sábado, 1 de outubro de 2011

Bancários: para arrancar uma boa proposta é preciso manter e ampliar a greve

A greve da categoria bancária está crescendo em todo o país. No 4º dia de paralisação já são cerca de 7700 agencias paradas nacionalmente. Os bancos, e em especial o BB estão praticando o assédio e uma política antisindical, como interdito proibitório e contingência. Mesmo assim a greve é forte em todo o país e se amplia diariamente.


BRB e Banpará

O BRB (Banco Regional de Brasília) fez uma proposta, que concede dentre outros o índice de 17,45% sobre o salário base e 24,17% sobre a gratificação de caixa. A proposta foi aceita pelos seus funcionários.

O Banpará também apresentou proposta, aprovada ontem em assembléia, de 10% sobre as verbas salariais, anistia dos dias parados e LICENÇA PRÊMIO de 5 dias, além dos 5 abonos anuais. Negociação específica no BB e CEF, já!

Por enquanto não há notícias de negociações com a Fenaban. No BRB e no Banpará, que têm um lucros bem inferior aos outros, a luta mostra que os bancos têm condições de ceder um reajuste digno para todos os bancários. A Contraf-CUT deve buscar negociar as questões específicas com o BB e a CEF desde já.


Vitória na justiça no RJ – O sindicato de SP deve entrar com ação também

O Sindicato dos Bancários do Rio obteve duas vitórias importantes: a inconstitucionalidade do desconto dos dias parados e a derrubada do interdito proibitório. O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) está pressionando e apresentando proposta nas assembléias para que os sindicatos do Brasil inteiro também ingressem com as ações.


Unidade de bancários, carteiros e funcionalismo em greve

Infelizmente o banqueiro que mais trabalha contra a greve e as nossas reivindicações é o governo, através do Banco do Brasil. Foi o primeiro a recorrer ao interdito proibitório e faz assédio moral chantageando com o desconto dos dias parados. Para fazer frente às práticas antisindicais é preciso recorrer à unidade dos trabalhadores.

Ontem, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, funcionário do BB e ex-sindicalista, disse à impressa que os trabalhadores dos Correios, em greve há 15 dias, eram intransigentes por não aceitar o desconto dos dias parados. Sabemos que a intransigência é do governo que se nega a respeitar o artigo 9º da Constituição.

Temos que unir os trabalhadores em greve para obrigar o governo Dilma a reconhecer o direito de greve, transformando o discurso em prática: “Se o Brasil cresceu, os trabalhadores querem o seu”.


Retirado do Site do PSTU

Ato unifica bancários, trabalhadores dos Correios e servidores da Justiça em greve

Manifestação reunião 4 mil trabalhadores em greve no centro de São Paulo; bancários e funcionários dos Correios enfrentam intransigência e truculência do governo


Diego Cruz
Detalhe do ato unificado em São Paulo
Uma grande manifestação agitou o centro da capital paulista, na tarde desse dia 30 de setembro. Apesar do tempo seco e do forte calor, o ato reuniu cerca de 4 mil pessoas. O protesto reuniu três categorias em greve: trabalhadores dos Correios, bancários e servidores da Justiça Federal. Os funcionários da estatal de serviços postais estão parados desde o dia 13 de setembro. Já os bancários cruzaram os braços no dia 27 e os servidores do judiciário decidiram parar nesse dia 30.


Ombro a ombro

Os trabalhadores dos Correios se concentraram em frente ao prédio histórico da empresa no vale do Anhangabaú. A poucos metros dali, os bancários se reuniam próximo ao prédio do Banco do Brasil. Por volta das 16h os funcionários dos Correios e os servidores do Judiciário subiram em direção à Av. Líbero Badaró e se juntaram aos bancários. Duas ondas humanas, uma amarelo e azul, dos uniformes dos Correios, e outra vermelha, dos coletes de greve dos bancários, se misturaram para seguirem em uma grande passeata pelas ruas do centro. “A greve continua; Dilma a culpa é sua” era uma das principais palavras de ordem cantadas pelos manifestantes. Os grevistas seguiram em passeata até a Praça da Sé e retornaram ao Anhangabaú.

Se as categorias são diferentes, o motivo pelo qual lutam é o mesmo. Salários rebaixados e corroídos pela inflação e péssimas condições de trabalho. Outro obstáculo que são obrigados a enfrentar é a intransigência nas negociações. No caso dos Correios, o governo orientou o corte nos pontos dos grevistas e entrou na Justiça contra a greve. Já os bancários enfrentam os ‘interditos proibitórios’ pedidos pela direção dos bancos públicos, que estão à frente dos banqueiros privados no enfrentamento contra a greve.

Foto: Vinicius Psoa



Governo corta salário nos Correios

Apesar das sucessivas tentativas de intimidação realizadas pelo governo e a direção da estatal, a greve continua forte. “Nesse dia 29 houve novas negociações, dois mil companheiros de Brasília ocuparam o prédio dos Correios, mas não se chegou a um acordo porque a empresa só reafirmou a proposta que já vinha fazendo”, afirmou Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, dirigente da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC) e da CSP-Conlutas. A proposta da empresa prevê reajuste apenas em 2012.

O dirigente ainda criticou o desconto dos dias parados. “É uma atitude truculenta, o governo não respeitou nem os estados que ganharam liminar contra o desconto nos salários, algo que nunca tinha acontecido nos Correios” disse. O governo descontou seis dias dos trabalhadores em greve.

No próximo dia 4 de outubro os trabalhadores dos Correios organizam caravana a Brasília a fim de pressionar o governo pelo avanço nas negociações. Além de reajuste já e o não desconto dos dias parados, eles exigem o veto de Dilma à MP-532, que abre o capital da estatal e inicia o processo de privatização da empresa.




Bancários fazem forte greve

Se os funcionários dos Correios enfrentam o corte nos dias parados, os bancários batem de frente com a intransigência dos bancos, principalmente os bancos públicos como o Banco do Brasil, e os interditos proibitórios, mecanismos jurídicos utilizados pelas instituições para coibirem piquetes. Nessa linha de intransigência e truculência, o governo saiu na frente dos banqueiros.

“Antes mesmo de começar a greve, o governo já vinha com uma linha mais dura, se antecipando aos próprios banqueiros o governo já começou dizendo que não daria reajuste”, denuncia Juliana de Oliveira, bancária do Banco do Brasil e membro do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligado à CSP-Conlutas. Eles exigem reajuste e contratação de mais funcionários.

Juliana critica ainda a direção majoritária dos sindicatos, ligada à CUT que, não só demorou para chamar a greve, como apresentou uma pauta de reivindicação extremamente rebaixada. “Nossa greve começou esse ano mais forte que a do ano passado, mas ela poderia ser ainda maior” , destacou. Juliana lembrou ainda das conquistas dos bancários de bancos como o Banpará e o BRB para mostrar que é possível arrancar o reajuste, ampliando a greve e unificando as lutas com as das demais categorias mobilizadas.



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  • Editorial do Opinião Socialista: Lutemos juntos contra os banqueiros


  • Retirado do Site do PSTU

    sexta-feira, 30 de setembro de 2011

    Nota do PSTU sobre pedofilia em Bauru (SP)

    Nosso partido tomou conhecimento nesta semana, pela imprensa, das graves acusações de pedofilia contra Sandro Fernandes, advogado de Bauru (SP) e ex-militante do PSTU. Desde então, nossa repulsa e nojo só têm aumentado diante de cada nova e terrível revelação feita pelos quatro familiares, incluindo sua filha e seu filho, este com apenas nove anos.

    Os detalhes relatados pelas crianças e jovens atacadas pelo advogado não deixam margem para dúvida: estamos diante de um pedófilo que, como tal, deve ser exemplarmente punido, como autor de um crime covarde e sórdido, cometido contra crianças que não têm como se defender.

    Antes de mais nada, queremos levar a nossa solidariedade a estas crianças que tiveram suas vidas marcadas de forma permanente. Queremos ainda destacar e elogiar a coragem que tiveram, rompendo com o silêncio familiar e a hipocrisia.

    Em relação a Sandro Fernandes, exigimos a investigação e punição exemplar por seus crimes. De imediato, nos somamos ao pedido de prisão preventiva, ainda mais após sua ausência no depoimento previsto para esta quinta-feira, 29 de setembro. Não é possível que ele circule por aí, escolhendo a hora em que vai dar seu depoimento e com o risco permanente de fuga. Além disso, acreditamos que é necessário uma campanha permanente para impedir que a impunidade prevaleça, depois que o caso deixe as páginas dos jornais.

    Sandro Fernandes foi militante do PSTU até novembro de 2008, tendo sido candidato a prefeito e vereador na cidade. Há três anos não é militante. Lamentamos profundamente que um dia tenha feito parte de nosso partido.

    Nestes anos, nada em seu comportamento ou atitudes despertou desconfianças ou suspeitas. Também fomos enganados pelo comportamento público de Sandro. Caso tivéssemos suspeitas ou denúncias como as que foram feitas, nosso partido seria o primeiro a tornar o caso público e denunciar o advogado, sem conivência ou acobertamento de qualquer natureza.

    Todos os que conhecem nosso partido e sua vida interna sabem da seriedade e firmeza com que tratamos este tipo de questão. Dedicamos parte significativa de nossa atuação, nossos debates internos e formação política ao combate ao machismo, homofobia, racismo e qualquer outro tipo de opressão. E temos um funcionamento que visa coibir e punir (com a expulsão, por exemplo), comportamentos desse tipo.

    Temos esta prática porque acreditamos que não é possível ter militantes que lutem pela transformação do coletivo e, individualmente, oprimam e se aproveitem de outras pessoas. Consideramos inaceitável a presença de machistas, racistas e homofóbicos em nosso partido. Muito menos, de pedófilos.

    Em todo o mundo, os casos de pedofilia, de ataques sexuais e de violência contra crianças e mulheres tomam uma dimensão de barbárie social. Temos de ser implacáveis no combate a pedofilia, combatendo a impunidade. Essa luta, assim como o combate à toda forma de opressão, não é uma tarefa para um futuro socialista, mas para agora.

    Esse lamentável episódio é ainda mais uma demonstração da acelerada degradação das relações humanas, que deixa as crianças expostas a uma sociedade cada vez mais doentia nesta fase de decadência do capitalismo. Tudo isso reforça a necessidade de mantermos viva a luta por uma sociedade igualitária, sem exploração, que aponte um futuro para nossas crianças. Que impeça a barbárie.


    29 de setembro de 2011.

    Direção Nacional do PSTU
    Direção do PSTU-Bauru


    Retirado do Site do PSTU

    quinta-feira, 29 de setembro de 2011

    Greve nacional dos bancários já acontece em 25 estados e no Distrito Federal

    A greve nacional dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, dia 27, começou com força em todo país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação já acontece em 25 estados e no Distrito Federal, paralisando agências de bancos públicos e privados.

    O único estado sem greve é Roraima, onde ocorre assembleia dos bancários no início da noite desta terça-feira para decidir a adesão ao movimento.

    Os bancários se cansaram de ver os banqueiros lucrarem bilhões e depois chorar migalhas na mesa de negociação. A greve foi deflagrada após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.

    Os bancos obtiveram lucros acima de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre e têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria, que está reivindicando reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.


    Acordo no BRB é superior do foi reivindicado pela Contraf

    Tanto é assim que os banqueiros podem pagar as reivindicações, que no BRB o acordo foi de 17,45% de reajuste e aumento real, acima inclusive do que estava sendo pedido pela confederação da categoria.

    Os bancários do BRB (Banco Regional de Brasília) obtiveram uma primeira vitória na categoria ao conquistar 17,45% de reajuste. Um acordo superior ao que vinha sendo reivindicado pela confederação da categoria. A proposta será votada hoje em assembléias. Veja abaixo:

    a) Reajuste de 17,45% no Vencimento Padrão Inicial vigente em setembro/2010, com reflexos nos demais. O mesmo reajuste será aplicado sobre complemento pessoal de vencimento padrão, qüinqüênios, anuênios e demais vantagens pessoais. Em razão do BRB haver adiantado em março/2011 um reajuste de 3,85%, o BRB aplicará agora um reajuste adicional de 13,60%;

    b) Reajuste de 22,18% na Cesta Alimentação;

    c) Reajuste de 8,35% no Vale refeição, elevando tal verba para R$ 564,00;

    d) Reajuste de 24,17% na Gratificação de Caixa vigente em setembro/2010, elevando a mencionada Gratificação para R$ 1.117,53. O complemento pessoal da atividade de caixa também será reajustado no mesmo patamar;

    e) Os valores de referência e a tabela de funções serão corrigidos em 8,5%;

    f) Reajuste de 8,5% nas demais verbas salariais e sobre todos os benefícios, exceto o auxílio funeral, cujo valor ficará mantido em R$ 5.443,97; e,

    g) Redução da jornada em 1 hora para as mães, desde o sexto mês de nascimento até um ano, visando alongar e facilitar a amamentação.

    O Banco contrapropôs ainda a redução dos juros do cheque especial dos funcionários para 3,8% a. m., taxa ainda muito elevada.

    O Banco contrapropôs também a renovação da cláusula que regula a isenção de tarifas para os funcionários e aposentados do BRB.

    O Banco se comprometeu a discutir a implementação de uma solução para as 7ª e 8ª horas.

    O Banco também se comprometeu a implantar o novo PCCR sobre a base de remuneração atualizada pela presente negociação, com pagamento de um abono para indenizar ou compensar o atraso na referida implementação.


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  • Editorial do Opinião Socialista: Lutemos juntos contra os banqueiros


  • Banqueiros lucraram como nunca e bancários vão à luta



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    terça-feira, 27 de setembro de 2011

    Ato marca entrada de ex-militantes do PSOL no PSTU

    O dia 22 de setembro de 2011 entra para a história de nossa organização política com a oficialização do ingresso do Coletivo Ação Comunista (CAC) no PSTU. Um ato público realizado no auditório do Sindicato dos Bancários do Maranhão reuniu nesta quinta-feira dezenas de militantes e simpatizantes do PSTU e do antigo CAC para celebrar o final do processo de fusão das duas organizações.

    O clima entre os presentes era de confraternização e muita alegria pela unificação. A mesa de abertura do ato contou com a presença dos companheiros Marcos Silva, Cláudia Durans e Eloy Natan pela direção estadual do PSTU, Saulo Arcangeli, Dolores e Rogério pelo antigo CAC e do presidente nacional do PSTU, Zé Maria de Almeida. Todos destacaram o fortalecimento do PSTU com a entrada dos valorosos companheiros que romperam com o PSOL no início do ano.


    Veja vídeo com algumas falas do ato




    Veja vídeo com todas as falas do ato (15min)




    Agora militantes de diversas gerações, desde aqueles que experimentaram da construção e degeneração da CUT e do PT aos mais novos que hoje reconstroem um projeto de organização dos trabalhadores e da juventude independente dos patrões e do governo com a CSP Conlutas e a ANEL estão finalmente reunidos numa só organização partidária.

    A vinda dos companheiros se deu após um amplo debate sobre concepção e estratégia partidária ocorrido conjuntamente com os debates de pré congresso do Partido. A militância conjunta na Conlutas e depois na CSP Conlutas ajudou muito a reforçar os laços entre as duas organizações e foi fundamental para a vitória do processo.

    Mais do que nunca a esquerda socialista se fortalece. Ao final foi cantada por todos a Internacional.




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  • Após romper com o PSOL, grupo do Maranhão anuncia entrada no PSTU. Leia entrevista


  • Retirado do Site do PSTU

    Bancários entram em greve nacional nesta terça-feira, 27

    Na negociação ocorrida nesta sexta-feira, dia 23 de setembro, em São Paulo, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em mesa única com os bancos públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, apresentaram nova proposta de índice de reajuste de 8% sobre todas as verbas, uma elevação de apenas 0,2% em relação à proposta de 7,8%, que foi rejeitada em assembleias na última quinta-feira, dia 22, em todo o país.

    Este índice é muito aquém das perdas acumuladas dos bancários, de 98,62% na CEF, 86,68% no BB e 26% nos privados, constrastando com os recordes de lucros que, durante o governo Lula, alcançaram 500% (R$170 bilhões) e, neste primeiro semestre, chegaram a mais de R$ 27,4 bilhões, mostrando claramente que a crise internacional não afetou o setor.

    O governo tenta, através da direção do Banco do Brasil, ameaçar os bancários prometendo descontar os dias de greve. Mas a força da categoria, que vem fazendo greve desde 2003, começa a dividir o setor patronal mesmo antes da paralisação. O Banco de Brasília(BRB) apresentou contraproposta acima da última apresentada pela Fenaban: 10% sobre os VP's - vencimentos padrão (salário de ingresso e reflexo nos demais níveis) e mais 8% sobre todas as demais verbas salariais, garantindo ainda um "plus", acima do que vier a ser concedido pela Fenaban, na hipótese de fechamento de convenção com índice maior ou igual à contraproposta por ele apresentada.

    A tática da Articulação bancária (corrente ligada à CUT e ao PT) que dirige a Contraf/CUT (Confederação nacional dos bancários), de fazer uma campanha apagada para forçar um acordo sem greve, não surtiu efeito. Por isso os bancários sairão em greve a partir desta terça-feira, em todo o país.


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  • Editorial do Opinião Socialista: Lutemos juntos contra os banqueiros

  • Banqueiros lucraram como nunca e bancários vão à luta


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    Bolívia: governo de Evo Morales reprime marcha indígena

    Polícia detêm indígenas durante marcha
    No último dia 25, o governo de Evo Morales mostrou para quem realmente governa. Nessa data, o presidente boliviano lançou a polícia contra uma marcha indígena que protestava contra a construção de uma estrada. O saldo da brutalidade foi – até o momento - um bebê morto e 37 pessoas desaparecidas, segundo o Comitê da Marcha dos povos indígenas, que dirigia o protesto. A criança faleceu devido ao gás lacrimogêneo utilizados na repressão policial.

    A marcha reunia centenas de indígenas da região da Amazônia boliviana, que há mais de 40 dias protestam contra a construção de uma estrada. Segundo os indígenas, o projeto da estrada ameaçaria suas terras cortando ao meio o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), uma importante reserva ecológica do país.

    A violenta repressão começou quando os indígenas estavam repousando na beira de uma estrada no povoado de Yucumo, cerca de 300 km de La Paz. O comandante da polícia, Oscar Muñoz, justificou a violência afirmando que os militares foram ameaçados por indígenas “armados com flecha”, o que é absolutamente desmentido pelas imagens gravadas. Na verdade, o objetivo da repressão ordenada por Evo era impedir que os indígenas chegassem até a capital, onde os marchantes se reuniriam a outras populações indígenas.


    A quem serve a construção da estrada

    A definição da construção da estrada que divide o território dos indígenas bolivianos foi acertada, em agosto de 2009, pelos então presidentes Evo Morales e Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto vai apenas beneficiar as multinacionais petroleiras que atuam no país, as madeiras e empresários brasileiros. Seu objetivo é diminuir a distância para as exportações de mercadorias oriundas do Brasil e da China, criando uma rota para o escoamento de mercadorias, partindo do estado de Rondônia, no Brasil, para várias regiões bolivianas. A obra, orçada em 415 milhões de dólares, está sendo realizada pela empreiteira a brasileira OAS. Aproximadamente 80% do valor será financiado por empréstimos que o Brasil concedeu à Bolívia no valor de 332 milhões de dólares.


    Crise política

    A selvagem repressão mostra com toda a clareza o caráter autoritário do governo Morales. A mão pesada da repressão do seu governo coloca por terra todo o falso discurso sobre o “território indígena coletivo”, supostamente defendido pelo presidente para aprovar sua Constituição. Seu suposto “socialismo” indígena não passa de uma manobra para ganhar a confiança do povo e, depois, traí-lo.

    Por outro lado, a repressão contra os marchantes acentua a crise política vivida pelo governo. A ministra da Defesa da Bolívia, Cecilia Chacón, apresentou sua renúncia por discordar da decisão do governo em reprimir a marcha.

    Sindicatos, associações indígenas, partidos de oposição e grupos ecologistas e de defesa dos direitos humanos estão preparando protestos públicos, incluindo uma paralisação nacional chamada pela Central Operária Boliviana (COB), em repúdio a repressão.

    Evo Moraels, porém, sinaliza toda sua disposição em defender os negócios das empreiteiras e multinacionais. Em La Paz, a Praça de Murillo, onde estão localizados o Parlamento e o Palácio Presidencial, já está tomada por centenas de policiais.

    Leia trechos da nota do Comitê da Marcha dos povos indígenas explicando a repressão policial

    “Hoje às 16h30 iniciou-se um operativo policial e/ou militar de cerco sobre o acampamento da ponte San Miguel a 5 Km de Yucumo, onde estavam descansando cerca de 800 manifestantes, incluindo mais de 200 meninos e bebês. Por volta das 17h foi lançado bombas de gás lacrimogêneo contra as pessoas indefesas, o que provocou uma confusão total e, por esse motivo, começaram a desaparecer muitos dos meninos que estavam aí acampados junto a suas mães”

    "Posteriormente, efetivos da polícia começaram a perseguir as pessoas. encurralá-los, espancá-los, queimando o acampamento, jogando gás sobre mulheres grávidas e apreendendo pertences pessoais da imprensa, obrigaram as pessoas a subir nas camionetes para que, desta maneira, digna da pior das ditaduras, intervir e acabar com a marcha"



    Veja a repressão policial ordenada por Evo




    Retirado do Site do PSTU