sábado, 12 de janeiro de 2013

Calamidade na saúde do Rio Grande do Norte continua! Governo Rosalba é responsável pelo caos!

A calamidade na saúde pública do Rio Grande do Norte continua, mesmo com o término oficial do Estado de Calamidade. Depois de seis meses, a situação dos hospitais estaduais continua colocando em risco a vida de quem necessita de atendimento médico. O caso mais emblemático é do hospital Walfredo Gurgel. O Walfredo é o único hospital do Estado habilitado em todas as especialidades. Os corredores do hospital estão com cerca de 50 pacientes amontoados em macas e os acompanhantes têm que dormir no chão. Há mortes diárias por falta de leitos nas UTI’s. Os trabalhadores do hospital estão em situação permanente de stress, suportando todo tipo de precariedade, de assédio moral e os usuários sofrem cotidianamente com a dor, com as mortes, e com a falta de estrutura.

Mas a situação no Walfredo Gurgel é somente a ponta do estrangulamento da situação da saúde pública no Rio Grande do Norte. A superlotação do hospital demonstra o fato de que estamos em um sistema único de saúde que está sendo sucateado e privatizado. Uma rede de atendimento que está sendo violentamente atacada desde o âmbito municipal, estadual e federal. No município de Natal as Organizações Sociais (OS’s) foram utilizadas para privatizar unidades e só não permaneceram porque o Ministério Público interveio. Nos hospitais estaduais o sistema de cooperativas conspira contra o sistema público e também em nível federal, a entrega dos hospitais universitários como o Onofre Lopes para a EBSERH é claro atentado à saúde pública.

Por isso, a liberação emergencial de R$ 33 milhões pelo Governo Federal não resolverá o problema, pois além de ser insuficiente, o sistema público está sendo desmontado através de todos os mecanismos de privatizações e por todos os governantes.

Em meio à perplexidade nacional com a situação de calamidade na saúde no Estado, a governadora Rosalba, de forma sádica, teve a cara de pau de dizer que “já é possível perceber as melhorias e que o balanço dos 180 dias é positivo”. Em nossa opinião a governadora deveria ser responsabilizada criminalmente pelas mortes que estão ocorrendo por falta de leitos e de atendimento. O governo Rosalba já tem o diagnóstico dos problemas da saúde há dois anos e até agora só aplicou medidas paliativas, além de adotar uma política de privatizações e de ataque aos trabalhadores da saúde.

Na cidade de Natal, assim como em outras capitais do Brasil, o que temos visto é que tem verbas sendo destinadas para as obras da Copa, como a construção de estádios, grandes avenidas, etc. Mas não são os mesmos recursos destinados à construção de hospitais, de aparelhamento das unidades de saúde nos bairros e para a contratação de mais profissionais por concurso público. O último orçamento previsto do município, por exemplo, destina mais de 700 milhões para obras e apenas metade desse valor para a saúde. Ainda assim, desta verba para a saúde, nem tudo é aplicado para a saúde pública, sendo que boa parte vai parar nos bolsos das entidades privadas.

Diante de tanto sofrimento humano gerado pelo caos na saúde pública do Rio Grande do Norte, é ainda mais indignante a situação das mulheres que necessitam das maternidades. Muitas mulheres em trabalho de parto ficam sendo deslocadas de uma maternidade para outra à procura de um leito. Algumas mulheres perderam seus bebês. Tanto o Estado quanto o município não oferecem condições dignas para as mulheres terem seus filhos.

A resposta a esta situação exige dos movimentos sociais e de todas as entidades de trabalhadores do Rio Grande do Norte uma mobilização permanente para lutarmos contra os ataques desferidos à saúde pública pelos governantes. Temos que unificar a população pobre e trabalhadora que está agonizando nas filas com os trabalhadores da saúde que estão esgotados pelas condições insuportáveis de trabalho.

  • Em defesa do SUS! Pela saúde pública 100% estatal e de qualidade!
  • Nenhuma forma de privatização da saúde!
  • Contra a política privatizante do governo de Dilma de entregar os hospitais universitários à EBSERH!
  • 6% do PIB Nacional para a saúde! Aplicação de 25% do orçamento estadual e municipal na saúde! Dinheiro público somente para a saúde pública!
  • Atendimento a todas as reivindicações dos trabalhadores da saúde!
  • Construção de um novo hospital estadual em Natal já! Aparelhamento da rede básica de saúde do município de Natal! Se tem dinheiro para a Copa tem que ter dinheiro para hospitais!
  • Responsabilizar a governadora pelas mortes! Fora Rosalba!


