sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Acordo para suspensão de demissões na GM é estendido

Proposta será levada para votação em assembleia, na próxima segunda-feira, dia 15.


Mancha, Macapá e Toninho na coletiva de Imprensa

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motors chegaram, nesta quinta-feira, dia 11, a uma proposta que estende até 26 de janeiro de 2013 o acordo de suspensão do plano de demissão em massa na montadora. A proposta será levada para votação em assembleia dos trabalhadores, na próxima segunda-feira, dia 15, na porta da GM, às 5h30.

A proposta prevê a prorrogação do período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), que a princípio terminaria no dia 30 de novembro.

Todos que estão em layoff terão direito a 13º salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o reajuste de 8,24% conquistado na Campanha Salarial deste ano.

A empresa planeja demitir 1.840 trabalhadores. Deste total, 232 já aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) e 824 estão em layoff. O PDV continua em aberto até o dia 30 de outubro e prevê benefícios de um a oito salários, de acordo com o tempo de trabalho.

O novo acordo também prevê a continuidade da produção do veículo Classic, no setor MVA (Montagem de Veículos Automotores), até 26 de janeiro, e não mais até 30 de novembro, como estava previsto anteriormente.

O Sindicato e a GM têm mantido negociações desde agosto, e durante todo esse período a empresa continuou com a decisão de demitir os 1.840 trabalhadores, flexibilizar direitos e transferir a produção do Classic para a Argentina. Em nenhum momento a empresa garantiu a manutenção dos postos de trabalho, mesmo se forem retirados direitos já existentes.

Agora, empresa e Sindicato têm até 25 de janeiro para concluírem as negociações. Até lá, os trabalhadores irão manter uma agenda de mobilizações para pressionar governo e empresa a tomarem medidas que cancelem definitivamente as demissões e que novos investimentos sejam feitos na fábrica de São José dos Campos.


Audiência Pública no Senado

Na próxima terça-feira, dia 16, cerca de 120 trabalhadores e dirigentes sindicais estarão em Brasília para participar de uma audiência pública no Senado, em que o tema central será a situação dos funcionários da GM. Três ônibus devem sair de São José dos Campos, na segunda-feira, às 13h.

“Vamos perguntar para os senadores se eles acham justo que a GM, beneficiada por incentivos fiscais com dinheiro público, demita em São José para transferir a produção do Classic para a Argentina e, depois, importar esse mesmo carro”, disse o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

O Sindicato também pretende organizar uma manifestação no Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo, entre os dias 24 de outubro de 4 de novembro.

“Este novo período que conseguimos vai nos dar mais fôlego para organizarmos as mobilizações e tentar reverter definitivamente os planos da GM. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia para a cidade. Queremos chegar ao fim das negociações com todos os trabalhadores de volta à fábrica e a garantia de novos investimentos”, conclui Macapá.


Retirado do Site do PSTU

PSTU atinge cinco mil novos filiados


Operário assina ficha de filiação em Belém
Nosso partido lançou uma campanha nacional de filiações em julho, aproveitando a campanha eleitoral deste ano, com o objetivo de aumentar o número de seus filiados e fortalecer a relação do partido com os seus apoiadores e simpatizantes.
Ainda estamos recolhendo informações, mas já podemos anunciar que tivemos uma grande vitória com a campanha, ultrapassando as cinco mil novas filiações ao partido, com destaque para um grande número de filiações operárias.

Apesar de toda falta de democracia nas eleições, com a grande imprensa e o poder econômico beneficiando descaradamente os seus candidatos, o resultado obtido com a campanha de filiações demonstra que a presença nas eleições serviu não só para divulgar o nosso programa socialista, como também foi uma ótima oportunidade para o partido crescer, se enraizando em importantes setores da nossa classe.


Destaques

No estado de São Paulo, já atingimos 1.500 novas filiações, sendo que 700 foram na capital, mais de 400 em São José dos Campos – a maioria entre os metalúrgicos da região do Vale do Paraíba. O resultado foi uma campanha eleitoral que levou o camarada Toninho a ser o quinto candidato a vereador mais votado da cidade de São José dos Campos. Só não se elegeu devido à barreira do coeficiente eleitoral. Atingimos também cerca de 100 novos filiados tanto em Campinas como na região do ABC.

