sábado, 14 de julho de 2012

35 anos da prisão dos militantes da ex-Convergência Socialista

Mesa da solenidade
No dia 30 de junho, ocorreu no Memorial da Resistência o “Sábado Resistente” que abordou o tema “Os 35 anos da prisão dos militantes da ex-Convergência Socialista”.

Estiveram presentes à mesa, Bernardo Cerdeira - Jornalista, Editor da revista Versus Especial, preso em 1977 e dirigente da ex-Convergêcia Socialista; Maria Salay - Operaria metalúrgica do ABC, dirigente das greves de 1977, militante da ex-Convergência Socialista; Álvaro Bianchi - Diretor do Arquivo Edgard Leuenroth e professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Américo Gomes, operário metalúrgico em São Paulo, no inicio da década de 80, advogado, Coordenador da Comissão de Presos e Perseguidos Políticos da ex-Convergência Socialista. A mediação do debate ficou a cargo de Ivan Seixas (Presidente do Núcleo de Preservação da Memória Política).

O evento foi realizado no Memorial da Resistência de São Paulo, promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política. Um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964, como explanou Ivan Seixas.

Contou com a presença também de Rafael Martinelli do Fórum dos Ex-Presos Políticos e a historiadora, coordenadora do site Observatório das Violências Policiais de São Paulo, da PUC/SP, e Ângela Mendes de Almeida, ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, assassinado no DOI-CODI em 1971, uma das autoras da ação por danos morais na área cível contra o coronel Carlos Brilhante Ustra, ganha recentemente em primeira instância, que defendeu a revogação ou reinterpretação da Lei da Anistia.

O Memorial da Resistência de São Paulo fica no Largo General Osório, 66 – Luz, antigo prédio do DOPS. Os eventos são realizados com o apoio da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT).

A atividade recordou que os militantes da ex-Convergência Socialista lutavam principalmente junto ao movimento operário pela derrubada da ditadura militar e pela legalização de um partido socialista de trabalhadores que representasse e defendesse os interesses da classe operária. E por isso foram presos e alguns de seus militantes torturados, além de perseguidos e demitidos de seus empregos.

Além de tomarem o tema da repressão na época da ditadura, os palestrantes também abordaram o tema dos processos que apresentaram junto à Comissão de Anistia solicitando a Anistia Política para seus militantes, e a participação do PSTU nas Comissões de Verdade, tanto nacional como estadual.

O partido tem como objetivo se somar à campanha que exige punição exemplar aos agentes de Estado que torturaram, seqüestraram, mataram e estupraram em nome da repressão feita pela ditadura instalada em 1964. Mas não somente a eles, mas também aqueles que os financiaram, como as grandes empresas nacionais e multinacionais que patrocinaram o golpe e os aparatos de repressão.

Um outro tema que será abordado pelos militantes do PSTU será o desenvolvimento da Operação Condor, onde governos do Cone Sul (Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina) agiram, juntamente com o governo dos Estados Unidos, para reprimir as organização de esquerda que lutavam contra a ditadura. Principalmente por que muitos militantes da Liga Internacional dos Trabalhadores, como seu fundador Nahuel Moreno, foi preso e exilado por causa desta repressão.

As responsabilidades pelos crimes que o Estado cometeu na região devem ser investigadas e os seus agentes punidos.


Retirado do Site do PSTU

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Madri operária apoia os mineiros

Crônica da manifestação do dia 10 e a manhã do dia 11 de julho


Mobilização de mineiros emociona Madri
Na noite do dia 10 julho, quando os mineiros entraram por Moncloa, norte de Madri, encontraram mais de 50 mil pessoas esperando por eles, apesar do horário que chegaram (já passavam das 23h30).

Durante a marcha até a Praça Puerta Del Sol, mais de 4 km de distância, milhares e milhares de pessoas foram se somando à marcha. As praças estavam cheias de pessoas que, emocionadas, cantavam o hino dos mineiros, “Santa Bárbara Bendita”, ou gritavam sem cansar: "Madrid Obrero Apoya a los Mineros" ("Madri Operária apoia os Mineiros").

Nas varandas e janelas de todo o trajeto que passava por Princesa e Grand Via, todos saudavam os manifestantes que estavam emocionados, como a gente também. Mais de duas horas depois, a imensa marcha chegava, às 2h30 horas da madrugada, a Puerta del Sol.

As direções sindicais majoritárias fizeram de tudo para atrasar a entrada dos mineiros em Madri e a manifestação, que estava convocada para as 22h. Tentaram fazer com que ela fosse discreta e pequena. De fato, fizeram que muitos não pudessem acompanhá-la, pois muitos tinham que trabalhar no dia seguinte. Apesar de tudo, não conseguiram que a marcha fosse uma manifestação menor. Ao contrário. A manifestação surpreendeu a todos. Foi uma das maiores mobilizações que ocorreu até agora no país com um explicito caráter de classe, com todos gritando "viva a luta da classe operária”.



