tag:blogger.com,1999:blog-35381143288167777042024-03-19T18:59:28.409-03:00Blog Bancário em Luta - Juary ChagasNeste blog você vê notícias, matérias e artigos de acontecimentos locais, nacionais e internacionais da luta de classe sob uma perspectiva classista e socialista.Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.comBlogger998125tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-38285741517824413332013-05-11T12:57:00.001-03:002013-05-11T12:58:22.583-03:00"Por que saí do Movimento Negação da Negação e ingressei no PSTU?"<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Leia carta divulgada por ex-militante da corrente NN que acaba de anunciar sua entrada no PSTU </i>
<br />
<br />
Em 2007, ano em que ingressei na Universidade de São Paulo (USP),
vivi uma das maiores mobilizações da juventude universitária dos últimos
anos. Assembleias de milhares de estudantes em greve foram realizadas,
além da ocupação da reitoria. Ao longo do processo, me aproximei e
decidi fazer parte do grupo trotskista Movimento Negação da Negação
(MNN).<br />
<br />
Hoje, após mais de cinco anos, decidi sair dessa organização. Apesar
da importante experiência da recente luta na USP em 2011 e dos erros
cometidos pelo MNN nessa mobilização, os motivos de minha saída estão
muito além das questões estudantis. Acumulei ao longo deste tempo
profundas divergências políticas e teóricas. No entanto, sem dúvida,
ambos os aspectos se relacionam, uma vez que a atuação das correntes
políticas deve expressar suas concepções teóricas e os seus projetos
políticos.<br />
<br />
Acompanhamos diariamente o desenvolvimento de uma profunda crise
econômica do sistema capitalista. Milhares de jovens estão ocupando
praças e ruas, e inúmeros setores da classe trabalhadora estão
realizando manifestações e greves pelo mundo todo.<br />
<br />
Uma primeira divergência que hoje possuo com o MNN é no campo da
política internacional. Essa organização, que atualmente não possui
relações com nenhuma outra organização política em outro país,
renunciando à tarefa de reconstrução da IV Internacional, relativiza ou
se coloca contra os inúmeros processos revolucionários que hoje ocorrem
no mundo, tanto na Europa como no Norte da África e no Oriente Médio.<br />
<br />
Não posso, também, concordar com a caracterização sobre o processo
revolucionário que ocorre na Síria. No dia 20 de fevereiro de 2012, o
MNN traduziu e publicou em seu site o artigo do site WSWS.org “Pentágono
planeja Guerra contra a Síria”. O texto é focado simplesmente em
afirmar que há uma relação forte entre o imperialismo e os líderes da
oposição na síria, igualando a direção burguesa do Conselho Nacional
Sírio aos milhares de jovens e trabalhadores que, diante do regime
miserável e ditatorial de Assad, estão diariamente lutando com armas nas
mãos.<br />
<br />
Aqui no Brasil, a relativa estabilidade da economia que vimos na
última década, mas que já dá sinais de esgotamento, favoreceu a
consolidação do PT no poder e bloqueou parcialmente a experiência do
proletariado brasileiro com Lula e Dilma, governos de colaboração de
classes, amparados pelas principais direções do movimento de massas.<br />
<br />
No entanto, para o MNN, vivemos atualmente no Brasil sob um governo
com características bonapartistas. Acreditam que Lula chegou ao poder
não através das ilusões reformistas da maioria da classe trabalhadora
brasileira, mas simplesmente apoiado nos setores miseráreis e
conservadores da sociedade.<br />
<br />
Dessa forma, o MNN não consegue intervir de forma vitoriosa no
interior da classe operária, pois elabora sua política em acordo com uma
caracterização equivocada, menosprezando os impactos da relação do PT
com o movimento de massas na consciência do proletariado. E, pior,
subestimam a necessidade de desmascarar Lula e Dilma diante dos
trabalhadores e jovens do país, atuando centralmente com uma agitação
economicista e capituladora.<br />
<br />
Além disso, o MNN propaga uma distorção completa das leis teóricas
gerais que engendram o Sistema Internacional de Estados e a Divisão
internacional do Trabalho, formuladas por Lênin no livro “Imperialismo –
Fase Superior do Capitalismo”. Assim, não definem nosso país enquanto
uma semicolônia do imperialismo, mas como um país avançado e com o
“maior potencial” revolucionário do mundo.<br />
<br />
Em artigo publicado na revista Crítica Marxista nº 18, Hector Benoit,
intelectual do MNN, defende a tese do potencial revolucionário do
Brasil. “<i>Em qual outra região da terra, sem entraves
pré-capitalistas, tais contradições se manifestam de forma tão pura,
potencialmente apontando, de forma tão determinada, para a aurora de um
futuro socialista</i>?”, indaga Benoit.<br />
<br />
Por isso, se colocam contra qualquer tipo de luta contra o
imperialismo aqui no país, não reconhecendo a importância das tarefas
nacionais e das palavras-de-ordem de libertação nacional, como o fim do
pagamento da dívida externa e das relações com o FMI, a reforma agrária e
tantas outras.<br />
<br />
Uma última e enorme divergência que hoje possuo com o MNN está na
elaboração do programa dos revolucionários. Para o MNN, em qualquer
conjuntura da luta de classes, em qualquer conflito sindical, o programa
deve se hierarquizar pelas demandas de “Escala móvel de salários” e a
“Escola móvel das horas de trabalho”, contidas no Programa de Transição,
escrito por Trotsky em 1938.<br />
<br />
Não compreendem que a agitação das reivindicações transitórias não
significa a mera repetição do Programa fundador da IV internacional. Na
verdade, o relevante é compreender que no atual período de agonia do
sistema capitalista, a simples defesa do emprego e do salário,
interesses básicos da classe trabalhadora, pode ganhar contornos
revolucionários se levam à mobilização das massas e ao choque com o
regime burguês de dominação. No entanto, de acordo com a análise
concreta da situação concreta, os revolucionários devem levantar as mais
variadas demandas, num sistema de palavras-de-ordem que politize as
mobilizações e as levem à questão do poder.<br />
<br />
Além de todas essas concepções teóricas e análises errôneas, também
me coloco atualmente contra atuação cotidiana do MNN. Na USP, por
exemplo, possuem uma política ultraesquerdista e, junto a outras
organizações também sectárias com os mesmos desvios, afirmam serem os
mais “combatentes” e radicais do movimento estudantil.<br />
<br />
Porém, se utilizam de todos os métodos possíveis, de calúnias a
recursos burocráticos, para isolar a vanguarda da massa dos estudantes e
impedir qualquer unidade com os demais setores do movimento. Essas
práticas são responsáveis, hoje, pelo grande desgaste que existe na USP
com os setores organizados e as entidades do movimento estudantil.<br />
<br />
<br />
<b>A ultraesquerda não é o principal obstáculo</b><br />
<br />
Se por um lado é possível afirmar que não devemos confiar nas
organizações da ultraesquerda, por outro, o que dizer sobre os demais
partidos que se apresentam como “alternativa” socialista no Brasil? Qual
é o projeto político que está se consolidando no PSOL?<br />
<br />
Nas últimas eleições municipais, em 2012, o PSOL realizou alianças
com partidos burgueses e com o PT e recebeu financiamento de grandes
empresas privadas. É o caso de Belém e Macapá, lugares onde Lula, Dilma e
até dirigentes do DEM foram à TV apoiar as candidaturas do PSOL.<br />
<br />
Na campanha de Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, muita aplaudida
pela dita esquerda do PSOL, o candidato, depois de buscar uma aliança
não concretizada com o PV, defendeu nas eleições um programa reformista e
disse à Rede Globo que poderia descontar o ponto de pagamento dos
servidores públicos em greve. <br />
<br />
Recentemente, um escândalo de corrupção atingiu esse partido,
envolvendo o dirigente nacional Martiniano Cavalcante. Ele recebeu nada
menos que R$ 200.000 da empresa Adécio e Rafael Construções e
Incorporações LTDA, uma das empresas-laranja utilizada pelo bicheiro
Carlinhos Cachoeira para suas negociatas. Martiniano contou com a
condescendência da maioria da direção do PSOL e, mesmo assim, após
alguns meses, trocou este partido pela “Rede” de Marina Silva.<br />
<br />
Todos esses elementos demonstram a falência do projeto político de um
partido reformista, que tem como estratégia central a luta por mais e
mais cargos no parlamento burguês. Esses fatos são expressão do caminho
que segue o PSOL: a busca por alianças com a burguesia e a colaboração
de classes.<br />
<br />
<br />
<b>Ao lado da luta da classe trabalhadora e do Socialismo</b><br />
<br />
Após a minha saída do MNN, continuei minha militância cotidiana no
movimento estudantil da USP e busquei compreender teoricamente, e de
maneira consciente, as minhas principais divergências, e minhas
concepções em relação à teoria marxista revolucionária, o papel dos
revolucionários no Brasil e no mundo.<br />
Nesse mesmo período, estabeleci contato com o PSTU e iniciei algumas
discussões com essa organização. Após alguns meses de discussões, optei
por me filiar e ingressar nas fileiras do PSTU. Trata-se de uma
organização que pensa e age de modo totalmente distinto do MNN e,
também, do PSOL.<br />
<br />
É um partido internacionalista, filiado à Liga Internacional dos
Trabalhadores (LIT-QI), que possui partidos e relações com organizações
em mais de 20 países pelo mundo. Compreende a importância dos processos
revolucionários que acontecem pelo mundo, seja no mundo Árabe ou na
Europa, e busca, a partir da LIT, intervir nesses processos de modo a
reconstruir uma organização revolucionária em escala internacional, como
passo para a reconstrução da IV.<br />
<br />
Trata-se também de uma organização política com regime
centralista-democrático, formado por jovens e trabalhadores
revolucionários, e que possui uma opinião política sólida e coerente com
as tarefas atuais.<br />
<br />
Nesse sentido, intervém cotidianamente na realidade para dirigir o
movimento de massas com um programa que mobilize os setores oprimidos da
nossa sociedade. Além disso, busca se construir principalmente na
classe operário, setor mais estratégico do ponto de vista econômico e
revolucionário.<br />
<br />
Na esfera sindical, o PSTU entendeu a necessidade e a possibilidade
da reorganização do movimento de massas, contribuindo para a existência
de uma alternativa sindical e popular, a CSP-Conlutas, que é formada por
sindicatos e movimentos sociais que são oposição de esquerda aos
governos do PT, e disputa a direção das lutas com a CUT e a Força
Sindical.<br />
<br />
No movimento estudantil, defendeu em 2009 a construção de uma nova
entidade nacional, a ANEL, denunciando a falência do projeto da UNE e
impulsionando a organização nacional independente dos estudantes
brasileiros.<br />
<br />
Nas últimas eleições burguesas aqui no Brasil, interveio com
candidaturas independentes de qualquer tipo de vínculo com a burguesia,
seja econômico ou ideológico, e defenderam um programa revolucionário da
classe trabalhadora. Elegeu dois vereadores, um peão da construção
civil e uma professora, que continuarão denunciando e criticando o
domínio da burguesia e a ilusão do seu parlamento, além de estarem ao
lado das lutas da classe trabalhadora cotidianamente.<br />
<br />
Diante da necessidade de nos organizarmos e construirmos uma
alternativa política de organização revolucionário, que lute pela
Revolução Brasileira, convido as companheiras e os companheiros que
militam comigo dia-a-dia a conhecerem o PSTU, filiarem-se e militarem em
nossas fileiras.<br />
<br />
<b>Murilo Magalhães é estudante do curso de Filosofia da USP, diretor do DCE-Livre da USP e do Centro Acadêmico de Filosofia da USP</b><br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19370">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-45413747690167067312013-05-10T11:59:00.000-03:002013-05-11T12:22:43.933-03:00Governo atende apelo de ruralistas e retrocede em demarcação de terras indígenas<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<img height="261" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/indios.png" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Governo acaba com demarcação de terras e avaliza extermínio indígena </span></div>
<br />
No último dia 7, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou a suspensão da demarcação de terras indígenas no Paraná, onde pretende se candidatar ao cargo de governadora nas eleições de 2014. Embora negue, a ação encabeçada por Gleisi tem claros contornos eleitoreiros, já que, provavelmente, vai buscar o financiamento de fazendeiros da região para sua campanha.<br />
<br />
A ministra também assumiu o compromisso com a bancada ruralista da Câmara de que o governo vai preparar um novo sistema de demarcação que envolve outros órgãos governamentais, retirando os poderes da Funai, que hoje é responsável pelos processos de delimitação das terras. O anúncio foi feito numa sessão da Comissão de Agricultura da Câmara, convocada pela bancada ruralista, demonstrando a intenção de ingerência direta nas terras indígenas. Os processos ficariam submetidos à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). <br />
<br />
Os ruralistas pediram a suspensão de todos os processos de demarcação. Os próximos estados na lista do governo são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, cujos estudos já estão sendo realizados. De acordo com a Funai, apenas 12,9% do território nacional são de terras indígenas demarcadas.<br />
<br />
Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que <i>“o
governo brasileiro demonstra íntima sintonia com os interesses
ilegítimos e ilegais da bancada ruralista e da Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária (CNA) que buscam o estabelecimento de uma
moratória absoluta nos procedimentos demarcatórios no país”</i>. E alerta: <i>“o
aprofundamento da retração nos procedimentos de demarcação das terras
indígenas decorrente dessa iniciativa irá potencializar os conflitos
fundiários envolvendo os povos detentores do direito e os ocupantes de
boa ou má fé destas terras”</i>.
<br />
<br />
A funai, até o momento, não se manifestou sobre o assunto. Porém a
ministra Gleisi concordou que existe um desgaste entre o órgão e o
governo e criticou a Funai por, em sua opinião, não estar preparada.<br />
<br />
<br />
<b>Belo Monte</b><br />
<br />
No Pará, no município de Vitória do Xingu, cerca de 200 índios das
etnias Munduruku, Juruna, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Asurini, Parakanã e
Arara ocupam o canteiro de obras da usina hidrelétrica Belo Monte. Eles
exigem que seja realizada consulta prévia sobre a construção de obras em
terras indígenas. Enquanto isso, reivindicam a paralisação das obras e
dos estudos reacionados às barragens nos rios Xingu, Teles Pires e
Tapajós. Perante os ruralistas, Gleisi Hoffmann reduziu o conflito em
Belo Monte a um suposto uso dos índios por grupos que querem imedir <i>“obras essenciais ao desenvolvimento”</i>.
