sábado, 28 de agosto de 2010

Candidato à Presidência do PSTU, Zé Maria, reafirma: “Proposta de Marina está a serviço dos que oprimem”

Para Zé Maria, o modelo econômico defendido por Marina Silva é a base para toda exploração que aflige as mulheres, principalmente as negras


O candidato à Presidência pelo PSTU, Zé Maria, reafirmou hoje que a candidatura de Marina Silva (PV) está a serviço da exploração das mulheres, negros, homossexuais. A declaração é em resposta à ação ingressada pelo PV no TSE pedindo direito de resposta ao PSTU, pela propaganda eleitoral gratuita, que foi ao ar quinta-feira, dia 26.

Na peça exibida, a candidata à vice-presidente pela legenda, Claudia Durans, denuncia que o racismo é muito forte no Brasil e afirma: “Dilma e Marina estão a serviço dos que oprimem. Não basta ser mulher”.

De acordo com Zé Maria, o sistema econômico implementado no Brasil por FHC, mantido por Lula e a defendido por Marina é a base de toda exploração que aflige as mulheres, os negros e os homossexuais.

É esse modelo econômico que faz as mulheres ganharem salários muito inferiores ao dos homens, que permite o Brasil seja recordista em assassinatos de homossexuais e que a maioria do povo negro seja impedida de ter uma vida digna”, disse a candidato. Por isso ele defende a ruptura com esse modelo.

Zé Maria ainda informa que PSTU já foi notificado da ação ajuizada pelo PV, e que os advogados do partido estão trabalhando no caso.


ASSISTA O PROGRAMA QUE MARINA QUER CENSURAR




Retirado do Site do PSTU

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Na semana da Pátria, campanha vai exigir o fim dos grandes latifúndios

Organizar o plebiscito pelo limite da propriedade da terra


Manifestação de sem-terras exige reforma agrária
Várias entidades dos movimentos sociais brasileiros que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, como o MST, a CNBB e outros setores ligados à Igreja Católica estão organizando na semana da pátria, de 1º a 7º de setembro, um plebiscito nacional pelo limite da propriedade da terra. Duas perguntas constam nas cédulas desta campanha:

1) Você concorda que as grandes propriedades de terra no Brasil devem ter um limite máximo de tamanho?

2) Você concorda que o limite das grandes propriedades de terra no Brasil possibilita aumentar a produção de alimentos saudáveis e melhorar as condições de vida no campo e na cidade?

A campanha chama todos a votarem sim nas duas perguntas.


Além do plebiscito, a campanha inclui um abaixo-assinado que tem o objetivo de mobilizar os movimentos sociais para apoiar uma Emenda Constitucional que prevê que, para uma terra cumprir sua função social, ela precisa ter um limite máximo territorial de 35 módulos fiscais. O módulo fiscal é um medidor que varia de região para região, sendo que, no mínimo, um módulo fiscal equivale a 5 hectares (regiões urbanas) e no máximo a 110 hectares (região amazônica).

Embora uma propriedade rural média seja calculada hoje em até 15 módulos fiscais, a campanha definiu exigir um limite superior, de 35 módulos fiscais. A partir deste limite, a propriedade poderia ser desapropriada, mesmo que seja considerada legalmente produtiva, e incorporada automaticamente ao patrimônio público.

A reivindicação da campanha, ainda que limitada (pois caso ela fosse atendida ainda se manteriam grandes propriedades), é uma oportunidade de discutir com a classe trabalhadora e a juventude brasileira a necessidade urgente da reforma agrária no Brasil.

Qualquer proposta que busque limitar a propriedade da terra no Brasil é uma reivindicação progressiva e que objetivamente se enfrentaria com o latifúndio, a burguesia e seus governos. Por isso a grande imprensa, o agronegócio e o governo Lula se opõem tão veementemente à proposta levantada neste plebiscito.