  • Amanda Gurgel, vereadora de Natal pelo PSTU e Dario Barbosa, presidente Estadual do PSTU


    Retirado do Site do PSTU

    quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

    Higienização: Alckmin anuncia internação compulsória de usuários de crack

    Medida também faz parte de ação do governo para atender os bilionários interesses do mercado imobiliário
     

    Polícia agride homem na cracolândia durante Operação Sufoco
    No dia 3 de janeiro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o início da implementação do plano de internação compulsória de dependentes químicos de crack na capital paulista. Longe de ter como objetivo a preservação da saúde dos indivíduos, esta é mais uma medida para acabar, literalmente, com a cracolândia e outras áreas de concentração de usuários.

    Há exatamente um ano, o governo começou uma faxina no centro da cidade com a Operação Centro Legal, que ficou conhecida como Operação Sufoco. A Polícia Militar foi acionada para reprimir os usuários de crack que frequentavam a região e fez isso de maneira ostensiva e truculenta, como já é a marca do governo Alckmin. Cabe lembrar que, na mesma época, houve a invasão violenta do Pinheirinho, em São José dos Campos, e a repressão aos estudantes da USP, evidenciando uma política permanente de criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

    Na época em que começou a Operação Centro Legal, especialistas em saúde pública e entidades denunciaram a violação de direitos humanos. Chegou-se a usar bombas de gás e balas de borracha contra os dependentes químicos. A ação da polícia era apenas para dispersar os usuários e impedi-los de circular. O absurdo foi tamanho que, na época, a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar suspendendo a operação e estabelecendo multa diária de R$ 10 mil para o descumprimento da mesma.

    Um ano depois, a política repressiva não acabou com o tráfico e o consumo de drogas na região. Segundo o Portal do Governo de São Paulo, desde que a operação começou, em 2012, foram feitas “mais de 150 mil abordagens sociais e de saúde, que resultaram na internação voluntária de 1.363 dependentes químicos e mais de 13 mil encaminhamentos para abrigos e albergues”. No entanto, ao se dar uma volta pela Luz, o que se constata é que a situação permanece a mesma ou pior, já que a cracolândia se espalhou para outras regiões da cidade.

    A nova cartada do governo é a internação compulsória. “A ação será realizada em parceria com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), por meio da Comissão Antidrogas. Um plantão será criado no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) para atender casos emergenciais que necessitem de intervenções imediatas”, informa o Portal do Governo. Após uma avaliação médica, caso seja constatada a necessidade e o dependente se recuse a ser encaminhado, um juiz poderá determinar a internação forçada.


    Faxina a serviço da especulação

    A escandalosa operação na cracolândia nada tem a ver com saúde. É tão somente uma forma de retirar os dependentes químicos cuja presença desvaloriza a região central de São Paulo. Tornaram-se marcas do governo do PSDB e de seus aliados, no caso o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), as políticas higienistas e racistas de limpeza da cidade e de fazer manter, à força, o respeito à lei e à ordem. A atual higienização do centro também tem por trás interesses bilionários: o projeto Nova Luz, que prevê a concessão de 529 mil metros quadrados para um grupo imobiliário durante 15 anos.

    Em fevereiro de 2012, Ana Luíza Figueiredo, candidata a prefeita da cidade de São Paulo nas últimas eleições, denunciou em artigo publicado no Portal do PSTU: “Serão desapropriados imóveis e, depois de valorizados, vendidos para a obtenção de vultuosos lucros. Será a primeira desapropriação privada da história do país. E para coroar tudo isso, Kassab vai tentar construir sua aliança com o PT às custas do patrimônio público, cedendo uma área para a instalação do ‘Instituto Lula’. A área se localiza na rua dos Protestantes, dentro do perímetro da concessão urbanística da Nova Luz”.