<br />
<br />
Não bastassem os jagunços e fazendeiros, no Pará, os índios, e também
os trabalhadores da construção civil do Consórcio Construtor de Belo
Monte (CCBM), estão enfrentando uma brutal repressão por parte da
polícia, da Força Nacional e da Justiça. A imprensa foi proibida de
chegar ao local. Em carta, os indígenas disseram que “o governo perdeu o
juízo” e exigem a presença do secretário-geral da presidência Gilberto
Carvalho para resolver o conflito. O tema foi alvo de um twittaço nesta
quarta-feira, 8, com a hashtag #VaiLáGilberto, estando entre os
principais assuntos comentados do dia.<br />
<br />
Na carta, os índios afirmam: <i>“Os bandidos, os violadores, os
manipuladores, os insinceros e desonestos são vocês. E ainda assim, nós
permanecemos calmos e pacíficos. Vocês não. Vocês proibiram jornalistas e
advogados de entrar no canteiro, e até deputados do seu próprio
partido. Vocês mandaram a Força Nacional dizer que o governo não irá
dialogar com a gente. Mandaram gente pedindo listas de pedidos. Vocês
militarizaram a área da ocupação, revistam as pessoas que passam e vem, a
nossa comida, tiram fotos, intimidam e dão ordens”</i>.<br />
<br />
O último capítulo desse drama foi a decisão judicial da noite desta quarta,8, que decidiu pela <a href="http://pstu.org.br/node/19361" target="_blank"><span style="color: navy;">reintegração de posse</span></a>
do canteiro com, permitindo a retirada forçada dos indígenas. Também
ficou a critério da polícia e da Força Nacional a permissão para a
entrada de jornalistas, advogados e outros.<br />
<br />
<br />
<b>Governo assina extermínio indígena</b><br />
<br />
Com essa medida, o governo assina a sentença de morte das nações que
hoje vivem em territórios já muito reduzidos. O governo petista se torna
responsável pelos conflitos, assassinatos e extermínio dos indígenas,
processo a que já estamos assistindo nas aldeias Guarani-Kaiowá,
Kaingang e nas etnias presentes em Belo Monte, entre outros, que já
vivem encurralados por jagunços de fazendeiros.<br />
<br />
<br />
<b>Leia ainda:</b><br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/node/19361">Belo Monte: Justiça determina reintegração de posse do canteiro</a><br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19362">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-77360692413880553942013-05-10T02:19:00.000-03:002013-05-10T02:19:39.677-03:0010 anos de PT: e a ‘privataria’ continua...<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Apesar do discurso, Lula e Dilma deram sequência à política de privatizações do governo FHC</i>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="248" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/artigo_cyro_cyro.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Governo Dilma está entregando o petróleo brasileiro às multinacionais</span> </div>
<br />
Nas campanhas eleitorais de Lula e Dilma, o PT sempre bradou contra a política de privatizações levadas a cabo pelos tucanos. Afinal, o governo do PSDB foi responsável pela entrega de setores estratégicos do país, e o PT tentava se contrapor afirmando que seu governo não privatizariam nenhuma estatal. Infelizmente a realidade é outra. Nestes 10 anos, o governo petista deu continuidade à política de privatizações, atingindo inclusive setores que os tucanos não ousaram tocar. <br />
<br />
Os governos do PT privatizaram rodovias, hidroelétricas, bancos estaduais e jazidas petrolíferas, inclusive do pré sal. Lula também implementou a privatização por via das PPP, as parcerias-público-privadas, como foi o caso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Dilma também continua privatizando. Privatizou a Previdência dos servidores públicos, aeroportos, Hospitais Universitários, rodovias federais, e agora está retomando os leilões do petróleo brasileiro.<br />
<br />
<br />
<b>Petróleo: leilão é privatização</b><br />
<br />
Dilma publicou o edital da 11ª Rodada de Licitação de Petróleo e
anunciou a 1ª rodada do pré-sal para novembro deste ano. Neste leilão,
serão entregues 289 blocos de 11 bacias sedimentares, que contém muito
petróleo.<br />
<br />
Somente na margem equatorial brasileira, estima-se que existam
reservas da ordem de 30 bilhões de barris. Já as reservas do pré-sal são
estimadas em no mínimo 35 bilhões de barris. O que o governo Dilma está
iniciando é a maior entrega de riquezas da história do país.<br />
<br />
Como a produção de petróleo será muito maior que o consumo interno, o
país se tornará um grande exportador do produto. Como o petróleo não dá
duas safras, ou seja, é um recurso esgotável, ficaremos no pior dos
mundos: sem petróleo e sem perspectivas de melhoria social.<br />
<br />
<br />
<b>Briga por Royalties é cortina de fumaça</b><br />
<br />
Os governadores dos estados “produtores” de petróleo e os “não
produtores” brigam por diferentes propostas de divisão dos royalties
entre eles. Mas a verdade é que, seja qual for a forma de divisão, os
royalties representam cerca de 10% da produção total. Enquanto encenam
esta guerra pelos 10%, os governadores se aliam ao governo Dilma para
entregar os outros 90%.<br />
<br />
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) diz que as
crianças vão ficar sem merenda escolar, caso o estado perca sua fatia na
divisão dos royalties. Lamentavelmente, os parlamentares do PSOL como
Marcelo Freixo, Jean Willis, Janira Rocha, Eliomar Coelho, Renato Cinco e
Paulo Pinheiro, caíram neste discurso e estiveram presentes na
manifestação puxada por Cabral no centro do Rio. A verdade é que os
apelos de Cabral não passam de mera demagogia. O governador nunca
priorizou a educação pública, tampouco se preocupou com a merenda
escolar dos filhos dos trabalhadores pobres.<br />
<br />
O que precisamos é defender a soberania nacional, suspendendo os
leilões de petróleo. Precisamos de uma Petrobras 100% estatal e sob o
controle dos trabalhadores. Queremos a integração estatal de toda a
cadeia produtiva: exploração, produção, transporte, refino, importação e
exportação, distribuição e petroquímica. Só assim o petróleo deixará de
ser um grande negócio para os acionistas e multinacionais, e passará a
atender as necessidades sociais da população trabalhadora.<br />
<br />
<br />
<b>Concessão é privatização</b><br />
<br />
Por trás de uma falsa discussão se concessão é ou não privatização, o
governo Dilma adotou uma medida, inclusive elogiada pelo PSDB, de
entregar os aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF)
para a iniciativa privada. Também já se comprometeu com a entrega, até
agosto de 2013, os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de
Confins, em Minas Gerais.<br />
<br />
Como se não bastasse tudo isto, o governo Dilma tenta privatizar
setores da saúde e da educação por meio da implementação da Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares, que visa gerir os Hospitais
Universitários.<br />
<br />
O governo Dilma baixou a Medida Provisória 595 com o objetivo de
privatizar 159 terminais de 24 portos. Esta medida encontrou uma séria
resistência dos trabalhadores que fizeram uma greve que atingiu 36
portos em 12 estados. A partir daí o governo recuou e se dispôs a
negociar com os trabalhadores, mas deixou claro que não abandou o seu
objetivo de privatização.<br />
<br />
Em suma o que estamos assistindo, apesar das promessas de campanha
contrárias à privatização, é a implementação do “modo petista de
privatizar”. Na verdade é o mesmo ideário neoliberal do PSDB. Só a
mobilização da classe trabalhadora e da juventude do nosso país poderá
barrar este processo de entrega da nossa soberania.<br />
<br />
<br />
<b>Leia mais</b><br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/node/19323">Entrega do petróleo e punições aos trabalhadores: a política de DIlma para a Petrobrás</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19359">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-70644434442913135062013-05-08T13:02:00.000-03:002013-05-08T13:02:00.262-03:00Entrega do petróleo e punições aos trabalhadores: a política de DIlma para a Petrobrás<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Em um hotel luxuoso, cujo quintal é a praia de São Conrado (RJ), a presidente Dilma irá colocar em prática um dos maiores crimes do seu governo: a 11ª rodada dos leilões do petróleo nos próximos dias 14 e 15 de maio</i><br />
<i> </i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/dilma-1.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Dilma dá seqüência à privatização do petróleo promovida por FHC e Lula</span> </div>
<br />
Seguindo a lógica privatista de seu mandato, marcado já pela privatização dos portos, aeroportos e rodovias, Dilma colocará a venda uma quantidade de petróleo que, revertida em dinheiro, é maior que o PIB do país em 2012, fechado na cifra de US$ 2,3 trilhões de dólares. Irão participar do leilão multinacionais parasitas como Shell, Chevron, Repsol, Exxon Mobil Corp e British Petroleum. Estima-se que serão entregues às multinacionais 37 bilhões de barris de petróleo, o que representa mais de US$ 3,7 trilhões de dólares. <br />
<br />
No total, serão colocados à venda 289 blocos, sendo 166 no mar – 81 em águas profundas, 85 em águas rasas – e 123 em terra. Dilma, que venceu as eleições com um discurso claramente contrário às privatizações para se diferenciar do candidato tucano, cai em mais uma contradição e mostra que os governos petistas e tucano têm muito mais semelhanças que diferenças: para entregar o petróleo brasileiro ao capital internacional, Dilma está utilizando uma lei criada por Fernando Henrique Cardoso, a lei 9.478, para privatizar a Petrobras. <br />
<br />
Com esta lei, FHC conseguiu acabar com o monopólio estatal do petróleo e fatiou a companhia, abrindo o caminho para uma série de leilões. Não conseguiu, porém, privatizar a empresa e nem mudar o seu nome para Petrobrax em virtude do enfrentamento e desgaste com a sociedade. As mobilizações dos petroleiros, sobretudo na greve histórica de 1995, também foram episódios decisivos na resistência vitoriosa à privatização. <br />
<br />
Antes com Lula e agora com Dilma, o PT trilha o mesmo caminho do governo tucano. Não cessou os leilões do petróleo, usa a Petrobrás para ajudar Eike Batista, impõe uma política salarial rebaixada aos petroleiros (já são mais de 17 anos sem aumento real) e aplica uma política nefasta de lucro a qualquer custo com o aumento das terceirizações e dos acidentes de trabalho. Para cada petroleiro concursado (cerca de 90 mil em todo Sistema Petrobras), são quatro terceirizados (mais de 300 mil). <br />
<br />
Com o Procop, programa de "otimização de custos" anunciado pela companhia, o risco de acidentes aumentou. Agora, com menos trabalhadores e mais produção para agradar os acionistas, a empresa está sacrificando a segurança dos petroleiros e das comunidades vizinhas às suas unidades para obter taxas de lucro ainda maiores. Prova disso é o recente vazamento de óleo no Terminal Almirante Barroso, em São Sebastião, no dia 5 de abril. Com a manutenção precária de suas instalações, assédio moral e efetivo reduzido de trabalhadores, o maior terminal aquaviário da América Latina vivenciou um acidente que poderia ter sido facilmente evitado.
<br />
<br />
<br />
<b>Privatização na Transpetro não está descartada</b><br />
<br />
Além dos leilões do petróleo, Dilma também abriu caminho para uma
possível privatização dos terminais da Transpetro. Isso porque dentro do
processo de privatização anunciado por Dilma para os portos o terminal
Alemoa da Transpetro, que fica em Santos, está na lista dos 159
terminais passíveis de licitação. E com a disponibilidade para uma
possível licitação com data agendada: 22 de outubro de 2014.<br />
<br />
<br />
<b>Punições e demissões aos trabalhadores petroleiros</b><br />
<br />
A repressão e criminalização dos movimentos sociais no Governo Dilma
ganharam expressão nas obras de Belo Monte, onde o Governo Federal tem
aplicado a política do cassetete para reprimir os trabalhadores que
estão em greve contra as condições degradantes de trabalho. Como um
verdadeiro agente da concessionária responsável pela obra e pela
imposição de um trabalho praticamente escravo, o governo Dilma também
tem sido conivente com a política de perseguições aos petroleiros no
Sistema Petrobrás.<br />
<br />
Após o vazamento no Tebar, a Transpetro iniciou uma espécie de caça
às bruxas na unidade. Uma comissão de investigação foi criada para
transferir aos trabalhadores a responsabilidade pelo vazamento. Punições
que vão desde suspensão de 20 dias até demissão não estão descartadas
pela empresa, que se recusa a assumir a responsabilidade pelo acidente.<br />
<br />
Há um ano, justamente por denunciar as irregularidades na companhia e
o desrespeito às normas regulamentadoras e legislações sobre segurança,
a cipeira Ana Paula do Terminal Cabiúnas, em Macaé (RJ), foi demitida
pela empresa. Mais recentemente, na Refinaria Presidente Bernardes de
Cubatão (RPBC), um vazamento na refinaria já gerou a formação de uma
comissão que tem a mesma finalidade: jogar nas costas dos trabalhadores,
pressionados a garantir a produção a todo vapor custe o que custar, a
culpa por qualquer acidente ou erro operacional.<br />
<br />
<br />
<b>Petroleiros organizam calendário de lutas</b><br />
<br />
Como contraponto aos leilões do petróleo e ao clima de perseguição em
que vivem os trabalhadores, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
definiu um calendário de lutas para enfrentar os ataques da Petrobras e
do governo Dilma.<br />
<br />
Mesmo paralisada por formar a base do Governo, atuando no movimento
sindical como um freio às lutas da categoria, a FUP (Federação Única dos
Petroleiros) foi convocada pela FNP a integrar este calendário.
Infelizmente, até o momento não respondeu ao chamado.<br />
<br />
É preciso formar uma ampla campanha com os diversos setores da
sociedade e do movimento sindical para fortalecer a campanha 'O petróleo
tem que ser nosso'. O combate não é apenas aos leilões do petróleo. A
luta também é para colocar nas ruas a bandeira histórica dos petroleiros
e dos movimentos sociais por uma Petrobrás 100% Estatal e pelo resgate
do monopólio estatal do petróleo, com o fim das concessões às
multinacionais sem indenização.<br />
<br />
Com isso, seria possível reverter os recursos obtidos através do
petróleo para investimentos em educação, saúde, infraestrutura,
transportes, etc. Seria possível, mais ainda, baratear o preço da
gasolina e do gás de cozinha, gerando por consequência uma diminuição
significativa nos custos com alimentação e transporte, principalmente. O
PSTU está nesta luta e apóia a mobilização dos petroleiros.<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19323"><b>Retirado do Site do PSTU</b></a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-71907665434555025232013-05-07T01:56:00.001-03:002013-05-07T01:57:44.807-03:00Povos indígenas ocupam Belo Monte<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Força Nacional expulsa jornalistas e decreta estado de sítio informal</i>
<br /><br />
<div style="text-align: center;">
<img height="233" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/belomonte_int.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Indígenas recebem o apoio de operários da hidrelétrica (Foto: Mundurukudenuncia)</span></div>
<br />
Cerca de 200 indígenas afetados pela construção de hidrelétricas ocuparam no dia 2 de maio o principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no município de Vitória do Xingu, Pará. Eles reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires.<br />
<br />
Os povos presentes são:
Munduruku, Juruna, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Asurini, Parakanã, Arara,
além de pescadores e ribeirinhos. A ocupação, segundo os indígenas, se
manterá até que o Governo Federal atenda as reivindicações apresentadas.
O movimento também publicou uma carta explicando o motivo da ocupação.
<br />
<br />
“<i>O
que nós queremos é simples: vocês precisam regulamentar a lei que
regula a consulta prévia aos povos indígenas. Enquanto isso vocês
precisam parar todas as obras e estudos e as operações policiais nos
rios Xingu, Tapajós e Teles Pires. E então vocês precisam nos consultar</i>”, diz a carta.<br />
<br />
Neste ano mobilizações de todo o tipo tem acontecido em Belo
Monte. No último dia 21 de março, cerca de 100 indígenas, ribeirinhos e
pequenos agricultores expulsos afetados pela obra ocuparam o canteiro
Pimental, um dos pontos de construção mantido pelo Consórcio Construtor
de Belo Monte (CCBM). No último dia 5 de abril, cinco mil trabalhadores
do canteiro de obras Pimental paralisaram as atividades por conta das
condições de trabalho e da demissão de 80 funcionários, no final do ano
passado. Até um espião que levava informações para a Agência Brasileira
de Informações (ABIN) foi descoberto.<br />
<br />
<img alt="" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/paginas/belomonte_int2.jpg" style="width: 500px;" /><br />
<br />
<br />
<b>Repressão ao invés de diálogo</b><br />
<br />
No dia 3 de maio, cerca de 100 homens da Força Nacional, Tropa de Choque
da Polícia Militar e Polícia Civil chegaram ao principal canteiro de
obras de Belo Monte, no Pará, para cumprir mandado judicial de
reintegração de posse contra “brancos” que estavam presentes na
ocupação. Dois jornalistas que cobriam a ação e um pesquisador foram
levados do local pela Polícia Civil. Foi um verdadeiro ato de
intimidação contra o movimento e mostrou que o governo prefere as
ameaças ao diálogo com os povos indígenas .<br />
<br />
No mesmo dia, um grupo de dois mil trabalhadores aplaudiu de pé um
grupo de indígenas que foi aos alojamentos dialogar com os operários. <i>“Os trabalhadores que vivem nos alojamentos nos apóiam”</i>, afirma nova carta dos indígenas.<br />
<br />
No dia 4, o deputado Padre Ton (PT-RO) foi impedido por policiais da
Força Nacional de Segurança de entrar no canteiro de obras da usina.
Dois fotógrafos e duas equipes de televisão também foram novamente
impedidos de entrar no local. Um dos jornalistas foi ameaçado de prisão
por policiais, caso entrasse no canteiro. Um grupo de apoiadores do
município de Altamira que levava frutas para os indígenas não foi
liberado para entregar as doações aos manifestantes.<br />
<br />
Em nome do governo federal, a Força Nacional apresentou aos indígenas
uma última “proposta” de negociação: os indígenas deverão apresentar
uma lista de reivindicações, que será assinada por eles e pelo governo,
que se comprometerá a cumpri-la sob a condição de que, depois de
assinado o acordo, os indígenas deixassem o canteiro.<br />
<br />
<i>“O governo já disse pra vocês que não vem aqui”</i>, disse um policial da Força Nacional aos indígenas. <i>“É mais fácil acontecer um despejo do que vocês conseguirem a pauta de vocês. Então é bom aceitarem essa última proposta”.</i> Os indígenas não aceitaram.<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19293">“Belo Monte é o maior centro de escravidão que existe”, operários da hidrelétrica falam sobre o cotidiano nas obras</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19321">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-197075040941514382013-05-04T09:37:00.000-03:002013-05-06T12:49:31.345-03:00O significado da excomunhão de padre Beto<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/padre.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Padre Beto: excomungado por defender LGBTs</span>
</div>
<br />
O padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como Padre Beto, foi excomungado na última segunda-feira (29) pela Igreja Católica em Bauru (SP), por defender os LGBTs em seu site, Twitter e Facebook, através de vídeos defendo a livre expressão da sexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Padre Beto já havia desistido do sacerdócio dias antes de ser excomungado, marcando uma missa de despedida no último domingo e sendo oficialmente excomungado na segunda. Ele afirmou em entrevistas que “em outros tempos, seria queimado” e que “eu fui excomungado, mas os pedófilos não”. Nada mais correto.<br />
<br />
Escândalos de pedofilia se tornaram nos últimos 20 anos mais comuns na Igreja Católica do que qualquer outra coisa, mas nenhum sacerdote pedófilo foi excomungado, mas aqueles que denunciam a pedofilia correm sério risco: a cantora irlandesa Sinnéad O’Connor, que denunciava em 1992 o abuso sexual de crianças na Igreja, chegando a rasgar, em protesto, uma foto do papa João Paulo II ao vivo em rede nacional nos EUA (enquanto cantava frases como “abuso de crianças”, “lute contra o inimigo real”), teve sua excomunhão motivada, entre outras coisas, pelas denúncias contra a pedofilia no interior da igreja e a conivência do Vaticano.<br />
<br />
A excomunhão do padre Beto tem um profundo significado político. Faz décadas que um sacerdote não é excomungado no Brasil, o último seria Leonardo Boff (que se autoexcomungou) em 1984, também por motivos políticos. A pauta LGBT nunca esteve tão presente na vida do país: de um lado, um avanço de setores conservadores e fundamentalistas, representados pela asquerosa figura do pastor Marco Feliciano. De outro, uma reposta de amplos setores contra Feliciano e contra a crescente violência homofóbica, envolvendo artistas, altas celebridades, o próprio padre Beto, menos a presidente Dilma. Além disso, já são 12 estados e o Distrito Federal que reconheceram a união civil homoafetiva. A Igreja Católica, diante desta acirrada polarização, deu uma resposta retrógrada e conservadora, alinhando-se com os conservadores, contra o movimento.<br />
<br />
A posição fica marcada, então, com a excomunhão do padre Beto. Categoricamente, fica bem claro que não há espaço para LGBTs na Igreja Católica, e o recado está dado: a “santa” Igreja Romana é inimiga dos LGBTs, os odeia e não permite sequer o debate, não permite sequer que um padre defenda os direitos democráticos desse setor. Essa posição reforça a postura defendida por Jorge Bergoglio, o papa Francisco, então arcebispo de Buenos Aires, em conversa com o rabino Abraham Skorka em 2010, publicada pela revista Veja no último dia 10/04: para o papa, o casamento homoafetivo igualitário é um “retrocesso antropológico”. Não por acaso, Bergoglio foi uma das mais ferozes vozes contra a aprovação do casamento homoafetivo na Argentina, em 2011.<br />
<br />
<br />
<b>A Igreja Católica, uma instituição retrógrada e ultrapassada</b>
<br />
<br />
Padre Beto afirmou que “não é possível ser cristão em uma instituição que cria hipocrisias e mantém regras morais totalmente ultrapassadas da nossa época e do conhecimento da ciência”. Seu erro, enquanto sacerdote, foi acreditar que a Igreja Católica fosse compatível com essa época de conhecimento e ciência, quando o papel do Vaticano sempre foi o de combater os avanços da ciência, que vão desde as descobertas de Nicolau Copérnico e Isaac Newton sobre a órbita da Terra em torno do Sol, até o uso de camisinha para combater DSTs e da pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada.<br />
<br />
A fé das pessoas, individualmente, é algo pessoal e não está em questão – a liberdade religiosa é um dos direitos democráticos mais importantes. Trata-se aqui da Igreja Católica enquanto instituição e seu papel na sociedade de classes, que sempre foi de combater qualquer movimentação que ameace sua estrutura, e isso vai além do combate ao conhecimento científico. Por exemplo, todos os católicos que pegaram em armas para combater as monarquias espanhola e portuguesa na América Latina durante o papado de Leão XII (1823-1829) foram excomungados. O papa João XXVIII excomungou Fidel Castro logo após a vitória da Revolução Cubana. Por outro lado, nenhum ditador e nenhum fascista foi excomungado na história, muito pelo contrário: Hitler, Mussolini, Franco e Salazar, dentre outros ditadores, tinham pleno apoio da Igreja Romana.<br />
<br />
Durante as ditaduras militares na América Latina, os setores mais poderosos da Igreja Católica ajudava, por vezes de forma velada, a manter esses regimes e perseguir seus opositores. A voz dissonante na Igreja era combatida: Leonardo Boff, por exemplo, se autoexcomungou porque seria excomungado de qualquer forma. Frei Betto foi perseguido sistematicamente no interior da Igreja. Outro exemplo são as ligações do papa Francisco com o regime militar argentino.<br />
<br />
Excomunhões para marcar a posição política da Igreja sobre temas polêmicos, frente à dada conjuntura não é nenhuma novidade: em 2008, no Uruguai, todos os parlamentares católicos que votaram a favor da lei que descriminalizou e regulamentou o aborto no país foram excomungados. O arcebispo de Olinda e Recife, José Cardoso Sobrinho, excomungou, em 2009, a mãe e os médicos de uma menina de 9 anos que fez um aborto, após ter sido estuprada pelo padrasto. O padrasto não foi excomungado, deixando clara a posição da Igreja: abortar é mais grave que estuprar uma criança indefesa.<br />
<br />
<br />
<b>Quem é padre Beto</b>
<br />
<br />
Politicamente, não temos nenhum acordo com padre Beto, que chegou a chamar votos em eleições passadas a diversos partidos da direita, como PSDB, DEM e PMDB, chegando, inclusive, a chamar voto nas eleições de 2008 para Caio Coube (PSDB), dono da Tilibra, um dos maiores industriais do estado.<br />
<br />
Existe uma distância enorme entre o que o padre Beto defende ao apoiar esses candidatos e ao falar de “amor” com a concepção de movimento LGBT que nós, do PSTU, temos: para nós, a luta contra a homofobia é necessariamente ligada à luta dos trabalhadores da cidade e do campo contra a exploração capitalista. No entanto, não podemos deixar de o apoiar em sua luta em defesa dos direitos dos LGBTs e contra essa instituição retrógrada que nos odeia e não permite nenhum tipo de debate progressista, que é a Igreja Católica.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19315">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-91931396871612554292013-05-01T02:10:00.000-03:002013-05-02T02:11:45.433-03:00Espanha: repressão e catástrofe social<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>No mesmo dia em que governo Mariano Rajoy reprime manifestantes, dados mostram que 27,16% da população economicamente ativa do país está sem emprego.</i><br />
<i> </i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="284" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/ALeqM5gxg-t92Ij6msIvRW8xapsWncz9Aw.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Manifestantes cercaram o parlamento </span></div>
<br />
No último dia 25, uma manifestação convocada pelas redes sociais chamou para um novo “cerco ao congresso” espanhol. O protesto foi convocado pela plataforma “En Pie!”. A intenção era repetir os cercos realizados conta o parlamento em 2012. No ano passado, porém, esse tipo de protesto ocorreu sob forte influência das grandes mobilizações de massas realizadas em Madri, após a marcha dos mineiros contra as medidas de austeridades. Situação bem diferente da semana passada. Desta vez, o protesto contou com aproximadamente 1.500 pessoas, segundo a imprensa internacional. Nenhum grande setor organizado dos trabalhadores esteve presente. <br />
<br />
O protesto terminou em um grande confronto com a polícia, que lançou bombas de efeito moral, balas de borracha e desceu os cassetetes contra os manifestantes. O resultado foi a prisão de cinco ativistas. Outros 29 ficaram feridos. <br />
<br />
Nos dias que precederam o protesto, autoridades do governo Mariano Rajoy lançaram um arsenal de ameaças. "<i>A
nossa legislação determina que não se podem realizar manifestações,
ainda que pacificas, para não violentar a liberdade dos legisladores"</i>, disse Cristina Cifuentes, delegada do Governo em Madrid.<br />
<br />
<i>“A utilização da violência contra o movimento operário e
popular, a criminalização dos protestos e as acusações sem provas
abundaram nos dias que precederam ao 25A, apoiadas por todos os grandes
meios de comunicação”</i>, afirma uma nota da <b>Corriente Roja</b> que denuncia a crescente violência e criminalização dos movimentos sociais no país.<br />
<br />
O pior de tudo foram as declarações da Isquierda Unida (IU), por meio
de Cayo Lara, bem como da “Democracia Real Já”, que denunciavam o
caráter “violento” dos protestos do dia 25 de abril. Assim, jogaram água
no moinho da repressão.<br />
<br />
No mesmo dia dos protestos foram apresentados ao país novos dados que
ilustram a tragédia social pela qual passa o país. Pela primeira vez, o
número de desempregados na Espanha ultrapassou a marca de seis milhões
de pessoas e chegou a 27,16% da população economicamente ativa. Na
juventude o índice é assombroso. Para quem até 25 anos de idade, o
índice chegou a 57,2% no primeiro trimestre, com 960 mil desempregados.
