sábado, 13 de março de 2010

PSTU responde Lula no seu programa semestral

Recentemente, Lula deu uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual justificava as mudanças dele e de seu partido para chegar à Presidência. Entre elas, o abandono do classismo, dando lugar à aliança com banqueiros e empresários.

Referindo-se ao seu vice José Alencar e ao documento “Carta aos Brasileiros”, lançado na campanha de 2002, chegou a dizer que: “essa mistura de um sindicalista com um grande empresário (...) é que garantiu minha chegada à Presidência”. Lula ainda atacou o PSTU: “vocês acham que o PSTU ganhará eleição com o discurso dele? Vamos supor que ganhe, acham que governa? Não governa”.

Nesta quinta, 11 de março, o PSTU foi à TV responder a Lula e dizer que governar para os trabalhadores não só é possível como é a única alternativa para se mudar de fato a vida dos trabalhadores.


Um operário que continua ao lado dos trabalhadores

O programa mostrou a história de um operário que participou das lutas no ABC na década de 70 e que ajudou a fundar a CUT e o PT. Mas nessa história, esse operário não passou para o outro lado e continua junto aos trabalhadores, lutando por uma sociedade socialista. É José Maria de Almeida, o Zé Maria, pré-candidato do PSTU à presidência da República.

Zé Maria deixou claro que o PSTU não quer a volta do PSDB ou de qualquer outro partido burguês. O Governo FHC foi terrível para os trabalhadores e não deixar isso claro seria um crime. Por outro lado, mesmo sabendo que a maioria da classe trabalhadora ainda tem esperanças em Lula, Zé Maria mostrou que o PT não é diferente do PSDB e, portanto, que seja Dilma ou seja Serra, os ataques aos trabalhadores continuarão.

Zé Maria mostrou que, sob o governo Lula, os lucros das grandes empresas aumentaram 400%, ao contrário do salário mínimo, que subiu pouco mais de 50%. Também mostrou que isso ocorre porque Lula governa para os empresários e não para a maioria da população. Zé Maria vai defender um programa dos trabalhadores para essas eleições, que rompa com o capitalismo e aponte mudanças significativas para a vida das pessoas.

O programa do PSTU denunciou ainda a ocupação militar do Haiti, defendendo a campanha de solidariedade classista aos haitianos, que vem sendo realizada por organizações como a Conlutas. São “os trabalhadores daqui ajudando os trabalhadores de lá”.


Segue o chamado à Frente Classista

O PSTU também foi à TV para chamar o PSOL à responsabilidade. Desde o lançamento da pré-candidatura de Zé Maria, o PSTU vem fazendo chamados sistemáticos ao PSOL para construir uma frente classista com um programa socialista, de ruptura com o imperialismo.

Infelizmente, o PSOL vem caminhando em sentido contrário e dois dos seus pré-candidatos continuam resistindo apresentar uma alternativa socialista para essas eleições. O PSTU afirma que o chamado segue de pé e que está disposto a discutir a frente de forma franca e sem hegemonismos. No entanto, se o PSOL não tiver acordo com uma frente sem a presença de partidos da burguesia e de financiamento de empresas, com um programa de transição que denuncie o regime e que aponte para um governo dos trabalhadores, o PSTU lançará a sua canditatura e chamará o conjunto dos ativistas para apoiá-la.


Assista agora o programa do PSTU: