A mão (não tão invisível assim) da especulação imobiliária é o que está por trás da enorme campanha de xenofobia contra os trabalhadores pobres da ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). Também é o elo com mais outros dois episódios que ganharam notoriedade em São Paulo nas últimas semanas: o suspeito incêndio do favela do Moinho, e tentativa do governo Alckmin e do prefeito Kassab de limpar a cracolândia, no bairro na Luz.
Caso se concretize, a desocupação do Pinheirinho será a maior já realizada, superando a da Vila Socialista, em Diadema, realizada em 1990, que resultou em duas mortes. A irresponsabilidade da prefeitura, poder judiciário e da PM vai produzir uma nova tragédia de repercussão nacional que vai recair sobre 3 mil fámilias.
Como vários outros municípios do país, São José é palco de intensos investimentos imobiliário. No último ano, o setor auferiu lucros exorbitantes. O número lançamentos é 20% maior do que o do de 2010, segundo a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba). O número lançamentos é 20% maior do que o do de 2010.
O leitor é capaz de adivinhar qual é a região da cidade com maior numero de lançamentos imobiliários? É justamente a Zona Sul, onde está localizado o Pinheirinho, que concentra 51 dos 143 lançamentos.
“A zona Sul é muito grande e tinha muitos vazios urbanos que foram preenchidos por esses empreendimentos. Já a zona Oeste se tornou objeto de investimento e moradia de classes A e B”, afirma o presidente da Aconvap ao Portal “O Vale”.
Obviamente, todo esse movimento foi acompanhado por inúmeros projetos de "revitalização" urbana da gestão do prefeito Eduardo Cury, do PSDB. Trata-se de criminosos planos de higienização urbana cujo objetivo é expulsar a população pobre para longe dos olhos das elites e da classe média. O resultado foi a enorme expansão da periferia de São José. Segundo, “O Vale”, a periferia da cidade recebeu cerca de 30 mil moradias nos últimos cinco anos.
Há muita grana em circulação. A previsão da Aconvap é que o mercado imobiliário de São José movimente mais de R$ 5,4 bilhões até 2014, valor correspondente a 25% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade.
Não é de se estranhar, portanto, o interesse dos políticos locais, da prefeitura, grande imprensa e da “Justiça” em insistir na reintegração de posse de uma massa falida do agiota internacional Naji Nahas, mesmo que seja necessário esmagar os trabalhadores pobres do Pinheirinho. Como disse a juíza Márcia Loureiro, irredutível em sua decisão em expulsar os moradores, “é uma área de muito valor”. A frase foi pronunciada diante dos ouvidos incrédulos dos representantes do movimento em uma reunião com a juíza. Filmes como “Redentor” mostraram muito bem como agem a corrupta Justiça, políticos, mídia em conluio com as construtoras.
O capital imobiliário, os políticos e a "justiça" fizeram sua opção: trataram de escolher qual parcela da humanidade não merece viver, tampouco um lugar para habitar.
Retirado do Site do PSTU
Caso se concretize, a desocupação do Pinheirinho será a maior já realizada, superando a da Vila Socialista, em Diadema, realizada em 1990, que resultou em duas mortes. A irresponsabilidade da prefeitura, poder judiciário e da PM vai produzir uma nova tragédia de repercussão nacional que vai recair sobre 3 mil fámilias.
Como vários outros municípios do país, São José é palco de intensos investimentos imobiliário. No último ano, o setor auferiu lucros exorbitantes. O número lançamentos é 20% maior do que o do de 2010, segundo a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba). O número lançamentos é 20% maior do que o do de 2010.
O leitor é capaz de adivinhar qual é a região da cidade com maior numero de lançamentos imobiliários? É justamente a Zona Sul, onde está localizado o Pinheirinho, que concentra 51 dos 143 lançamentos.
“A zona Sul é muito grande e tinha muitos vazios urbanos que foram preenchidos por esses empreendimentos. Já a zona Oeste se tornou objeto de investimento e moradia de classes A e B”, afirma o presidente da Aconvap ao Portal “O Vale”.
Obviamente, todo esse movimento foi acompanhado por inúmeros projetos de "revitalização" urbana da gestão do prefeito Eduardo Cury, do PSDB. Trata-se de criminosos planos de higienização urbana cujo objetivo é expulsar a população pobre para longe dos olhos das elites e da classe média. O resultado foi a enorme expansão da periferia de São José. Segundo, “O Vale”, a periferia da cidade recebeu cerca de 30 mil moradias nos últimos cinco anos.
Há muita grana em circulação. A previsão da Aconvap é que o mercado imobiliário de São José movimente mais de R$ 5,4 bilhões até 2014, valor correspondente a 25% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade.
Não é de se estranhar, portanto, o interesse dos políticos locais, da prefeitura, grande imprensa e da “Justiça” em insistir na reintegração de posse de uma massa falida do agiota internacional Naji Nahas, mesmo que seja necessário esmagar os trabalhadores pobres do Pinheirinho. Como disse a juíza Márcia Loureiro, irredutível em sua decisão em expulsar os moradores, “é uma área de muito valor”. A frase foi pronunciada diante dos ouvidos incrédulos dos representantes do movimento em uma reunião com a juíza. Filmes como “Redentor” mostraram muito bem como agem a corrupta Justiça, políticos, mídia em conluio com as construtoras.
O capital imobiliário, os políticos e a "justiça" fizeram sua opção: trataram de escolher qual parcela da humanidade não merece viver, tampouco um lugar para habitar.
Retirado do Site do PSTU