Em Belém, na vitoriosa campanha eleitoral que colocou Edmilson Rodrigues (PSOL) no segundo turno, e elegeu Cléber Rabelo para a Câmara de Vereadores, ultrapassamos a incrível marca de 900 filiações, mais de 600 são operários da construção civil.

No Nordeste chegamos a 1.200 novos filiados, destacando a campanha em Fortaleza com mais de 400 filiações – em grande parte, operários da construção civil; em Natal foram realizadas mais de 230 filiações como parte da campanha de Amanda Gurgel; em Aracaju, chegamos a, pelo menos,150 novos filiados durante a campanha de Vera para a prefeitura.

No Estado do Rio de Janeiro, chegamos a 750 novos filiados, com destaque para as mais de 300 na capital, cerca de 150 na região da Baixada Fluminense e 80 em Nova Friburgo.

Em Minas Gerais, já foram quase 300 filiados, sendo 120 deles em Belo Horizonte. Na região Sul se chegou as 300 novas filiações, especialmente em Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.

Um resultado vitorioso que expressa o fortalecimento do partido, mais uma vitória da nossa campanha eleitoral nas eleições municipais deste ano.


Fortalecer a relação política com os filiados

Agora, em outubro, vamos dar prosseguimento ao avanço da relação política do partido com os novos filiados, fruto da nossa campanha vitoriosa. Estão sendo programadas várias palestras abertas do partido sobre o balanço das eleições e a participação do PSTU, como também sobre a campanha contra os crimes da ditadura no Brasil, a Comissão da Verdade e em defesa da anistia aos militantes da antiga Convergência Socialista, perseguidos pelo regime militar.

Vamos convidar todos os filiados que queiram se integrar a um dos núcleos regulares do partido para se tornarem militantes da organização. Este processo já vem acontecendo em várias cidades, mostrando que a campanha de filiação vem fortalecer também os organismos partidários.

Mas, com todos os novos filiados, mesmo com aqueles que não queiram ou não possam se integrar regularmente em um dos nossos núcleos, queremos estabelecer uma relação política cotidiana. Queremos integrá-los em nossas campanhas políticas e demais atividades públicas do partido; em nossas palestras abertas e regulares nas sedes, nas atividades de formação teórica e discutindo com eles os nossos materiais políticos e de propaganda socialista, como o jornal Opinião Socialista e a revista Correio Internacional.

O objetivo é incorporar ao nosso cotidiano o chamado aos ativistas e lutadores, dos movimentos sociais e da juventude, para que se filiem ao nosso partido, como um primeiro passo de aproximação da nossa organização.


Somos socialistas de carteirinha

Durante agosto e setembro, várias atividades públicas do partido, abertas aos nossos apoiadores e simpatizantes, foram realizadas por nossas regionais para marcar o início de uma nova relação política com os novos filiados.

Em todas as regiões do país, nosso partido chamou os ativistas e os nossos apoiadores da nossa campanha para discutir nosso programa para as cidades. Também discutimos temas da conjuntura internacional, aproveitando para realizar uma bela homenagem aos novos filiados, que recebiam dos nossos militantes mais antigos e figuras públicas do partido a nova carteira de filiado.

Estas atividades foram um importante impulso para a reta final da nossa campanha eleitoral e emocionou a muitos que percebiam o fortalecimento do partido.


Retirado do Site do PSTU

Servidores federais lançarão campanha pela anulação da reforma da Previdência

O próprio STF reconhece que a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, em 2003, ocorreu com compra de votos
 

Ato contra a reforma da Previdência em 2003

O julgamento dos envolvidos no chamado Mensalão trouxe novamente um tema de interesse público na política brasileira: as práticas vergonhosas de corrupção em torno da compra de votos de parlamentares para aprovação no Congresso Nacional de projetos de interesse do governo e de empresários. Uma verdadeira teia de práticas ilícitas com o dinheiro do povo brasileiro.

O ministro Celso de Mello do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou em suas considerações de votos que os atos parlamentares contaminados pela corrupção do Mensalão são passíveis de anulação.

Se refrescarmos a memória, lembramos que em 2003, apesar da resistência dos trabalhadores diante dos ataques do governo contra as aposentadorias, houve muita negociata para a aprovação da reforma da previdência. Para ser aprovada, a proposta precisava de 308 votos na Câmara. Obteve 357 votos no primeiro turno e 358 no segundo.