    Crack: uma epidemia e não um crime

    Estima-se que cerca de 1,2 milhão de brasileiros usem crack. Em geral, o uso se inicia por volta dos 13 anos de idade, entre jovens pobres das periferias, em sua maioria negros e com baixa escolaridade. Os dados são do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A população de rua é a mais afetada, e aqueles que não moram na rua são levados a esta situação com frequência. Os dependentes de crack ficam, assim, vulneráveis a todo tipo de violência e situação de risco. O crack não traz apenas consequências no campo das doenças, mas coloca os dependentes em situação psicossocial degradante.

    Entre as doenças e distúrbios causados pelo crack, estão infecções diversas, pneumonia, abscesso pulmonar, hemorragias, inflamação nos vasos sanguíneos e hipertensão pulmonar. O crack também ocasiona a perda de peso, perda dos dentes e alterações neuropsicológicas como a perda significativa de atenção, memória e linguagem e perdas cognitivas graves.

    Ao contrário do que se pensa, não é o uso do crack diretamente o que mais mata. Um estudo realizado com usuários de São Paulo revelou que 57% dos acompanhados morreram por homicídio. Em segundo lugar, está a morte por Aids, com 26%, e apenas 9% foram vítimas de overdose [1]. Entre as mulheres, existe um círculo vicioso que diz respeito à prostituição. Se por um lado a prostituição é uma forma de sustentar o vício, por outro, é a própria situação de venda do corpo que faz com que elas se lancem à droga para suportar a rotina humilhante.

    Para quem frequenta o centro de São Paulo, não apenas na região da Luz, mas na Sé, Anhangabaú entre outros pontos, o cenário é um retrato da barbárie capitalista. Em alguns locais, parece que se está diante de uma população de zumbis. São seres humanos jogados sem nenhuma perspectiva nas calçadas de uma das maiores cidades do mundo, tratados pelo capitalismo como lixo que precisa ser varrido. Mas a dependência química é uma enfermidade do campo das doenças mentais e é assim que deve ser tratada.


    Saúde, um gasto incômodo

    É desnecessário dizer que a saúde pública no Brasil é um caos. Quando se trata de saúde mental, a situação é ainda mais precária. Se limitarmos ao problema da dependência química, praticamente não existe política adequada. Não existem vagas nem profissionais devidamente qualificados para atender os dependentes no sistema público. Isso se deve a um fator muito simples: o tratamento de um doente mental é, quase sempre, muito caro.

    Em São Paulo, uma solução dada pela prefeitura foram os convênios com as chamadas comunidades terapêuticas, quase sempre religiosas, sem equipes de saúde capacitadas para receber os dependentes. “A prefeitura compra leitos nestas instituições privadas passando a ilusão de que isso configura um bom atendimento aos portadores de drogadição”, afirma Ary Blinder, médico psiquiatra da rede pública de saúde.

    Especialistas também questionam a internação como um tratamento indiscriminado. Em primeiro lugar, quando se trata de saúde mental, cada caso é um caso. A evolução dos problemas e, logo, o tratamento dependem de uma combinação de fatores biológicos, psíquicos e sociais. Em segundo lugar, a taxa de recaída para a dependência de drogas é altíssima, variando entre 40% e 60%. O Estado não oferece nenhuma política para estes casos. Isso leva à conclusão inevitável de que a internação compulsória nada mais será do que uma espécie de detenção.

    “O instrumento terapêutico mas importante no tratamento destes casos é a vontade do paciente de lutar contra o vício”, explica Blinder. O médico conta que já se viu em situação extrema em que teve de internar um paciente contra a vontade, mas esclarece que se tratavam de usuários “caquéticos, em agitação psicomotora intensa ou com risco suicida ou de agredir violentamente alguém, mas uma vez passada esta situação mais aguda, é necessário reavaliar junto com o paciente e a família a continuidade do tratamento”.


    Dependentes numa sociedade doente

    Fica evidente que a recuperação dos dependentes químicos passa por uma profunda mudança na sociedade. O sistema capitalista é incapaz de proporcionar qualidade de vida à maioria absoluta da população. Numa sociedade em que o ser humano não seja obrigado a produzir desenfreadamente para terceiros, em que haja moradia, transporte, educação e atendimento em saúde adequados, em que seja garantido o acesso ao lazer e à cultura, certamente a situação seria bem melhor no que diz respeito à dependência química, bem como a outros transtornos mentais.