O ódio ao governo do PP [Partido Popular, de direita] e de Mariano Rajoy [presidente da Espanha] estava presente a cada consigna e coreografia. Passando pela sede do PSOE [Partido Socialista, do governo anterior] de Madri uma imensa coluna gritava: "lo llaman socialista y no lo es, oe, oe, oe...", [“Se chama socialista, mas não é”], reafirmando o desgaste dos partidos do regime.


Mariano, Mariano, não passas do verão

O povo vê nos mineiros e nos seus métodos de luta um caminho e por isso se orgulham deles. A cada dia percebem que essa crise não tem saída. Que o governo e a Troika [Banco Central Europeu, União Europeia e FMI) não vão parar de destruir direitos, fazer cortes sociais e despejar a conta da crise nos trabalhadores e no povo.

Na manhã do dia 11, após a manifestação noturna que, em uma situação normal poderia fazer tremer o governo, Rajoy anunciou um duríssimo pacote de cortes orçamentários. Um deles prevê a supressão do pagamento extra de natal aos servidores públicos e o aumento de impostos ao consumo (IVA) contra os trabalhadores e o povo.

São as exigências da Troika para resgatar os banqueiros que, em palavras da própria imprensa, é "o maior destruidor da história do Estado de bem-estar Social".




Dia 11, mais duas manifestações

Pela manhã do dia 11, outras 60 mil pessoas seguiram os mineiros de Colón até o Ministério de Indústria para reivindicar ajuda do governo ao carvão.

A polícia reprimiu brutalmente os manifestantes que, a cada dia, se enfrentam mais com as tropas anti-distúrbios. O resultado foram 76 feridos e 7 presos. A criminalização dos movimentos sociais e a repressão aos mineiros é crescente. Mas, como cantava a coluna da Corrente Sindical de Esquerdas das Astúrias, “si no hay solución, habrá más barricadas" ["se não há solução, haverá mais barricadas"].

No final da tarde, o sindicalismo alternativo, muitas Assembleias de bairro do movimento 15M e os mineiros do sindicalismo de Esquerda, realizaram uma manifestação, de Atocha a Sol passando por Jacinto Benavente, na qual puderam participar os setores que trabalham durante o dia e também aqueles que defendem uma política alternativa à burocracia sindical que, como disseram os ativistas da COBAS [Comissões de Base]: "Oe,oe...oe,oa...a Toxo y Méndez les queremos preguntar:¿ cuántos recortes hacen falta más para convocar otra huelga general? [Toxo e Méndez queremos perguntar: quantos cortes faltam mais para convocar outra greve geral?. Toxo e Méndez são os principais dirigentes sindicais do país].




Organizar uma alternativa à burocracia é uma necessidade do movimento operário

O Sindicalismo Alternativo, especialmente a COBAS e “Ay que Pararle los Pies en Madrid” estão chamando a unidade de todos para lutar. Mas todo lutador honesto do país sabe que a burocracia sindical, cedo ou tarde, acaba sempre pactuando com a patronal fechando acordos que prejudicam os trabalhadores. Isso acontece porque a burocracia vive dos privilégios do Estado e praticam um sindicalismo de conciliação de classes, onde quem sempre ganha é a patronal e os governos.

Um dos representantes do Sindicalismo de Izquierda das Astúrias explicava que, tão perigoso quanto o Ministério da Indústria, era ter um “inimigo interno”, ou seja, uma direção do movimento que possa trair os trabalhadores e pactuar com o governo e a patronal.

A manifestação organizada pelo Sindicalismo Alternativo teve um duplo objetivo: primeiro, apoiar a luta dos mineiros (e por isso esteve em todas as manifestações e ações unitárias). Segundo, levantar um programa alternativo e avançar na organização democrática e pela base de uma alternativa de luta à burocracia sindical.


Viva a luta dos mineiros! Abaixo cortes de Rajoy e da Troika!

Neste dia 12, será realizada uma manifestação do Sindicalismo Alternativo, na qual Corriente Roja tem grande presença.

A saída da crise exige um plano de resgate dos trabalhadores e do povo, que parta da imediata suspensão do pagamento da dívida aos banqueiros, que imponha um controle de capitais, que nacionalize os bancos e a coloque sob o controle dos trabalhadores, prendendo e confiscando todos os bens dos banqueiros e especuladores responsáveis pela crise.

Os trabalhadores não suportam nenhum corte a mais. Precisamos de trabalho, moradia, educação, Previdência pública, gratuita e de qualidade, transporte público e estatal com tarifa social.