Diante da possibilidade de invalidação dessas votações no Congresso, já há a articulação de diversas entidades para a elaboração de uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ou medida judicial cabível pedindo a anulação da reforma da Previdência.

Mesmo sem a comprovação de que as bancadas dos partidos dos deputados condenados por corrupção passiva tenham recebido para votar com o governo, os ministros podem considerar que o processo teve um vício formal e pode ser anulado.

Fazendo a análise de que parte da campanha em defesa da aposentadoria do trabalhador brasileiro é exigir a anulação da votação da reforma da previdência, os servidores públicos, reunidos no Fórum Nacional de Entidades dos SPF's (Servidores Públicos Federais) irão se integrar e já definiram pelo lançamento de uma campanha política nacional pela anulação da reforma da previdência. Essa campanha será desenvolvida com ações políticas com mobilização junto ao funcionalismo federal e na esfera jurídica com ações judiciais.

No imediato, o Fórum Nacional aprovou, em sua reunião desta terça-feira (9), a realização de uma reunião com o jurista, Dr. Cezar Britto, para tratarem de iniciativa junto ao STF pela anulação dessa reforma. A ideia é formar um grupo de entidades signatárias de uma ADIN, para dar entrada nesse tribunal logo após o final do julgamento do Mensalão.

A CSP-Conlutas se soma a essa iniciativa e vai participar dessa reunião em Brasília para dar encaminhamento à campanha política pela anulação da reforma da previdência e para definir as iniciativas jurídicas a serem tomadas tão logo seja publicado o acórdão do julgamento do Mensalão.


Retirado do Site do PSTU

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Editora Sundermann prepara combo especial para outubro

Promoção especial comemora 95 anos da revolução russa


Dia 25 de outubro comemoraremos os 95 anos da Revolução Russa. E para não deixar a data passar batida, a Editora Sundermann está com uma super promoção! Durante esse mês é possível comprar dois kits promocionais, História da Internacional Comunista mais A Revolução Traída de R$145 por R$90; e A História da Revolução Russa mais O Veredicto da História de R$180 por R$100.



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Retirado do Site do PSTU

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

STF condena José Dirceu

Quem é o homem condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão e o seu significado para a esquerda?
 
Agência Brasil
Zé Dirceu, condenado por corrupção

O Supremo Tribunal Federal decidiu nesse dia 9 de outubro que José Dirceu é culpado por corrupção ativa no processo do mensalão. O voto do ministro Marco Aurélio selou o destino do ex-ministro da Casa Civil (2003 a 2005) no governo Lula.

Além de José Dirceu, o ex-presidente do PT, José Genoíno também foi condenado. Votaram pela absolvição de Dirceu até agora o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, cuja atuação está mais para a de um advogado do PT,assim como o ex-funcionário de Dirceu na Casa Civil, ministro Dias Toffoli, indicado por Dilma.

Os ministros que votaram pela condenação de Dirceu apontaram uma série de indícios e evidências que mostram a sua participação no comando do esquema de desvio de recursos públicos e compra de deputados para a aprovação de projetos no primeiro ano do governo Lula. Entre eles, as reuniões do então ministro da Casa Civil com o comando dos bancos BMG e Rural pouco antes da liberação de repasses milionários que iam acabar nas mãos dos deputados da base aliada.


Golpe das elites?

O PT e parte da esquerda, incluindo surpreendentemente algumas correntes associadas à ultraesquerda, denunciam o que chamam de “farsa do mensalão” e creditam todo o julgamento a um conluio da oposição de direita para atacar o governo e, em especial, o Partido dos Trabalhadores. Que a direita tradicional tenta se aproveitar ao máximo do escândalo, buscando capitalizá-lo eleitoralmente, é público. As “coincidências” de datas entre o julgamento e as eleições tampouco parecem fruto do acaso.

Isso, porém, basta para que se considere que “não existiu o mensalão”? Tal afirmação é um acinte à inteligência alheia. As lutas políticas em torno do julgamento não anulam o escândalo que fez tremer o governo Lula em 2005. O mensalão foi o resultado da apropriação pelo PT de velhos esquemas de corrupção da direita (o “valerioduto” foi inaugurado no chamado mensalão mineiro do PSDB) para pôr em prática um programa de direita. Os projetos aprovados com a compra de deputados incluem a reforma da Previdência, um ataque histórico aos direitos dos servidores públicos que o governo FHC tentou, mas não conseguiu implementar, e a Lei de Falências, uma recomendação do FMI.