Em junho de 2007, antes da crise, o desemprego na Espanha era de 7,95%,
com menos de dois milhões sem trabalho. De lá pra cá, os governo de Luis
Zapatero (PSOE) e depois de Mariano Rajoy (PP) aplicou todo o
receituário de austeridade ditado pela troika (Banco Europeu, União
Europeia e FMI) com a promessa de “retirar o país da crise”. Salários e
pensões foram rebaixados. Privatizações foram realizadas e planos que
facilitam demissões aprovados. O resultado é a enorme catástrofe social
enfrentada pela população trabalhadora.<br />
<br />
<i>“Diante da catástrofe social que vivemos, precisamos impor um
Plano de Resgate dos trabalhadores e do povo, o que só é possível se não
pagamos a dívida à banca, rompemos com a União Europeia do capital e
com o euro e nacionalizarmos os bancos e as indústrias. Ou seja, que
para garantir salário, previdência, educação pública, moradia e o
próprio processo constituinte é necessário derrubar o governo e o regime
e impor um governo dos trabalhadores e do povo”</i>, conclui a <b>Corriente Roja</b>.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3538114328816777704">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-59204598465659828372013-05-01T01:32:00.000-03:002013-05-01T02:01:20.853-03:008º Congrejufe faz história e desfilia a federação da CUT<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Servidores aprovam a desfiliação da central ligada ao governo e defendem a autonomia e a independência da atuação sindical em defesa dos trabalhadores</i><br />
<i> </i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/sintrajud.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Congresso Nacional da Fenajufe</span></div>
<br />
O relógio marcava nove horas e 35 minutos da noite de 29 de abril
de 2013 quando a maioria do plenário do 8º Congrejufe explodiu em festa
ao ver anunciada a contagem final da votação: por 269 votos a 202, os
delegados ao Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores do
Judiciário Federal e do MPU, representando 31 sindicatos estaduais,
aprovaram desfiliar a entidade da CUT.<br />
<br />
Dali em diante, quem permaneceu no plenário do congresso, que
transcorre num hotel isolado em Caeté, cercado pelas montanhas das Minas
Gerais, participou e assistiu a uma daquelas cenas que só ocorrem em
momentos de grande emoção, como na virada do ano ou nas conquistas
marcadas pela percepção de que se está fazendo história. Houve festa.
Abraços apertados. Muito papel picado voando pelos ares na área ocupada
pelos servidores que reivindicam o movimento LutaFenajufe, de oposição à
atual direção – papel, aliás, ao final devidamente catado e recolhido
em sacos pelos próprios servidores. A Fenajufe estava fora da CUT. O
setor ligado ao governo não conseguiu manter a federação filiada a que é
hoje a mais governistas das centrais do Brasil.<br />
<br />
<br />
<b>‘Sabor de vitória’</b><br />
<br />
Todos os depoimentos eram carregados de emoção.<i> “Você está registrando um momento histórico”,</i>
disse, ao repórter, Alex Cardoso, servidor da delegação de Alagoas,
fazendo questão de mencionar que, na contagem dos votos, o seu foi o de
número 100. <i>“É cansaço e emoção, não esmorecemos, identificamos que a
CUT era braço do governo no movimento sindical, é com o sabor desta
vitória que eu encerro meu mandato na Fenajufe”,</i> resumiu Antonio
Melquíades, da JF de São Paulo e diretor da federação, sem deixar de
destacar a necessidade de retomar a luta da categoria para superar o
rebaixado reajuste salarial imposto pelo governo à categoria.<br />
<br />
<i>“É um momento de intensa alegria após dez anos de peleguismo
dentro da CUT. A CUT vendeu os [direitos dos] trabalhadores para atender
aos interesses do capital, fez isso na reforma da Previdência, faz isso
no caso do ‘mensalão",</i> disse Fagner Xavier, da delegação do Rio Grande do Sul. <i>“Depois de dez anos, uma vitória para recolocar a Fenajufe nas lutas da categoria”,</i> resumiu Acácio Aguiar, ex-dirigente do Sisejufe-RJ, um dos seis sindicatos da federação que permanecem filiados à CUT.<i>
“Votamos contra a permanência em virtude da vontade da base da
categoria no Rio de se desfiliar da CUT, é um obstáculo que está
vencido, agora temos que levar essa decisão para lá”</i>, disse, referindo-se à campanha pela desfiliação no sindicato carioca.<br />
<br />
A burocratização da central, a sua estreita ligação com o governo ao
ponto de formular propostas, como o Acordo Coletivo Especial, que
atendem às vontades do Planalto e não a dos trabalhadores, foi
ressaltada por Saulo Arcangeli, diretor da Fenajufe, ao defender a
proposta de desfiliação da tribuna.<i> “Houve uma grande burocratização
da central e uma [busca] por cargos. O vice-presidente da CUT é
assessor da Dilma na Presidência”,</i> disse, referindo-se a José Lopes Feijó, que por vezes chega a ser o ‘negociador’ do governo com as centrais.<br />
<br />
<br />
<b>Conclusão de um ciclo</b>
<br />
<div>
<br />
A servidora Madalena Nunes, dirigente do sindicato do Piauí e
ex-coordenadora da Fenajufe, recordou a história da CUT – de “lutas
maravilhosas” – e lamentou o caráter atual da central que ajudara a
construir. <i>“Vamos ter que retomar essa construção agora, vamos
corrigir os erros, não vamos permitir que as nossas construções e as
nossas organizações se desviem do caminho das lutas dos trabalhadores”,</i> disse.</div>
<i>“Estamos concluindo um ciclo na organização da categoria, foi um
longo processo de cobrança e denúncia para que esta central, que teve na
origem uma história muito bonita, cumprisse o papel histórico a que se
propôs”</i>, disse Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud-SP e ex-diretor da federação. <i>“Mas é tempo de concluir o processo, superando o velho e fazendo germinar o novo”,</i> defendeu.<br />
<br />
Ao fazer, da tribuna, a defesa da desfiliação, Dalmo Duarte, da
direção do Sintrajud, recordou a fundação da CUT, no início da década de
1980.<i> “Eu lembro que naquele congresso a CUT representava o que
tinha de mais bonito neste país, a CUT que era perseguida pelos
militares e pela patronal. Mas eu faço esta [defesa] hoje porque aquela
CUT não existe mais”, </i>disse. <i>“Todos nós aqui fizemos muitas
greves, é uma história de luta. Sair desta CUT é fortalecer a nossa
categoria e reconstruir a unidade”, </i>sintetizou.<br />
<br />
Também da tribuna, Pedro Aparecido, da direção da Fenajufe, assinalou a relevância do momento. <i> “Hoje nós estamos fazendo história viva para nossa categoria”</i>, disse. <i>“Quarta-feira
é 1º de maio, dia do trabalhador, quis o destino que nós estivéssemos
aqui, em Minas Gerais, terra de Tiradentes, para dizer: liberdade! Fora
da CUT”</i>, registrou.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19307">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-35296597867223620912013-04-30T13:50:00.000-03:002013-05-03T13:51:30.626-03:00A espionagem contra o movimento sindical e os entulhos da ditadura <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Preso com Lula por liderar greves no ABC, presidente do PSTU critica infiltração de arapongas nos movimentos sociais, cobra coerência do PT e pede a Dilma a extinção da Abin</i><br />
<i> </i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="268" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/belomonte_repressao.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Repressão policial em Belo Monte </span></div>
<br />
Neste mês de abril, completaram-se 49 anos do golpe militar que colocou o país sob o jugo de uma ditadura por duas décadas. Foram anos de prisões arbitrárias, execuções e torturas. Não só contra aqueles que se insurgiram por meio das armas, mas também, o que nem sempre é lembrado, contra o movimento sindical e popular. Nos arquivos dos organismos de repressão, como o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), há farta documentação sobre como os movimentos sociais eram permanentemente vigiados e monitorados. A ditadura caiu, mas muitos de seus aspectos ainda não. <br />
<br />
Uma reportagem do jornal <i>O Estado de S. Paulo</i> mostra como alguns entulhos autoritários insistem em seguir existindo. De acordo com o jornal, que teve acesso a documentos sigilosos, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) contatou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar o movimento sindical nos portos do país, com ênfase no porto de Suape, em Pernambuco. A preocupação do governo era as mobilizações contra a Medida Provisória (MP 595) que alterou o marco regulatório da exploração dos portos. <br />
<br />
Como nos tempos da ditadura, a Abin infiltrou agentes, ou melhor, “arapongas”, para monitorarem o movimento dos trabalhadores nos portos, de acordo com a reportagem. Segundo consta, foi utilizado até mesmo tecnologia israelense de última geração para enviar imagens até uma central da inteligência em Brasília. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, foi tentar explicar à imprensa a situação insólita e acabou piorando o caso. Para ele, o monitoramento é algo normal e não se deu por razões políticas, mas “econômicas”. Ele afirmou o seguinte ao <i>Estado</i>: “Era mais que legítimo que a Abin passasse para nós informações dos riscos: ‘Olha, pode paralisar o porto.’ E a repercussão disso na economia, qual é?’”. <br />
<br />
Ou seja, para o ministro, a espionagem do movimento sindical é justificável, já que poderia causar algum tipo de prejuízo. Ora, qual greve não causa prejuízo? Qual mobilização de trabalhadores por direitos não causa algum impacto econômico, seja para o governo, seja para a iniciativa privada? Pela lógica de Gilberto Carvalho, qualquer monitoramento do movimento sindical ou de qualquer movimento social seria legítimo. Na verdade, parece ser exatamente esse o pensamento do governo, que determina o acompanhamento sistemático do movimento por órgãos de inteligência. <br />
<br />
Em 2012, por exemplo, os servidores federais realizaram uma das maiores greves de sua história, enfrentando uma postura arrogante e autoritária do governo. Foram três meses de manifestações e protestos, como ocupações de prédios públicos em Brasília. Soube-se depois que a Abin, a Polícia Militar e até o Exército foram mobilizados para se infiltrarem em atividades dos servidores e monitorarem até mesmo a vida pessoal dos dirigentes sindicais. A espionagem naquela greve chegou a ser capa da revista Istoé. <br />
<br />
Essa violência não se limita ao movimento sindical. Mais recentemente, descobriu-se um agente infiltrado nas reuniões do “Movimento Xingu Vivo”, que luta pela preservação do rio Xingu e contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O homem, que carregava uma “caneta espiã” capaz de gravar áudio e vídeo, confessou haver sido aliciado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) para espionar o movimento. A ação teria o suporte técnico da própria Abin. <br />
<br />
Essa política não é de agora. Ainda no governo Lula, determinou-se o monitoramento sistemático de movimentos como o MST e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O “alvo” a ser protegido eram as grandes construções de infraestrutura. Há muito a espionagem dos órgãos de repressão no movimento é naturalizada pelo governo do PT. <br />
<br />
Sob o governo do PT, nas obras de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, uma espécie de delegacia de polícia permanece dentro dos canteiros para vigiar e coibir os trabalhadores que, agora, trabalham como se estivessem em uma prisão. <br />
<br />
Ao mesmo tempo, para conter as ondas de mobilizações em Belo Monte, Dilma publicou o Decreto nº 7.957/13, que legaliza a intervenção e a repressão da Força Nacional de Segurança a todo e qualquer ato de resistência dos trabalhadores em obras de infraestrutura. Na mais recente mobilização dos operários de Belo Monte, foi a FNS que diretamente reprimiu, prendeu e recolheu os crachás dos trabalhadores para demissões. <br />
<br />
Mas a prática de infiltrar agentes da repressão em movimentos sociais não é exclusividade do governo federal. Nos estados, o monitoramento é prática recorrente por parte dos chamados “P2″, geralmente policiais militares disfarçados em atividades que vão de greve de professores a manifestações de jovens e estudantes contra o aumento da passagem de ônibus ou ocupações de reitoria. <br />
<br />
<br />
<b>A ditadura realmente acabou?</b><br />
<br />
A Comissão Nacional da Verdade, assim como as comissões que estão se formando nos estados e até mesmo as comissões formadas nos sindicatos, estão se debruçando sobre o processo de monitoramento que os órgãos de repressão realizaram no movimento sindical da época. Quase sempre, o trabalho dos “arapongas” era feito de forma coordenada com o setor de Recursos Humanos das empresas, compartilhando informações para perseguir funcionários e elaborando “listas negras” de trabalhadores que não poderiam ser contratados. <br />
<br />
Eu mesmo, preso três vezes pela ditadura, em 1977, 1978 e 1980, nesta última junto com Lula quando era militante do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e eleito pela categoria para o comando das greves realizadas naquele período, tive de me mudar de Santo André, na região do ABC, para Minas. Meu nome constava nas listas de funcionários proibidos de serem contratados pelas empresas da região. Como muitos companheiros na época, estava “queimado” para as fábricas. <br />
<br />
Pois bem, mais de 30 anos depois, vemos as mesmas coisas acontecendo. O mesmo monitoramento das agências de inteligência contra os movimentos socais. As mesmas relações espúrias com o capital privado. Só mudou o nome: de SNI para Abin, mas as práticas continuam as mesmas. Sabemos que, na verdade, elas nunca cessaram. Nos anos 1980 e 1990, os agentes da repressão estiveram infiltrados nas organizações de esquerda e movimentos, como o MST. Mas não é de se espantar que governos como Sarney, Collor e FHC vejam os sindicatos, as organizações de esquerda e os movimentos sociais como um inimigo e ameaça a ser debelada. O que é de estranhar mesmo, é que o governo do PT haja da mesmíssima forma. <br />
<br />
Lula e o PT, que sofreram o monitoramento e a repressão das greves dos metalúrgicos do ABC, não poderiam apoiar a repetição desta prática nas mobilizações dos trabalhadores durante o seu governo. Dilma, que foi perseguida politicamente e presa na ditadura militar, não poderia permitir que esse entulho autoritário que é a Abin continue existindo e espionando os movimentos sociais. <br />
<br />
O único jeito de o governo Dilma, que sofreu na pele as agruras da ditadura, mostrar que isso não é verdade seria acabar de vez com a Abin, assim como proibir a espionagem aos movimentos, seja de qual órgão repressivo for. <br />
<br />
Afinal, o que o governo Dilma preza mais: as liberdades democráticas de organização e manifestação ou as “questões econômicas” – das grandes empresas, é bom lembrar – que tanto preocupam Gilberto Carvalho?
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19302">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-81625936131892532012013-04-30T02:23:00.000-03:002013-05-01T02:28:25.409-03:00Manifesto internacional: 'Viva o 1° de Maio classista, combativo e de luta' <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>O Encontro Internacional do Sindicalismo Alternativo realizado em Paris, França, de 22 a 24 de março último, do qual a CSP-Conlutas foi uma das organizadoras, aprovou entre outras resoluções, a divulgação de um manifesto conjunto no 1º de Maio. Este manifesto está sendo distribuído em dezenas de países, pelas entidades que participaram do encontro. Leia abaixo:</i><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/bp5.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">'Abaixo os planos de austeridade! Revogação imediata dos cortes e das reformas trabalhistas!'</span></div>
<br />
Mais de sessenta organizações de diferentes países e quatro continentes, que participaram em Paris do Encontro Internacional do Sindicalismo Alternativo de 22 a 24 março de 2013, aqueles que se reuniram em Paris para apoiar um sindicalismo de confronto e de oposição ao sindicalismo dos pactos sociais, argumentam que a luta é o único caminho para a transformação social. <br />
<br />
Acreditamos na democracia direta, no sindicalismo a partir das assembleias de base contra as cúpulas burocráticas, no internacionalismo, na luta internacional da classe trabalhadora e dos oprimidos (as). <br />
<br />
Por ocasião da celebração do 1º de Maio, o Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, manifestamos que: <br />
<br />
1. O desenvolvimento atual crise econômica, política e social do
sistema capitalista empurra os trabalhadores (as) e povos à miséria em
muitos países e chega a uma autêntica catástrofe social.<br />
<br />
2. Governos e instituições internacionais aplicam planos sociais de
guerra e as catástrofes em decorrência dessa política contrastam com os
bilhões de dólares em ajuda para bancos e com os vergonhosos casos de
corrupção na alta hierarquia do sistema.<br />
<br />
3. Não podemos continuar assim. Os governos, longe de corrigir a
rejeição social, anunciam novas medidas de cortes de empregos, salários e
direitos sociais, novas privatizações e pilhagem de países inteiros.<br />
<br />
A defesa dos trabalhadores e dos povos, requer luta decidida contra
este sistema que condena a humanidade à barbárie e à destruição do
planeta. Exige abandonar toda falsa ilusão com as políticas de reformas
sociais e com os governos que realizam esses planos de guerra social.
Não há como voltar atrás nessa luta.<br />
<br />
4. A classe trabalhadora do mundo e, em particular dos países
europeus, travam batalhas decisivas hoje contra os governos da troika,
se opondo aos planos dessa guerra social com suas próprias medidas e
soluções oferecendo uma saída social e popular para esta crise.<br />
<br />
Por isso dizemos:<br />
<br />
Abaixo os planos de austeridade! Revogação imediata dos cortes e das reformas trabalhistas!<br />
A defesa de um salário mínimo digno, emprego, saúde e educação
pública, requer que as múltiplas lutas parciais, nas empresas e
setoriais, que recorram ao velho continente e se unifiquem em torno de
uma demanda urgente: Fora os governos e políticos austeridade! Que se
vão! Não há volta atrás!<br />
Nós afirmamos que sim, há recursos, se pode dar uma solução para a
crise desde a defesa dos interesses dos trabalhadores e populares. Mas
isso requer a aplicação de medidas anticapitalistas. Por isso defendemos
a imediata suspensão dos pagamentos da dívida, dívida ilegítima que os
trabalhadores e as pessoas não tem de pagar por ela.<br />
<br />
A luta pelo emprego, pela divisão do trabalho e da riqueza necessita
arrancar os recursos financeiros das mãos de banqueiros e especuladores.
Nacionalização sem compensação dos bancos e empresas, as reformas
fiscais para que paguem mais os que têm mais, para colocar esses
recursos a serviço do único plano de resgate que está faltando, um plano
de resgate para os trabalhadores e a maioria social (99%).<br />
<br />
5. A classe trabalhadora, juntamente com outros movimentos sociais,
protagonizaram as lutas com oprimidos (as) do mundo. Devemos, portanto,
levantar as bandeiras da luta contra o machismo e todas as formas de
opressão às mulheres, as bandeiras de luta contra a xenofobia, o racismo
e todas as formas de opressão dos trabalhadores imigrantes; assim como
as bandeiras de luta pelo direito à autodeterminação dos povos, pela
defesa dos direitos de todas as nacionalidades oprimidas para exercer
sua soberania. Sem a defesa consequente contra todas as formas de
opressão não será possível a unidade da classe trabalhadora para a
transformação e da justiça social.<br />
<br />
6. Em um dia internacional de luta como o 1º de Maio não pode faltar
a mais firme solidariedade com todos os trabalhadores e povos do mundo
que enfrentam o imperialismo e as ditaduras. Em particular, a nossa
solidariedade para com os povos árabes do Oriente Médio, as comunidades
indígenas e todas as lutas.<br />
<br />
7. As organizações internacionais do sindicalismo alternativo estão
empenhadas em preparar um 1º de Maio internacionalista e de luta,
chamando outras organizações sindicalismo alternativo e aos movimentos
sociais para grandes atos e manifestações alternativas as do
sindicalismo institucional e burocrático, que sejam uma referência clara
de classe e de combatividade.<br />
<br />
8. A situação especial que vivemos na Europa e a recente experiência
das lutas do recente 14 de novembro, nos obriga a realizar uma atividade
de explicação geral, coordenação e iniciativas para a batalha por uma
nova greve geral continental tenha continuidade até derrubarmos as
políticas da troika e que os trabalhadores do mundo sejam os
protagonistas de uma nova sociedade baseada na democracia participativa,
liberdade e justiça social.<br />
<br />
<br />
<b>No ato unificado das organizações de esquerda em São Paulo, o 1º de maio
na Sé, contará com apresentações de diversos coletivos de cultura, entre
eles o CAS - Coeltivo de Artistas Socialistas.</b>
<br />
<br />
Abertura – fala
<br />
<br />
<b>Cultural</b> – grupos Teatro Errante e Partida Teatral
<br />
<br />
1º bloco de falas - Pastoral e Movimentos
<br />
<br />
<b>Cultural</b> – Coletivo de Artistas Socialistas e Luta Popular
<br />
<br />
2º bloco de falas - Centrais Sindicais
<br />
<br />
<b>Cultural</b> – Extremo Leste Cartel
<br />
<br />
3º bloco de falas - Partidos Políticos
<br />
<br />
<b>Cultural / Encerramento / Internacional</b> – Cravos da Madrugada / Banda Exu do Raúl
<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/conteudo/encontro-internacional-do-sindicalismo-alternativo-e-de-luta-um-encontro-vitorioso">Encontro Internacional do sindicalismo alternativo e de luta: um encontro vitorioso</a>
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/node/19299">Veja a programação dos atos de 1º de Maio pelo país</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19297">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-87100312061326773392013-04-30T02:06:00.000-03:002013-05-01T02:11:41.125-03:00Deputados do PT ao PSDB propõem controle das decisões do STF <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>PEC 33 representa ainda mais poderes ao Congresso governista e corrupto</i>
<br />
<br />
<img src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/STF%20%281%29.jpg" /><span style="font-size: x-small;">PEC 33 está relacionada com o aumento da influência dos setores mais conservadores do Congresso Nacional</span>
<br />
<br />
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33, do deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI), tem sido vista como uma resposta desesperada contra a condenação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de dirigentes petistas no chamado processo do Mensalão (esquema de compra de votos no Congresso que resultou inclusive na fraudulenta e privatista Reforma da Previdência em 2003). <br />
<br />
Mas não se trata de mero “revanchismo” de defensores de mensaleiros ou tentativa de “golpe de esquerda”, como apregoa a grande mídia de direita: o relator que deu parecer totalmente favorável à tramitação da PEC na CCJ é ninguém menos que o 1° vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado João Campos, de Goiás. <br />
<br />
O objetivo da PEC, na prática, é limitar poderes do Supremo, submetendo suas decisões ao corrupto e desgastado Congresso Nacional. Por se tratar de um momento em que não se efetivaram ainda as prisões de petistas condenados por formação de quadrilha e outros crimes no processo do mensalão, é justificável a preocupação de grande parte da população ao temer uma improvável anulação nas condenações dos mensaleiros. Além disso, há ainda a tramitação da PEC 37, que pretende diminuir poderes de investigação do Ministério Público, outro fator que atiça a desconfiança da população diante das intenções dos deputados e senadores no “controle” do STF. <br />
<br />
Mas a PEC 33 também tem outro motivo de existir. A proposta tem tudo a ver com o aumento da influência dos setores mais conservadores do Congresso Nacional e como tais grupos melhor se articulam a partir de agora diante das decisões recentes do Supremo sobre não se considerar crime o aborto de anencéfalos (fetos sem cérebro), sobre a validade de união civil estável entre pessoas de mesmo sexo, sobre cotas para negros e outras polêmicas. <br />
<br />
Por isso, o apoio incondicional à PEC 33 por parte de João Campos, presidente da Frente Parlamentar Evangélica e o maior defensor da permanência de Marco Feliciano (PSC) à frente da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O tucano João Campos e o petista Nazareno Fonteles, que estavam juntos pedindo a anulação da decisão do STF sobre aborto de anencéfalos, argumentando que o Supremo tomou o poder de decisão no lugar do Congresso, estão sintonizados no combate aos fundamentos de um “Estado Laico” e na defesa de dogmas religiosos, contra os poucos avanços conquistados pela luta histórica dos movimentos sociais. <br />
<br />
É justamente do tucano João Campos a PEC 99/11, que pretende incluir as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade ao STF, com o objetivo claro de questionar qualquer lei que porventura possa ser aprovada em favor dos direitos das mulheres de decidir pelo próprio corpo (descriminalização total do aborto), e da luta contra a homofobia (PL 122), por exemplo. <br />
<br />
Pelo proposto na PEC 33, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser avalizadas pelo Congresso Nacional que, em caso de deliberação contrária à Corte, passariam pelo crivo de uma consulta popular. <br />
<br />
Se o motivo fosse mesmo o de “democratizar as instituições” e o “Estado Democrático de Direito”, as bases da reforma política em tramitação no Congresso Nacional seriam no sentido contrário do que foi casuisticamente aprovado na Câmara de Deputados, com a recente aprovação de novas regras eleitorais que aprofundam as já graves discriminações a partidos políticos ideológicos como o PSTU e PCB, diminuindo o já restrito tempo de propaganda no rádio e na TV. E, além disso, precisaria-se minimamente de uma reforma do Judiciário que avançasse para a realização de eleições diretas na escolha de promotores, juízes e ministros do STF, com mandatos revogáveis e temporários. Afinal, do modelo atual de composição dos “Tribunais Superiores”, a “independência” dos poderes é mero conto de fadas. <br />
<br />
Embora mascarada por uma suposta preocupação com a defesa de garantias constitucionais e pela participação popular direta em caso de divergências entre o Supremo e o Congresso, o objetivo dos setores mais conservadores (desde o PT ao PSDB) não é o da “democratização” das decisões políticas sobre os temas mais polêmicos. Pelo contrário. É por mais garantia de controle sobre temas que porventura não sejam julgados pelo STF de acordo com os interesses dos governos e grupos dominantes. Por isso mesmo, para manter o maior controle do que é decidido no país, garantias de participação direta já previstas na Constituição Federal (plebiscitos e referendos) são meras peças de decoração de nossa “democracia”. <br />
<br />
Com ou sem a PEC 33, ao que parece, o deputado Nazareno Fonteles, por cultivar a imagem de homem religioso e de parlamentar de “moral ilibada”, foi o cardeal escolhido pela cúpula do PT para desenvolver a lamentável e inglória tarefa de defender petistas corruptos, ao mesmo tempo em que ataca, com toda força possível, as poucas conquistas arrancadas pelos movimentos sociais no STF. <br />
<br />
Não temos a menor ilusão de que o Supremo Tribunal Federal atenda aos interesses da classe trabalhadora e do povo pobre. Basta ver que o Supremo, até o momento, não se movimentou em um milímetro em anular a Reforma da Previdência, aprovada no Congresso com o dinheiro do mensalão. Mesmo assim, somos contrários a PEC 33 por representar ainda mais poderes ao Congresso governista e corrupto que temos.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19301">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-29058622371629415682013-04-30T01:46:00.000-03:002013-05-01T01:59:18.602-03:00A essência da luta de classes: uma polêmica com Marcelo Freixo<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<img alt="" height="200" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/paginas/marcelo.jpg" style="float: left; margin: 10px;" width="165" />Em entrevista realizada pela Revista Fórum (24/04/2013), Marcelo Freixo
fala sobre direitos humanos, sistema prisional, Marco Feliciano,
estratégias eleitorais e luta de classes. As declarações do deputado do
PSOL ganham grande importância e influência na consciência dos
trabalhadores e da juventude, sobretudo, os do Rio de Janeiro, ainda
mais depois de uma eleição onde obteve praticamente 1 milhão de votos.
Por entender que o debate é essencial para a elaboração programática da
esquerda socialista, o PSTU sente-se na obrigação de afirmar onde temos
acordos e, principalmente, onde temos profundos desacordos com o
deputado.
<br />
<br />
<br />
<b>Comecemos pelos acordos...</b>
<br />
<br />
Consideramos um acerto importante quando Freixo refuta o senso comum,
divulgado pela mídia oficial, que massifica a ideologia do “Estado
paralelo”, como se governo, milícias e traficantes não tivessem uma
ligação umbilical e orgânica. <i>“Não estamos falando do Estado
paralelo (...). São agentes públicos, com interesses privados, com
domínio de território e agindo com os instrumentos públicos, ou seja, é
um Estado leiloado a determinadas forças, não é paralelo”</i>.
<br />
<br />
A criminalização da pobreza e de seus territórios, a permanência de um
Estado penal crescente em detrimento de um Estado que garanta os
direitos sociais básicos da população, bem como a total insuficiência
dos Cap’s AD para acolher os usuários dependentes de drogas legais e
ilegais, são pontos de acordo com o PSTU. O problema do crack, por
exemplo, não pode ser encarado como uma questão de segurança pública,
mas sim de saúde pública.<br />
<br />
As vítimas de homicídios no Brasil encontram-se nos extratos mais
pauperizados da população, principalmente na população negra que têm
seus direitos negados desde seu nascimento, arrastando junto consigo
séculos de escravidão. São os primeiros a morrer e os últimos a
conseguir um emprego. Constituem, portanto, na melhor das hipóteses, o
“exército industrial de reserva” ou estão subempregados em serviços
precarizados sem a garantia de direitos trabalhistas. E, na pior das
hipóteses, pertencem aos setores desclassados e marginalizados, isto é,
estão fora do processo produtivo da sociedade.<br />
<br />
Por fim, também repudiamos as declarações de Marco Feliciano e sua
permanência na presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias.
Inclusive, estivemos juntos na marcha na orla de Copacabana no dia 7 de
abril.<br />
<br />
<br />
<b>Polêmicas necessárias e inadiáveis</b><br />
<br />
<br />
<b>Marina e sua Rede</b><br />
<br />
Freixo parece fugir e temer a polêmica que se aproxima com a Rede
Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva e seus seguidores.
Está certo que a Rede pode ser resumida a uma candidatura presidencial
em torno de Marina para 2014, que não se diz nem oposição, tampouco
situação, nem de esquerda, nem de direita.”<i>Enfrentar a Rede não faz
sentido para a vida real das pessoas e para as bandeiras que a gente
sempre defendeu. Enfim, acho que a Rede é bem-vinda”</i>, se esquiva o deputado.<br />
<br />
Como assim a Rede é bem-vinda? O partido de Marina é um partido
tipicamente burguês, financiado diretamente pela burguesia e para
burguesia. Entre seus maiores expoentes estão Maria Alice Setúbal,
herdeira e acionista do império financeiro Itaú, e Guilherme Peirão
Leal, presidente do Conselho de Administração da Natura e dono de 25% da
empresa. Os nomes não param por aí. Walter Feldman (PSDB-SP) também
está entre seus quadros fundadores e apresenta um currículo invejável:
ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas; ex-secretário de
Coordenação das Subprefeituras de José Serra e ex-Secretário de Esporte
e Lazer do município de São Paulo na gestão Kassab.<br />
<br />
Isso tudo sem falar de Marina Silva, o motivo de ser da Rede Sustentabilidade. Freixo afirma: <i>“(...) tenho muito respeito pela história dela, belíssima, é uma pessoa importante para a política (...)”</i>.
O deputado esquece de dizer, no entanto, que parte importante da
história da ex-senadora foi a liberação dos transgênicos e da
transposição do Rio São Francisco. Realmente, Marina Silva é importante
para política, principalmente para o agronegócio. Marcelo Freixo é muito
bem informado e sabe o que fez a ex-senadora, mas se permite o silêncio
ou respostas evasivas.<br />
<br />
Por trás da timidez das críticas está o temor em enfrentar uma
candidata que já teve 20 milhões de votos para presidente.
Principalmente, quando esta candidata se apoia em setores médios da
sociedade, intelectuais e artistas, mesma base social do PSOL. Enfrentar
Marina significa se “queimar” com Wagner Moura e Luiz Eduardo Soares,
nomes de sua campanha para prefeito em 2012.<br />
<br />
<br />
<b>Lindbergh Farias e o PT</b><br />
<br />
<i>“Conversei com o Lindbergh [Farias] sobre a possível candidatura
dele ao governo do Rio, falei pra ele: ‘Antes de qualquer coisa, você
precisa me dizer se vai ser um candidato do Cabral ou contra o Cabral.
Isso você ainda não pode me dizer’. Hoje, aparenta ser um candidato
contra os interesses do Cabral”</i>. É espantoso que Freixo nutra alguma expectativa na candidatura Lindbergh ao governo do Rio.<br />
<br />
A lógica é a seguinte: se Lindbergh for o candidato de Cabral, não tem
papo. Se Lindbergh for candidato contra o Cabral, aí podemos conversar.
Essa é a essência da negociação entre os dois parlamentares, que nós do
PSTU repudiamos veementemente.<br />
<br />
Por mais esforço e malabarismo político que Marcelo Freixo seja capaz
de fazer, Lindbergh Farias é o candidato do PT, de Dilma e Lula ao
governo do estado do Rio de Janeiro. Pensávamos que isso já bastava para
desmontar qualquer espécie de acordo com o senador do PT.<br />
<br />
A torcida é grande: <i>“Hoje, aparenta ser um candidato contra os interesses do Cabral”</i>.
Na verdade, Freixo espera alguma declaração ou sinalização de Lindbergh
que o permita fazer um acordo eleitoral envolvendo as eleições de 2014
e, principalmente, 2016. É óbvio que Cabral e Lindbergh têm os mesmos
interesses políticos. Estão, por exemplo, juntos na campanha pelos
royalties para os estados produtores de petróleo. Isso não significa que
não disputem, se enfrentem ou meçam forças. Freixo sabe disso, mas
procura insistentemente um acordo programático onde não existe para
viabilizar suas pretensões de se tornar prefeito em 2016.<br />
<br />
Por isso, sua declaração de que nunca foi antipetista faz hoje mais sentido do que antes.<br />
<br />
<br />
<b>Marxismo como ciência para ação revolucionária</b><br />
<br />
O título da referida entrevista realizada pela Revista Fórum apresenta os seguintes dizeres de Freixo: <i>“a luta por direitos humanos é a essência da nova luta de classes”</i>. Durante a entrevista, o deputado completa: <i>“Porque não está na relação capital e trabalho, está entre quem é humano e quem não é”</i>.<br />
<br />
Muitas teorias foram desenvolvidas após a queda dos aparatos
stalinistas no Leste Europeu. E muitas delas apontavam de forma mais
aberta ou mais envergonhada para a abertura de uma nova época histórica,
onde a democracia (burguesa) teria triunfado de forma irreversível sob o
jurássico marxismo do século XIX.<br />
<br />
Não foram poucas ocasiões, nas quais, Marcelo Freixo elogiou Carlos
Nelson Coutinho, pai da teoria da democracia como valor universal. Não
por acaso, Freixo afirma que a centralidade da contradição da sociedade
capitalista não está mais na dicotomia capital x trabalho, mas sim entre
o humano e o não humano. Desta forma, o corajoso deputado tenta
dissolver as contradições de classe que pulsam de forma latente nas
veias de nosso continente e do mundo.<br />
<br />
Para não ir muito longe, o que foram as explosivas greves dos operários
no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)? O que foram as
greves dos operários da construção civil no Maracanã que desafiaram o
governador Sérgio Cabral e expulsaram a empreiteira Delta Construções?<br />
<br />
Podemos também olhar para o Velho Continente e assistir com admiração a
luta incansável dos trabalhadores europeus contra a implementação dos
planos de austeridade ditados pelo Banco Mundial, Fundo Monetário
Internacional e Banco Central Europeu. Quando fechávamos este artigo, a
mídia noticiava que a Espanha atingia a impressionante marca de 27,16%
de desempregados de sua população economicamente ativa.<br />
<br />
A luta pelos direitos humanos é parte do enfrentamento entre as
classes, mas está longe de se tornar a principal contradição da
sociedade capitalista. Enquanto a propriedade privada seguir sendo a
coluna de sustentação das relações de produção, a principal contradição
continuará sendo entre aqueles que têm a propriedade das fábricas,
bancos e terras, e aqueles que são obrigados a vender sua força de
trabalho em troca de um salário no final do mês. Ou seja, entre os donos
do capital e aqueles que trabalham.<br />
<br />
Ao manusear categorias marxistas como “luta de classes”, Freixo
constrói um híbrido teórico para justificar suas bandeiras, de modo que
consiga aglutinar revolucionários honestos e uma classe média
socializante justamente preocupada com os direitos humanos em geral.
Isto é, utiliza-se do prestígio do marxismo acadêmico para desenvolver
um programa reformista palatável para amplos setores da sociedade.
<br />
<br />
A universalização dos direitos humanos é um direito fundamental que a
burguesia foi incapaz de cumprir e caberá, portanto, ao proletariado e a
luta de classes conquistarem.<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19296">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-51809971129931896802013-04-27T16:36:00.000-03:002013-04-28T16:51:51.399-03:00PSTU impulsiona abaixo assinado por melhorias em bairros de Aracaju<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Abaixo assinado faz parte da campanha dos moradores que exigem saneamento básico, iluminação pública e transporte de qualidade</i>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/aracaju_0.jpg" width="300" /><span style="font-size: x-small;"> </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Militantes do PSTU recolhem assinatura nos bairros </span></div>
<br />
Os moradores dos bairros Santa Maria e 17 de Março, em Aracaju, lutam por melhorias na infraestrutura dos bairros. Como parte da campanha, circula um abaixo assinado que exige do prefeito João Alves Filho (DEM) obras de saneamento básico, iluminação pública e transporte de qualidade. <br />
<br />
<i>“O abaixo assinado é o primeiro passo da campanha que estamos
organizando. Não suportamos mais conviver com esgoto a céu aberto, rua
cheia de lama, onde só consegue passar pedestres. À noite, a escuridão
contribui para o alto índice de criminalização e violência. Sem contar
com a falta de ônibus, os poucos que têm são velhos e sujos. Um
verdadeiro desrespeito com os morados”,</i> disse o morador Erílio Bispo.<br />
<br />
A campanha tem recebido um grande apoio dos moradores.<i> “Já
recolhemos quase mil assinaturas em poucos dias de campanha. As pessoas
assinam e pedem folhas para ajudar na coleta de assinaturas. O povo não
aguenta mais esperar, são anos vivendo nessa situação. Toda eleição os
políticos vêm aqui, prometem melhorias e depois de eleitos desaparecem.
Foi assim nos 12 anos de governo do PT e PCdoB e segue com o novo
governo do DEM”,</i> afirmou Erílio.<br />
<br />
<br />
<b>PSTU na campanha</b>
<br />
<br />
<img alt="" height="200" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/paginas/vera.jpg" style="float: left; margin: 10px;" width="150" />O PSTU participa ativamente desta campanha junto com os moradores dos bairros Santa Maria e 17 de Março. <i>“Os
militantes do partido que residem nos dois bairros estão à frente desta
luta. Estamos colhendo assinaturas nas ruas e nas feiras, convocando
com carro de som e organizando reunião com os moradores. A população
reconhece o papel que o partido vem contribuindo nesta luta”</i>, destacou Vera Lúcia, presidente estadual do PSTU/SE.<br />
<br />
<br />
<br />
<b>Assembleia Popular</b>
<br />
<br />
O abaixo assinado seguirá ocorrendo até meados do mês de maio quando será realizada a assembleia com os moradores dos bairros. <i>“Estamos
buscando um local com grande espaço para organizarmos uma assembleia
com a população para debatermos os passos seguintes da campanha. Nessa
assembleia, vamos organizar um comitê, definir a data de entrega do
abaixo assinado ao prefeito e organizar um calendário de atividades”,</i> falou Cilene Santana, moradora do bairro 17 de Março.
<br />
<br />
<br />
<b>1º de maio</b>
<br />
<br />
PSTU,PSOL, PCB, ANEL, CSP Conlutas e suas entidades filiadas irão
organizar um ato público no dia 1º de maio no bairro Santa Maria. <i>“Foi
um consenso entre todas as entidades e partidos que o ato público do 1º
de maio deve ser realizado no bairro Santa Maria como forma de
fortalecer a luta que está sendo travada pelos moradores”,</i> afirmou Deyvis Barros, diretor do Sindipetro AL/SE e da executiva estadual da CSP Conlutas.<br />
<br />
O ato público será realizado no dia 1º de maio, quarta-feira, com
concentração às 8h, em frente ao supermercado GBarbosa, no bairro Santa
Maria.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19292">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-63251220063544250872013-04-27T16:18:00.000-03:002013-04-28T16:22:21.457-03:00Juventude marca presença no ato do dia 24 em Brasília<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Protesto contra Feliciano, “beijaço” e “casamento gay” têm repercussão nacional</i><br />
<i> </i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="242" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/juventude_gde.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Protesto contra Feliciano em Brasília contou com 'casamento gay'</span></div>
<br />
A marcha em Brasília, no último dia 24, reuniu 20 mil pessoas em torno de várias reivindicações, todas com uma marca comum: a contrariedade às políticas do governo Dilma. A luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), que pretende flexibilizar os direitos trabalhistas; a anulação da reforma da Previdência de 2003, comprada com dinheiro do mensalão; o fim do fator previdenciário; o atendimento das reivindicações dos professores estaduais em greve; a defesa da reforma agrária e de moradia: essas foram algumas das bandeiras de luta.<br />
<br />
Um setor que se destacou e chamou atenção com sua ousadia foi a juventude. Além da campanha que exige “10% do PIB para a educação já”, estudantes do país inteiro levaram para Brasília o grito “Fora Feliciano!”. A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre! (ANEL) vem fazendo uma forte campanha pela saída do pastor deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). “<i>Nós não vamos aceitar que a juventude brasileira sofra com todo tipo de preconceito que existe</i>”, disse Clara Saraiva, representante da ANEL.<br />
<br />
A entidade promoveu dois casamentos gays simbólicos. Os dois casais eram os membros da ANEL Tamires Rizzo e Gabriela Costa, e Danilo Restaino e Vitor Gregório Domingues. Após o casamento, os jovens fizeram um “beijaço” no gramado em frente ao Congresso Nacional, que teve grande repercussão na imprensa nacional.<br />
<br />
Desde que assumiu a CDHM, Feliciano enfrenta muitos protestos. Longe de defender direitos humanos o pastor tem demonstrado intolerância e dado declarações preconceituosas que incitam o ódio contra homossexuais, negros e mulheres. A sua última medida para evitar as críticas foi impedir a entrada de pessoas nas sessões da comissão, que, em tese, seriam abertas ao público.<br />
<br />
<br />
<b>Repressão</b><br />
<br />
Durante a marcha, uma manifestação pacífica dentro do Congresso acabou com a prisão de quatro estudantes pela polícia legislativa da Câmara. Eles foram detidos quando estendiam uma faixa com as cores do arco-íris numa janela do 15º andar. Foram Lucas Brito, Iago Brayhan, Marissa Santos e Pedro Viegas, todos do Distrito Federal. A faixa pôde se vista por alguns segundos e foi registrada por alguns fotógrafos.<br />
<br />
Janio Rocha, chefe do policiamento da Câmara, informou à nossa reportagem que deteve os estudantes porque eles estavam numa sala administrativa em que só funcionários poderiam entrar. Questionado se houve alguma agressão entre os envolvidos, disse que não podia dar mais informações.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="194" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/paginas/juventude_int.jpg" width="400" /></div>
<br />
No entanto, um dos estudantes presos, Pedro Viegas, informou que, antes de irem ao 15º andar, circularam tranquilamente pela Casa. Eles visitaram a biblioteca, a copa e lancharam num restaurante da Câmara. Pedro disse que entraram na sala sem nenhum impedimento e que disseram aos servidores que iam fazer um protesto contra Feliciano. Na janela, foram surpreendidos com um empurrão de um servidor que se identificou como Daniel. Ainda segundo o estudante, eles não reagiram e foram levados pela polícia da Casa, que os levou à Delegacia do Anexo I.<br />
<br />
Os estudantes prestaram depoimento e foram liberados. Segundo uma testemunha, o estudante Lucas já vinha sendo vigiado pela segurança. Ele é companheiro de Gustavo Bacelar, que foi capa de vários jornais após subir numa mesa durante uma reunião de pastores, aos gritos de “Fora Feliciano!” e “<i>nós não vamos desistir enquanto ele não cair!</i>”. Na ocasião, ele foi retirado por seguranças, mas não foi detido.<br />
<br />
Depois disso, os dois gravaram um vídeo convocando a juventude do país inteiro a participar da marcha do dia 24 e do beijaço contra Feliciano. No vídeo, Lucas também critica Dilma, ressaltando que ela é a primeira presidente eleita no Brasil. “Queremos saber: Dilma, Feliciano te representa”, diz.<br />
<br />
<br />
<b>Aliança operária-estudantil</b><br />
<br />
Clara Saraiva dirigiu-se aos inúmeros setores de trabalhadores presentes: “<i>A juventude tem muito orgulho de lutar junto a vocês. A gente sabe que o movimento estudantil, se não tiver o principio fundamental que é a aliança com a classe trabalhadora, a aliança com os trabalhadores do campo e da cidade, a aliança operária e estudantil, a gente não vai conseguir nossas vitórias</i>”. E completou: “<i>nosso futuro não se negocia, não vamos aceitar ACE nem reforma da previdência</i>”.<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/conteudo/milhares-de-pessoas-v%C3%A3o-%C3%A0s-ruas-para-gritar-fora-feliciano">Milhares de pessoas vão às ruas para gritar: Fora Feliciano!</a><br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/conteudo/fora-feliciano-j%C3%A1">Fora Feliciano já!</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3538114328816777704">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-78356254437434040812013-04-27T15:55:00.000-03:002013-04-28T16:01:43.843-03:00“Belo Monte é o maior centro de escravidão que existe” <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Operários do canteiro de obras de Belo Monte foram à marcha do dia
24 de abril em Brasília denunciar a situação dos trabalhadores na
hidrelétrica</i>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="234" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/2013_26abril_belomonte_faixa.jpg" width="400" /><span style="font-size: x-small;">Protesto no dia 24 de abril em Brasília contra a repressão em Belo Monte</span></div>
<br />
Entre
os 20 mil trabalhadores e estudantes que o ocuparam Brasília nesse 24 de
abril destacava-se uma pequena porém representativa delegação.
Carregando faixas e bandeiras, cerca de 10 operários que participaram da
greve nos canteiros da hidrelétrica de Belo Monte no começo de abril
estiveram na marcha denunciando a situação precária em que sobrevivem os
milhares de trabalhadores da obra.<br />
<br />
“<i>A gente estava na escravidão, porque a gente sai em busca de um sonho e na hora vai ver é um grande pesadelo</i>”,
desabafa Marco Mendes, operário de 32 anos demitido após a mobilização.
Com o uniforme do Paysandu, time de Belém, e segurando a bandeira do
PSTU, Marco não consegue conter a indignação. “<i>É uma vergonha para o
povo brasileiro; dizem a Dilma e o Lula que a ditadura acabou, mas não
acabou não. Em pleno século XXI em Belo Monte se vive numa ditadura</i>”, diz.<br />
<br />
Ao
verem a entrevista, alguns companheiros de Marco se aproximam. Querem
também falar sobre a sua situação, algo que não podiam fazer no canteiro
de Belo Monte onde eram permanentemente vigiados por homens armados da
Força Nacional de Segurança. “<i>A gente vivia na mira da polícia, nas
poucas vezes que conseguíamos sair do canteiro, quando voltávamos,
nossas coisas eram todas revistadas pela polícia</i>”, disse Joaquim
Soares, ou “JJ”, operário de 33 anos que, como tantos outros, sentiu-se
enganado diante das promessas e a realidade encontrada no canteiro de
obras. “<i>Belo Monte é o maior centro de escravidão que existe e a mídia não consegue mostrar o que acontece lá</i>”, denuncia.<br />
<br />
<br />
<b>Greve e repressão</b><br />
<br />
A
mais recente greve em Belo Monte foi deflagrada no dia 5 de abril pelos
operários do sítio Pimental. Logo depois, a mobilização se alastrou
para o sítio de Belo Monte, atingindo algo como 10 mil operários. Entre
as principais reivindicações, exigências surpreendentes de ser feitas em
pleno século XXI, como a “baixada de 3 meses”, ou seja, o direito de, a
cada 90 dias, o operário poder passar 10 dias em casa. Sem falar nas
condições precárias de alojamento e alimentação.<br />
<br />
“<i>No começo eles falam que é 3 meses, mas quando chega lá tem que ficar 6
meses e aí eles te liberam pra ficar 7 dias em casa. Aí depois de 7 dias
eles começam a te pressionar; ‘ou volta ou está demitido</i>’” relata
Edvaldo Gonçalves da Siva, operário de 35 anos natural da cidade de Bom
Jesus de Tocantins (700 km de Belém) e que trabalhava no sítio de Belo
Monte desde outubro do ano passado. “<i>Chamamos o consórcio e o
Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção
Pesada do Pará), mas não deram ouvidos pra nós</i>”, reclama.<br />
<br />
Edvaldo estava trabalhando em Canaã dos Carajás quando foi contatado por um amigo de Marabá que trabalhava na Odebrecht. “<i>Prometeu mundos e fundos, mas chegando lá, vi que era tudo diferente</i>”,
afirma. No entanto, mais do que as condições precárias de trabalho e os
baixos salários, o que mais tem causado indignação dos operários é o
papel cumprido pela Força Nacional de Segurança, a força policial
submetida ao Ministério da Justiça e ao Governo Federal e que, na
prática, cumpre um papel de segurança privada do Consórcio Belo Monte.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="Marco Mendes, operário demitido de Belo Monte" height="275" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/paginas/2013_26abril_belomonte_operario.jpg" style="color: #333333;" width="400" /></div>
<br />
“<i>Você está lá trabalhando e tem um policial apontando um fuzil na sua cabeça, é a ditadura</i>?”,
questiona. A atuação da polícia inclui revista na entrada e saída dos
canteiros, além de revistas freqüentes nos dormitórios. Mas a
prerrogativa da polícia no canteiro de obra vai muito além, a ponto de
os próprios policiais decidirem quem era ou não demitido. “<i>Quem
demitia era a Força Nacional e a Rotam (Rondas Tática Metropolitana);
eles pegavam seu crachá e mandavam pro RH e de lá mandavam embora</i>”, denuncia Edvaldo.<br />
<br />
A
greve iniciada no dia 5 de abril durou seis dias e terminou com um
saldo de 1500 demitidos, 600 operários do sítio Pimental e 900 de Belo
Monte e a completa omissão do Sintrapav. Nesse período, os
trabalhadores ficaram confinados nos canteiros, mantidos em cárcere
privado pela Força Nacional. “Para a gente conseguir sair do canteiro,
teve que ir a Promotoria Pública de Altamira, nem os defensores públicos
conseguiram entrar”, afirma JJ. A CSP-Conlutas se colocou ao lado dos
operários desde o início das mobilizações, assim como o PSTU. O vereador
Cleber Rabelo (PSTU-Belém) viajou à Altamira junto a uma comissão
parlamentar prestar solidariedade.<br />
<br />
Os
agora ex-operários de Belo Monte foram demitidos mas, sob o forte sol
do cerrado brasiliense, estavam longe de parecerem desanimados. “<i>Nós já saímos do emprego, mas estamos denunciando esse absurdo e buscando melhoria para os nossos companheiros que continuam lá</i>”, afirma Marco Mendes.<br />
<br />
<br />
<b>Leia mais</b>
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/node/19279">Marcha reúne 20 mil em Brasília</a>
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/conteudo/belo-monte-oper%C3%A1rios-em-greve-enfrentam-demiss%C3%B5es-e-repress%C3%A3o-da-for%C3%A7a-nacional">Belo Monte: Operários em greve enfrentam demissões e repressão da Força Nacional</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19293">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-79596276596297180972013-04-26T15:28:00.000-03:002013-04-28T15:39:53.700-03:00Professores de São Paulo entram em greve por direitos e salário<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/936807_520742364654533_1788730648_n.jpg" width="400" />
<span style="font-size: x-small;">Ato no dia 19 reuniu 15 mil servidores estaduais
</span></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
Na sexta-feira do dia 19 de abril,
mais de 10 mil professores e professoras em assembléia, decidiram pelo
início da greve da categoria. Após 20 anos de governos do PSDB em São
Paulo a categoria amarga uma defasagem salarial de 36,74%. O governo
Alckmin, por sua vez, apresentou um projeto de Lei na Assembléia
Legislativa que prevê reposição de apenas 2,1%, ou seja R$ 0,21 por
hora-aula.<br />
<br />
Como se isso não bastasse, a rede
estadual paulista, que conta com 220 mil professores, tem mais de 50 mil
com contratos precários, os chamados professores "categoria O" que,
além de não terem os benefícios dos demais professores, ainda tem seus
contratos de trabalho interrompidos todo final de ano, não recebendo 13º
e nem as férias, além de terem que fazer uma prova anual e cumprir uma
duzentena, ou seja, após terem o contrato interrompido. Esses
professores tem de ficar 200 dias sem trabalhar. Por isso a greve também
exige estabilidade a todos os professores, trabalho igual, direitos
iguais, fim da duzentena e das provas.<br />
<br />
Também é uma greve que combate a privatização do Hospital do Servidor
Público Estadual e contra a farsa das escolas de tempo integral, que
passam à gestão escolar para empresas privadas.Nossa
luta levanta a exigência da imediata aplicação do Piso Nacional da
Educação, que determina que 1/3 da jornada de trabalho seja para
preparação de aulas e correção de atividades, lei federal que o governo
não cumpre.<br />
<br />
Nossa greve, além de fazer parte da greve nacional da educação, é uma
greve em defesa do direito dos estudantes de aprenderem. Hoje as
péssimas condições de trabalho, as salas superlotadas, impedem que
grande parte de nossa juventude aprenda a ler, escrever e tenha acesso
às ciências e as artes. É uma greve pelo direito de nossos alunos
aprenderem e que está sendo retirado pelo governo Alckimn.<br />
<br />
Outro elemento muito importante é que a violência que assola a
sociedade como um todo atinge diretamente as escolas. Virou rotina
professores e principalmente professoras serem espancadas, chegando ao
extremo da professora Simone de 27 anos ser assassinada em sala de aula,
na cidade de Itirapina. A política excludente do governo Alckmin
aprofunda e amplia a violência nas escolas. Para dar um basta nesta
situação, os professores entraram em greve.<br />
<br />
Após nossa assembléia foi realizado uma passeata unificada do
funcionalismo de São Paulo que reuniu mais de 15 mil pessoas, que
fecharam a Avenida Paulista e caminharam até a Secretaria de Educação. No dia 26 de abril acontece nova assembléia estadual, na avenida Paulista.<br />
<br />
Todo apoio à greve dos professores/as
de São Paulo. Derrotar Alckmin nas ruas! Em defesa de uma escola
pública, gratuita e de qualidade para todos!
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19287">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-64224673534306751292013-04-25T17:02:00.000-03:002013-04-28T17:08:38.119-03:00Contagem regressiva rumo a Brasília: caravanas começam a sair dos estados<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/brasilia_24a.jpg" width="352" /><span style="font-size: x-small;">Trabalhadores e a juventude de todo o país vão agitar Brasília nesse 24 de abril</span> </div>
<br />
Na terça-feira (23) a maioria das caravanas sairá dos estados de origem rumo a Brasília para a marcha que ocorre nesta quarta-feira (24). A marcha sairá do Estádio Mané Garrincha às 9h até o Palácio do Planalto e Congresso Nacional, num trajeto de aproximadamente cinco quilômetros.<br />
<br />
Em São Paulo, até o momento, 71 ônibus vão sair de todo o estado e
capital. A caravana do Rio de Janeiro contará com 26 ônibus. Minas
Gerais está organizando 30 ônibus e Rio Grande do Sul 15. Todos os
ônibus estão com a capacidade máxima de lotação. Com isso, as entidades
organizadoras esperam reunir até 20 mil trabalhadores.<br />
<br />
Petroleiros, trabalhadores sem terra, bancários, metalúrgicos,
operários da construção civil e pesada, professores do ensino médio e
fundamental e de universidades, servidores públicos, estudantes,
movimento popular e muitas outras categorias. Todos vão denunciar nas
ruas de Brasília o ACE (Acordo Coletivo Especial), proposta que permite a
livre negociação de direitos trabalhistas entre sindicatos e empresas,
abrindo caminho para a retirada de conquistas históricas previstas na
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).<br />
<br />
Também vão cobrar a anulação da reforma da previdência aprovada com
dinheiro do mensalão; o fim do fator previdenciário sem a aplicação da
fórmula 85/95 que também prejudica as aposentadorias; assim como moradia
digna contra as remoções provocadas pelas obras da Copa.<br />
<br />
<br />
<b>Beijaço pedirá Fora Feliciano</b><br />
<br />
A saída do deputado federal Marco Feliciano da presidência da Comissão
de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara também não será
esquecida pela Marcha. A entidade ANEL (Assembleia Nacional dos
Estudantes Livre) e a juventude que estarão presentes na manifestação
farão um “ato-beijaço” durante a Marcha com o objetivo de exigir a saída
de Marco Feliciano da direção da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias.<br />
<br />
A entidade já começou a preparar o ato-beijaço em Brasília por meio de
uma campanha no Facebook (www.facebook.com/anelonline) sob o tema “O
Brasil vai sair do armário”, fazendo um chamado na última terça-feira,
16, para que os estudantes brasileiros trocassem seus status de
relacionamento para pessoas do mesmo sexo.<br />
<br />
<br />
<b>Atividades</b><br />
<br />
Além de percorrer as ruas do centro de Brasília na parte da manhã, à
tarde haverá reuniões com órgãos do governo e visita ao Congresso
Nacional para levar as reivindicações dos trabalhadores.<br />
<br />
Para o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo
Barela, a política econômica do governo federal vem privilegiando cada
vez mais os lucros das grandes empresas, dos bancos e do agronegócio. “A
presidente já está em seu segundo mandato e até agora só privilegiou as
grandes empresas e o agronegócio desse país. A consequência dessa
política para os trabalhadores são a flexibilização de direitos, os
ataques contínuos às aposentadorias, a superexploração e mortes de
indígenas e trabalhadores rurais”, avalia o dirigente.<br />
<br />
Além da CSP-Conlutas compõem a organização da Marcha entidades e
organizações entre as quais – A CUT Pode Mais (corrente que integra a
CUT), CNTA (Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação),
Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), Condsef
(Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais), CPERS (Centro
dos Professores Do Estado Do Rio Grande Do Sul), MST, Feraesp (Federação
dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), ADMAP
(Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), ANEL
(Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), assim como entidades de
movimento populares e outras.<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<a class="mov_mat_indice" href="http://pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=15044&ida=0">Editorial do Opinião Socialista 458: No dia 24 de abril, todos à marcha a Brasília </a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19276">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-18589783588067898522013-04-25T15:11:00.000-03:002013-04-28T15:14:38.559-03:00Marcha reúne 20 mil em Brasília<div style="text-align: center;">
<img height="266" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/905436_445794532177849_1679472589_o.jpg" width="400" /></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
A marcha deste dia 24 de abril contra a política econômica do governo
agitou a capital federal e reuniu cerca de 20 mil pessoas. Entre elas
estiveram trabalhadores rurais, sem-terras, ativistas do movimento por
moradia, operários, professores, servidores públicos, aposentados,
estudantes e ativistas ligados aos movimentos LGBT's.
<br />
A marcha saiu da frente do Estádio Nacional (Mané Garrincha), seguiu
pela Esplanada dos Ministérios e terminou diante do Congresso Nacional.<br />
<br />
A marcha trouxe a Brasília diversas bandeiras de luta como a anulação
da reforma da Previdência de 2003 comprada com dinheiro do mensalão; o
fim do fator previdenciário sem a aplicação da fórmula 85/95, que também
prejudica as aposentadorias; o atendimento das reivindicações dos
professores estaduais em greve; a defesa da reforma agrária, moradia e a
luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), que pretende flexibilizar
os direitos trabalhistas.<br />
<br />
<br />
<b>Trabalhadores do Campo</b><br />
<br />
“<i>A
marcha demonstra que os trabalhadores já não se enganam com as notícias
da grande mídia e com as falsas estatísticas do governo sobre o
desenvolvimento do país. São várias as bandeiras apresentadas aqui. E
todas elas com um posicionamento classista”</i>, declarou Élio Neves, da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Ferasp). Já Alexandre, representante do MST declarou: <i>“Estamos em Brasília pra dizer que esse governo parou a reforma agrária. O governo Dilma é um dos piores nessa área".</i><br />
<br />
<i> </i>
<br />
<b>Quatro presos</b><br />
<br />
A luta pelo o “fora Feliciano”, deputado homofóbico que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) Federal, não foi esquecida. Diante do Congresso Nacional foi realizado um beijaço contra o deputado, promovido pela Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel).
Porém, quatro ativistas foram detidos quando tentavam colocar uma faixa
pedindo a saída do deputado em um dos espaços do Congresso. Neste
momento, advogados das centrais sindicais estão acompanhando o
depoimento dos ativistas junto à polícia.<br />
<br />
<br />
<b>Luta da educação</b><br />
<br />
A marcha
registrou uma importante participação dos professores estaduais, como a
dos professores da rede estadual de São Paulo. A categoria entrou em
greve na última sexta-feira, reivindicando a reposição salarial 36.74%, que são as perdas desde 1998.<br />
<br />
<br />
<b>Belo Monte presente!</b><br />
<br />
Também
estiveram presentes na Marcha um grupo de operários que fizeram parte
da última greve da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Mais de dois mil
foram demitidos durante a mobilização realizada pelo setor. <i>“Viemos
aqui pra denunciar a vergonha que é a situação de Belo Monte. A gente
não pode nem reclamar que somos reprimidos pela Força de Segurança
nacional. É pior que a ditadura. Trabalhamos com um fuzil apontado pra
nossas cabeças”</i>, diz Edvaldo Gonçalves, que trabalhou nas obras da usina até ser demitido em abril.<br />
<br />
<br />
<b>Avançar na Unidade</b><br />
<br />
<i>“Aqui é
um espaço de unidade de ação que mostra que neste país existe luta de
classes. Mostra que as entidades sindicais possuem princípios,
independência e autonomia. É uma vitória política simbolizada pela
compreensão da unidade na luta pelo piso salarial, contra o ACE e pela
anulação da reforma da Previdência”</i>, avaliou Rejane de Oliveira, da CUT Pode Mais.<br />
<br />
No ato que finalizou o protesto, o presidente
Nacional do PSTU, José Maria de Almeida, fez um discurso fazendo uma
análise positiva do ato. No entanto, chamou as entidades e os ativistas
presentes a fazerem uma reflexão. <i>“Esse ato
mostrou que é sim possível a unidade dos diferentes setores dos
trabalhadores e da juventude. É preciso romper com essa falsa
polarização do PT e PSDB que, no fundo, representa o mesmo projeto
neoliberal para o país. Queremos construir um terceiro campo, uma
alternativa dos trabalhadores. E o primeiro passo pra isso é o que
estamos fazendo hoje aqui.”, disse.</i><br />
<br />
<br />
<b>Reuniões e novos protestos</b><br />
<br />
Mas as atividades em Brasília continuaram durante a tarde do dia 24,
com reuniões com governo e visita ao Congresso Nacional para levar as
reivindicações dos trabalhadores. Confira a agenda:<br />
<br />
A CSP-Conlutas se dirigiu para um encontro com a Secretaria Geral da
Presidência da República, junto com uma comissão de entidades que
participaram da marcha.<br />
<br />
Entre elas, foi realizada uma Audiência no MEC (Ministério da
Educação) com o CPERS-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em
Educação-RS). Todos os setores da educação (ANDES-SN, Anel, Fasubra,
Sinasefe) também foram para o MEC, pedir audiência com o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, sobre o encaminhamento concreto das
demandas do setor (10% PIB para Educação, revogação da EBSERH
(privatização dos hospitais universitários), piso nacional dos
professores estaduais e 1/3 no salário de atividade extraclasse).<br />
<br />
Os servidores públicos federais foram até o Ministério do
Planejamento (Bloco K) para cobrar audiência sobre as reivindicações do
setor, que está em campanha salarial.<br />
<br />
Já os setores ligados à luta contra o machismo, o racismo e a
homofobia, fizeram um protesto contra a presença do pastor Marcos
Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/node/19279">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-17746995759551060302013-04-21T22:14:00.000-03:002013-04-20T22:38:03.384-03:00Câmara dos Deputados aprova mudança eleitoral em um casuísmo inaceitável <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Mudança reforça ainda mais o caráter antidemocrático do processo eleitoral</i>
<br />
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-top: #CCCCCC 1px solid; width: 400px;"><tbody>
<tr><td class="textopeq" valign="top" width="295"></td><td valign="top" width="5"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"><br /></td><td align="right" colspan="2"></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://www.pstu.org.br/imgcont/%7BFE12C410-5EA1-4CED-96AD-2FCF1E664945%7D_foto%20ze%20maria.png" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Zé Maria é Presidente Nacional do PSTU</b></span></td></tr>
</tbody></table>
Na noite desta quarta-feira, 17 de
abril, a Câmara de Deputados aprovou mudanças na Lei Geral das Eleições
que representa um verdadeiro casuísmo, levado a cabo pelo governo e sua
base de sustentação no Congresso contra partidos que poderão ter
candidaturas de oposição nas próximas eleições. Além disso, parte das
mudanças aprovadas prejudicam os partidos ideológicos, como o PSTU e
PCB, que perdem a maior parte do já diminuto tempo de que disporiam para
expor suas ideias no rádio e TV. Um processo eleitoral já
antidemocrático, controlado pelo poder econômico, agora manipulado com
dois pesos e duas medidas em benefício dos partidos que apoiam o governo
federal. Um verdadeiro absurdo.<br />
<br />
O Projeto de Lei 4470/2012, de autoria do deputado Edinho Araújo, do
PMDB, base do governo, prevê o impedimento da transferência de recursos
públicos do Fundo Partidário e do tempo de rádio e TV relativos aos
deputados que mudam de partido durante o seu mandato. Esta mudança
prejudicaria o novo Partido da Marina Silva (Rede Sustentabilidade),
possível candidata à presidência da República em 2014. Prejudicaria
também o partido que surge da fusão PPS/PMN, em curso neste momento, e
que anuncia apoio à candidatura do PSB, Eduardo Campos.<br />
<br />
O PSTU é contrário às regras atuais que estabelecem o fundo partidário e
também as regras de distribuição do tempo de TV e rádio para a campanha
eleitoral dos partidos. Somos contra a existência do tal fundo
partidário. Achamos que os partidos deveriam ser sustentados pelos seus
militantes, pelas pessoas que concordam com o partido, e não com
recursos públicos. Portanto não apoiamos as regras atuais de
distribuição destes recursos. Por outro lado, o financiamento das
eleições, este sim, deveria ser feito com recursos públicos, pois
interessa à população de conjunto que o sistema eleitoral não sofra
interferência do poder econômico e que os partidos tenham condições
iguais para expor suas ideias. Essa era nossa proposta para a naufragada
reforma política que o Congresso deveria ter aprovado e não o fez.<br />
<br />
No entanto, mudar as regras no meio do jogo, apenas para prejudicar
partido adversário é inaceitável. O PSD, partido que apoia o governo,
foi fundado recentemente e, com apoio do governo e decisão judicial, se
beneficiou das regras atuais. Como agora o governo usa sua base no
Congresso (PT e PMDB principalmente) para mudar a regra e prejudicar
Marina Silva ou Eduardo Campos?<br />
<br />
Nosso partido não concorda com Marina Silva, nem Eduardo Campos. Somos
um partido socialista que defende um projeto oposto ao defendido pelo
partido deles. Tampouco concordamos com a regra atual de distribuição de
tempo para propaganda dos partidos no radio e na TV. Esta regra já é
profundamente antidemocrática. Mas mudá-la pra pior, da forma que foi
feito pelo Congresso, apenas para prejudicar partidos que se opõem ao
governo, é inaceitável. Um sistema eleitoral que já é controlado pelo
poder econômico passa a ser organizado em função dos interesses de
ocasião de quem está no poder. Isto é democracia? O PT, que foi
perseguido pela Ditadura Militar e quase teve seu registro legal
impedido por manobras como esta que aconteceu agora no Congresso
Nacional, deve explicações ao país. É uma vergonha!<br />
<br />
Esta mudança reforça ainda mais o caráter antidemocrático do processo
eleitoral brasileiro. É preciso impedir que se concretize essa mudança
no Congresso Nacional, e lutar para ser revertida, caso essa mudança se
concretize. Esta luta, em nossa opinião, é obrigação de todos os
setores democráticos deste país.<br />
<br />
<br />
<a href="http://www.pstu.org.br/partido_materia.asp?id=15091&ida=0">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-89994573735781284712013-04-19T22:50:00.000-03:002013-04-20T22:57:41.180-03:00Atentado a Boston mostra fragilidade dos EUA e fracasso da política “antiterror”<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"></td><td align="right" colspan="2"><br /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7BEE202622-2084-4038-9370-73A37DE03B13%7D_boston_int.jpg" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Momento da explosão de uma das bombas em Boston</b></span></td></tr>
</tbody></table>
O atentado a bomba no final de uma maratona na cidade de
Boston nesse último dia 15 trouxe de volta o tema do terrorismo para o
cotidiano dos norte-americanos. Duas explosões provocadas por artefatos
rústicos montados em panela de pressão mataram 3 pessoas e feriram
outras 170 ao final de um dos principais eventos esportivos do país.<br />
<br />
A Maratona de Boston é um evento tradicional da cidade, a mais
importante da Costa Leste, e reunia cerca de 30 mil corredores e 500 mil
espectadores. Os dois artefatos explodiram quase que simultâneamente e
estavam preenchidos com pregos e outros objetos metálicos. Foi montado
com o objetivo de causar o maior dano possível às vítimas. <br />
<br />
A imprensa internacional, repercutindo declarações de um deputado
republicano presidente do Comitê de Segurança Nacional da Câmara,
destacou que os explosivos são similares aos utilizados no Afeganistão e
no Iraque contra as tropas norte-americanas. No entanto, grupos de
extrema direita do país também orientam a construção de artefatos com
essa mesma técnica.<br />
<br />
Alguns minutos depois da detonação das duas bombas na maratona, outra
bomba teria explodido na biblioteca John F. Kennedy, mas sem deixar
feridos. As autoridades ainda não haviam relacionado essas duas
explosões. <br />
<br />
Logo após as explosões, os EUA reforçaram os esquemas de segurança nas
principais cidades do país, como Nova Iorque, Los Angeles e Washington.
