sábado, 14 de novembro de 2009

Ato da pré-candidatura de Zé Maria reúne 500 em São Paulo

Aproximação PSOL-PV é criticada em ato de Zé Maria, do PSTU. Militantes do PSOL descontentes comparecem ao ato e fazem críticas à direção do partido

Mais de 500 pessoas lotaram o primeiro ato da pré-candidatura de José Maria de Almeida, o Zé Maria, nesta sexta, dia 13. A Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo, foi tomada por militantes da capital e de outras cidades, como São José dos Campos e Campinas.

O nome de Zé Maria é uma alternativa apresentada pelo PSTU após o início das negociações oficiais do PSOL com Marina Silva e de inúmeras declarações de apoio de parlamentares e dirigentes desse partido, incluindo a própria Heloísa Helena. Os debates e as declarações do PSOL foram parte dos temas do ato. Segundo Valério Arcary, “o PSTU não irá entregar a sua bandeira à Marina. Se o PSOL quiser cometer esse erro e entregar a sua bandeira, que o faça. Aos militantes honestos do PSOL, oferecemos a nossa bandeira. Fiquem ao nosso lado”, afirmou.



No plenário, também havia militantes do PSOL. Marcos, da corrente Liberdade, Socialismo e Revolução, fez um pronunciamento em que condenou o apoio à Marina: “É correto participar das eleições e eleger deputados, mas não a qualquer custo”. Ele completou, se somando à proposta da Frente Classista e Socialista, defendida pelo PSTU: “Vamos estar juntos defendendo um programa socialista e a unidade da classe trabalhadora”, afirmou. Ele faz parte de um bloco, que lançou um manifesto contra a aliança.

O representante da Pastoral Operária, Paulo Pedrini, também condenou um possível apoio do PSOL à candidatura de Marina e a ausência da Frente de Esquerda. “Seria uma grande derrota para todos nós. [A frente] não será possível se o PSOL apoiar Marina”.

Zé Maria foi o último a falar e fez uma dura crítica ao governo Lula, que age a serviço das grandes empresas e do imperialismo. "É necessário nas eleições do ano que vem haja uma candidatura que possa fazer o balanço do que significaram estes oito anos" Ele defendeu a ruptura deste modelo: "É um crime crianças morrerem de fome em nosso país, enquanto o governo privilegia o agronegócio". Ele apontou um caminho diferente do que Lula escolheu nesses anos "Se rompermos com o imperialismo, se pararmos de pagar juros das dívidas, a quanto poderia ir o salário? A quanto poderia ir a aposentadoria?", questionou.





Próximos atos

Durante as próximas semanas, haverá atos de lançamento em outras capitais: Rio de Janeiro (17/11), Porto Alegre (20), Belém (25), Fortaleza (26), Recife (27), e Belo Horizonte (11/12).

O ato em São Paulo teve transmissão online. O ato do Rio de Janeiro, a partir das 19h, também será transmitido pelo site do partido. Além disso, o PSTU preparou um jornal especial, com 20 páginas, apresentando o perfil operário e socialista da pré-candidatura e a biografia de Zé Maria, desde as greves do ABC.

Retirado do Site do PSTU

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pré-candidatura de Zé Maria será lançada nesta sexta-feira

O PSTU lança publicamente o nome de José Maria de Almeida, o Zé Maria, como alternativa para as eleições de 2010. O lançamento da pré-candidatura será realizado com um ato nacional, nesta sexta, 13, em São Paulo, e com atos regionais, no Rio de Janeiro, Fortaleza, Belém, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte.

O ato em São Paulo ocorre a partir das 19h, na Quadra dos Bancários, na Rua Tabatinguera, 192, ao lado do metrô Sé (saída Poupatempo). O próximo ato será no Rio de Janeiro, na terça, dia 17 de novembro, às 19h, na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, ao lado do Campo de Santana.

Zé Maria é presidente nacional do PSTU e foi candidato a presidente pelo partido em 1998 e em 2002, quando recebeu mais de 400 mil votos. Sua trajetória está ligada às lutas da classe operária, tendo iniciado sua militância como uma das lideranças das greves do ABC, no final dos anos 70. É um dos principais dirigentes dos trabalhadores brasileiros, tendo participado ativamente das principais lutas das últimas décadas, sendo hoje um dos coordenadores da Conlutas.


UMA ALTERNATIVA OPERÁRIA E SOCIALISTA

É preciso construir uma alternativa distinta à mesma polarização de sempre entre governo e oposição de direita. E o novo é a pré-candidatura de um operário socialista, Zé Maria.