Um dos principais porta-vozes dessa tese é o próprio recém-condenado José Dirceu. O ex-ministro e deputado cassado tem ampla simpatia de setores da esquerda e dos movimentos sociais, a ponto de a CUT ter ameaçado ir às ruas defendê-lo. Mas quem é realmente José Dirceu?


Agente do capital e da direitização do PT

 José Dirceu apoia sua autoridade política sobre a imagem do antigo dirigente estudantil na década de 1960 e de guerrilheiro e exilado político dos anos 1970. No entanto, o que resta dessa figura hoje? Infelizmente nada.

É preciso lembrar que, nos anos 1990, Dirceu foi um dos principais artificies do processo de institucionalização do PT e de sua adaptação ao aparato do Estado. Uma política social democrata que o dirigente impunha de forma estalinista, passando por cima e expulsando opositores.

Foi Dirceu quem comandou, por exemplo, a expulsão da então Convergência Socialista (principal corrente que formaria o PSTU) das fileiras do PT. A gota d´água para isso foi a polêmica em torno do "Fora Collor" defendido pela CS em 1991. Segundo o próprio Dirceu em entrevista ao jornal da Convergência: “Uma das duas: ou se trata de uma bandeira para agitação ou propaganda, ou na verdade encobre a tática da CS de propor ao PT derrubar o governo Collor, expressa na palavra de ordem ‘Fora Collor’. Estou contra que o PT assuma essa tática e se misture a setores de direita contra o governo e, pior, que o PT se isole na sociedade e no Congresso Nacional” .

O então Secretário Geral do PT defendia a tática de desgastar Collor até as eleições de 1994. A Convergência, por sua vez, não se submeteu à política da direção majoritária e chamou o "Fora Collor" publicamente. As mobilizações das massas que varreram o país obrigaram, por fim, o PT ir a reboque dessa palavra de ordem.

A direção do PT, porém, contrariada com a “indisciplina” da CS, apresentou uma resolução que propunha regulamentar o direito das tendências internas do PT, com o claro objetivo de acabar com a independência das correntes. A resolução impedia as tendências de manterem sedes, finanças e jornais próprios.

Em abril de 1992, foi José Dirceu quem apresentou, em uma reunião da Executiva Nacional do PT, uma resolução dando prazo de 15 dias para a Convergência se ajustar às normas. No mês seguinte, a direção do partido oficializou a expulsão da corrente.


Novo burguês

O dirigente do PT teve ainda papel destacado nos rumos do governo Lula, quando o partido deu sua definitiva guinada à direita. Coordenou a campanha eleitoral à presidência em 2001, sendo um dos articuladores da chapa com o empresário José Alencar como vice, assim como na elaboração da “Carta aos Brasileiros”, em que dava todas as garantias ao sistema financeiro internacional que, no Brasil, seus interesses continuariam prioridades no novo governo.

Apeado do poder após a cassação, Dirceu foi ganhar dinheiro atuando como “consultor”, eufemismo para lobbysta, de grandes empresários. Teve como cliente ninguém menos que o megaempresário Ricardo Salinas, apontado como um dos homens mais ricos do mundo e interessado no mercado brasileiro. Ou seja, assim como Luiz Gushiken, José Dirceu tornou-se ele próprio um rico empresário.

O homem sentado nos bancos dos réus no julgamento do mensalão, e condenado nesse dia 9, não é o ex-dirigente estudantil perseguido e preso pela ditadura. Mas um dos principais responsáveis pela guinada à direita do PT, do domínio dos bancos no governo Lula e, finalmente, pela compra de votos no Congresso para a aprovação de projetos contra os trabalhadores, como a reforma da Previdência.


Retirado do Site do PSTU

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Amanda Gurgel: 'Os políticos de Natal perderam o sossego'

Amanda Gurgel se emociona durante comemoração
Ainda emocionada e exausta pela intensa campanha, Amanda Gurgel falou ao Portal do PSTU sobre o significado dessa vitória. Amanda teve votação recorde de quase 33 mil votos em Natal, mais do que o dobro dos 14 mil do então recordista de votos Paulo Wagner (PV), um conhecido apresentador de TV da cidade. A professora que catalisou a indignação da população natalense fez questão de agradecer todos os apoiadores e principalmente os militantes que viajaram a Natal ajudar na campanha, sem os quais ela não teria sido o que foi. “Minha energia e disposição vieram deles”, diz.