Apesar de ninguém ter ainda reivindicado a autoria do atentado, o
governo norte-americano afirmou que as investigações seriam realizados
no país e no exterior.<br />
<br />
O atentado a bomba em Boston coincidiu com o envio de cartas com um tipo
de veneno letal ao presidente Barack Obama e quatro senadores. A carta,
contendo a toxina ricina, teria vindo com a seguinte mensagem: "Ver o
que está errado e não expor o erro é tornar-se parceiro silencioso de
sua continuidade". Porém, apesar da coincidência das datas, não havia
indícios que relacionassem as cartas com os atentados a bomba.<br />
<br />
<br />
<b>Um país vulnerável</b><br />
<br />
O atentado mostrou o fracasso da política antiterror dos EUA. Mesmo com
toda a paranoia que envolve a segurança interna no país, os atentados
continuam e nada impede que um novo 11 de setembro ocorra.<br />
<br />
A última tentativa de atentado terrorista havia ocorrido em 2010, com um
carro bomba em plena Times Square, em Nova York. Assumido por um
americano de origem paquistanesa e pelo Talibã, o atentado foi frustrado
por muito pouco. O motivo do ataque teria sido uma retaliação ao uso de
drones no Paquistão.<br />
<br />
<br />
<b>Terrorismo</b><br />
<br />
O presidente Obama classificou o atentado como um “ato hediondo e
covarde”. A resposta dos EUA ao atentado mostra, além de sua
vulnerabilidade, a hipocrisia extrema do país que ocupa militarmente o
Iraque e o Afeganistão, e interfere em tantos outros no Oriente Médio,
como o Paquistão. Nos últimos anos, a utilização indiscriminada dos
'drones', os aviões não tripulados, vem causando polêmica pelas inúmeras
mortes de civis que provocam ao simples apertar de um botão de um
oficial norte-americano a milhares de quilômetros dali. Sem falar na
ingerência do imperialismo em todo o mundo.<br />
<br />
Só no Iraque, de acordo com o site Iraq Body Count, que contabiliza o
número de mortes no país após a invasão norte-americana, marcava de
122.573 mortes de civis de 2003 até o fechamento desse texto. Portanto, o
principal responsável pelo clima de insegurança nos EUA é o próprio
governo norte-americano e sua política intervencionista, que sobreviveu à
era Bush e continua com Obama.<br />
<br />
Reconhecer o governo norte-americano como principal responsável pelo
terrorismo, porém, não é respaldar os ataques terroristas. Protegidos
pelo maior aparato de segurança do mundo, os homens que comandam a
máquina de guerra do imperialismo raramente sofrem com as consequências
de seus atos. São os trabalhadores e a população dos EUA que estão
realmente vulneráveis ao terrorismo. <br />
<br />
Além disso, o terrorismo, mesmo quando não tem por alvo a população
civil, é um completo desserviço à classe operária e aos socialistas. Em
seu texto “Por que os marxistas se opõem ao terrorismo individual”,
Trotsky já assinalava: “o terror individual é inadmissível precisamente
porque desvaloriza o papel das massas e da sua própria consciência,
fazendo com que elas se resignem diante de sua impotência e voltem seus
olhares para um herói vingador e libertador que esperam um dia para
cumprir sua missão”. <br />
<br />
O terrorismo, além disso, serve muito bem aos interesses do imperialismo
ao legitimar o aumento da repressão e sua ofensiva colonizadora, a
exemplo do que ocorreu após o 11 de setembro.<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<a class="mov_mat_indice" href="http://pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=15087&ida=0">Atentado em Boston faz crescer precariedade dos trabalhadores</a>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=15085&ida=0">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-67004229916711000782013-04-17T23:46:00.000-03:002013-04-17T23:46:00.751-03:00Os cem dias do governo do PSOL em Macapá <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Velhos caciques da direita ainda dirigem de forma direta ou indireta o aparato municipal</i>
<br />
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-top: #CCCCCC 1px solid; width: 400px;"><tbody>
<tr><td class="textopeq" valign="top" width="295"></td><td valign="top" width="5"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"><br /></td><td align="right" colspan="2"></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7BE920B34F-F6EA-40E6-B79D-F409DE598111%7D_clecio_int.jpg" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>O prefeito de Macapá, Clécio Luís, e o senador Randolfe Rodrigues</b></span></td></tr>
</tbody></table>
O ano se iniciou com grande expectativa em Macapá, com a
eleição do primeiro prefeito do PSOL em uma capital. Mas as ações do
governo nesses primeiros meses corresponderam às expectativas?<br />
<br />
Em cem dias de gestão, as Unidades Básicas de Saúde ainda não foram
reabertas e as que funcionam ainda enfrentam problemas com remédios,
infraestrutura e falta de pagamento de médicos. O caos na educação se
aprofunda com medidas de sucateamento. O transporte coletivo ainda é
dominado pelo empresariado que lucra com o sufoco da população, seja por
falta de abrigo ou pela falta de coletivos.<br />
<br />
Os primeiros meses do governo Clécio nos apontam importantes lições. As
medidas iniciais do governo PSOL em Macapá não romperam com a lógica
privatista imposta pelos empresários do transporte público. Ao máximo,
se limitou a apresentar com festa 20 novos ônibus. Com esses novos
ônibus, Macapá, como o próprio prefeito afirmou em rede local, voltou a
ter a frota de 1996. Para avançar é preciso romper com os grupos que
dominam há décadas o transporte na capital que, em suma, se resume a
municipalizar o transporte.<br />
<br />
O retorno da coleta de lixo em Macapá foi festejado pelo PSOL, mas na
verdade Clécio prosseguiu na lógica imposta por Roberto Góes (PDT),
manteve um contrato milionário e suspeito com uma empresa responsável
por um verdadeiro caos urbano. Há bairros inteiros ainda desassistidos
pela coleta de lixo ou que sequer receberam um serviço de capina. Para
se ter uma idéia, a empresa responsável pela coleta de lixo recebeu R$ 6
milhões correspondentes ao período de janeiro a março de 2013 . Em
suma, as medidas não atendem às necessidades mais básica da população, e
se resumem à limpeza e coleta dos bairros do centro da capital.<br />
<br />
<br />
<b>Saúde e educação em crise</b><br />
<br />
Clécio agravou a situação dos serviços básicos de saúde. Os meses
iniciais da gestão PSOL na saúde se resumiram ao anúncio de uma parceria
do governo do estado para a reforma de unidades básicas. E ainda a
promessa de implantação do serviço de raio X em algumas delas. Com a
desculpa dos trabalhos de recuperação, algumas unidades fecharam as
portas, resultando em mais filas e sofrimento, agravando o quadro de
horrores da saúde na cidade.<br />
<br />
O mesmo ocorre com a educação municipal. Muito antes de tomar posse, foi
noticiado que Clécio havia cedido às pressões do ex-deputado Jorge
Amanajás (ex-PSDB), e indicou Saul Peloso Secretario de Educação. Não
seria melhor consultar a categoria? Depois veio o retorno do famigerado
horário intermediário, tão danoso a professores e alunos. Também teve a
continuidade da política da contratação precarizada de professores
através dos contratos administrativos, tão condenado por ele próprio na
campanha eleitoral. Nos meses iniciais, infelizmente, os diretores de
escola ainda são indicações eleitoreiras. E não se aponta a perspectiva
dos professores terem o tão almejado Piso Nacional Salarial.<br />
<br />
Para se ter uma idéia, existem escolas com salas de aula que comportavam
30 alunos e que, agora, divididas por paredes de compensados, abrigam,
no mesmo espaço, duas turmas de 30. É visível o abatimento dos
trabalhadores. E, em meio às comemorações dos 100 dias de governo,
Clécio anunciou 3% de reajuste aos professores municipais, proposta
amplamente rejeitada pela categoria, que já indicou paralisação.<br />
<br />
<br />
<b>Romper com a direita</b><br />
<br />
Eleito sob forte expectativa, os meses iniciais do PSOL frente à capital
do Amapá estão muito distante daquilo que historicamente a classe
trabalhadora defende. As alianças com os partidos da burguesia não foram
apenas para a eleição. Velhos caciques da direita ainda dirigem de
forma direta ou indireta o aparato municipal. Talvez isso explique a
decisão de Clécio em manter o seu próprio super-salário, assim como o de
seus secretários, além de não romper com os empresários do transporte
entre outros setores.<br />
<br />
Os rumos que o PSOL tomou no extremo norte não são reflexos negativos
apenas de um estado, cuja direção partidária tomou rumos tortuosos, mas
lança um olhar para o conjunto da esquerda brasileira que ainda
persevera na luta por um mundo socialista. Também se abate sob os
valorosos militantes socialistas que ainda permanecem nas fileiras
daquele partido.<br />
<br />
Queremos afirmar, no entanto, que é preciso mudar o curso que o PSOL
tomou, não apenas em seus aspectos internos, mas também na forma de
governar Macapá. Romper com a dominação das oligarquias macapaense,
aplicar um modelo de gestão que avance para um governo exercido pelos
trabalhadores será fundamental para o conjunto da esquerda brasileira.
Clécio deveria romper, assim, com os partidos burgueses que estão em seu
governo, demitindo seus secretários e governando com os trabalhadores, o
povo pobre e apoiado nas entidades dos movimentos sociais.<br />
<br />
<br />
<b>Exigimos:</b><br /><br />
<li>O fim do super salário dos secretários, assim como do prefeito;</li>
<li>Concurso público já!</li>
<li> Gestão democrática nas escolas municipais já.</li>
<li>Pagamento do piso salarial nacional da educação;</li>
<li>Fim do horário intermediário;</li>
<li>Aplicação de 30% do orçamento municipal na educação;</li>
<li>Pela municipalização do transporte público;</li>
<li>Pela criação de uma empresa municipal de limpeza urbana;</li>
<br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3538114328816777704">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-41394172489507334772013-04-17T11:36:00.001-03:002013-04-17T11:36:53.407-03:00Construir um novo futuro ou remar contra a maré?<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Uma polêmica com o Coletivo Juntos da Esquerda da UNE</i>
<br />
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-top: #CCCCCC 1px solid; width: 400px;"><tbody>
<tr><td class="textopeq" valign="top" width="295"></td><td valign="top" width="5"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"><br /></td><td align="right" colspan="2"></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7BB9D9B354-11B4-408A-802F-2440595D5F14%7D_congresso%20anel.jpg" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Cartaz do 2° Congresso da ANEL</b></span></td></tr>
</tbody></table>
Nas últimas semanas, o coletivo
Juntos, colateral do Movimento Esquerda Socialista (MES – corrente
interna do PSOL), lançou um texto chamado <i>“Vai virar a maré: as lutas da juventude rumo ao 53º CONUNE”</i>, com o qual queremos polemizar neste artigo.<br />
<br />
Estamos vivendo um momento especial de lutas da juventude: a greve
nacional da educação do ano passado, a luta pelo #forafeliciano, contra
as injustiças da Copa e, mais recentemente, a vitória em Porto Alegre
contra o aumento das passagens. Todas essas mobilizações se chocam com o
governo federal e seus aliados no poder. <br />
Por isso, as traições e o silêncio da UNE, compromissada em garantir a
popularidade dos governos do PT, ficam cada vez mais evidentes. A velha
entidade, dirigida pela UJS, é fundamental para frear e impedir a
unificação nacional das mobilizações da juventude brasileira.<br />
<br />
Essas opiniões, como indica o Juntos em seu texto, são compartilhadas
entre nós. No entanto, nossos acordos não são suficientes para termos
uma estratégia comum no movimento estudantil. Quais são, então, nossas
principais diferenças?<br />
<br />
<br />
<b>Representatividade e legitimidade da UNE</b><br />
<br />
O coletivo Juntos se apoia na suposta legitimidade e representatividade
da UNE para defender sua política. Segundo eles, o CONUNE alcança mais
de 90% das instituições de ensino superior do país, dado que provaria a
vontade da juventude brasileira em construir a UNE. <br />
<br />
Buscar a alternativa da ruptura com a entidade, portanto, seria o
caminho do isolamento e da marginalidade, seria desistir do diálogo <i>“com milhões de estudantes brasileiros que começam a criticar, mais e mais, os limites do governo federal”</i>, mas que ainda reivindicam a UNE. <br />
<br />
No entanto, a interpretação que os camaradas dão ao dado é abusiva,
unilateral e interessada. Qual é o processo político real, a partir das
lutas e da organização dos estudantes brasileiros, que garante essa
representatividade? Nenhum! <br />
<br />
São os aparatos da UJS, alavancados pelos aparatos do governo federal,
de dezenas de governos estaduais e centenas de prefeituras municipais,
com suas secretarias de educação e juventude, que garantem o alcance do
CONUNE. Vincular a presença da esquerda nos fóruns da UNE ao dado
exposto acima é amarrar para sempre o movimento estudantil combativo ao
governismo. <br />
<br />
Ao contrário da caracterização dos companheiros, a realidade é bem
diferente: prima um enorme desconhecimento da UNE e de suas políticas,
e, principalmente, um crescente rechaço à velha entidade. Quando há
mobilizações, fica muito mais claro o papel da entidade e, portanto, a
rejeição só aumenta. Não são poucos os exemplos de assembleias de greves
e ocupações de reitoria que rechaçaram a presença de diretores da UNE.<br />
<br />
Nas salas de aula, não é necessário nem explicar os problemas da UNE. Os
estudantes já sabem muito bem naquilo que a entidade se transformou: a <i>“fábrica de carteirinhas”</i>.
Enquanto a UNE é sistematicamente deslegitimada pelos estudantes, a
Oposição de Esquerda faz o desserviço de agitar a legitimidade da
entidade governista, às vezes, até mais que a própria UJS. <br />
<br />
<br />
<b>O que é a UNE hoje?</b><br />
<br />
A UNE, durante muitos anos, foi o principal apoio das mobilizações da
juventude brasileira. Mesmo totalmente burocratizada e aparelhada pela
UJS, a UNE era oposição aos governos de plantão e aos projetos de
privatização da educação pública. As lutas passavam pelos fóruns da
entidade.<br />
<br />
Hoje em dia, não é mais assim. A vitória de Lula em 2003 colocou a
entidade a serviço da política de precarização e privatização da
educação brasileira. A UNE passou de instrumento dos estudantes para a
condição de ministério estudantil do governo federal. Nos últimos dez
anos, todas as mobilizações dos estudantes e da juventude passaram por
fora da UNE e se chocaram com a entidade. Por isso, dizemos que a velha
entidade perdeu seu caráter de frente única. <br />
<br />
Essa dinâmica é expressão da cisão do movimento estudantil provocada
pela UNE quando virou instrumento do poder. A divisão é inquestionável e
irreversível. Porém, já há um processo avançado de rupturas pela base
com a UNE e de reorganização estudantil, capitalizado pela ANEL. <br />
<br />
O movimento estudantil brasileiro precisa de uma nova ferramenta de luta
nacional, uma frente única permanente que prepare as novas
mobilizações, que intervenha nas lutas com uma política de enfrentamento
contra o governo federal. Só assim podemos disputar os estudantes que
ainda estão sob a influência do governismo, não nas instâncias
antidemocráticas da UNE, legitimando o instrumento do governo federal.<br />
<br />
<br />
<b>O que é a Oposição de Esquerda da UNE</b><br />
<br />
Todo semestre de eleições ao CONUNE, os coletivos da esquerda da UNE
começam a propagandear sua unidade, seu fortalecimento. As camisetas e
bandeiras vermelhas da UNE, que não vemos nos processos de mobilização,
voltam a aparecer. Foi assim, também, em 2011. <br />
<br />
Hoje, voltam a agitar sua unidade inquebrantável e suas grandes chances,
mas se esquecem de dizer que nada foi feito entre os dois Congressos da
UNE. No biênio 2011-2013, vivemos o Plebiscito Nacional pelos 10% do
PIB e a maior greve nacional da educação das últimas décadas. No
entanto, não vimos a Oposição de Esquerda unificada construindo as
campanhas políticas e as mobilizações na base.<br />
<br />
Uma parte dos coletivos da OE boicotou o Plebiscito e, na greve, as
únicas iniciativas da esquerda da UNE foi uma nota no Facebook e uma
intervenção comum na reunião do CNGE do dia 19 de julho de 2012. <br />
<br />
Isso acontece porque a oposição de Esquerda não é uma frente única, que
organiza politicamente os estudantes, com espaços democráticos que
deliberam sobre as iniciativas dos coletivos. Pelo contrário, é uma
frente de correntes políticas, um acordo com o objetivo de disputar o
CONUNE em melhores condições. Uma unidade superestrutural que não se
transforma em iniciativa na base.<br />
<br />
Em nossa opinião, a posição do <i>Juntos</i> e de toda a esquerda da UNE
revela um problema estratégico: a renúncia à tarefa de construir uma
frente única. As correntes do PSOL, na prática, preferem construir suas
colaterais a construir um instrumento unitário de luta da juventude
brasileira. Sabem que a UNE não é esse instrumento e se negam a lutar
por outro. <br />
<br />
Atuam o ano todo, cotidianamente, enquanto coletivos separados, não
enquanto UNE, nem mesmo enquanto Oposição de Esquerda. Preferem
continuar na UNE, no caminho da autoconstrução paralela, a construir um
novo futuro ao lado de milhares de estudantes de todo o país que vão ao
2º Congresso da ANEL.<br />
<br />
<br />
<b>A construção da ANEL é o caminho do isolamento?</b><br />
<br />
Por fim, quando não restam argumentos, nossos companheiros do Juntos
dizem que a ANEL é uma extensão do PSTU, vulgarizando nossas opiniões e
deslegitimando a nova entidade. A caricatura que fazem, em seu texto, do
apoio da ANEL à greve dos bombeiros do Rio de Janeiro revela sua
fraqueza política diante do debate da reorganização. <br />
<br />
Temos muito orgulho da votação do I Congresso da ANEL em apoio à luta
dos bombeiros cariocas. Estamos construindo uma entidade viva, ligada
aos principais eventos da luta de classes, que luta pela unidade entre
estudantes e trabalhadores.<br />
<br />
Além dessa votação, o fórum também deliberou inúmeras campanhas
políticas, como o Plebiscito dos 10% do PIB e a luta contra o novo PNE,
que orientaram a intervenção da entidade e do CNGE na greve nacional da
educação.<br />
<br />
A ANEL é uma entidade na qual intervém o PSTU e outros grupos políticos
menores. Toda sua política, suas campanhas financeiras e sua estrutura
organizativa são determinadas pelos fóruns democráticos da entidade.<br />
<br />
A construção da ANEL já se demonstrou correta. A entidade não se isolou
e, pelo contrário, vem crescendo e se expandindo nos últimos anos.
Nossa participação protagonista na greve da educação em 2012, quando
convocamos e dirigimos o CNGE, é a maior demonstração disso. A maré está
do nosso lado, no sentido da reorganização do movimento estudantil
brasileiro, por fora do Congresso burocrático da UNE.<br />
<br />
Essa é a saída organizativa que as lutas exigem. Essa é a política que
pode derrotar os ataques à educação pública e aos direitos da juventude.
A unidade do movimento estudantil de esquerda por fora da UNE pode
isolar o governismo e potencializar as lutas que virão!<br />
<br />
Quem não quiser remar contra a maré e vir com a gente construir um novo
futuro pode ter certeza que o 2º Congresso da ANEL está de portas
abertas. Nos dias 30 de maio a 02 de junho, em Juiz de Fora, a juventude
brasileira dará mais um passo significativo na reconstrução do
movimento estudantil independente e democrático.
<br />
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/juventude_materia.asp?id=15081&ida=0">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-66548468366057521332013-04-17T03:21:00.000-03:002013-04-18T03:41:21.376-03:00Duas décadas depois, começam a ser julgados policiais acusados pelo massacre do Carandiru<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<i>Julgamento de 26 dos 84 PMs acusados começou na segunda-feira. Mais de vinte anos depois, nenhum deles passou
um dia sequer na prisão</i>
<br />
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-top: #CCCCCC 1px solid; width: 400px;"><tbody>
<tr><td class="textopeq" valign="top" width="295"></td><td valign="top" width="5"></td><td bgcolor="#F3F3F3" valign="bottom" width="24"></td><td bgcolor="#F3F3F3" valign="bottom" width="105"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"></td><td align="right" colspan="2"></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7BAF0CE853-4813-4E59-AFA1-ECACF0A3608A%7D_carandiru1.png" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Sem reagir, detentos foram metralhados dentro das celas</b></span></td></tr>
</tbody></table>
Passados mais de vinte anos de um dos mais trágicos e
tristes episódios da história brasileira, teve início, nesta
segunda-feira, 15, o julgamento de 26 policiais militares envolvidos no
Massacre do Carandiru. Eles são acusados pela morte de 15 detentos. A
previsão da Justiça é que o julgamento dure dez dias. Os demais
envolvidos serão julgados em outras três etapas.<br />
<br />
Na segunda-feira, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação. Nesta
terça, são as testemunhas de defesa que estão sendo ouvidas. Entre elas,
está Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), governador do Estado na época.
Pedro Franco de Campos, então secretário de segurança que autorizou a
entrada da PM, também será ouvido.<br />
<br />
Os depoimentos das testemunhas de acusação revelaram ações chocantes,
que ultrapassam o limite da crueldade. De acordo com as declarações, os
policiais já entraram metralhando os presos que se rendiam. Ninguém teve
direito à defesa e não houve confronto: as vítimas estavam desarmadas e
não tiveram a menor chance. Os presos foram encurralados e metralhados
nas próprias celas.<br />
<br />
O perito criminal que investigou o caso, Osvaldo Negrini Neto, disse que
se dirigiu ao Carandiru, mas a polícia só permitiu a sua entrada duas
horas depois de ele ter chegado ao local. Ele contou que viu sangue
correndo por uma escada assim que entrou. <i>“Descia como cascata”</i>, declarou e disse que ficou com sangue até a canela ao coletar o material.<br />
<br />
Os disparos, segundo ele, foram feitos de fora para dentro das celas.