    É importante, também, que as drogas em geral deixem de ser tratadas como caso de polícia. A descriminalização de entorpecentes é determinante, pois o tráfico de drogas é um dos negócios mais rentáveis do mundo. No capitalismo, a droga é apenas mais uma mercadoria, que precisa ser vendida e gerar lucro como outra qualquer. Com a descriminalização, as drogas seriam controladas diretamente pelo Estado, e os usuários poderiam ser acompanhados de forma apropriada.

    Antes de caçar dependentes pelo centro de São Paulo, o governo do Estado e a prefeitura deveriam ampliar os serviços de atendimento aos usuários e contratar mais funcionários. É necessário um programa de saúde pública que envolva desde campanhas educativas de prevenção até o tratamento, acompanhamento e assistência permanente aos dependentes. O tratamento tem de ser na própria rede pública e de acordo com a gravidade de cada caso, que pode passar por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, nos centros de atenção psicossocial, em consultórios de rua, podendo chegar a uma eventual internação.

    “Somos contrários à criminalização ou judicialização dos dependentes químicos. Está comprovado que é preciso que o próprio dependente decida se tratar,pois a taxa de recaídas é muito grande. Assim, é uma ilusão achar que resolveremos um problema de saúde pública usando a força policial”, concluiu Blinder.


    NOTA:
     

     1. Fonte: Pesquisa sobre crack no Brasil: situação atual e pontos para o futuro. Autores: Flavio Pechansky, Felix Kessler, Anderson Ravy Stolf e Sibele Faller. Departamento de Psiquiatria Famed – UFRGS.


    LEIA TAMBÉM:

  • Alckmin, Kassab e a raiva contra os pobres
  • Drogas: muito além da hipocrisia


  • Retirado do Site do PSTU

    Integrantes da Banda New Hit continuam alvo de protestos

    Os músicos são acusados de estuprar duas adolescentes no ano passado



    Em Serrinha (BA), manifestantes foram às ruas usando camisas com dizeres "Fora New Hit"
    O repúdio à banda baiana New Hit continua quase cinco meses depois de seus integrantes serem indiciados por estupro de duas adolescentes no interior da Bahia. Felizmente, a banda não tem encontrado sossego fora da prisão e é alvo de seguidos protestos. As mobilizações vão desde escracho na entrada do condomínio do vocalista a passeatas e intervenções nas redes sociais. Fruto dos protestos, shows da banda foram cancelados em Salvador, Delmiro Gouveia (AL) e João Pessoa (PB). Em Maceió, a New Hit tem show agendado para o dia 26 deste mês, mas os protestos já começaram a tensionar a sua realização. A possibilidade de show da New Hit em São Luís (MA) já iniciou uma mobilização nas redes sociais.

    Na capital baiana, as mobilizações pelas redes sociais criticavam uma marca de cerveja por patrocinar o estupro, ao financiar uma festa de pagode com a presença da New Hit. “Estupro não desce redondo” dizia um dos ‘virais’ que se espalhou pelo facebook e levou a empresa a retirar o patrocínio. Em seguida, o show foi cancelado. Em João Pessoal, a New Hit foi substituída por uma nova atração após protestos nas redes sociais. Moradores e organizações feministas de Delmiro Gouveia (AL) protestaram diante do anúncio da presença da banda em dois blocos de carnaval da cidade. A participação da New Hit também foi cancelada. Em Serrinha (BA), no início de janeiro, movimentos sociais, como Movimento Negro Afro Jamaica, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Movimento de Mulheres Urbanas, saíram às ruas com camisas dizendo “Fora New Hit”.

    O estupro aconteceu no ano passado, no dia 26 de agosto, quando os músicos tocavam na micareta da cidade de Ruy Barbosa (BA). As duas adolescentes, fãs do grupo, pediram pra tirar foto com a banda após o show. As meninas, uma de 16 e outra de 17 anos, foram encaminhadas ao ônibus da produção quando foram brutalmente violentadas pelos nove integrantes da New Hit. Um policial militar que fazia a segurança do grupo também foi indiciado por ter sido conivente com o crime. Os resultados dos exames de corpo delito confirmaram o estupro coletivo. Os estupradores ficaram presos durante 38 dias, mas conseguiram um habeas corpus e aguardam o julgamento, previsto para fevereiro, em liberdade.

    Fora da prisão, os noves acusados voltaram aos palcos enquanto as vítimas estão em um Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), em razão das ameaças de fãs da banda.


