sábado, 31 de julho de 2010

PSTU na SBPC: Candidatos visitam o evento

Durante todo o dia de ontem (30), os candidatos do PSTU/RN nestas eleições visitaram os estandes da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) para prestigiar os trabalhos. O candidato ao Senado, Dário Barbosa, os candidatos a deputados federais, Bira Queiroz e Juary Chagas, e a candidata ao governo do Rio Grande do Norte, Simone Dutra, foram alguns dos que compareceram ao evento, realizado no campus da UFRN em Natal. José Mendes, vice na chapa do partido, também esteve presente.



O PSTU também participou da SBPC, junto ao estande da Casa do Cordel, com uma mesa da Editora e Instituto José Luis e Rosa Sundermann, que publica livros de teóricos marxistas sobre neoliberalismo, imperialismo, socialismo, mudanças no mundo do trabalho, opressões a minorias, pensamento social, sindicalismo, história do movimento operário e socialista.


Retirado do Blog do PSTU/RN

Haitianos protestam contra ocupação militar

Ativistas queimaram bandeira do Brasil em repúdio à ocupação. Leia abaixo informe enviado pelo Batalha Operária sobre o dia 28 de julho, dia de mobilização contra a ocupação.


Haitianos queimam bandeira do Brasil em repúdio à Minustah
No dia 28 de julho, junto com as organizações aliadas que conosco haviam lançado o chamado para o sit-in (sentaço), estávamos em frente à chancelaria para, como anunciado, manifestar nosso mais total repúdio à presença-dominação-ocupação-tutela das forças armadas da ONU, a Minustah. Neste texto clarificamos nossa posição frente às demais organizações que também estavam nas ruas mas que se contentavam em protestar somente contra as manobras eleitorais de Préval.

Com cerca de cem militantes, agimos em 3 equipes: uma em frente à chancelaria com faixas, outro no meio da rua, bloqueando a circulação e ocupando o espaço com cantos e consignas políticas, e o último distribuindo o texto, distribuindo e pregando cartazes e pichando muros e carros.

No último momento, queimamos uma bandeira brasileira que envolvia uma norte-americana enquanto que a de nossos camaradas internacionalistas da Conlutas nos acompanhava sempre.

Durante o sentaço, uma marcha da Pndph cruzou conosco. Mas o mais grave do dia foi que, justo quando acabamos, na mesma esquina onde estávamos passava outra manifestação, um homem armado, claramente reconhecido como um dos paramilitares do governo, desceu de seu veículo oficial e disparou, ferindo um manifestante, tudo em frente à polícia que nada fez para impedir-lo, tampouco socorrê-lo depois. Como dissemos há meses, são tempos em que o duvalierismo volta em pleno dia. Temos que saber o que fazer.

Haitianos marcham contra a ocupação militar

Em outra região, uma marcha mais especificamente do Batalha Operária ocorreu em outras ruas de Cap-Haitien. Com uns 150 militantes, percorreu a cidade inteira, com a mesma mensagem, as mesmas bandeiras e faixas. O ato teve grande acolhida ali e, ao final, haviam se somando umas 100 pessoas, cantando também e participando da panfletagem.

Seja em Porto Prínciple, seja em Cap-Haitien, a distribuição do texto e os cartazes em bairros e acampamentos vão seguir durante o resto da semana.

Finalmente, estamos recebendo notícias e fotos das mobilizações que ocorreram nos Estados Unidos, Brasil e América Latina com nossos camaradas e amigos, sempre contra a ocupação do país.

A luta acaba de começar!


Retirado do Site do PSTU

PSTU reivindica democracia nos debates da TV

Partido entra com ação no TSE para participar de debate na Band


Nesse dia 29 de julho, o PSTU entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral reivindicando a participação de Zé Maria no debate que será realizado pela TV Bandeirantes no dia 5 de agosto.

Seguindo a prática antidemocrática dos veículos de comunicação em eleições anteriores, a Bandeirantes convidou somente os candidatos de partidos com representação parlamentar para o debate. Desta forma, embora amparado pela Lei dos Partidos, a emissora priva a população de conhecer todos os programas que disputam as eleições.

Ao criticar a medida da emissora, Zé Maria ressaltou a pesquisa realizada pelo Datafolha, informando que 88% dos eleitores usam a TV para obter informações que os levem a uma opinião sobre as eleições. ”Isso significa que, ao não permitir a participação de todos os candidatos, a emissora passa uma informação errada para a população sobre quais candidatos concorrem às eleições. Desconhece um direito fundamental da população e contribui para manipular a opinião dos eleitores”, afirma Zé.

O candidato argumenta ainda que as empresas de televisão são concessionárias de um espaço público e, portanto, são os interesses públicos que devem prevalecer. “Não pode ser que seja permitida às empresas privadas tamanha interferência no processo eleitoral do país” concluiu Zé Maria.


Retirado do Site do PSTU

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reunião da coordenação nacional de entidade fundada no Conclat aprova nome da nova central e plano de lutas

CSP Conlutas aprova plano de mobilizações e aponta o dia 10 de agosto como dia nacional de mobilizações


Diego Cruz
Delegados aprovam secretaria executiva da nova central
A Coordenação Nacional da nova entidade eleita no Congresso da Classe Trabalhadora realizou sua primeira reunião nesses dias 23, 24 e 25 de julho no Rio de Janeiro. Dirigentes sindicais e de movimentos populares de todo o país se reuniram para definir os rumos da nova entidade fundada em Santos (SP) no início de junho.

