sábado, 5 de junho de 2010

Congresso da Conlutas aprova unificação com Intersindical

Numa decisão histórica, a grande maioria dos delegados aprovou, o chamado à unificação com a Intersindical e demais setores que estarão presentes no Congresso da Classe Trabalhadora, que acontece dias 5 e 6 no mesmo local. A votação foi uma das últimas na plenária final do Congresso da Conlutas, na noite desse 4 de junho.

“Essa unificação é fruto de dois anos de discussão na base; já estamos unidos nas lutas, agora temos também que forjar uma alternativa política ao sindicalismo chapa-branca da CUT e das outras centrais governistas”, discursou Geraldo Correa, o Geraldinho, da Secretaria Executiva Nacional da Conlutas. “Não estamos aqui fazendo uma unidade sem princípios, mas um ato histórico”, afirmou, sendo efusivamente aplaudido pelos delegados.

O plenário veio abaixo no momento da votação que aprovou a unificação, sob os gritos de “sou Conlutas, sou radical; não sou capacho do Governo Federal”.


Importância histórica na reorganização

Apesar de os delegados terem aprovado por ampla maioria a unificação da Conlutas e, portanto, o seu fim tal como existe hoje, poderia soar contraditório o balanço positivo aprovado pela maioria dos delegados. Tal resolução, porém, não só não se contrapõe a essa avaliação, como é o seu desdobramento. “Cada companheiro aqui deu o melhor de sua vida para a construção da Conlutas”, afirmou Zé Batista, operário da construção civil de Fortaleza(CE) e também da Secretaria Executiva Nacional da Conlutas.

Batista relembrou também os anos difíceis em que a Conlutas se consolidou. “Mais do que nunca temos que ter orgulho de termos construído a Conlutas, pois a construímos nos anos de governo de frente popular, contra vários que diziam que não daria certo, que éramos divisionistas”, disse, visivelmente emocionado. Além do governo, a Coordenação teve que enfrentar nesses anos as centrais que se uniram na prática ao redor do governo. Ele afirmou ainda, como parte do balanço, que desde seu início a Conlutas colcou como objetivo se unificar com outros setores a fim de constituir uma alternativa, superior, de luta aos trabalhadores do país.

“É hora de dar um passo à frente na unificação dos trabalhadores”, terminou Zé Batista, sob os aplausos do plenário.

Além da unificação, foi também aprovado o caráter sindical, popular e estudantil da nova entidade a ser fundada durante o Congresso da Classe Trabalhadora, assim como a proposta de formato da direção a ser levada ao congresso, inspirada na organização da direção da Conlutas. Ou seja, aberta, democrática e baseada nas reuniões bimestrais da uma coordenação composta por todas as entidades que façam parte desta nova organização.


Retirado do Site do PSTU

terça-feira, 1 de junho de 2010

Zé Maria participa do lançamento de pré-candidaturas no RN


Zé Maria em Natal
Na noite desse dia 28 de maio, sexta-feira, as cerca de 100 pessoas que foram ao auditório da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn), para o lançamento das pré-candidaturas do PSTU no estado, saíram do local com um único pensamento: nestas eleições, os trabalhadores não estarão sozinhos.

A atividade contou com a importante participação do pré-candidato à Presidência da República, José Maria de Almeida, que também apresentou seu nome para defender um programa socialista para o Brasil. O evento ocorreu em Natal e reuniu trabalhadores da saúde, da educação, bancários, estudantes e outras categorias.


Alternativa classista e socialista

A assistente social Rosália Fernandes, pré-candidata à deputada estadual, denunciou o caos na saúde pública, a corrupção dos governos e defendeu o combate às opressões. “É muito importante termos uma parlamentar feminista, que possa denunciar a violência e a exploração que as mulheres trabalhadoras sofrem todos os dias por causa do capitalismo”, afirmou.

A professora Luciana Lima, também pré-candidata à deputada estadual, falou sobre o estado de penúria em que se encontram as escolas do RN e a situação dramática dos salários dos trabalhadores da educação. “Nossos salários são tão baixos que somos obrigados a ter dois, três empregos para poder sobreviver. Além disso, trabalhamos em condições muito ruins, escolas sem estrutura e salas super lotadas ”, denunciou.

Já os pré-candidatos ao Senado Federal Dário Barbosa e Alexandre Guedes explicaram, respectivamente, por que não haverá frente de esquerda com o PSOL e a farsa da candidatura verde de Marina Silva. “Infelizmente, o PSOL não aceitou defender um programa socialista para o Brasil, assim como também não aceitou uma campanha com independência financeira, sem receber dinheiro dos empresários. ”, disse Dário. “Marina Silva estava no governo Lula quando foram aprovados os transgênicos, a transposição do Rio São Francisco e o loteamento da Amazônia. Portanto, não defende o meio-ambiente.”, alertou Alexandre.

Pré-candidata ao governo do estado, a enfermeira e dirigente sindical Simone Dutra não poupou as pré-candidaturas de Iberê Ferreira (PSB), Carlos Eduardo (PDT) e Rosalba Ciarlini (DEM). “Até hoje são os mesmos grupos, as mesmas famílias ricas que dominam o estado. Sempre se revezaram no poder e nunca resolveram os problemas dos trabalhadores e da população pobre. Essas três pré-candidaturas defendem a mesma política, defendem um projeto que atende aos interesses dos grandes empresários que exploram a maioria da população do Rio Grande do Norte”, disse a enfermeira. E explicou ainda que o estado “foi a segunda economia que mais cresceu economicamente no Nordeste no ano passado. Entretanto, isso não se reverteu em melhorias para os verdadeiros responsáveis por essa riqueza, que são os trabalhadores; nossa proposta é inverter essa realidade” .

O evento também anunciou a pré-candidatura a deputado federal de Juary Chagas, diretor do sindicato dos bancários, e do professor José Mendes, vice de Simone Dutra.



Governar para os trabalhadores

O encerramento da noite ficou por conta de Zé Maria, que denunciou a política econômica do Governo Lula “aplicada duramente contra os trabalhadores nesses quase oito anos”. O pré-candidato do PSTU a presidente explicou, por exemplo, por que morrem de fome todos os anos cerca 40 mil crianças no Brasil. “Vocês sabiam que morrem de fome todos os anos entre 30 e 40 mil crianças num país que tem terras para produzir alimento para toda a América Latina? Sabem por que acontece isso? Porque as terras são controladas pelos latifundiários, que preferem produzir soja para mandar para Europa para fazer ração de gado, porque dá mais lucro do que produzir alimentos pra salvar as vidas dessas crianças” , explicou o pré-candidato.

Ele defendeu, ainda, que para fazer as mudanças que o Brasil precisa é necessário governar para aqueles que realmente produzem a riqueza desse país. “Precisamos mudar a política econômica do Brasil, de maneira que os recursos naturais e a capacidade produtiva do país estejam a serviço de atender as necessidades dos trabalhadores e do povo brasileiro, e não a serviço do lucro das grandes empresas. Esse é o tipo de governo que Lula não fez. E nem Dilma, nem Serra e Marina vão fazer”.

Ao final do lançamento das pré-candidaturas, houve a execução da Internacional, o hino de todos os trabalhadores do mundo, e uma confraternização em um bar da cidade.


Retirado do Site do PSTU