    Não à cultura do estupro

    Na cultura machista e patriarcal em que vivemos, a culpa do estupro é sempre da vítima. Neste caso não foi diferente. Nem o laudo médico que confirmou o estupro coletivo foi capaz de combater as insinuações contra as garotas. Internautas responsabilizavam as adolescentes na web: “Elas quiseram dar pro seu ídolo!”, “Elas gostam de pagode e de baixaria, queria isso mesmo!”, “elas queriam ficar famosas, isso sim!”.

    As vítimas sofreram ameaças de fãs da banda que culpabilizam as garotas pela prisão e o indiciamento dos integrantes da New Hit. As ameaças partiram de telefonemas e das redes sociais e até mesmo um carro estranho foi visto ao redor da casa da família, segundo os parentes das vítimas.

    O resultado disso é que além de vítimas de uma violência brutal, as duas adolescentes não conseguiam ir mais à escola, precisam viver sob proteção, mudar de endereço e serem “reinseridas na sociedade”.

    É essa mesma cultura que tolera e ri do assédio sexual travestido de ‘humor’ no programa da Rede Globo, Zorra total. Ou que naturaliza as propagandas de cerveja que mercantilizam o corpo da mulher. Ou ainda aplaude “humoristas” que afirmam que “estuprar mulher feia é um favor”. É a cultura do estupro que transforma um “não” em um “sim”.

    Felizmente, estas mobilizações que exigem punição aos estupradores da New Hit mostram uma reação importante contra esta cultura do estupro. Já se passaram quase cinco meses e a indignação segue acesa, espalhando-se para diferentes estados do nordeste. Mobilizações devem continuar acontecer para pressionar a condenação dos estupradores em fevereiro. Não queremos a banda New Hit nos palcos e nenhuma violência contra as mulheres.


    Retirado do Site do PSTU

    quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

    Em Recife, estudantes e trabalhadores saem às ruas contra aumento da passagem de ônibus

    Manifestantes exigem auditoria nas contas das empresas do Grande Recife Consórcio de Transporte




    No Ministério Público, manifestantes reivindicam auditoria nas contas das empresas de transporte
    A semana começou com protesto no centro de Recife. Estudantes e trabalhadores organizaram uma manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus nesta segunda-feira (7). O reajuste de 5,53% foi divulgado após a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano realizado na ultima sexta-feira (4). A reunião aconteceu de portas fechadas e não foi permitida a participação dos estudantes nem da imprensa. Com o aumento, o valor da tarifa do Anel A subiu para R$ 2,25 e o B para R$ 3,45.

    Inconformados com o reajuste, estudantes e trabalhadores se organizam no Comitê Contra o Aumento das Passagens. Em passeata, os ativistas do Comitê saíram da Rua do Hospício por volta as 11h30, seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista, passaram pela Guararapes até a sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Chegando lá os manifestantes reivindicaram uma audiência e conseguiram marcar para as 14h30.
    Enquanto esperavam o horário da audiência com o MPPE, os manifestantes seguiram até a frente da Grande Recife Consórcio de Transporte, no Cais de Santa Rita, onde realizaram um ato político.

    De volta ao MPPE, os ativistas entregaram um documento com a pauta de reivindicação do movimento com o objetivo de cobrar da instituição um posicionamento sobre a situação dos transportes públicos na Região Metropolitana de Recife (RMR).
    Cinco membros do Comitê foram recebidos pelo MPPE, entre eles Raphaela Carvalho representando o PSTU. Na instituição, os representantes entregaram um documento à procuradora Laís Teixeira que se comprometeu em analisar as reivindicações dos manifestantes, principalmente sobre a auditoria das contas das empresas de transporte.

    “Conseguimos o apoio de uma instituição importante e, principalmente, conseguimos dialogar com parcela da população que mostrou apoio à luta da juventude e trabalhadores”, avalia Raphaela. “A unidade entre trabalhadores e estudantes é muito importante, pois esse aumento irá prejudicar todos nós“, afirma a socialista do PSTU.

    As próximas ações serão discutidas no dia 8 de janeiro, na reunião do Comitê, na sede do DCE da UNICAP, às 19h.Participam do Comitê estudantes independentes e várias organizações, como a ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), a União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), além de DCE’s (Diretório Central dos estudantes) e DA’s (Diretórios Acadêmicos). O SIMPERE (Sindicato dos/as professores de Recife) também engrossa o movimento. A juventude do PSTU vem acompanhando as atividades e apoiando o Comitê.


