Mesmo com o ajuizamento do dissídio por parte da Caixa, os bancários em todo o país não se intimidaram com a intransigência de Lula e do seu “time” que hoje está à frente da direção da Caixa Econômica Federal
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Apostando no TST para sair do impasse que a própria Caixa criou nas negociações, a direção da empresa e o Governo Lula sentiram o peso da mobilização dos bancários, que respondeu a essa política truculenta com luta.
Ontem, um fortíssimo piquete em frente à CETEL (central que abriga cerca de mil trabalhadores terceirizados) impediu o funcionamento de dos setores de telemarketing e parte da tecnologia, em São Paulo. Uma ação radicalizada que há muito não se via numa greve de bancários.
Além disso, no final da tarde de ontem, a maioria das assembléias decidiu manter a greve nacional e o movimento segue com força nos 26 estados e no Distrito Federal.
Derrota na Justiça dá mais fôlego à greve
Tentando não negociar com os trabalhadores ao utilizar a Mesa Única da FENABAN como escudo, Lula e a direção da Caixa se viram de mãos atadas frente a uma greve muito mais forte que nos últimos anos e apelaram para o dissídio e um pedido de liminar decretando abusividade da greve na última quinta-feira, 15/10.
No entanto, a derrota veio a galope. A abusividade e a determinação de retorno ao trabalho foram negadas pelo tribunal. Essa derrota acirrou ainda mais os ânimos dos trabalhadores, que agora fortalecem e radicalizam a greve, enquanto a Caixa está sendo obrigada a esperar por duas audiências de conciliação (a primeira foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 21/10) antes do julgamento do dissídio, com a maioria das suas agências fechadas.
Esse cenário dá um fôlego a mais à greve e abre a possibilidade de, através do fortalecimento do movimento, os bancários conseguirem arrancar da Caixa as suas reivindicações.
MNOB/Conlutas orienta aprovação de contraproposta e fortalecimento da greve
O Movimento Nacional de Oposição Bancária (ligado à Conlutas) entende que este é o momento de ampliarmos e fortalecermos o movimento, pois há espaço para conquistar as reivindicações da categoria até o julgamento do dissídio. A orientação também se estende às bases sindicais que suspenderam o movimento. Os trabalhadores cujos sindicatos encerraram a greve devem exigir das direções que chamem novas assembléias para que retomem o movimento, pois essas localidades estão isoladas a partir do momento que a greve segue forte em mais de 90% das localidades.
O MNOB/Conlutas orienta aos trabalhadores que aprovem nas assembléias a apresentação de uma contraproposta à direção da Caixa, que contemple:
- PCF já! 6 horas sem redução de salário;
- Isonomia: licença-prêmio e ATS para todos;
- Reposição das perdas;
- Não compensação dos dias da greve. Nenhuma punição aos que lutam por todos.
Além disso, o MNOB/Conlutas está formando uma comissão de sindicalistas para exigir de parlamentares que intervenham junto ao Governo Lula para que se reabram as negociações e para que sejam atendidas as reivindicações dos bancários.
Esta é uma iniciativa importante, que aliada ao fortalecimento da greve a partir de segunda-feira, 19/10, pode dar um norte político ao movimento, cobrando diretamente e jogando a responsabilidade da greve para Lula, a Casa Civil e seus ministérios, aumentando a possibilidade de vitória da categoria.
Veja o quadro nacional do movimento
A greve na Caixa segue forte em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Ceará, Florianópolis, Bahia, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará/Amapá, Maranhão, Piauí, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe, Alagoas, Acre, Campo Grande (MS), Nova Friburgo (RJ), Feira de Santana (BA), Vitória da Conquista (BA), Andradina (SP), Assis (SP), Blumenau (SC), Campina Grande (PB), Catanduva (SP), Corumbá (MS), Dourados (MS), Guaratinguetá (SP), Jaú (SP), Lins (SP), Marília (SP), Naviraí (MS), Ponta Porá (MS), Presidente Prudente (SP), Presidente Wenceslau (SP), Ribeirão preto (SP), Rio Claro (SP), Rondonópolis (MT), Santos (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sorocaba (SP), Mogi das Cruzes (SP), Três Lagoas (MT), Tupã (SP), Vale do Ribeira (SP), Votuporanga (SP), Videira (SC), Atibaia (SP), Vale do Paranhana (RS), São Miguel do Oeste (SC), Chapecó (SC), Araranguá (SC), Concórdia (SP), Divinópolis (MG), Joaçaba (SC).
Suspenderam a greve da Caixa: ABC Paulista, Itaperuna (RJ), Taubaté (SP), Araraquara (SP), Bragança Paulista (SP), Caxias do Sul (RS), Criciúma (SC), Franca (SP), Guarapuava (PR), Guarulhos (SP), Jau (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP), Santiago (RS), Teófilo Otoni (MG), Toledo (PR), Umuarama (PR), Araçatuba (SP), Arapoti (PR), Limeira (SP), Vale do Caí (RS), Campinas (SP), Guaporé (RS).
Outros bancos em greve: Os trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco do Estado de Sergipe (Banese) também permanecem em greve, aguardando propostas da direção da empresa. O Banco da Amazônia apresentou nova proposta em negociação e os trabalhadores irão submetê-la às assembléias.