A representatividade da reunião indicava sua importância. Foram 194 delegados, 107 observadores, representando 71 sindicatos, 24 oposições e minorias de sindicatos, além de 9 entidades do movimento popular, 6 entidades estudantis e dois movimentos de luta contra as opressões.

Carlos Sebastião, o Cacau, da Secretaria Executiva Nacional eleita no Conclat, sintetizou os principais desafios colocados aos ativistas naquele momento. ”São três elementos fundamentais que temos que tomar nessa reunião: consolidar nossa ferramenta, uma necessidade para a classe para que possamos, assim, dar conta das tarefas colocadas, avançando num plano de lutas e, finalmente, seguir com todos os esforços no sentido de recompor a unidade”.

Tarefas essas que se traduziam principalmente na definição do nome da nova central, a eleição de sua secretaria executiva e a aprovação de um plano de mobilizações para o próximo período, seguindo o diálogo com os setores que romperam no Conclat.


Legitimidade do Conclat

Embora não tenha sido o ponto principal da reunião, a avaliação do Conclat, assim como a ruptura dos setores minoritários como a Unidos para Lutar e a Intersindical, foi amplamente discutida na reunião. Apesar de pontos divergentes e polêmicas, todos os setores reconheciam a legitimidade do Conclat, que reuniu mais de 4 mil pessoas, e suas deliberações. ”Foi a culminação de um processo amplo que durou meses e realizou mais de 900 assembleias em todo o país, cotando com a inscrição de 20 teses, que tiveram o mesmo tempo de defesa”, lembrou Cacau.

O dirigente lembrou ainda que a ruptura não se deu por conta do nome, mas envolveu entendimentos distintos sobre o funcionamento da entidade, assim como seus métodos de deliberação e os setores que deveriam compor esse novo instrumento. Os setores que romperam eram contra a participação de estudantes e dos movimentos populares, e defendiam que a entidade adotasse o “consenso progressivo”, ou seja, que apenas aprovasse deliberações com o mínimo de 2/3 dos votos. Método que privilegia os acordos entre correntes em detrimento dos votos da base.

Gizélia Rocha, a Gigi, do Sintsef de Natal, apesar de não fazer parte do setor majoritário, expressou seu desacordo com a ruptura. ”Todos sabem que não somos mais do PSTU, e sempre soubemos que seríamos minoria e que tínhamos que respeitar a democracia operária”, disse a dirigente, que compõe hoje um coletivo chamado GAS. “A decisão de se retirar do congresso foi absurda e infantil”, concluiu a dirigente.

Janira Rocha, dirigente do MTL, afirmou ser importante entender as diferenças políticas que existem no bloco que rompeu. ”Assim como existem diferenças entre nós, é importante entender que do lado deles também existem”, disse, explicando que alguns dirigentes da Intersindical defendiam a permanência na nova central. Janira relatou ainda todo o processo de negociação e discussões que culminaram no Conclat, afirmando que tanto a proposta de congresso deliberativo como a formulação do nome “Conlutas-Intersindical Central Popular e Sindical”, havia partido dos próprios setores da Intersindical.

O respeito à democracia operária foi um aspecto ressaltado também por Cleber Rabello, dirigente da Construção Civil de Belém (PA). ”Imaginem numa assembleia para decidir a greve, ter uns poucos contrários, a gente pegar e falar: 'pessoal, não tem consenso, então vamos voltar para os canteiros de obra”, disse, mostrando na prática o imobilismo que a proposta de consenso provocaria na nova entidade.


Pra resistir, pra ocupar, CSP Conlutas pra lutar

Após uma ampla discussão, finalmente a reunião da coordenação nacional aprovou o nome da nova entidade. Foram defendidas três propostas: “CSP (Central Sindical e Popular)”, “CSP Conlutas” e “Conlutas-Intersindical CSP”. Por 128 votos foi aprovado “CSP Conlutas”, contra 26 votos para “CSP” e apenas 5 para a terceira proposta. O nome expressa o caráter sindical e popular da nova entidade, assim como o patrimônio organizativo e de princípios acumulado pela Conlutas nesses seis anos de existência. “Pra resistir, pra ocupar, CSP Conlutas pra lutar”, entoaram em coro os ativistas.

A reunião elegeu ainda os 27 nomes da Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas, contemplando todos os diferentes setores que estão no processo de construção dessa nova central.

Com o nome da nova entidade definido, os dirigentes aprovaram um plano de lutas para o próximo semestre que abarca as campanhas salariais das categorias em curso, a luta contra o veto ao fim do fator previdenciário, o combate à criminalização dos movimentos sociais, culminando num dia unificado de mobilização em 10 de agosto. Além disso, foi aprovado também a realização de manifestações contra a ocupação militar do Haiti nesse dia 28 de julho.

A dirigente do Cpers, Neida Oliveria, expressou bem o processo que foi o Conclat. “Recuso-me a considerar o Conclat uma derrota; assim que saímos de lá e retornamos ao estado, fomos apoiar uma luta contra o despejo de inúmeras famílias e dissemos: 'nós representamos a nova central fundada no Conclat”, afirmou a dirigente, enfatizando ainda que ”não devemos paralisar. A primeira reunião da Coordenação Nacional da nova CSP Conlutas mostrou que, apesar dos impasses no processo de reorganização, a classe trabalhadora do país vai ter uma alternativa de luta e mobilização.

Retirado do Site do PSTU