sábado, 16 de outubro de 2010

Tanto Serra quanto Dilma vão atacar os direitos dos trabalhadores

Não existe mal menor: votar em Dilma ou em Serra vai fortalecer um deles para atacar com mais força os trabalhadores


Está havendo uma pressão grande do governo e seus apoiadores no sentido de votar na Dilma para evitar a volta da direita. Temos acordo completo com a luta contra a oposição de direita. Somos radicalmente contra a volta da turma de FHC. Os governos do PSDB foram fundamentais para introduzir o neoliberalismo no Brasil, com as privatizações e os ataques aos direitos dos trabalhadores.

Mas lutar contra a direita não significa votar em Dilma Rousseff. Não podemos adotar a luta unicamente contra Serra, sob pena de capitular à pressão da colaboração de classes praticada pelos governos do PT. O pior dos mundos é legitimar uma falsa polarização entre os dois projetos majoritários da burguesia.

Os partidos da oposição de esquerda – PSTU, PSOL, PCB e PCO – não podem dar um cheque em branco ao PT, como se esse partido fosse o representante da esquerda nessas eleições. A direita – entendida como a representação da grande burguesia – não é representada nessa campanha só por Serra, mas também por Dilma.

Hoje, no Brasil, as grandes empresas estão divididas nas eleições Um setor apoia Serra, o que é mais que evidente nas empresas de TV e jornal. Outro setor, que inclui os banqueiros, as multinacionais e os governos imperialistas, apoia política e financeiramente as duas campanhas, com uma leve vantagem para Dilma.

As duas campanhas são financiadas pelos banqueiros, multinacionais e grandes empreiteiras, e Dilma arrecadou bem mais do que Serra até agora. O dólar se manteve estável nas eleições, ficando abaixo de R$ 1,7. Todos nós lembramos do dólar a mais de R$ 4 nas vésperas das eleições de 2002, quando a burguesia ainda temia o que podia ser o governo Lula. Agora, o grande capital confia no PSDB... e no PT.

Votar em Dilma ou em Serra é manter o plano econômico neoliberal aplicado por FHC e continuado por Lula. É manter bloqueada a reforma agrária, como aconteceu no governo FHC e também no de Lula. É aceitar a ocupação militar do Haiti defendida por Dilma e Serra.

Um governo do PSDB ou do PT vai atacar duramente os trabalhadores quando a crise econômica internacional chegar novamente ao Brasil. Tanto um quanto o outro já anunciaram sua disposição de aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Cada voto dado em Dilma ou em Serra é uma força a mais que eles terão para uma nova reforma da Previdência.

Votar em Serra seria votar junto com FHC, Cesar Maia, Yeda Crusius, velhas figuras da direita desse país. Votar em Dilma seria votar junto com Maluf, Collor, Sarney, Jader Barbalho, outras figuras da mesma direita.

Não existe um “mal menor”. Votar em Dilma ou Serra vai fortalecer um deles para atacar com mais força os direitos dos trabalhadores. O mal maior é não ter uma alternativa de esquerda dos trabalhadores nesse segundo turno. Por isso, chamamos o PSOL, o PCB e o PCO a uma declaração conjunta pelo voto nulo.


Retirado do Site do PSTU

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chile: entre a fênix e os abutres

Governo e imprensa transformam resgate de mineiros em espetáculo para alavancar popularidade do presidente e esconder as más condições das minas


Cena do filme
No filme “A montanha dos sete abutres” (Ace in the Hole, 1951) um repórter decadente presencia um acidente no Novo México. Um homem fica preso em uma antiga mina abandonada, dentro de uma montanha. O repórter percebe a oportunidade e transforma a operação de resgate em um espetáculo nacional. E, para manter a legião de curiosos e jornalistas no meio do deserto, chega a alterar a operação de salvamento, escolhendo o caminho mais demorado e arriscado.

A comparação com o espetáculo na mina San Jose, no deserto do Atacama é mais do que óbvia. Mais de 500 jornalistas desembarcaram no deserto chileno. Os visitantes transformaram a paisagem inóspita em palco de um show inédito, transmitido ao vivo para todo o mundo, onde milhares de pessoas se emocionaram com os resgates e comemoraram o desfecho, a luta e a travessia destes homens de volta à vida e para os seus.

Do lado de lá, cada um dos mineiros teve a vida vasculhada e, ao longo dos 69 dias, catapultados à condição de celebridades. A ponto de Mario Sepulveda, o mais entusiasmado dos mineiros e o segundo a escapar pelo túnel, desabafar: “não nos tratem como artistas, somos mineiros”. Contraditoriamente, foi justamente ele, com pulos e socos no ar, um dos que atraiu mais a atenção dos jornalistas.