    Veja a pauta de reivindicação entregue no MPPE:

  • Auditoria das contas das empresas de ônibus e do Grande Recife Consórcio de Transporte, para saber em que são utilizadas as verbas;
  • Modificação do anel tarifário de Paulista, município da Região Metropolitana do Recife. Os manifestantes querem a redução do Anel B, que custa R$ 3,45, para o A, de R$ 2,25;
  • Auditoria das permissões precárias existentes em relação às concessões públicas de transporte, verificar os subsídios e as isenções de impostos dadas pelos poderes Executivos municipais e estaduais às empresas de transporte;
  • Criação, pelo MPPE, de critérios mínimos de qualidade no atendimento ao usuário de transporte coletivo no Grande Recife.


  • LEIA MAIS

    Nota do PSTU contra o aumento das passagens


    Retirado do Site do PSTU

    Metalúrgicos da GM fazem assembleia e ato público em defesa dos empregos

    Trabalhadores da montadora norte-americana lutam contra a ameaça de demissão em massa




    Protesto contra as demissões na GM
    A luta dos metalúrgicos da General Motors em defesa dos empregos começa o ano com força total. Os trabalhadores lutam pela manutenção dos postos de trabalho em São José dos Campos, depois que a companhia apresentou seus planos de demitir um total de 1.800 operários.

    Nesta quinta-feira, dia 10, haverá o primeiro protesto de 2013. O Sindicato está convocando os trabalhadores afastados no layoff (suspensão do contrato de trabalho) para uma assembleia, às 9 horas da manhã, na sede no Sindicato (rua Maurício Diamante, 65, Centro).

    Depois de se concentrarem na sede da entidade, os metalúrgicos devem sair em passeata rumo à Prefeitura. Além dos trabalhadores afastados da empresa, o Sindicato está convocando também familiares e a população em geral.

    A ideia da mobilização é cobrar um posicionamento efetivo do prefeito Carlinhos Almeida (PT), empossado no dia 1º de janeiro, em defesa da manutenção dos empregos na GM.

    "Os trabalhadores querem ser recebidos pelo prefeito e querem um compromisso de que a Prefeitura ficará ao lado deles, para garantir que os empregos continuem em nossa região", disse o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá. "Queremos também que o prefeito, que é do mesmo partido da presidente Dilma, ajude a viabilizar um encontro em Brasília para tratar da defesa dos postos de trabalho".



    O protesto desta semana é apenas uma das iniciativas do chamado "Janeiro Vermelho", nome dado a série de mobilizações planejadas neste mês para pressionar a montadora e chamar a atenção das autoridades.

    No dia 25 de janeiro termina o layoff, medida que suspendeu o contrato de trabalho de cerca de 900 metalúrgicos e que, junto à manutenção da produção do Classic, evitou 1.840 demissões em agosto.

    O período deveria ser utilizado para se chegar a um acordo que impediria as demissões. Acontece que a GM continua determinada a demitir os trabalhadores, fechar o setor do MVA e ainda impor uma extensa pauta de redução de direitos.


    LEIA MAIS

    Metalúrgicos da GM se organizam para enfrentar ameaça de demissões em massa


    Retirado do Site do PSTU

    terça-feira, 8 de janeiro de 2013

    Genocídio da juventude negra: nova chacina na periferia de São Paulo deixa sete mortos

    Um dos assassinados teria sido autor da filmagem que flagrou policiais executando um pedreiro no Campo Limpo





    Dj Lah, vítima da chacina na Zona Sul de São Paulo
    O ano de 2013 mal começou e uma nova chacina na periferia de São Paulo choca pela violência e brutalidade. Na noite desse 4 de janeiro um grupo de 14 homens encapuzados chegaram em dois carros e uma moto a um bar no bairro de Jardim Rosana, região do Campo Limpo, Zona Sul da cidade. Identificaram-se como policiais e abriram fogo, matando sete pessoas e deixando outras três feridas. Ao menos 50 tiros foram disparados segundo testemunhas.