Qual a avaliação você faz dessa campanha?

Amanda Gurgel: Foi uma grande vitória. Contávamos com a possibilidade de sermos eleitos ou não, mas já tínhamos a festa preparada, porque de qualquer forma foi uma campanha muito comovente. Moveu de forma espontânea idosos, crianças, que colavam adesivos nas bicicletas, trabalhadores dos mais diversos setores, como saúde, educação, além de operários que vinham pegar material para distribuir. Várias pessoas vinham nos dizer que essa seria a primeira vez que votariam sem receber dinheiro. Foi uma campanha limpa, que esteve voltada a um projeto coletivo, não a um interesse individual como são normalmente as demais campanhas.


Você percorreu as ruas de Natal, os bairros mais pobres e teve muito contato com a população. O que mais ouviu? 

Olha, os principais problemas dos quais a população reclama não é nenhuma novidade. São problemas que são sentidos desde sempre como a educação que está esquecida, o descaso com a saúde, o esgoto a céu aberto... Agora, a reivindicação que eu mais ouvi é a que eu não mudasse de lado. Muitos vinham me pedir para que eu não os desapontasse, não os frustrasse. Porque aqui já houve parlamentares ligados à educação que, quando foram eleitos, começaram a apoiar os projetos do governo e deixaram de lado as reivindicações dos professores. Então, nós explicamos que nosso mandato será diferente, não vai ser voltado para os interesses dos poderosos.




A que você atribui essa votação histórica em Natal?

É, foi realmente histórica. A gente atribui ao fato de as pessoas estarem 'cheias' com a política. Foi um recado bem claro que as pessoas deram aos políticos tradicionais. Tivemos até a surpresa de elegermos mais dois candidatos da Frente Ampla de Esquerda, dois companheiros do PSOL que não seriam eleitos se não fosse essa grande votação. Mas nós vamos fazer a diferença, com um mandato a serviço das lutas. Os políticos de Natal perderam o sossego.


E como vai ser o mandato de um partido revolucionário na Câmara de Vereadores?

Então, as pessoas já estão ansiosas para ver como vai ser um mandato socialista, de um partido revolucionário. Temos que falar que vai ser absolutamente diferente dos políticos que estão aí. Não vai ter conchavos ou acordos, não vai ter projeto a favor dos poderosos. Vai sim ter muita denúncia dessa situação, vai ter projetos discutidos com a população e os trabalhadores. Um mandato revolucionário é isso.


Já há algum projeto em mente para ser apresentado?

Com certeza, uma das primeiras coisas que vamos fazer vai ser exigir a aplicação dos 30% do PIB do município na Educação, que foi um dos eixos de nossa campanha e como estabelece a própria lei. Sabemos que é muito dinheiro, mas grandes problemas exigem grandes investimentos.


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  • Cleber Rabelo e Amanda Gurgel são eleitos vereadores pelo PSTU, em Belém e Natal 


  • Retirado do Site do PSTU

    segunda-feira, 8 de outubro de 2012

    Cleber Rabelo e Amanda Gurgel são eleitos vereadores pelo PSTU, em Belém e Natal

    Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados
     


    Montagem com Cleber Rabelo e Amanda Gurgel
    Nesse dia 7 de outubro, os trabalhadores, os movimentos sociais e a luta pelo socialismo conquistaram dois importantes pontos de apoio no parlamento. Amanda Gurgel em Natal e Cleber Rabelo em Belém, foram eleitos vereadores pelo PSTU, em duas expressivas votações.

    Amanda Gurgel, a professora que se tornou conhecida após o vídeo em que denuncia o caso da educação se tornar febre na Internet, foi a vereadora mais votada da história da capital potiguar, com mais de 32.600 votos, quase 9% dos votos válidos. Algo como 24 mil votos à frente do segundo colocado. Para se ter ideia, o vereador mais votado da cidade havia tido 14 mil votos. A votação de Amanda garante mais duas cadeiras à Frente Ampla de Esquerda (PSOL e PSTU).