No filme, o personagem vivido por Kirk Douglas enxerga em um drama pessoal, as condições para transformar a sua carreira e ascender profissionalmente. No controle de uma história impressionante, sem qualquer ética, ele retorna ao “primeiro time” da imprensa. No caso chileno, o drama dos mineiros ajudou a vender jornais, muitos tentam controlar suas histórias. E não apenas na imprensa.


Abutres

Era nítido que uma história dessas proporções, com tanto apelo popular, teria conseqüências. O calvário dos homens e de suas famílias poderia se transformar em um grande trunfo para os governantes, caso o resgate tivesse sucesso, como felizmente ocorreu.

O presidente Sebastián Piñera, em seu primeiro ano de mandato, após derrotar o candidato de Michelle Bachelet, deslocou ministros e gastou milhares de dólares na operação com a perfuradora T-130, que alcançou o refúgio onde estavam os mineiros e abriu o túnel a ser percorrido pela cápsula Fênix, que contou até com a ajuda da Nasa.

O presidente explorou ao máximo o feito chileno, uma conquista diante dos 600 metros sob a terra, que pareciam intransponíveis. Sebastián Piñera deu centenas de entrevistas, foi fotografado e cumprimentou cada um dos mineiros, entrevistando longamente o líder deles, o último a sair.

Como se conduzisse um programa de TV, foi filmado ao extremo, inclusive recebendo por telefone os cumprimentos de outros governantes, de Lula a Hugo Chávez.

Também surgiu ao lado do presidente Evo Morales, que não deixou de comparecer, já que o quarto mineiro a ser salvo, Carlos Mamami, é boliviano e estava em sua primeira semana de trabalho quando o acidente ocorreu. Evo pretendia levá-lo consigo e desembarcar juntos em La Paz, mas as condições de saúde do mineiro não permitiram. Mesmo sem o troféu, a viagem de Evo ajudou a contornar o princípio de crise aberta em seu país com as críticas duras feitas pela esposa do operário, que inicialmente havia acusado o governo boliviano de omissão.

Além dos líderes do continente, o presidente chileno recebeu mensagens de todo o mundo, incluindo uma declaração do presidente Barack Obama, direto dos jardins da Casa Branca. A repercussão internacional, o prestígio, animou Piñera a tal ponto dele enxergar um “novo Chile” após o resgate. “O Chile não será o mesmo após o dia de hoje”, afirmou.

Guardadas as proporções, o desfecho teve significado semelhante ao do 11 de Setembro do EUA ou de uma conquista de Copa do Mundo na política interna do Chile. Do alto dos escombros, sob os holofotes, Piñera falou de união e superação. O presidente conservador navega no orgulho e na felicidade de todos os chilenos diante do grande feito das equipes de resgate e engenharia, para catapultar a sua aprovação e popularidade, embalado ainda pelas comemorações dos 200 anos do país.


Sob a poeira

Toda a merecida alegria ameaça ocultar os responsáveis pelo acidente e pela tragédia que foi por pouco evitada. A começar pelos próprios governantes, que protagonizaram o espetáculo nas TVs. O ministro da Mineração, Laurence Golborne, é um dos tidos como “heróis” após o resgate. Em uma pesquisa divulgada pela Universidade Central do Chile no dia 11, às vésperas do resgate, Golborne era apontado por 31% dos entrevistados como o personagem principal do processo de resgate, atrás apenas dos próprios mineiros e à frente até mesmo do presidente Piñera, com 9%.

Um reconhecimento que ofusca a culpa do ministro nas causas do acidente. A mina San Jose é marcada por acidentes, e, em 2008, após a morte de três trabalhadores, foi fechada. Sem que ela garantisse as condições de segurança necessárias, seus donos receberam a autorização para a reabertura da mina, no final de 2009. A autorização foi concedida pelo Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin), subordinado ao governo do Chile e ao ministro.

Todos os protestos dos sindicatos, que exigiam o fechamento da mina, foram ignorados. Até mesmo um grave acidente duas semanas antes, onde uma trabalhadora perdeu uma perna, não serviu para sensibilizar as autoridades. As mesmas que agora surgem diante das câmeras, explorando o alívio das famílias e exaltando um “novo Chile”.


Em nome do lucro

Mais do que a responsabilidade de governantes ou dos donos da mina, é necessário destacar a cruel engrenagem que faz com que tantas vidas se percam. Apenas neste ano, 31 mineiros morreram no Chile, em 28 acidentes.