Por tudo isso é necessário unir as lutas e convocar outra greve geral, indefinida se for necessário. É preciso deter o governo de Rajoy. E isso se faz com a luta. Por isso mesmo é escandaloso que o PSOE ofereça um pacto nacional ao PP para que juntos apliquem de maneira negociada (com CCOO e UGT incluídas, principais centrais sindicais do país) os planos de ajuste da Troika. E é inadmissível também que Esquerda Unida também esteja aplicando no governo de Andaluzia (no qual participa junto ao PSOE) os mesmos cortes que o PP aplica no resto do Estado.

Devemos lutar por um governo operário e popular, apoiado democraticamente nas organizações de base dos trabalhadores e do povo.


Retirado do Site do PSTU

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cai Demóstenes, fica a corrupção

Demóstentes é o segundo senador cassado da história da República e vira agora um emblema vivo de uma das instituições mais retrógradas do país


Agência Brasil
Demóstenes Torres durante sessão do Senado que cassou seu mandato
O Senado Federal decidiu, em sessão realizada nesta quarta-feira, 11 de julho, pela cassação do mandato de Demóstenes Torres (DEM). Protagonista em escândalo de corrupção trazido à tona pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o ex-senador é acusado de ter posto seu mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Por 56 votos a favor e 19 contra, com 5 abstenções, Demóstenes teve suspenso seu mandato e outros direitos políticos – tornando-se inelegível até 2027. Os senadores, no entanto, não abriram mão do absurdo mecanismo da votação secreta para o julgamento de seu colega.

Após a cassação, apesar de perder o direito ao foro privilegiado junto ao STF, o ex-senador está livre para reassumir seu cargo de Procurador de Justiça no Ministério Público de Goiás. Não fosse a ambição sem limites desse tipo de gente, Demóstenes até que poderia se contentar.


"Cão sarnento"

Em seu discurso de defesa, em que teve meia hora para se pronunciar, o ex-senador sustentou a fantástica tese de que “já provou sua inocência” – frase que repetiu sucessivas vezes. Com a desfaçatez típica de quem enriqueceu às custas do povo, Demóstenes alegou ser vítima de uma campanha midiática de calúnias e de um pré-julgamento sem precedentes: “fui perseguido como um cão sarnento”, afirmou em passagem anedótica de sua intervenção.

Após a votação, interrompeu-se a trajetória parlamentar de Demóstenes. Outrora tido como um “paladino da moralidade”, passa, agora, a ser o segundo senador cassado da história da República e um emblema vivo de uma das instituições mais retrógradas do país.


Nada vai mudar

Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, a queda de Demóstenes não vai mudar nada no Senado, que vai continuar sendo um balcão de negócios, repleto de negociatas em seus bastidores. E quem chega para ocupar o assento deixado por Demóstenes é um chegado da mesma patota.

Deve assumir nas próximas semanas Wilder Pedro (DEM), suplente de Demóstenes e atual Secretário de Infraestrutra de Goiás. Ironicamente, Wilder é ex-marido da atual esposa de Carlinhos Cachoeira. Segundo as mesmas gravações telefônicas que incriminaram Demóstenes, houve influência de Cachoeira para fosse escolhido como suplente na chapa do DEM.

Milionário, é um dos donos do grupo Orca, que atua no ramo da construção civil e na administração de shopping centres. A empresa foi a segunda principal doadora da campanha de Demóstenes, em um total de R$ 700 mil. Para piorar, há indícios de que Wilder tenha omitido informações em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, já que o montante declarado não bate com os registros da Junta Comercial de Goiás.


Senado quer livrar a cara

A cassação de Demóstenes, com votação no plenário do Senado, não representa uma virada no curso dessa instituição. Pelo contrário, é uma manobra para recompor a imagem do próprio Senado e preservar os demais corruptos da Casa, diante da contundência das denúncias. A imagem de Sarney, corrupto de renome e presidente do Senado, conduzindo a sessão fala por si.

Essa Casa, com seus mandatos de 8 anos, privilégios sem fim e com eleições antidemocráticas, que não respeita a proporcionalidade entre as populações dos estados, não tem autoridade alguma para agir em nome da “transparência” ou da “moralidade”. Sendo assim, cassou Demóstenes para conter um maior desgaste e enterrar, de vez, o assunto.

Lamentavelmente, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), que poderia ter denunciado essa farsa, optou por agir em uma unidade acrítica com seus colegas. O parlamentar, que corretamente entrou com a representação que resultou na cassação de Demóstenes, não se diferenciou em nada do discurso da “moralidade” e da “missão ética dos mandatos”. Assim, em vez de sua atuação desmascarar o caráter anti-povo do Senado, colaborou em nutrir esperanças em uma saída para a corrupção por dentro da falsa democracia em que vivemos.


Prisão e confisco dos bens!

Somente nas ruas Demóstenes e seus corruptores poderão ver a luta por uma verdadeira punição por seus crimes. O que esses senhores merecem, mais que a perda de um mandato, é cadeia e o confisco de todos os seus bens. Enquanto um pobre que furta um cacho de bananas é preso, esses senhores continuam à solta e desfrutando de uma vida repleta de conforto.

