleber.


    Reivindicações

    No início das negociações da campanha salarial, a patronal ofereceu apenas o equivalente a 1% de reajuste real, uma provocação que indignou os operários. Após várias mobilizações e pressão, o Sinduscon-PA, sindicato patronal, acenou com reajuste real de 3%, ainda bem abaixo dos lucros do setor no último período e das necessidades dos operários. A reivindicação dos trabalhadores é de salário de R$ 680 aos serventes, R$ 770 aos meio-oficiais, R$ 1000 para os profissionais; além de cesta básica de R$ 150, plano de saúde, qualificação e 10% de vagas para as mulheres. A incorporação das reivindicações das mulheres e a participação feminina estão sendo destaque nessa campanha.

    Além da pauta salarial, Cleber destaca ainda o conjunto de reivindicações políticas que estão sendo levantadas nas mobilizações. “Nossa luta também é contra a corrupção que impera nesse estado, exigindo a prisão dos corruptos, contra a divisão do Pará e contra a usina de Belo Monte”, afirma.

    Uma negociação no Tribunal Regional do Trabalho estava marcada para as 16h desse dia 5, mas a patronal, além de se manter intransigente, não havia confirmado presença.


    Retirado do Site do PSTU

    SINTEST/RN ocupa Reitoria da UFRN por tempo indeterminado


    Ações como esta acontecem em várias universidades do Brasil desde a semana passada, como UFRGS, UFSM, UFPR, UFAL, UFF e outras (inclusive algumas estaduais). Em algumas destas, as ocupações são conjuntas com apoio em massa de estudantes que lutam por pelo menos 10% do PIB para educação.

    Na UFRN, a ocupação iniciou nas primeiras horas da manhã de hoje e não tem hora para acabar.

    Os técnicos das universidades de todo o Brasil intensificam as ações da greve  (que já dura mais de três meses) com o objetivo de pressionar o governo a negociar efetivamente a pauta de reivindicações da categoria.  Está prevista para amanhã (06/09) mais uma reunião entre parlamentares,  centrais sindicais (interlocutoras da Fasubra) e o secretário do MPOG, Duvanier Paiva.

    Veja aqui o que aconteceu na última reunião com o Governo!

    Veja as primeiras fotos da ocupação clicando aqui!


    Retirado do Site do SINTEST/RN