A desgraça dos mineiros em nosso continente, nas minas da Bolívia ou do Chile, já despertou a revolta de escritores e de revolucionários, como o jovem Che Guevara. O que se esconde agora é que, em nome do crescimento econômico e do lucro das empresas, as veias de nosso continente continuam abertas e todas as condições mínimas de segurança e de condições de trabalho são ignoradas. Só isso é o que pode explicar que acidentes assim se repitam com tanta freqüência na mineração, seja nas minas de cobre do Chile, ou nas de ferro da Vale, no Brasil. Repetindo o que ocorre nas minas de carvão da China, onde mais de 2.600 mil trabalhadores morreram enterrados em minas no ano passado, em uma estimativa oficial, questionada por representantes dos trabalhadores.

Após o auge da crise econômica mundial, essa situação parece piorar ainda mais em todas as economias. Para recuperar os níveis das taxas de lucros anteriores, as empresas aumentam o ritmo e as metas de trabalho, provocando doenças de todo tipo; ignoram normas de segurança, e aumentam a terceirização, sem oferecer treinamento ou se responsabilizar por estes trabalhadores. No Chile, sob o Atacama, os 33 mineiros presos trabalhavam em quatro empresas diferentes. Ao todo, cerca de 23% dos mineiros do país são terceirizados.

Essa é a verdadeira explicação para que acidentes como esse ainda ocorram. Para o capitalismo, mais do que a natureza, mais do que a vida, o que importa é o lucro. No Atacama, a tecnologia e o esforço dos trabalhadores chilenos nos deram uma grande alegria, evitando uma tragédia. Mas isso não altera, infelizmente, a regra: o capitalismo mata. Para que novas vidas não se percam, é preciso enterrar esse sistema.


Retirado do Site do PSTU

Tropa de Elite 2 é “de esquerda”?

Cartaz de divulgação
Amparado por um mega-esquema de distribuição e publicidade, a seqüência do filme Tropa de Elite cravou um recorde no cinema brasileiro ao levar mais de 2,6 milhões de espectadores em seus primeiros dias de exibição. A superprodução traz de volta o personagem que se tornou parte do pop nacional, o protagonista Capitão Nascimento, interpretado com espantoso realismo por Wagner Moura.

Tropa de Elite 2 vem sendo apontado como uma profunda inflexão em relação ao primeiro longa. O próprio título já anuncia tal mudança: “Agora, o inimigo é outro”. E, de fato, nesse filme o foco se altera. Embora ainda vejamos a história sob os olhos e a perspectiva do capitão do Bope, agora a câmera desvia dos traficantes dos morros cariocas para a própria polícia. Mas seria um filme “progressivo”, como muitos vem apontando?


Milícias

Logo de cara, o filme começa com o agora Coronel Nascimento, mais velho, comandando uma ação do Bope para acabar com uma rebelião de presos em Bangu I, desatada por uma briga entre facções rivais. Após deixar uma quadrilha praticamente trucidar a outra, Nascimento pede autorização ao governador do Rio para permitir que seus homens invadam o presídio e “termine o serviço”, ou seja, aproveitar a oportunidade para eliminar alguns dos líderes do tráfico.

Temendo um banho de sangue e uma repercussão negativa na imprensa, o governador resolve atender a exigência de um dos traficantes, interpretado por Seu Jorge, e manda o ativista de direitos humanos, Diogo Fraga, (muito bem interpretado por Irandhir Santos) a fim de tentar dialogar com os presos. O ativista é o alterego do atual Deputado Estadual do PSOL, Marcelo Freixo. Embora Fraga consiga controlar a rebelião, o Bope invade o presídio e acaba matando o líder da rebelião.

A ação atabalhoada do Bope e a morte de vários presos causam comoção na imprensa e Nascimento é afastado do comando do batalhão. Mas, temendo contrariar alguns setores da classe média que vêem o capitão como um herói, Nascimento não é rebaixado, mas promovido a subsecretário de Segurança Pública.

E é nesse ambiente dos gabinetes que se passa boa parte da história. Nascimento usa seu prestígio para aumentar e equipar o Bope, transformando o batalhão em uma “máquina de guerra”. A repressão acaba com o domínio do tráfico nos morros, mas abre espaço para um outro tipo de crime organizado. E é aí que aparecem as milícias que, na ausência dos grandes traficantes, acabam dominando as comunidades, através de métodos típicos de gangues, e protegidos por uma série de políticos com o próprio governador à frente.