É mais um caso que mostra que o financiamento privado de campanha também deveria acabar. Enquanto as grandes empresas forem “proprietárias” de mandatos parlamentares, não apenas a corrupção vai continuar, como medidas como a cassação de Demóstenes seguirão, na prática, a serviço de que tudo continue como está.


Retirado do Site do PSTU

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Voto útil é voto nas lutas dos trabalhadores

PSTU apresenta candidaturas socialistas em todo o país
Começou a campanha eleitoral em todo o país. A cada dois anos o povo brasileiro vota... mas não decide. Os trabalhadores e os jovens votam com a expectativa de melhorar de vida, acabar com as injustiças, expulsar os corruptos. Durante a campanha, os dois grandes blocos eleitorais (o PT de um lado, e a oposição de direita de outro) vão buscar ganhar o voto do povo com promessas de que basta votar neles para resolver todos os problemas de saúde, educação, transporte etc. Depois da votação, a vida vai continuar como sempre, ou ainda piorar porque poderá vir uma crise econômica.

Quem decide os rumos do país é uma pequena minoria, que, às vezes, nem vota. São os donos das grandes empresas, os bancos e multinacionais que financiam as campanhas do PT e da oposição de direita. Depois cobram a fatura para que os políticos eleitos apliquem as propostas defendidas por eles. Mas isso tudo não vai aparecer nas campanhas eleitorais. Tudo será escondido dos eleitores.

A maioria dos trabalhadores acredita no PT. Em muitos lugares se ouvirá de novo: “É preciso votar no PT para evitar que a direita ganhe”. Mas aqueles que apóiam as candidaturas do bloco governista devem parar para refletir sobre os gastos de campanha. Em São Paulo, por exemplo, José Serra declarou que vai gastar R$ 98 milhões, enquanto Haddad do PT declarou um gasto de R$ 90 milhões. Sabemos todos que eles gastam bem mais do que declaram. Mas já se trata de uma soma impressionante, três vezes mais do que o gasto por Kassab e Marta Suplicy na campanha passada.

Esses gastos não deveriam impressionar. São enormes porque devem ajudar a convencer os trabalhadores e o povo pobre das grandes mentiras que serão contadas. São gastos praticamente iguais porque os programas de campanha do PT e da oposição de direita são iguais.

Os problemas reais dos trabalhadores não são vividos pela burguesia. Enquanto a burguesia paulista anda de helicóptero, um terço da população vai a pé para o trabalho porque não tem dinheiro para pagar as passagens. Ou ainda, tem de passar sufoco em trens, ônibus e metrôs lotados.

A burguesia determina o que eles vão fazer no governo. E os burgueses não precisam de transporte público, nem de educação e saúde pública. Por isso, tudo que os blocos do PT e da oposição de direita vão defender nas campanhas não tem nada a ver com o que eles vão fazer de verdade. As campanhas na TV são como comerciais para vender sabonetes ou carros. O único objetivo dos marqueteiros (pagos a peso de ouro) é enganar o povo e ganhar seu voto. Nenhum dos programas dos candidatos vai ser aplicado na realidade.

O PSTU vai apresentar candidatos em todo o país. Vai buscar apresentar uma postura distinta de todas as outras. Chega de utilizar o poder e o orçamento da cidade para beneficiar os ricos! Vamos defender a eleição de candidatos que venham das lutas dos trabalhadores, para defender governos dos trabalhadores. Ou seja, que apliquem um programa a serviço dos trabalhadores e dos jovens e não da burguesia.

Vamos buscar concretizar em cada cidade um programa dos trabalhadores para a saúde, educação e transporte públicos, contra todas as formas de opressão. Se ocorrerem greves durante a campanha, utilizaremos nosso tempo de TV para apoiá-las.

Em alguns locais (como em Belém, Aracaju e Natal) participaremos de frentes eleitorais com o PSOL, sempre apresentando nosso programa de forma independente.

Não é por acaso que nosso orçamento de campanha em São Paulo (200 mil) é quinhentas vezes menor que o de Haddad e Serra. Temos orgulho de não receber dinheiro da burguesia ou da corrupção. Nossa campanha será toda sustentada por doações dos trabalhadores e jovens que nos apoiam. Temos orgulho de que nossa campanha será feita integralmente pelos militantes do PSTU e os ativistas que concordem conosco. Não pagamos cabos eleitorais.

Você, que luta conosco nas campanhas salariais dos trabalhadores e nas mobilizações da juventude, venha se integrar em nossa campanha. Voto útil é um voto nos candidatos do PSTU, o partido das lutas e do socialismo.