    O bar fica bem próximo ao local onde, em novembro do ano passado, policiais militares foram flagrados por um cinegrafista amador prendendo e executando o servente Paulo Batista do Nascimento. Especula-se que o cinegrafista que registrou a execução do pedreiro, cuja identidade nunca foi revelada, esteja entre os mortos da chacina. A informação foi inicialmente divulgada pela própria Polícia Civil, sendo logo depois desmentida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado que afirmou não "haver indícios" da ligação entre a chacina e o assassinato cometido por PM's no ano passado.

    Uma das vítimas fatais do ataque foi o rapper Laércio da Silva Grimas, conhecido como Dj Lah, do grupo Conexão do Morro e parceiro musical de Mano Brown, dos Racionais MC’s. Ele tinha 33 anos e deixou 4 filhos. O assassinato coletivo gerou comoção e indignação no meio. "Estamos em uma ditadura, no limite da opressão. Nos bairros ricos a polícia dá bom dia, dá boa tarde. Aqui, ela mata" declarou à Folha de S. Paulo o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, durante o velório de Lah.

    Uma das músicas do Conexão do Morro denuncia a violência policial que atinge as periferias de São Paulo. Tragédia que passou dos versos e rimas para a realidade. Para Lah, seus amigos e familiares: "Tem rato na área mano corra perdão é coisa rara/ Mesmo estando na sua não querem saber então saia/ De uniforme cinza assassinos são os homens".


    Estado de sítio permanente

    Mais uma vez, o medo impera na Zona Sul de São Paulo. A região já havia sido uma das mais visadas durante a onda de violência que levou o pânico à periferia da cidade em 2012. Apesar de o governo Alckmin negar, para a população da região não há dúvidas de que a chacina desse dia 4 foi realizada por policiais militares articulados em grupos de extermínio. Grupos que espalham o terror pela periferia e impõem um estado de sítio informal e uma pena de morte sumária para jovens negros.

    Uma espécie de serviço terceirizado da política de higienização social e extermínio de pobres imposto pelo governo Alckmin.


    Retirado do Site do PSTU

    Militante do PSTU morre em Belém. Adilson, presente!

    Camarada Adilson estará presente enquanto houver mulheres e homens que lutam pelo socialismo e pela revolução





    O jovem operário e militante do PSTU, Adilson Duarte
    O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) manifesta seu pesar e sua solidariedade à família e aos amigos do jovem operário, Adilson Duarte Monte, 25 anos, que faleceu neste domingo na Ilha de Cotijuba, região das ilhas de Belém.

    Militante do partido desde 2006, Adilson ingressou no PSTU quando ainda era estudante da Universidade do Estado (UEPA). Apesar de não falar muito, dificilmente via-se Adilson de mau humor, ou indisposto a cumprir qualquer tarefa, fosse no trabalho ou na militância.

    "Harry Potter", como era conhecido no canteiro de obra da construção civil, foi vitimado por uma tragédia: afogou-se nas águas escuras da praia do “Vai-quem-quer”. Mas infelizmente essa era uma tragédia anunciada, o local é conhecido pelos diversos casos de afogamento, assim como acontece em vários balneários da capital e do interior paraense.

    Mesmo já tendo ocorrido a morte de vários banhistas no local, no momento do ocorrido não havia nenhum guarda-vida presente. Apenas depois de vários minutos foi encontrado um agente do corpo de bombeiros, que informou que nada poderia fazer, pois não dispunha de nenhum tipo de equipamento de resgate. Durante cerca de uma hora, amigos e ribeirinhos fizeram buscas por conta própria até encontrá-lo já morto.

    Nossa imensa dor pela perda de um grande camarada mistura-se com a indignação pela falta de ação das autoridades para impedir que tragédias como esta sigam ocorrendo e cobramos providências da prefeitura e do governo do estado, para que menos famílias tenham que chorar a perda de jovens e trabalhadores que vão às nossas praias em busca de lazer.

    Adilson tinha um sonho, um sonho de construir um futuro justo e humano, em que as pessoas pudessem viver plenamente, uma sociedade socialista. E a morte de um camarada é um peso desumano pra carregar nos ombros. Alguém que compartilha sonhos e luta pelo mesmo propósito, torna-se parte de todos nós.

    Camarada Adilson estará presente enquanto houver mulheres e homens que lutam pelo socialismo e pela revolução!

    Belém, 06 de Janeiro de 2013

    Diretório Municipal de Belém
    Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado


    Retirado do Site do PSTU