A partir daí, o ex-comandante do Bope se envolve numa luta cujos inimigos não são mais descamisados empunhando fuzis nos morros, mas políticos engravatados nos gabinetes. Fraga, antes visto com desconfiança por Nascimento (que insiste em chamá –lo de “intelectualzinho de esquerda”), torna-se o seu único aliado nessa briga. O maior mérito do filme é, sob essa nova perspectiva, expor as relações entre a polícia corrupta e os políticos (ou o “sistema”, como diz Nascimento). E tem também, compondo essa tríade bizarra, o apresentador fascistóide do jornal sensacionalista na TV, que em frente às câmeras prega o extermínio dos bandidos, mas que por detrás delas apoia a milícia e se elege deputado por meio delas.


Tropa de Elite e o “sistema”

É inegável que esse segundo Tropa de Elite é bem mais complexo que o tosco maniqueísmo pintado no primeiro filme. Mas até onde vai a mudança de foco sugerida pelo diretor? Ele rompe de fato com o ranço fascista do primeiro filme?

Acusar José Padilha de direitista não seria justo, haja visto filmes como Ônibus 174 e o documentário Garapa, sobre a fome. Por outro lado, apesar de inúmeras declarações contrárias do próprio Padilha, não dá para ignorar que Tropa de Elite, o primeiro, flerta sim com o fascismo. A escolha do narrador e, conseqüentemente, da perspectiva pelo qual vamos acompanhar a história, não é algo neutro. Assim, Padilha decidiu contá-la através dos olhos de um policial, para quem a tortura e o assassinato a sangue frio são plenamente justificáveis. Para quem a culpa do tráfico é do usuário de drogas, supostamente responsável por manter e financiar o crime.

Os reflexos do filme na sociedade tornam difícil refutar essa ideia. Os policiais do Bope, romantizados e glamourizados pelo filme, tornaram-se estrelas, a ponto de serem aplaudidos em Ipanema. O caveirão, que invade as favelas e aterrorizam a população, acabou se tornando brinquedo de criança. No cinema, cada tiro é comemorado, por vezes de forma efusiva, pelos espectadores. Será que ninguém foi esperto o suficiente para entender as reais intenções do filme, como quis se justificar Padilha? É difícil de engolir.

Já Tropa de Elite 2, constitui uma contundente denúncia contra as milícias e suas ramificações, chegando até certo ponto a questionar o próprio caráter da polícia (nesse sentido, a fala final de Nascimento durante a CPI das milícias não deixa de ser surpreendente). Porém, ele não rompe com os pressupostos do primeiro filme. Fica implícito que o tal “sistema” tão denunciado por Nascimento limita-se à banda podre da polícia e suas extensões parlamentares. Pode-se dizer, assim, que o que Padilha fez, grosso modo, foi aglutinar o discurso da ética na política ao bangue bangue rasteiro de seu filme anterior.

Desse ponto de vista, não basta ser “faca na caveira”. Tem que também ser “ficha limpa”.


Retirado do Site do PSTU

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Greve dos bancários termina nesta quarta-feira com acordos rebaixados e puxada de tapete pela CUT

Uma das maiores greves já realizada pela categoria bancária. Um cenário político propício com um segundo turno, a candidata do governo ameaçada nas urnas, o governo desesperado para acabar com a greve e um recorde nos lucros dos bancos.

Todo este cenário daria a certeza de um bom acordo, um índice melhor, a isonomia ou a recuperação das perdas do Plano Real para a categoria bancária. Porém, entrou em cena o comando nacional da CUT, orientando o fim da greve e a aceitação da proposta.

Para o membro do MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) filiado à CSP –Conlutas, Wilson Ribeiro, o acordo feito representa uma perda de oportunidade para a categoria obter conquistas importantes. “A proposta foi apresentada de forma diferenciada entre os bancos. O MNOB, que sempre defendeu o fim da Mesa Única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), considera que nesta campanha a CUT conseguiu o pior, pois manteve o que a Mesa Única tinha de ruim e não garantiu o que tinha de melhor no Acordo da Fenaban”, explica Ribeiro.

Segundo o representante do MNOB, os 16,33% no piso da Fenaban deveriam ter sido aplicados nos bancos públicos, mas isso não foi garantido nas negociações. Por outro lado, os 7,5% foi o índice que serviu de parâmetro para se fechar os Acordos nos bancos públicos. “O MNOB orientou a rejeição da proposta e apresentação de uma contra-proposta de 16,33% no piso, com reflexo nos quadros de carreiras dos bancos e 12% sobre todas as verbas salariais. Infelizmente, a maioria das assembléias do país aprovou a proposta dos bancos e recuou da greve”, lamenta.