Retirado do Site do PSTU

Servidores federais vão sacudir Brasília no dia 18

Categoria levará milhares à capital federal e contará com o apoio dos estudantes, também em greve nacional, e vários outros setores dos trabalhadores que também vão se incorporar à marcha nacional


Servidores vão a Brasília pressionar o governo
Esta semana vai completar um mês da deflagração da greve unificada dos servidores federais e quase dois meses desde o início da greve dos docentes nas universidades federais. O movimento conta também com o apoio do movimento estudantil, que está em greve contra a precarização e as péssimas condições nas universidades, fruto da política desastrada do Reuni. Essa política, imposta pelo ex-ministro, Fernando Haddad, em nada melhorou as condições das universidades brasileiras, mas este, com a maior cara-de-pau, é hoje candidato a prefeitura de São Paulo, pelo PT.


Corte de ponto

O governo Dilma, além de não apresentar nenhuma contra proposta para os servidores federais, nesta semana, decretou o corte de ponto dos grevistas, por meio de uma orientação expedida pelo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Ocorre que essa mediada provocou ainda mais indignação entre os servidores que prometem aprofundar a mobilização e construir poderosas manifestações nos estados e em Brasília.

Várias atividades estão previstas para os estados nesta semana. Mas, de acordo com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais, o ápice das mobilizações vai acontecer na semana de 16 ao dia 20 de julho, com uma série de manifestações em Brasília, iniciando por um acampamento em plena Esplanada dos Ministérios, na segunda-feira (16).

Nesse mesmo dia, pelo menos dois mil trabalhadores vão ocupar o gramado no Plano Piloto e instalar suas barracas para chamar a atenção do povo brasileiro sobre a verdadeira política do governo Dilma para os serviços públicos. Vão denunciar que o gasto com o pagamento da dívida pública (agiotas e especuladores do mercado financeiro) pode chegar à 47% do PIB, enquanto que o reajuste proposto pelos servidores (22,08%) não atinge nem o percentual de 3% do PIB. Vão provar que esse não é um governo dos trabalhadores mas, verdadeiramente, um governo de banqueiros, grandes empresários e subserviente aos interesses imperialistas.



Dentro das atividades da semana, o dia 18 de julho promete estabelecer uma ampla unidade dos trabalhadores em uma Grande Marcha à Brasília, que vai envolver não só as organizações dos servidores públicos federais e a juventude, mas também amplos setores da classe trabalhadora.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, por exemplo, pretende levar três ônibus à Brasília para se somar aos servidores na luta contra as alterações no sistema previdenciário (fórmula 85-95). Da mesma forma, operários da construção civil, profissionais da educação estaduais, movimento popular, além de outros setores, também se mobilizam para essa atividade. A CSP-Conlutas está definitivamente engajada na construção desse processo e vem orientando suas entidades filiadas à somarem-se nessa grande marcha de todos os trabalhadores brasileiros.


A hora é agora!

Essa é a hora de fortalecer a luta dos servidores federais e exigir do governo o atendimento das reivindicações do funcionalismo, avançar na luta contra a precarização da educação em nosso país, o desmonte do serviço público e as mudanças na Previdência que só beneficiam os interesses privados e aumentam ainda mais os lucros da burguesia em nosso país.

  • Todos a Brasília no dia 18 de julho!

  • Todo apoio à greve dos servidores federais!

  • Chega de enrolação. Negocia, Dilma!


  • Retirado do Site do PSTU

    terça-feira, 10 de julho de 2012

    Editora Sundermann lança coletânea com clássicos do marxismo sobre a mulher

    A Editora Sundermann acaba de lançar A mulher e a luta pelo socialismo: clássicos do marxismo, com textos de Karl Marx, Friedrich Engels, V. I. Lenin, Clara Zetkin e Leon Trotsky


    Coletânea traz clássicos sobre a exploração feminina
    Com esta publicação, buscamos resgatar as formulações clássicas do marxismo sobre a questão da mulher: desde as elaborações sobre a origem da família e da opressão; passando pelo processo de integração da mulher na produção fabril capitalista e as contradições que marcam esse fenômeno; a necessidade da organização e da mobilização conjunta das proletárias e dos proletários para a luta contra o capitalismo; chegando até as medidas concretas destinadas a acabar com a opressão da mulher e que foram implementadas pela primeira revolução socialista vitoriosa da história, a Revolução Russa; bem como o retrocesso nessas medidas, que se verificou com a degeneração stalinista da URSS.