Nossa proposta é levar as urnas do plebiscito aos locais de trabalho, de estudo e para os bairros operários e populares, como uma forma de abrir a discussão com os trabalhadores e o conjunto dos explorados e oprimidos sobre a necessidade de fortalecer ainda mais a luta por uma reforma agrária radical e sob o controle dos trabalhadores.

Um reforma agrária que realmente enfrente e exproprie sem indenização o latifúndio e seja controlado pelos trabalhadores só será conquistada com muita luta. Só devemos confiar na força da nossa organização e mobilização para arrancar esta conquista histórica. Não será através de uma mera concessão de um governo como o de Lula, que sempre governou aliado aos grandes empresários do agronegócio, e nem através da Legislação burguesa, votada em um Congresso Nacional formado em sua esmagadora maioria por políticos burgueses e corruptos, que vamos conquistar a reforma agrária que queremos.

Vamos chamar os trabalhadores e a juventude a participarem do plebiscito como mais uma forma de ampliar a discussão e a mobilização por uma reforma agrária que rompa com os limites estabelecidos pela legalidade burguesa. Somente com a força da luta e a organização dos trabalhadores rurais sem-terra foi possível obter os mínimos avanços na reforma agrária em nosso país.


Um debate com a direção do MST

A militância do PSTU estará lado a lado com o MST nas próximas semanas construindo em todo o país as atividades do plebiscito, assim como estivemos nos últimos anos ao lado deste importante movimento social brasileiro na luta pela reforma agrária em nosso país.

Por isso, queremos chamar fraternalmente a direção do MST a que rompa com o Governo Lula e, especialmente neste momento eleitoral, que rompa com a defesa que vem fazendo da candidatura de Dilma para Presidência da República.

Os quase oito anos deste governo já foram mais que suficientes para demonstrar que Lula governou aliado ao agronegócio e, por isso, não garantiu sequer as promessas de sua campanha de garantir um aumento expressivo no assentamento das famílias dos trabalhadores rurais sem terra.

Ao contrário do avanço da reforma agrária, vimos sim crescer a criminalização dos movimentos sociais, com a manutenção de uma política de repressão física e jurídica das mobilizações pela reforma agrária, como podemos ver nos seguidos assassinatos e prisões de líderes do movimento.

Somente um governo socialista e dos trabalhadores, que governe sem a burguesia, poderá, apoiado nas mobilizações, garantir uma reforma agrária radical e controlada pelos próprios trabalhadores.


Nossa proposta de reforma agrária

O PSTU propõe que uma das primeiras medidas de um governo realmente dos trabalhadores e socialista seja a nacionalização e a estatização sem indenização do latifúndio, dominado hoje majoritariamente pelo agronegócio e as grandes redes de supermercados, com grande participação do capital transnacional.

A única possibilidade de uma reforma agrária que realmente exproprie o latifúndio se dará através da ruptura com o sistema capitalista. Não podemos confiar que um setor chamado “progressista” da burguesia vá garantir de fato a reforma agrária em nosso país.

Nossa proposta é substituir as grandes propriedades privadas, através de sua expropriação sem indenização, por fazendas estatais baseadas na produção coletiva, onde os trabalhadores produzam os alimentos necessários para matar a fome do povo pobre brasileiro, controlando sua produção e a administração do fruto do seu trabalho.

Defendemos ainda, que este modelo de reforma agrária e de propriedade do campo devam ser construídos pelos próprios sem-terras, definidos democraticamente por estes trabalhadores.


LEIA MAIS

Um programa revolucionário para o campo


Retirado do Site do PSTU

Deu na imprensa: Eleições, um jogo de cartas marcadas

É assim que a candidata a vice-presidente pelo PSTU, Claudia Durans, classifica o processo no Brasil
__________________________________________________________

A candidata à vice Presidência da República pelo PSTU, Cláudia Durans, esteve em Natal nos últimos dois dias com o objetivo de intensificar a visita aos estados brasileiros, especialmente os 19 que têm candidatos ao governo do estado do partido. A ideia é que ela e José Maria - seu companheiro de chapa - viagem para lugares diferentes para que todos os estados sejam visitados durante o processo eleitoral.