Greve continua em alguns estados

A paralisação dos bancários continuou no Banco do Brasil do Rio Grande do Sul e Ceará. A greve foi mantida também na Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Amapá. No Basa (Banco da Amazônia) a greve também continua. Os sindicatos do Maranhão e Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo em Bauru, rejeitaram a proposta, mas acataram a decisão da maioria do país e encerraram a greve.


Indignação

Wilson salienta que a greve não acabou porque os grevistas não queriam mais lutar. Segundo o representante do MNOB, ocorreu o contrário. Em todas as assembléias os grevistas ficaram indignados com a postura dos dirigentes sindicais que defendiam a proposta dos bancos. “A greve encerrou com a presença dos gerentes votando pelo fim do movimento”, avalia.

Ele acrescenta ainda que os bancários terminam a campanha salarial com uma contradição: “A categoria do setor econômico que obteve o maior lucro termina com o menor reajuste. Enquanto metalúrgicos conseguiram 10,81% e petroleiros 9% os bancários saem com um índice de 7,5%!”, finaliza.


Retirado do Site da CSP-Conlutas

domingo, 10 de outubro de 2010

PSTU oferece mais uma vez o curso de formação "Introdução ao Marxismo"

1. Apresentação

Definir claramente o sentido do Socialismo, hoje em dia, não se constitui numa tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser atribuída à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões, principalmente após a derrocada dos estados operários controlados pela burocracia stalinista, que reivindicavam para si o conceito de socialismo. Todas essas confusões são desfeitas ao nos aproximarmos da teoria marxista.

O marxismo, doutrina revolucionária e emancipadora dos trabalhadores, foi criado por Karl Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895), tendo sido posteriormente desenvolvido Lenin (1870-1924) e por Trotsky (1877-1940), grandes dirigentes da Revolução Russa de Outubro de 1917, que deram ao marxismo o mais fiel sentido prático e organizativo necessário à tomada do poder pelos trabalhadores.

Do marxismo, que é uma teoria viva, constituíram-se e desenvolveram-se sob influência direta dos movimentos que objetivam a emancipação econômica, social e política dos trabalhadores os conceitos do Socialismo Científico, que assim foi denominado assim por não se apresentar mais como um ideal (como o Socialismo Utópico), mas como uma necessidade histórica que deriva da decadência do capitalismo.

Seu aparecimento possibilitou ao proletariado compreender a natureza da luta de classes, adquirir uma visão científica do funcionamento da sociedade capitalista e das formas de luta necessárias para aboli-la completamente.

Este, portanto, é um dos cursos de formação permanentes promovidos pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU –, que pretende oferecer aos trabalhadores e a juventude que se aproximam das posições do marxismo-revolucionário uma familiarização mínima com os conceitos e temas mais correntes do materialismo histórico, visando construir conosco uma nova sociedade, sem exploradores nem explorados.


2. Público Alvo

O curso de destina a:

• Trabalhadores;
• Sindicalistas;
• Ativistas do movimento operário, estudantil, etc.;
• Estudantes;
• Interessados pelo contato com o marxismo.


3. Vagas

• Serão oferecidas 25 vagas.


4. Período e local do Curso

• Data: 16/10/2010 (Sábado)
• Hora: 9:00 às 12:00 / 14:00 às 17:00 horas.
• Local: Sede do Sindicato dos Bancários (Av. Deodoro, 419 – Centro / Próximo ao Supermercado Nordestão)


5. Inscrições

• De 08/10/2010 a 16/10/2010;

• Contato:

Juary / 9996-5296 / juary.luis@uol.com.br
Flávio / 9162-4809 / flavio_gmes@yahoo.com.br
Ailson / 8876-5820 / ailsonmatias@bol.com.br


6. Programação

• MANHÃ (9:00h / 12:00h):

1. Os fundamentos do marxismo e a história das sociedades;

2. A propriedade privada, o sobreproduto social e o aparecimento das classes;

3. As classes sociais e a luta de classes;

4. O trabalho escravo, servil e assalariado;

5. A concepção marxista de Estado;

6. O surgimento do capitalismo;

• TARDE (13:00h / 17:00h)

1. Propriedade privada, livre concorrência e trabalho assalariado;

2. Mais-valia: a pedra angular do capitalismo;

3. O Estado burguês, a Ideologia e a conquista do poder: “Reforma ou Revolução?”;

4. A necessidade do Partido Revolucionário;

5. Considerações finais.


7. Realização

Juary Chagas (Instituto Latino Americano de Estudos Sócio-Econômicos – ILAESE / Secretaria de Formação do PSTU/RN)

Flávio Gomes (Secretaria de Formação do PSTU/RN)