    A mulher e a luta pelo socialismo traça um panorama histórico, político e teórico sobre os milhares de anos de opressão e exploração que pesam sobre as costas de mais da metade da população mundial. Mas não se trata apenas do passado. Ao resgatar a história, o marxismo sempre se preocupou com o futuro. Em um dos textos mais marcantes da coletânea, Lenin afirma: “A mulher, não obstante todas as leis libertadoras, continua uma escrava doméstica, porque é oprimida, sufocada, embrutecida, humilhada pela mesquinha economia doméstica, que a prende à cozinha, aos filhos e lhe consome as forças num trabalho bestialmente improdutivo, mesquinho, enervante, que embrutece e oprime. A verdadeira emancipação da mulher, o verdadeiro comunismo, só começará onde e quando comece a luta das massas (dirigida pelo proletariado, que detém o poder do Estado) contra a pequena economia doméstica, ou melhor, onde comece a transformação em massa dessa pequena economia em grande economia socialista”.

    Essa visão marxista da luta contra a opressão da mulher é absolutamente oposta à maioria esmagadora das “teorias de gênero” hoje vigentes, que buscam explicar a opressão da mulher pelo homem como sendo o resultado natural e inevitável da convivência entre os dois sexos. Tal perspectiva, absolutamente a-histórica e anti-científica, só serve para jogar as “mulheres em geral” contra os “homens em geral” e atrasar a libertação de ambos (sobretudo das primeiras) das garras da exploração e da opressão capitalistas. O marxismo, ao contrário, oferece, nas páginas deste livro, uma análise histórica clara e uma perspectiva futura absolutamente otimista em relação à luta contra a opressão: uma sociedade sem classes, sem diferenciações de gênero, raça, nacionalidade ou orientação sexual – uma sociedade socialista.

    Como diz Cecilia Toledo, organizadora da coletânea, no prefácio a esta edição: “Estão errados aqueles que acusam o materialismo histórico de nunca ter dado a devida importância ao tema da libertação feminina. (…) Na verdade, o socialismo científico, desde que viu a luz há 164 anos, sempre se preocupou com a questão feminina, e buscou formular, nos marcos de uma sociedade divida em classes, a política mais justa para o problema. É exatamente isso que o diferencia de todas as outras corrente de pensamento”.

    É com esse espírito que oferecemos às mulheres e aos homens trabalhadores esta obra, que consideramos indispensável.

    A Mulher e a Luta pelo Socialismo
    Preço: R$ 30
    Contato:vendas@editorasundermann.com.br | www.editorasundermann.com.br
    Tel: 11 – 3253 5801


    Retirado do Site do PSTU

    O Bóson de Higgs e o socialismo

    Acelerador de partículas construído entre a Suíça e a França
    O “bóson de Higgs”, partícula fundamental que fornece massa a todas as outras partículas, e que, portanto, é responsável por formar simplesmente toda a matéria do universo, está prestes a ser encontrado. No dia 4 de julho, experimentos realizados no Centro Europeu de Física Nuclear (CERN) mostraram fortes indícios da existência do bóson. Embora muitos cálculos e novos experimentos ainda precisem ser feitos, é inegável que nos aproximamos cada vez mais da última fronteira que nos permitirá entender a origem da matéria, e com ela, a origem do próprio universo. Mas as lições desse feito não se reduzem ao mundo da ciência e aos cadernos de domingo dos jornais burgueses. Todo operário consciente deve conhecer essa discussão e saber tirar as conclusões necessárias.


    O incrível mundo subatômico

    Como todos aprendemos na escola, a matéria que nos rodeia é composta por átomos. Mas os próprios átomos, que antes se acreditavam unos e indivisíveis, são apenas uma combinação específica de outras partículas ainda menores: os prótons, neutrons e elétrons. Os prótons e neutros se agrupam no núcleo do átomo em um número específico, dando origem a um determinado elemento químico: hidrogênio, oxigênio, carbono etc. Os elétrons, por sua vez, orbitam esse núcleo.

    Frequentemente, para representar um átomo, desenhamos um pequena esfera com os elétrons girando ao seu redor. Isso é assim apenas em parte. A ideia central está correta, mas se fôssemos levar em consideração a escala das coisas, o desenho seria muito diferente. Se o núcleo do átomo fosse do tamanho de um limão, por exemplo, os elétrons estariam girando a cerca de 3 quilômetros de distância desse “limão” (núcleo). Quer dizer, o espaço entre a órbita dos elétrons e o núcleo atômico é imensamente “grande” (em termos sub-atômicos, obviamente). Daí tiramos uma primeira conclusão no mínimo impressionante: a maior parte da matéria que vemos, das coisas e pessoas que tocamos e sentimos é composta de... vazio.

    Assim, ao estudar o mundo subatômico, os cientistas começaram a descobrir coisas fantásticas. Mas o mais importante: começaram a perceber que as leis tradicionais da física, a chamada “física newtoniana” (em referência a Isaac Newton, formulador das leis da mecânica clássica) simplesmente não se aplicavam ao mundo subatômico. Por exemplo, na física clássica, qualquer objeto, para dar uma volta completa em torno de si mesmo, tem que girar 360 graus. Assim ocorre, por exemplo, com a Terra ou com um casal que dança forró. Já no mundo subatômico, existe toda uma classe de partículas que, para dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo, tem que girar... 540 graus, ou seja, uma volta e meia. Isso parece muito estranho, mas é assim.
    Esses estranhos fenômenos observados pelos cientistas deram origem a uma nova mecânica, a mecânica do mundo subatômico, completamente diferente da mecânica clássica de nosso mundo visível: a chamada mecânica quântica.