Cláudia participou de um ato público contra a privatização dos laboratórios de Natal, se reuniu com representantes de diversos sindicatos, entre eles o dos bancários, e participou de uma assembléia com os professores na Escola Estadual Winston Churchill. "A ideia é apresentar nossas propostas para a classe trabalhadora", disse.

A candidata aproveitou o encontro com os representantes dos sindicatos para criticar os candidatos mais citados nas pesquisas de intenção de voto - ex-ministra Dilma Rousseff (PT), ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) e a ex-ministra Marina Silva (PV). "Eles não têm programas voltados para os trabalhadores desse país, por isso não devem ser alternativas para a classe", alertou.

Na opinião de Cláudia, as eleições são "um jogo de cartas marcadas" porque, segundo ela, os partidos nanicos são impedidos de participar dos debates e o tempo na propaganda eleitoral gratuita na TV é escasso. A candidata afirma que para compensar as dificuldades enfrentadas durante o processo eleitoral devido à desigualdade perante as grandes legendas, é necessário realizar um trabalho intenso.

À noite a candidata ministrou uma palestra sobre "A importância da participação da mulher na política" na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Hoje Cláudia segue para João Pessoa (PB) e José Maria fica no Sudeste. A candidata ao governo do estado pelo PSTU, Simone Dutra, acompanhou Cláudia em todos os eventos realizados na capital potiguar.


Retirado do site do Diário de Natal

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Zé Maria reafirma: FHC atacou os aposentados

PSDB pede direito de resposta ao TSE porque PSTU mostrou na TV FHC chamando aposentados de vagabundos


O candidato à presidência pelo PSTU, Zé Maria reafirma que Collor, FHC e Lula atacaram os aposentados em seus governos e não vê motivos para que a Justiça Eleitoral conceda direito de resposta ao PSDB.

No programa eleitoral do candidato, que foi ao ar na última terça-feira, dia 24, é exibida a famosa frase de FHC chamando os aposentados de vagabundos. Na manhã desta quarta-feira, dia 25, a coligação “O Brasil pode mais”, encabeçada pelo PSDB, ingressou com uma ação no TSE pedindo direito de resposta.

Zé Maria destaca que FHC realmente chamou os aposentados de vagabundos para justificar a reforma da Previdência. “Depois disso, ele (FHC) criou o Fator Previdenciário, o que tem prejudicado milhares de trabalhadores em todo o país”, disse o candidato.

“Os dois mandatos de FHC significaram perdas de direitos para o conjunto dos trabalhadores em geral, e para os aposentados em particular. Infelizmente, Lula continuou a mesma política. Agora que estamos denunciando isso, o PSDB quer calar o PSTU”, concluiu o candidato.


Sobre o programa

Na exibição, uma voz em off responsabiliza o governo Collor pela quebra do vínculo entre as aposentadorias e o salário mínimo, denuncia FHC por ter chamado os aposentados de vagabundos e ter criado o Fator Previdenciário, que aumenta o tempo para aquisição do benefício.

Logo após, aparece Zé Maria afirmando que o presidente Lula manteve as mesmas maldades contra os aposentados. O programa traz imagens de uma manifestação realizada em São José dos Campos, no interior do São Paulo, onde o candidato apresentou suas propostas para o setor: “Defendemos a recomposição das aposentadorias, sua vinculação ao salário mínimo e o fim do Fator Previdenciário”.


VEJA O PROGRAMA QUE O PSDB QUER CENSURAR




Retirado do Site do PSTU

Por que Zé Maria deve falar

"Deixem Zé Maria participar!"; "Deixem Zé Maria falar!" Estas são exigências que ganharam eco depois do debate da Band, que se recusou terminantemente a convidar Zé Maria, candidato a presidente pelo PSTU, ao evento que a emissora paulista levou para todo o país.