Não foram encontrados vestígios de disparos de dentro para fora,
indicando que não houve reação dos presos. Segundo ele, a cena do crime
foi totalmente adulterada. Os cadáveres foram retirados do local onde
tinham sido executados, e estavam empilhados. <br />
<br />
O então diretor de segurança e disciplina do Carandiru, Moacir dos Santos, também testemunhou: <i>“Logo
que a polícia entrou, eles metralharam aqueles presos que estavam se
rendendo e eles iam cair praticamente no pé da gente. Aí eles já não
queriam deixar a gente socorrer, ameaçaram até a gente”</i>. Ele disse que nenhuma autoridade agiu para impedir o massacre.<br />
<br />
Três ex-detentos que sobreviveram também falaram na segunda-feira. Como
testemunhas oculares, presenciaram cenas de atrocidade. Todos afirmaram
que não houve reação por parte dos presos. Segundo Antonio Carlos Dias,
que teve o nariz quebrado, os presos eram rendidos e espancados. Marco
Antônio de Moura, que estava refugiado numa cela, contou que um policial
atirou com metralhadora pela porta. Ele foi acertado por uma bala no pé
e sobreviveu porque fingiu-se de morto. Os próprios presos oram
obrigados a carregar os corpos.<br />
<br />
<img align="middle" src="http://pstu.org.br/imgcont/carandiru4.png" vspace="5" /><br />
<br />
<br />
<b>A defesa indefensável</b><br />
<br />
Nesta terça, seis testemunhas de defesa que deram seus depoimentos. A
tese da defesa é que os policiais não tiveram responsabilidade
individual no caso, que não é possível identificar quem matou. Também
foi citada nos depoimentos uma suposta violência por parte dos presos,
mesmo que as conclusões da perícia tenham demonstrado o contrário.<br />
<br />
O primeiro a falar foi o desembargador Ivo de Almeida, juiz corregedor do presídio na época. Ele classificou a ação como <i>“desorganizada”</i>.
O segundo a depor foi o desembargador Fernando Antonio Torres, juiz da
Corregedoria dos presídios quando ocorreu a chacina. Ele admitiu que
houve excesso: <i>“Uma coisa é entrar, outra é resultar em 111 mortes. Não há nexo”</i>. Torres confirmou o depoimento do perito Osvaldo Negrini Neto, que disse que escorria sangue pelas escadas.<br />
<br />
Já o ex-governador Fleury Filho disse que não deu a ordem porque não
estava em São Paulo naquele dia, mas se estivesse, teria autorizado a
entrada da PM no Carandiru. <i>“A entrada foi absolutamente necessária e legítima”</i>, disse. Ele assumiu a responsabilidade política pelo massacre. Indagado se falaria com a imprensa, respondeu: <i>“Falei vinte anos sobre isso, não vou falar mais”</i>.<br />
<br />
O secretário de Segurança Pública na época, Pedro Franco de Campos,
disse que foi informado sobre a rebelião e que havia uma preocupação de
que a mesma se espalhasse para o Pavilhão 8. Ele, então, disse ter
deixado o comandante da PM, coronel Ubiratan Guimarães, tomar a decisão:
<i>“Se necessária a entrada, disse a ele, a entrada está autorizada”</i>. Ele ainda afirmou que teria tomado a mesma atitude nos dias de hoje: <i>“Na mesma situação, teria o mesmo procedimento”</i>.<br />
<br />
<br />
<b>Impunidade</b><br />
<br />
O coronel Ubiratan, que comandou a ação, foi o único condenado, em 2001,
a 632 anos de prisão pelo homicídio de 102 detentos. Houve um recurso à
sentença, o que permitiu que ele aguardasse em liberdade. Em 2002,
Ubiratan foi inacreditavelmente eleito deputado estadual por São Paulo,
usando e se gabando do número 111 (11.190), mesmo número de mortos.<br />
<br />
Por um privilégio parlamentar, teve de ser julgado pelo Órgão Especial
do Tribunal de Justiça, composto pelos 25 desembargadores mais velhos do
estado. A maioria esmagadora deles entendeu que houve contradição na
primeira sentença e o absolveu, causando revolta e indignação. O
assassino não passou um dia sequer preso.<br />
<br />
Em setembro de 2006, o coronel Ubiratan foi assassinado com um tiro na
barriga em seu apartamento. Inicialmente, a namorada do coronel foi
acusada, mas absolvida. A morte continua mal contada até hoje, apesar de
as autoridades afirmarem que não há nenhuma relação com o massacre.<br />
<br />
<br />
<b>Justiça para quem?</b><br />
<br />
O resultado desse julgamento ainda é incerto. Nada garante que haverá
condenação. Mas após mais de vinte anos, em que nenhum acusado passou um
dia sequer na prisão, já é possível dizer que não houve justiça. A
impunidade, até o momento, é a marca desses crimes brutais.<br />
<br />
Não é só no Carandiru que ações como essa acontecem. Protegida pelo
Estado, a polícia instaura a pena de morte nas periferias.
Cotidianamente, casos de execução de inocentes são anunciados pela
própria imprensa burguesa. Porém, rapidamente, somem dos noticiários sem
a repercussão que os fatos merecem.<br />
<br />
Os grupos de extermínio fazem parte da realidade da população pobre. Com
o pretexto de combater a criminalidade, o Estado – armado pelas
polícias – usa a lógica de que “bandido bom é bandido morto” e promove,
na verdade, uma “higienização social”. Mas a população está no meio do
fogo cruzado entre a polícia e o crime.<br />
<br />
Evidentemente, os assassinos do Carandiru e todos os outros responsáveis
por execuções e chacinas devem ser duramente punidos, incluindo o então
governador Fleury Filho e o ex-secretário de segurança. Mas o problema
está, de fato, na instituição policial. Além das mortes, não se pode
esquecer a corrupção e as relações de convivência com o crime
organizado. Essa barbárie só vai começar a ter fim quando a PM – resíduo
podre da ditadura militar – for dissolvida, a população tiver o direito
ao controle das forças de segurança e à autodefesa.<br />
<br />
<br />
<br />
<b>HISTÓRIA</b><br /><br />
No dia 2 de outubro de 1992, a Polícia Militar do Estado de São Paulo
invadiu a Casa de Detenção Carandiru e desencadeou a carnificina no
Pavilhão 9. Com a desculpa de conter uma rebelião – que não era
rebelião, mas uma confusão iniciada por uma briga entre dois detentos –,
286 PMs, todos das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) executaram
111 presos de forma atroz. A Rota é conhecida nacionalmente por suas
ações truculentas e, inclusive, execuções como conta Caco Barcellos no
livro <i>Rota 66</i>.<br />
<br />
Dos 286 policiais, quais 84 foram acusados. Cinco deles já morreram, e
nenhum foi preso. A chacina foi liderada pelo coronel Ubiratan
Guimarães, único condenado no caso, mas absolvido posteriormente por um
recurso.<br />
<br />
Especula-se, ainda, que o massacre tenha motivado o surgimento da facção
criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Seria uma reação de presos
de outras penitenciarias, indignados com a chacina, que teriam como
objetivo vingar os mortos.<br />
<br />
<br />
<b>Assista ao clipe da música Diário de um detento, dos Racionais MC:</b>
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="309" src="http://www.youtube.com/embed/i93WRyh_3sM?feature=player_embedded" width="390"></iframe>
<br />
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=15083&ida=40">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>
Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-52686896795798372712013-04-16T21:17:00.000-03:002013-04-16T21:17:00.605-03:00Operários protestam em Belém contra a repressão da Força de Segurança Nacional nos canteiros das obra de Belo Monte <div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"></td><td align="right" colspan="2"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;">Sérgio Koei</span></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7B3CAC1B49-7544-46BD-9584-88C1F4088DC6%7D_belo%20monte%202.jpg" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>CSP - Conlutas presente nas mobilizações dos operários em greve</b></span></td></tr>
</tbody></table>
Cerca de 90 trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo
Monte, em Vitória do Xingu, chegaram à grande Belém neste sábado, 13 de
abril, após quase 24 horas de viagem de ônibus. Durante toda esta
semana, eles participarão de reuniões e manifestações, na capital do
Pará, para denunciar a péssima situação de trabalho nos canteiros das
obras de Belo Monte. Na manhã deste domingo, 14 de abril, os operários
protestaram na Praça da República, em Belém.<br />
<br />
Há mais de um mês em greve, os operários vieram à Belém na esperança de
terem suas reivindicações atendidas, tendo em vista que todas as
tentativas de negociação com o CCBM fracassaram diante da recusa da
empresa em negociar. Ainda segundo os manifestantes, a vinda até a
capital paraense tem o objetivo de buscar justiça e segurança, uma vez
que, de acordo com as denuncias, a Força Nacional de Segurança estaria
usando da força do aparato militar para reprimir as manifestações.<br />
<br />
Os operários ficarão alojados na sede campestre do Sindicato da Construção Civil de Belém. O Sindicato apoia o movimento. <br />
<br />
Em entrevista ao Portal do PSTU, o operário Jean Frances comentou sobre o
decreto da Presidenta Dilma de nº 7.957/13 que legaliza a intervenção e
a repressão militarizada a todo e qualquer ato de resistência dos
trabalhadores em obras de infraestrutura.<br />
<br />
<i>“Como é que existe uma lei dando plena autoridade pra polícia baixar o
cacete no pessoal que está reivindicando os direitos? Então os nossos
direitos não existem? Que constituição é essa que não garante os
direitos dos trabalhadores?”</i>, questionou Jean. Ele afirma que
constantemente foi ameaçado por policiais e que, inclusive, chegou a ser
agredido durante um dos protestos.<br />
<br />
<img src="http://pstu.org.br/imgcont/belo3.jpg" /><br />
<br />
<br />
<b>As ciladas</b><br />
<br />
Os operários afirmaram que, durante os dias que estiveram no canteiro em
greve, a empresa propôs receber uma comissão de cinco trabalhadores. No
entanto, ao entrarem na sala para negociar, foram informados que não
haveria negociação alguma e foram dispensados. Segundo os grevistas, a
partir desse momento, os cinco representantes da comissão já tinham sido
identificados e, a partir de então, passaram a ser monitorados como
lideranças da greve.<br />
<br />
No mesmo dia, durante a noite, o operário Antônio Lisboa, conhecido como
Belém, um dos líderes do movimento, desapareceu em circunstâncias não
muito bem esclarecidas. Outros dois operários também desapareceram na
mesma noite.<br />
<br />
<br />
<b>A saída do canteiro</b><br />
<br />
Após receber a denúncia do desaparecimento do operário Antônio Lisboa, a
Defensoria Pública do Estado notificou a empresa para negociar a saída
dos operários de dentro do canteiro. <i>“Quando nós soubemos que a
defensoria estava lá na frente pra tirar nós de lá, partimos em
caminhada ao encontro deles. No meio do caminho, a polícia trancou o
ramal que dava acesso ao escritório do consórcio e somente cerca de 600
operários conseguiram passar, porém muitos tiveram que voltar e já na
volta receberam a notícia de que só pelo fato de participarem da
caminhada já estariam demitidos e teriam que devolver seus crachás”</i>, afirmou Jean.<br />
<br />
De acordo com as regras da empresa, só poderiam sair de dentro do
canteiro se devolvessem seus crachás, uniformes e assinassem sua carta
de demissão.<br />
<br />
<br />
<b>O reaparecimento dos operários</b><br />
<br />
De acordo com as apurações feitas pelo Portal do PSTU, não houve a
prisão de três operários como foi anunciado anteriormente, e os três
operários que desapareceram já foram encontrados e passam bem.<br />
<br />
Na sexta feira, quando se preparavam para sair de Altamira, os
trabalhadores receberam a notícia do reaparecimento de dois dos três
operários desaparecidos, que conseguiram fugir pelo mato durante a noite
por conta das ameaças.<br />
<br />
Já na manhã de domingo, durante a realização dos protestos na capital,
os manifestantes receberam um telefonema informando que Antônio Lisboa
havia sido encontrado no município de Santarém. Segundo as informações,
ele foi retirado pela polícia de dentro do canteiro e escoltado até
Santarém. Antônio passa bem e aparentemente não sofreu nenhuma violência
física.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="309" src="http://www.youtube.com/embed/4EOMjXtgpq0?feature=player_embedded" width="390"></iframe>
<br />
<br />
<br />
<b>LEIA MAIS</b><br />
<br />
<li><a class="mov_mat_indice" href="http://pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=15076&ida=0"> Nota dos operários de Belo Monte à população de Belém e do Estado do Pará</a></li>
<br />
<br />
<a href="http://pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=15074&ida=0">Retirado do Site do PSTU</a>
</div>Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3538114328816777704.post-49362913966578140362013-04-16T21:08:00.000-03:002013-04-16T21:08:00.810-03:00Daniela Mercury e a importância dos artistas se posicionarem politicamente<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 232px;"><tbody>
<tr><td width="10"><br /></td><td align="right" colspan="2"></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td colspan="2" width="222"><img border="1" hspace="0" src="http://pstu.org.br/imgcont/%7B357486D5-1549-4EA0-A55C-9B194721AD89%7D_daniela%20mercury.jpg" vspace="0" width="220" /></td></tr>
<tr><td width="10"></td><td bgcolor="#CC0000" valign="top" width="2"></td><td align="center" bgcolor="#FFFFCC" valign="top" width="220"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Imagens publicadas pela cantora no seu Instagran</b></span></td></tr>
</tbody></table>
Uma mulher bissexual resolve
assumir seu relacionamento lésbico de quatro meses. Através das redes
sociais, ela posta uma foto com sua companheira e faz críticas ao pastor
homofóbico Marco Feliciano. Uma saída do armário política que poderia
passar batida, se essa moça não fosse Daniela Mercury, uma das cantoras
mais famosas do Brasil.<br />
<br />
A repercussão foi imensa. O casamento de Daniela Mercury com a
jornalista Malu Verçosa foi amplamente noticiado em toda a imprensa e
mídia televisiva, estampou a capa das duas principais revistas do país
na semana passada e ganhou destaque no programa Fantástico da TV Globo.<br />
<br />
Na entrevista para o Fantástico, Daniela destaca a importância de sua
atitude frente a um momento em que acontecem mobilizações para a saída
de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados. Mesmo sem ser essa a intenção central, a postura de Daniela
Mercury animou a luta contra Feliciano e contra a homofobia.<br />
<br />
Poucos dias antes, outra cantora ganhou repercussão pelo motivo
contrário: em entrevista à revista Época, Joelma, vocalista da banda
Calypso, afirmou que se tivesse um filho gay <i>“lutaria até a morte para fazer a sua conversão”</i>, e como se não bastasse, ainda disse: <i>“Já vi muitos [gays] se regenerarem. Conheço mães que sofrem pelos filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”</i>.<br />
<br />
<br />
<b>Joelma e Daniela Mercury, dois lados de uma polarização crescente</b><br />
<br />
<i>“Menos Joelma, mais Daniela!”</i>. A frase rapidamente se tornou
viral nas redes sociais. Marina Lima, Chico Buarque, Ivete Sangalo,
Valesca Popozuda, Adriane Galisteu, Marcelo Tas, Alinne Rosa (vocalista
da banda Cheiro de Amor) e Alexandre Herchcovitch, dentre outros famosos
declararam apoio à atitude de Daniela. Ângela Ro Ro, em entrevista
recente ao jornal online Extra, fez uma saudação à postura de Daniela
Mercury e afirmou que já foi espancada por ser lésbica, algo que muitas
lésbicas e muitos gays já sentiram na pele. <i>“Foi um depoimento corajoso. Que isso ajude a reverter a agressão contra homossexuais”</i>.<br />
<br />
Já as declarações de Joelma tiveram uma repercussão tão negativa que a
produção de seu filme biográfico foi suspensa porque os patrocinadores
não quiseram ter seus produtos associados a uma pessoa preconceituosa.
Também sobre o caso de Joelma, houve várias declarações de famosos.
Mas, diferente de Daniela Mercury, a única declaração de apoio de um
famoso foi a de Chimbinha, que é marido da cantora e integrante da banda
Calypso.<br />
<br />
Joelma e Daniela Mercury estão em dois lados opostos de uma luta que vem
crescendo. A luta contra a homofobia ganhou visibilidade e começou nos
últimos anos a incomodar os setores mais reacionários da sociedade. Já
havia um tensionamento provocado por figuras como Anthony Garotinho,
Silas Malafaia, Jair Bolsonaro e Marcelo Crivella. Marco Feliciano
acabou sendo a gota d’água para uma reação explosiva contra ele e contra
a homofobia.<br />
Se Joelma está sendo achincalhada por sua postura, é porque ela está do
lado oposto da trincheira: está do lado de Feliciano, Malafaia e todos
os homofóbicos. Na luta contra a homofobia, Joelma está do lado daqueles
que expulsam seus filhos e filhas de casa por serem LGBTs, está do lado
daqueles que agridem e assassinam gays, lébicas e travestis todos os
dias, está do lado daqueles que não querem um Estado Laico.<br />
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<b>A importância da manifestação de artistas</b><br />
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É esperado que políticos se posicionem sobre questões que envolvem a
vida política do país. É uma vergonha que a presidente Dilma tenha
permanecido em silêncio sobre Feliciano até agora. Enquanto Dilma fica
nesse silêncio cúmplice (a maioria dos homofóbicos do Congresso é aliada
do governo), até mesmo a Xuxa se manifestou contrária a Feliciano, e
depois dela veio uma enxurrada de artistas e pessoas públicas que se
manifestaram, seja nas redes sociais, seja por participação nos atos de
rua em São Paulo e no Rio de Janeiro. Diversos artistas mandaram <i>“beijos para Feliciano”</i>:
publicaram fotos de beijos ou beijaram publicamente outros artistas (do
mesmo sexo ou não) em manifestação aberta contra Feliciano. <br />
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Daniela Mercury se mostrou bastante consciente do papel que sua saída do armário cumpre na luta contra a homofobia no Brasil: <i>“fiquei muito feliz de acontecer essa minha necessidade pessoal num momento em que era necessário para o Brasil”</i>. <br />
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É muito importante que os artistas tenham a consciência de Daniela. A
exposição midiática expõe todos os detalhes da vida pessoal das
celebridades. Através da mídia sensacionalista, é possível saber todas
as trivialidades: sabemos o que essas pessoas comeram no almoço, aonde
fazem compras, se têm celulite ou não, o que gostam de fazer no fim de
semana e por aí vai. Mas, normalmente, não sabemos pelos meios de
comunicação, por exemplo, o que essas pessoas acham do Acordo Coletivo
Especial ou da nova reforma da previdência, dos altos índices de
inflação ou da violência contra a mulher, do racismo ou da homofobia.<br />
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Os artistas podem, e devem, aproveitar toda essa exposição midiática
para se posicionar, como fez Daniela Mercury e tantas outras
celebridades no caso Feliciano. Quando os artistas se manifestam, essa
atitude dá grande visibilidade e fortalece o movimento.<br />
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Um exemplo recente é a luta dos moradores do Pinheirinho, que contou com
o apoio de diversos artistas, como Emicida, Criolo e Lurdes da Luz. A
desocupação foi denunciada ainda pelos cineastas Juliana Rojas e Marcos
Dutra (diretores do filme “Trabalhar Cansa”, de 2011), que leram, na
presença do governador Geraldo Alckmin, em um prêmio promovido pela
secretaria estadual de cultura, o manifesto dos trabalhadores da cultura
contra a ação criminosa do governo de SP no Pinheirinho.<br />
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Chamamos todos os artistas LGBTs a seguirem o exemplo de Daniela Mercury
e saírem do armário. Isso não só ajudará a derrubar Feliciano, como
dará visibilidade aos LGBTs e ajudará muito no combate à homofobia.
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<a href="http://pstu.org.br/opressao_materia.asp?id=15077&ida=0">Retirado do Site do PSTU</a>
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Juary Chagashttp://www.blogger.com/profile/05622845645582602349noreply@blogger.com0