    "Tenho orgulho de ser do PSTU, professora e mulher"

    Emocionada, Amanda Gurgel agradeceu os votos, reforçando porém que, mais importante que um mandato, deverá ser a mobilização e a luta. "Todos os companheiros aqui, do mais antigos aos mais novos, sabem que o nosso lugar é a luta, sempre fizemos questão de deixar isso claro, nunca dissemos 'votem em Amanda Gurgel que vai calçar sua rua', cada uma das 33 mil pessoas que votaram em nós tem o dever de construir esse mandato".

    Sobre a vitória histórica, Amanda reconheceu que suas características pessoais foram importantes, mas afirmou que "não seria possível se o meu partido não fosse um partido socialista, um partido revolucionário".A vereadora eleita com mais votos na história de Natal deu um relato emocionante sobre sua experiência com o PSTU. "Eu vi na primeira greve que participei quem era que construía a luta, quem estava com os trabalhadores, quem carregava a bandeira, e esse partido era o PSTU".

    No discurso que realizou à militância e aos apoiadores da candidatura, Amanda reafirmou, arrancando lágrimas dos presentes e das pessoas que acompanhavam a comemoração via Internet em todo o país:"Eu tenho muito orgulho de ser do PSTU, de ser professora, de ser mulher e tenho muito orgulho de dizer: essa é uma vitória de todas nós".


    Dá lhe peão. Cleber Rabelo Vereador!

    A eleição do primeiro operário da construção civil eleito para a Câmara de Vereadores de Belém emocionou muita gente nesta noite de domingo.

    Com 4.691, Cleber Rabelo, operário da construção, foi o terceiro mais votado na coligação PSOL/PSTU. O operário chegou à sede do PSTU de Belém carregado por centenas de peões, militantes do partido e ativistas da campanha.“A festa foi tamanha que o pessoal fechou a rua Almirante Barroso, rua da sede do PSTU e uma das principais vias da cidade”, disse Willian Mota, da direção do partido.

    Ao portal do PSTU, Cleber agradeceu a eleição a aqueles que dedicaram parte de suas vidas a uma campanha financiada pela classe trabalhadora e não pelos patrões. “Eu agradeço aos trabalhadores que votaram em mim. Essa não é uma vitória minha, mas de todos os trabalhadores de Belém, sobretudo, dos operários da Construção Civil. Esse mandato será um ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores não só de Belém, mas de todo o Brasil”, disse emocionado.

    Cleber também ressalta que seu mandato será construído com independência política e financeira dos patrões. “Meu mandato não vai ser de gabinete. Nosso gabinete será o canteiro de obras, os bairros onde os trabalhadores de Belém moram”.

    O vereador-peão também garantiu que em seu mandato não haverá privilégio e disse qual será sua primeira medida na Câmara Municipal. “O primeiro projeto que nós vamos apresentar na Câmara será justamente para reduzir os salários e acabar com as mordomias dos políticos, vamos levar também um projeto de auditoria das contas da Prefeituras”, explica. E ainda completou: “Esse é um passo importante para a luta do povo trabalhador, mas também é uma oportunidade para mostrar como de fato se constrói um mandato socialista”

    A vitória está sendo comemorada não só nas duas capitais, mas em todo o país. Foram duas campanhas militantes, sem o dinheiro de empresas ou empreiteiras, sem cabos eleitorais pagos e sem rebaixar um programa socialista para construir uma cidade para os trabalhadores.


    Vitórias expressivas

    Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados, como é o caso de Vera Lúcia em Aracaju (SE), com 6,68% dos votos válidos, ou 20.241 votos, à frente dos candidatos do PV e do PPS.

    Já em Belo Horizonte, Vanessa Portugal fechou a votação em quarto lugar, com 1,5%, quase 20 mil votos. Resultado expressivo se levarmos em conta a enorme pressão pelo chamado "voto útil" no candidato do PT, e principalmente no fato de que Vanessa foi boicotada de todos os debates na TV. Durante a campanha, a candidata chegou a ter 3% nas pesquisas.

    No interior de São Paulo, a candidata do PSTU à prefeitura de Campinas, Silvia Ferraro, angariou 2,16% dos votos válidos, ou 10.915. Toninho, candidato a vereador em São José dos Campos, terminou as eleições como um dos mais votados na cidade. Enquanto fechávamos esse texto, 94% dos votos já haviam sido apurados e Toninho estava em sétimo lugar, só não sendo eleito devido ao coeficiente eleitoral. Já o candidato de Macapá, Genival Cruz, contou com 3,16% (6451 votos).


    Retirado do Site do PSTU