    O “modelo padrão”

    Estudar o mundo subatômico é algo muito complicado. Não se pode abrir um átomo e ver o que tem lá dentro. O que se sabe sobre sua estrutura interna provém fundamentalmente de experimentos que “refletem” essa estrutura e, obviamente, de muitos cálculos matemáticos. Assim, ao longo do tempo, foi se estabelecendo um determinado “modelo” de como seria essa estrutura interna, seus componentes, seu comportamento etc. Isso não significa que os cientistas façam “especulações” sobre o mundo subatômico. Muita coisa foi demonstrada com precisão através de experimentos absolutamente incontestáveis, verificados exaustivamente por todo o mundo científico. Já outra parte do “modelo” não foi ainda demonstrada. Mas mesmo o que não foi ainda demonstrado ou descoberto foi previsto matematicamente. Ou seja, os cientistas não detectaram ainda algumas partículas subatômicas, mas eles sabem que elas devem estar lá, só podem estar lá, porque todo o modelo só faz sentido se elas existirem e estiverem lá.

    O “modelo padrão” é, portanto, um enorme (ou minúsculo) quebra-cabeça que vem sendo montado ao longo de várias décadas através dos esforços conjuntos de diferentes gerações de cientistas de diversos países.
    A última peça desse quebra-cabeça é o “bóson de Higgs”, cujos indícios foram encontrados no último dia 4 em Genebra, na Suiça.


    O “bóson de Higgs” e o LHC

    A peça faltante no quebra-cabeça do modelo padrão diz respeito ao seguinte: como se formam as partículas subatômicas? Como elas adquirem massa, ou seja, como se tornam matéria?

    Em 1964 o físico britânico Peter Higgs propôs a hipótese de que existiria uma partícula específica no mundo subatômico, cuja função seria justamentre fornecer massa a todas as outras partículas. Essa partícula, pelo cálculos de Higgs, teria surgido logo após o Big Bang, há cerca de 15 bilhões de anos atrás, dando origem aos primeiros átomos e à matéria tal qual nós a conhecemos.

    No entanto, a hipótese de Higgs permaneceu apenas um modelo matemático porque não havia condições técnicas de por à prova sua teoria.

    Somente em 2008, com a inauguração do LHC (Large Hadron Colider, ou “Grande Colisor de Hádrons”), um imenso acelerador de partículas de 27 quilômetros de circunferência enterrado na fronteira entre a Suiça e a França, foi possível dar início aos experimentos que deveriam demonstrar a existência do bóson de Higgs.

    O que faz um acelerador de partículas? Basicamente, consiste em dois tubos circulares dentro dos quais se injetam duas “nuvens” de prótons eletricamente carregados. Essas “nuvens” vão sendo aceleradas em direções contrárias por meio de um sistema de imãs colocados ao longo dos tubos. Quando as duas nuvens atingem 99,99% da velocidade da luz, os dois tubos são “conectados” um ao outro (como nos desvios de trens), fazendo com que as duas “nuvens”, que giravam em direções opostas, se choquem violentamente. A colisão é tão poderosa, que a energia liberada pode ser comparada (proporcionalmente, é claro) ao próprio Big Bang. Os prótons literalmente “se quebram”, dando origem a partículas menores, ou seja, demonstrando de que são feitos. Quanto maior o choque, menor a partícula gerada e mais a fundo a estrutura subatômica é revelada.
    Foi basicamente esse experimento que detectou fortes indícios do bóson de Higgs no último dia 4 em Genebra. Se não o capturamos ainda, pelos menos estamos nas suas pegadas...


    O que muda com o bóson de Higgs?

    Uma coisa muito importante: a percepção do homem sobre o universo e a matéria. Se o bóson de Higgs for encontrado, ficará definitivamente provado que a matéria pode sim surgir do nada.

    Isso abalaria profundamente os alicerces das distintas religiões, pois várias delas, depois que aceitaram muito a contragosto a ideia do Big Bang, seguem batendo na tecla de que a matéria do universo não poderia ter surgido “do nada”. O bóson de Higgs comprovaria justamente que a matéria não só surgiu do nada, como ainda hoje surge constantemente do nada e se transforma constantemente em nada. Aceitar essa ideia é difícil para qualquer pessoa normal exatamente porque se trata de um fenômeno quântico, ou seja, regido por outras leis que não as da física clássica. Parece ilógico, absurdo, irracional, mas de acordo com as leis da física quântica, é um fenômenos tão banal, quanto a queda de uma maçã ou a frenagem de um carro.