O governo Lula, apesar de ser apoiado pela maioria dos trabalhadores, governa para grandes empresas multinacionais e bancos. É por isso que a situação social dos trabalhadores é cada vez pior. A oposição de direita (PSDB e DEM) não merece nenhuma confiança, são os mesmos representantes diretos da grande burguesia. Dilma Roussef e Serra vão defender a continuidade do que vivemos hoje.

Marina Silva aparece como algo novo, mas defende a continuidade da situação atual. Não propõe a ruptura com o imperialismo nem com o modelo neoliberal. Defende a ecologia, mas enquanto era ministra do meio ambiente, ocorreram os dois maiores retrocessos ecológicos das últimas décadas: a liberação dos transgênicos e o início das obras da transposição do rio São Francisco. Além disso, avançou rápidamente o desmatamento da Amazonia.

Como alternativa a Dilma, Serra e Marina, nós propomos a pré-candidatura de Zé Maria, um operário que teve a mesma origem de Lula, nas greves do ABC. Não por acaso, estiveram presos juntos, na greve de 1980. Mas Zé Maria se manteve todos estes anos na luta e não se vendeu. Continua nos piquetes de greve, enquanto os petistas governam para o capital.

Zé Maria vai defender nas eleições um programa socialista. É preciso romper com o imperialismo, expropriar as multinacionais e os bancos para conseguir salários, empregos, saúde e educação gratuitos e de qualidade.

Seguimos propondo ao PSOL e ao PCB uma frente socialista e classista na eleição. Mas, até agora o PSOL não assumiu um programa socialista e segue defendendo coligações com partidos burgueses, no Rio Grande do Sul e no Amapá. Pior, Heloísa Helena renunciou à candidatura presidencial e o PSOL nesse momento discute o apoio à Marina Silva.

Caso o PSOL mude seus rumos, seguiremos dispostos a formar uma frente. Caso não o faça, chamamos a todos os ativistas socialistas que estejam contra Dilma, Serra e Marina a discutir conosco a candidatura de Zé Maria.

É preciso unir todos os ativistas das lutas operárias, populares e estudantis que estejam dispostos a defender um programa classista e socialista para as eleições de 2010. E nós apresentamos uma alternativa: a pré-candidatura de Zé Maria.

Retirado do Site do PSTU

domingo, 8 de novembro de 2009

10ª Parada LGBT em Natal não foi só micareta

No último domingo, 08/11, a Avenida Prudente de Morais foi completamente tomada por carros de som, muita música e pelas cores do arco-íris. Esta época do ano, bastante sugestiva às festas de rua pela proximidade com o maior carnaval fora de época do Rio Grande Norte, viu se realizar mais uma micareta, mas não uma qualquer. A festa que levou às ruas de Natal cerca de 4 mil pessoas, era em comemoração à 10ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) de Natal.

O evento iniciou com concentração por volta das 15h e depois seguiu com a passagem de quatro trios elétricos, que levaram os animados foliões para o largo do Machadão, onde aconteceu um show musical. Lamentavelmente, como tem sido comum nas atividades ligadas ao setor LGBT, a Parada que deveria ter o objetivo de chamar a atenção para levar à frente um luta contra a homofobia, o preconceito, a discriminação, teve um caráter meramente festivo e financiado por empresas e governos, que fazem questão de não apresentar nenhuma política conseqüente em defesa dos homossexuais.


Uma coluna vermelha se diferenciou na Parada

Indo de encontro ao caráter de festa montado pelos governos e por diversas direções do movimento que não têm interesse em construir um movimento LGBT classista e independente, este ano foi formado um bloco de luta, independente dos governos e empresários, que mostrou que nem tudo está perdido.

Militantes do PSTU, da Conlutas, ANEL, esquerda da UNE, estudantes da FACEX, FATERN, UERN, UFRN E UNP estiveram presentes com faixas, bandeiras e e materiais próprios. O chamado à organização independente do setor LGBT para construir lutas através da ação direta e a exigência de políticas consequentes por parte dos governos foram os principais eixos do bloco.

Mas a participação do bloco não se restringiu a isso. Pelo Sindicato dos Bancários, fiz uma intervenção junto com minha companheira (Bárbara, representando o movimento estudantil) e convocamos o movimento para se levantar contra a homofobia, mas não somente em dias de festa e sim, construindo as lutas no dia-a-dia.

O nosso chamado ao movimento LGBT também não se restringiu à luta imediata por direitos, mas principalmente para dar um caráter estratégico às lutas, pois sem lutar para destruir o capitalismo, qualquer luta contra o preconceito, discriminação e violência contra os setores oprimidos será uma luta parcial.