Ação da PM foi marcada pela violência e truculência contra índios e ativistas de movimentos sociais que estavam no local
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar
invadiram, na manhã desta sexta-feira, 22 de março, a Aldeia Maracanã. A
operação que contou com cerca de 200 policiais, carros blindados e
diversas viaturas da PM desocupou o antigo Museu do Índio, retirando a
força e de forma truculenta centenas de índios e ativistas dos
movimentos sociais que estavam no local. Durante a remoção, sete pessoas
foram detidas e dezenas ficaram feridas em decorrência da repressão
policial.
O mandado de desocupação expedido pela Justiça Federal venceu no último dia 20 e o despejo dos indígenas estava autorizado desde ontem, quando o governador Sérgio Cabral deu um ultimato, reafirmando o pedido pela imediata desocupação do terreno.
Ainda na madrugada, a polícia cercou o prédio e impediu a entrada de novos ativistas na aldeia. A atuação truculenta do batalhão do Choque começou desde então. Qualquer aproximação do prédio era respondida com spray de pimenta e tiros de bala de borracha. Os ativistas que se concentravam próximo a aldeia em solidariedade aos indígenas eram removidos brutalmente e bombas de efeito moral também foram lançadas contra os manifestantes. Por volta do meio dia, quando os indígenas faziam um canto de despedida, a polícia invadiu e retirou os indígenas que ocupavam o prédio desde 2006. Durante a invasão, ativistas fecharam uma pista da Radial Oeste, mas foram dispersos pela bomba de efeito moral lançada pela polícia.
Em resposta à desocupação e a truculência da polícia, movimentos sociais e partidos políticos convocam uma reunião para organizar a luta em defesa dos índios neste sábado, 23 de março, às 10h, no SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação).
De Cabral a Cabral...
A desocupação da Aldeia do Maracanã é mais uma das políticas de remoção para atender às demandas das empreiteiras nas grandes obras para a Copa do Mundo. Em outubro de 2012, o governador Sérgio Cabral anunciou mudanças no entorno do Maracanã para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. De acordo com o projeto, o Maracanã passará a pertencer à iniciativa privada, com leilão agendado para abril deste ano, que deverá montar uma estrutura para receber os megaeventos, como a construção de um estacionamento e um shopping.
Para garantir aos empresários os quase três bilhões de lucros com a privatização do Maracanã, o governador quer destruir o prédio histórico de relevante importância para preservação da cultura indígena, a aldeia Maracanã, uma escola pública considerada modelo e um complexo esportivo, utilizado por atletas e pela comunidade do bairro.
Em nome das empreiteiras, Cabral, com o apoio de Dilma, expulsou dezenas de indígenas que, bravamente, resistem pela manutenção da sua cultura, e pretende destruir o prédio histórico, do século 19, que já abrigou o Serviço de Proteção ao Índio, sediou o Museu do Índio e, hoje, era considerado um foco de resistência da cultura indígena em pleno centro do Rio de Janeiro.
Nota da Juventude do PSTU-RJ:Aldeia Maracanã Despejada: Sergio Cabral mostra sua truculência em nome dos grandes empreiteiros!
Retirado do Site do PSTU
Durante a desocupação, indígenas foram brutalmente agredidos pela polícia |
O mandado de desocupação expedido pela Justiça Federal venceu no último dia 20 e o despejo dos indígenas estava autorizado desde ontem, quando o governador Sérgio Cabral deu um ultimato, reafirmando o pedido pela imediata desocupação do terreno.
Ainda na madrugada, a polícia cercou o prédio e impediu a entrada de novos ativistas na aldeia. A atuação truculenta do batalhão do Choque começou desde então. Qualquer aproximação do prédio era respondida com spray de pimenta e tiros de bala de borracha. Os ativistas que se concentravam próximo a aldeia em solidariedade aos indígenas eram removidos brutalmente e bombas de efeito moral também foram lançadas contra os manifestantes. Por volta do meio dia, quando os indígenas faziam um canto de despedida, a polícia invadiu e retirou os indígenas que ocupavam o prédio desde 2006. Durante a invasão, ativistas fecharam uma pista da Radial Oeste, mas foram dispersos pela bomba de efeito moral lançada pela polícia.
Em resposta à desocupação e a truculência da polícia, movimentos sociais e partidos políticos convocam uma reunião para organizar a luta em defesa dos índios neste sábado, 23 de março, às 10h, no SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação).
De Cabral a Cabral...
A desocupação da Aldeia do Maracanã é mais uma das políticas de remoção para atender às demandas das empreiteiras nas grandes obras para a Copa do Mundo. Em outubro de 2012, o governador Sérgio Cabral anunciou mudanças no entorno do Maracanã para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. De acordo com o projeto, o Maracanã passará a pertencer à iniciativa privada, com leilão agendado para abril deste ano, que deverá montar uma estrutura para receber os megaeventos, como a construção de um estacionamento e um shopping.
Para garantir aos empresários os quase três bilhões de lucros com a privatização do Maracanã, o governador quer destruir o prédio histórico de relevante importância para preservação da cultura indígena, a aldeia Maracanã, uma escola pública considerada modelo e um complexo esportivo, utilizado por atletas e pela comunidade do bairro.
Em nome das empreiteiras, Cabral, com o apoio de Dilma, expulsou dezenas de indígenas que, bravamente, resistem pela manutenção da sua cultura, e pretende destruir o prédio histórico, do século 19, que já abrigou o Serviço de Proteção ao Índio, sediou o Museu do Índio e, hoje, era considerado um foco de resistência da cultura indígena em pleno centro do Rio de Janeiro.
Retirado do Site do PSTU