Qual o argumento esgrimido pelos que defendem os preceitos antidemocráticos que impedem que candidaturas ideológicas de esquerda – como a de Zé Maria – tenham acesso aos debates – e em alguns casos, conforme se observou no Jornal Nacional da Globo, sequer a uma simples entrevista? Dizem que o PSTU não conseguiu alcançar uma taxa eleitoral suscetível para eleger um ou mais parlamentares. Esse seria o critério para definir quem deve ou não participar dos debates e entrevistas “especiais”.

Até como critério isso é discutível, uma vez que poderíamos enumerar outros critérios, dentre os quais o da taxa de militantes, aspirantes e simpatizantes de cada agremiação partidária. Poderia se questionar por que isso não redunda em votos. Ora, os votos decorrem de outros estratagemas. Não resultam da organização partidária regular ou da militância, mas de outros fatores, fundamentalmente daqueles de natureza econômica.

Vejamos a eleição geral passada (2006). 254 deputados e 15 senadores eleitos receberam em torno de R$ 24,1 milhões das empreiteiras. Esses parlamentares ocuparam quase metade das vagas que estavam em jogo. É assim que são construídos os mandatos parlamentares dos “principais partidos”, à base de uma dinheirama que traz à tona o fator decisivo para formação das taxas eleitorais de cada um desses partidos e coligações.

Imaginem se optássemos por considerar outros “colaboradores” das campanhas eleitorais da burguesia, notadamente os banqueiros? É assim que as candidaturas burguesas ganham corpo e são eleitas. Eis o que serve de base para que as emissoras de TV possam decidir quem convidam e quem não convidam a participar das discussões eleitorais. Trata-se de um suporte decididamente apodrecido.

Pior: tentam responsabilizar os partidos eleitoralmente menores pelas crises, maracutaias e desarranjos do sistema político como se todos os partidos menores se resumissem às legendas de aluguel. Alguns abusam da boa vontade de leitores e ouvintes e procuram relacionar essas agremiações aos jogos escusos que ocorrem nos bastidores da vida política. Vejamos se é assim. Tomemos, por exemplo, o PMDB, a segunda máquina partidária em voto (tomando por referência a eleição de 4 anos atrás), suplantada apenas pelo PT. Não é esse partido que foi base de Sarney? De Collor? De FHC? De Lula? Não é ele que apóia Serra em São Paulo (Quércia) e Pernambuco (Jarbas Vasconcelos), ao passo que nacionalmente montou chapa com Dilma para presidência?

Os que falam de voto, de bancadas parlamentares e coisas do gênero são os mesmos que silenciam quanto à incoerência ideológica dos “grandes partidos”. São os mesmos que silenciam relativamente aos processos de formação de bancadas parlamentares. É desse modo que buscam legitimar a sua cumplicidade com a democracia dos ricos, que através dos seus representantes não se furtam em fechar as portas para que por aí não entrem as candidaturas que denunciam o capital e defendem o socialismo.

É preciso, para eles, que os socialistas existam somente às margens de uma história que deverá ser unicamente a história dos que precisam prometer o paraíso às massas – que seria um subproduto da sua decantada democracia. Esse é o seu regime democrático. Uma democracia puramente retórica. Nela, Zé Maria deve ser ouvido por poucos para que milhões não possam ouvi-lo. Ouvir Zé Maria seria ouvir o que os socialistas pensam do país e o que eles propõem para mudá-lo.

Daí a necessidade de silenciar e apagar a alternativa proposta pelo PSTU. Por isso, precisamos insistir que Zé Maria deve participar de todos os debates e entrevistas. Para que os socialistas possam falar para milhões de trabalhadores quais são as suas convicções e as suas propostas para mudar o Brasil. Mas igualmente para que – na contramão do critério dominante - se ouça a voz e se veja a imagem de um candidato que não recebe dinheiro dos empresários. É por isso também que Zé Maria deve falar. Só assim os debates deixarão de se resumir às propostas das candidaturas dos bancos e empreiteiras.


Retirado do Site do PSTU