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Apostando no TST para sair do impasse que a própria Caixa criou nas negociações, a direção da empresa e o Governo Lula sentiram o peso da mobilização dos bancários, que respondeu a essa política truculenta com luta.
Ontem, um fortíssimo piquete em frente à CETEL (central que abriga cerca de mil trabalhadores terceirizados) impediu o funcionamento de dos setores de telemarketing e parte da tecnologia, em São Paulo. Uma ação radicalizada que há muito não se via numa greve de bancários.
Além disso, no final da tarde de ontem, a maioria das assembléias decidiu manter a greve nacional e o movimento segue com força nos 26 estados e no Distrito Federal.
Derrota na Justiça dá mais fôlego à greve
Tentando não negociar com os trabalhadores ao utilizar a Mesa Única da FENABAN como escudo, Lula e a direção da Caixa se viram de mãos atadas frente a uma greve muito mais forte que nos últimos anos e apelaram para o dissídio e um pedido de liminar decretando abusividade da greve na última quinta-feira, 15/10.
No entanto, a derrota veio a galope. A abusividade e a determinação de retorno ao trabalho foram negadas pelo tribunal. Essa derrota acirrou ainda mais os ânimos dos trabalhadores, que agora fortalecem e radicalizam a greve, enquanto a Caixa está sendo obrigada a esperar por duas audiências de conciliação (a primeira foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 21/10) antes do julgamento do dissídio, com a maioria das suas agências fechadas.
Esse cenário dá um fôlego a mais à greve e abre a possibilidade de, através do fortalecimento do movimento, os bancários conseguirem arrancar da Caixa as suas reivindicações.
MNOB/Conlutas orienta aprovação de contraproposta e fortalecimento da greve
O Movimento Nacional de Oposição Bancária (ligado à Conlutas) entende que este é o momento de ampliarmos e fortalecermos o movimento, pois há espaço para conquistar as reivindicações da categoria até o julgamento do dissídio. A orientação também se estende às bases sindicais que suspenderam o movimento. Os trabalhadores cujos sindicatos encerraram a greve devem exigir das direções que chamem novas assembléias para que retomem o movimento, pois essas localidades estão isoladas a partir do momento que a greve segue forte em mais de 90% das localidades.
O MNOB/Conlutas orienta aos trabalhadores que aprovem nas assembléias a apresentação de uma contraproposta à direção da Caixa, que contemple:
- PCF já! 6 horas sem redução de salário;
- Isonomia: licença-prêmio e ATS para todos;
- Reposição das perdas;
- Não compensação dos dias da greve. Nenhuma punição aos que lutam por todos.
Além disso, o MNOB/Conlutas está formando uma comissão de sindicalistas para exigir de parlamentares que intervenham junto ao Governo Lula para que se reabram as negociações e para que sejam atendidas as reivindicações dos bancários.
Esta é uma iniciativa importante, que aliada ao fortalecimento da greve a partir de segunda-feira, 19/10, pode dar um norte político ao movimento, cobrando diretamente e jogando a responsabilidade da greve para Lula, a Casa Civil e seus ministérios, aumentando a possibilidade de vitória da categoria.
Veja o quadro nacional do movimento
A greve na Caixa segue forte em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Ceará, Florianópolis, Bahia, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará/Amapá, Maranhão, Piauí, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe, Alagoas, Acre, Campo Grande (MS), Nova Friburgo (RJ), Feira de Santana (BA), Vitória da Conquista (BA), Andradina (SP), Assis (SP), Blumenau (SC), Campina Grande (PB), Catanduva (SP), Corumbá (MS), Dourados (MS), Guaratinguetá (SP), Jaú (SP), Lins (SP), Marília (SP), Naviraí (MS), Ponta Porá (MS), Presidente Prudente (SP), Presidente Wenceslau (SP), Ribeirão preto (SP), Rio Claro (SP), Rondonópolis (MT), Santos (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sorocaba (SP), Mogi das Cruzes (SP), Três Lagoas (MT), Tupã (SP), Vale do Ribeira (SP), Votuporanga (SP), Videira (SC), Atibaia (SP), Vale do Paranhana (RS), São Miguel do Oeste (SC), Chapecó (SC), Araranguá (SC), Concórdia (SP), Divinópolis (MG), Joaçaba (SC).
Suspenderam a greve da Caixa: ABC Paulista, Itaperuna (RJ), Taubaté (SP), Araraquara (SP), Bragança Paulista (SP), Caxias do Sul (RS), Criciúma (SC), Franca (SP), Guarapuava (PR), Guarulhos (SP), Jau (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP), Santiago (RS), Teófilo Otoni (MG), Toledo (PR), Umuarama (PR), Araçatuba (SP), Arapoti (PR), Limeira (SP), Vale do Caí (RS), Campinas (SP), Guaporé (RS).
Outros bancos em greve: Os trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco do Estado de Sergipe (Banese) também permanecem em greve, aguardando propostas da direção da empresa. O Banco da Amazônia apresentou nova proposta em negociação e os trabalhadores irão submetê-la às assembléias.