    “Partícula de Deus”?

    O bóson de Higgs é frequentemente chamado na imprensa de “partícula de Deus”. A conotação ideológica do apelido é evidente: tentar atribuir a Deus a existência da partícula, mantendo assim uma visão mística do universo.

    No entanto, há dois problemas com esse apelido: o primeiro é que ele não passa de um mal entendido. Em 1993, o prêmio Nobel de física Leon Lederman escreveu um livro sobre o bóson de Higgs, cujo título em inglês era “The goddamn particle” (literalmente, “a partícula maldita”), em referência às dificuldades que se enfrentavam para encontrá-la. Mas a editora de Lederman achou o título muito agressivo e mudou para “The God particle” (A partícula de Deus), para não afastar o público religioso. O infeliz apelido acabou pegando e a pobre partícula é chamada assim até hoje.

    O segundo problema é que o bóson de Higgs justamente afasta ainda mais a ideia de um deus-criador do universo. Da mesma maneira que Darwin demonstrou que o homem não necessitou ser criado, pois havia evoluído de especies anteriores, assim também o bóson de Higgs demonstrará simplesmente que a matéria do universo (ou seja, tudo!) não precisou de um deus para ser formada. Formou-se e organizou-se por si mesma.

    Sobre isso, é bom que se esclareça: nenhuma descoberta científica jamais provará a inexistência de deus, como desafiam os religiosos. Isso é assim por uma questão lógica. Só se pode provar que algo “existe”. Não se pode provar que algo “não existe”. Justamente por isso, o ônus da prova recai sempre sobre aquele que quer demonstrar a existência de algo. Mas cada descoberta científica prova, isso sim, que deus não é necessário. Com o tempo e com o avanço da ciência, assim esperamos, a hipótese de um ser-criador do céu e da terra ficará cada vez mais insustentável e as pessoas abandonarão essa ideia de maneira mais ou menos natural.


    As conclusões políticas

    A discussão sobre o bóson de Higgs nos remete também a outras, mais políticas. Em primeiro lugar, ficou definitivamente comprovada a importância decisiva do financiamento estatal às pesquisas científicas. O LHC custou cerca de 3 bilhões de euros. Quando começaram as discussões sobre sua construção, muitos políticos e meios de comunicação criticaram o projeto como sendo um “brinquedinho” para cientistas vaidosos brincarem de deus. Obviamente, nenhuma empresa privada queria investir tanto dinheiro em algo que não se tinha nenhuma certeza que iria dar certo. Chegou-se a especular que os experimentos com as nuvens de prótons gerariam um buraco-negro que engoliria todo o planeta etc. Tamanho o obscurantismo de certos meios reacionários...

    Pois o LHC não só foi construído com dinheiro estatal em um consórcio entre diversos países, como funciona de maneira extremamente democrática: os dados obtidos em todos os experimentos são compartilhados livremente com milhares de cientistas no mundo inteiro. Ficou provado também, portanto, que as atuais leis que regem a propriedade intelectual na maioria dos países protegem apenas as grandes corporações, sendo absolutamente nefastas para desenvolvimento da ciência. É preciso garantir o livro compartilhamento de toda e qualquer informação, seja ela científica, cultural, política ou de qualquer outra natureza. As novas leis que estão sendo votadas em vários países e que regulam o uso da internet e criminalizam compartilhamento de informação, sob a justificativa da “proteção” dos autores, vai na contra-mão da história.


    O espírito da ciência e o socialismo

    O que buscam os cientistas do CERN quando enviam os dados de seus experimentos para colegas do mundo inteiro? A resposta é simples: buscam críticas ao seu trabalho. Querem que outros cientistas encontrem os erros que eles não encontraram. Tal é o espírito da verdadeira ciência: a verdadeira ciência é movida por grandes paixões e hipótese visionárias, mas é rigidamente controlada pelo pensamento cético. A ciência não busca respostas fáceis e fábulas reconfortantes. A ciência busca a verdade. Só a verdade lhe interessa, por dura, incômoda ou vulgar que seja.

    O socialismo, ao libertar a sociedade das amarras da propriedade privada, dará à ciência um impulso nunca visto. A ciência verdadeira, sinônimo de liberdade e humildade, será ensinada nas escolas, na internet, nos programas de TV (ou outras tecnologias que venham a ser criadas) e substituirá as atividades fúteis, emburrecedoras e alienantes que preenchem hoje a infância de nossas crianças. As mais fantásticas obras da ficção científica serão realidade em nosso cotidiano. A simples curiosidade, característica dos mamíferos superiores (e não devemos esquecer nunca que o homem é apenas um mamífero superior) trouxe o homem até aqui. No futuro, conduzirá a humanidade muito além, até fronteiras jamais sonhadas.


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