Nesta rodada, programada para os dias 14 e 15 de maio no Rio, se pretende entregar 289 blocos (166 no mar e 123 em terra)
O governo Dilma, através da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), divulgou nesse dia 11 de março o
edital para a 11ª rodada de licitações para exploração de petróleo e
gás.
Ao todo, serão ofertados 289 blocos em 23 setores de 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. A oferta cobre uma área de 155.800 quilômetros quadrados. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar – 81 em águas profundas, 85 em águas rasas – e 123 em terra. São 117 blocos, além dos 172 inicialmente ofertados na 11ª rodada: 65 na Bacia Foz do Amazonas, 36 na Bacia de Tucano, 10 na Bacia de Pernambuco-Paraíba e 6 na parte marítima da Bacia do Espírito Santo.
A rodada inclui áreas em terra e ao largo da costa nordeste, onde a geologia é semelhante às descobertas recentes no Suriname, Guiana Francesa e da costa oeste da África. Haverá blocos em águas profundas do pós-sal nas bacias do Espírito Santo e Pernambuco-Paraíba, mas também 65 blocos em águas rasas e profundas na foz do rio Amazonas. Enfim uma entrega da riqueza nacional “ampla, geral e irrestrita”.
Shell e outras empresas estão prontas para o leilão
As multinacionais petroleiras esperam por este leilão já há algum tempo para poderem abocanhar as riquezas petrolíferas descobertas na costa brasileira, afinal o ultimo leilão foi em 2008. É a oportunidade para empresas como a Exxon Mobil Corp, Total AS, Royal Dutch Shell, British Petroleum e Devon, que pretendem avançar sobre as áreas do pré-sal que podem conter pelo menos 5 trilhões de dólares em petróleo.
“A Shell vai olhar com grande interesse as áreas que serão leiloadas”, disse André Araújo, diretor executivo da Shell Brasil, afirmando ainda esperar “que o leilão da 11 ª rodada marque o retorno de rodadas de licitações regulares.” A canadense Niko Resources, pretende colocar as mãos em pelo menos 2.000 quilômetros quadrados. Em agosto, a Petrobras e a BP Plc descobriram petróleo a 76 quilômetros (47 milhas) da costa, na Bacia do Ceará, onde alguns dos blocos serão leiloados, ressaltando o potencial da região.
Até mesmo a OGX de Eike Batista está buscando investimentos para as aquisições e, junto com ela, a Odebrecht Óleo & Gás anunciou que “está na pista”. “Queremos agradecer à presidenta Dilma pela sensibilidade de autorizar [a rodada] neste momento, dando sinalização efetiva ao setor” , disse João Carlos de Luca, presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo).
O governo espera arrecadar até R$ 10 bi com o leilão de blocos de petróleo. E prepara novas entregas para 28 e 29 de novembro de 2013, além de um leilão para exploração de gás e óleo não convencional, incluindo aquele conhecido como gás de xisto, para 11 e 12 de dezembro. O governo necessita deste dinheiro para cobrir os rombos nas finanças do Estado causado pelos constantes subsídios que continua dando às multinacionais de outros setores da economia.
Com isso, as “Big Oil Companies” tomam nossas riquezas e o patrimônio nacional. A Shell já tem 14 concessões no Brasil, 9 off-shore no Espírito Santo, Campos e Santos e 5 on-shore na bacia do São Francisco. Além da Shell, estão tomando nossas riquezas o BG Group, a Repsol e a Sinopec. Sem falar na Exxon Mobil Corp, que cresceu 18% e a PetroChina Co, que avançou 6%.
Grande parte da produção de petróleo do Brasil já não pertence mais ao nosso povo. E o que está projetado é que isso continue a acontecer. Nossa riqueza e nossa renda petroleira estão sendo entregues às grandes multinacionais do petróleo e alimentando de combustível o imperialismo norte-americano.
Dilma mentiu na campanha eleitoral
“Não vou destruir o Estado, diminuindo seu papel. Não permitirei que o patrimônio nacional seja dilapidado e partido em pedaços” . Essas foram frases do discurso da candidata do PT à presidência durante a campanha eleitoral de 2010. Mas agora os empresários comemoram a entrega do patrimônio nacional no setor petrolífero.
A continuidade do processo de privatização já atingiu os aeroportos e as rodovias. Setores estratégicos estão sendo entregues aos imperialistas, donos das grandes multinacionais. Aeroportos e o setor energético constituem uma questão de soberania nacional, estratégicos para o nosso desenvolvimento.
Pela volta do monopólio estatal do petróleo
Para fazer baixar o preço do litro da gasolina e termos gás de cozinha de graça para a população, é preciso fortalecer a campanha “O petróleo tem que ser nosso”, pela retomada de todos os blocos exploratórios e campos petrolíferos que estão sob o domínio e o controle das “Big Oil”, sem indenização e pela garantia de uma Petrobras 100% estatal.
Para iniciar o processo de mobilização, no Rio de Janeiro já se realizou, no dia 14 de março, a Plenária da Campanha "O petróleo tem que ser nosso" no Sindipetro-RJ. Foi decidida uma grande mobilização da campanha para barrar a 11ª Rodada de Licitações que acontecerá em Maio. Estiveram presentes os representantes da CSP-Conlutas e do PSTU.
No entanto, essa mobilização deve ganhar um caráter nacional, mobilizar a sociedade e unificar as entidades do movimento nesta luta. Os petroleiros devem marcar um dia de paralisação nacional para o dia do Leilão. A campanha contra o Leilão deve ser parte integrante da Marcha a Brasília de 24 de abril, assim como os atos do 1º de Maio que ocorrerem em todo pais. É fundamental que sejam formados comitês operativos para coordenarem as ações em todos as cidades e estados.
Leilão é privatização
Queremos a Petrobrás 100% estatal
O petróleo tem que ser do povo brasileiro
Retirado do Site do PSTU
Nova licitação vai aprofundar entrega do petróleo |
Ao todo, serão ofertados 289 blocos em 23 setores de 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. A oferta cobre uma área de 155.800 quilômetros quadrados. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar – 81 em águas profundas, 85 em águas rasas – e 123 em terra. São 117 blocos, além dos 172 inicialmente ofertados na 11ª rodada: 65 na Bacia Foz do Amazonas, 36 na Bacia de Tucano, 10 na Bacia de Pernambuco-Paraíba e 6 na parte marítima da Bacia do Espírito Santo.
A rodada inclui áreas em terra e ao largo da costa nordeste, onde a geologia é semelhante às descobertas recentes no Suriname, Guiana Francesa e da costa oeste da África. Haverá blocos em águas profundas do pós-sal nas bacias do Espírito Santo e Pernambuco-Paraíba, mas também 65 blocos em águas rasas e profundas na foz do rio Amazonas. Enfim uma entrega da riqueza nacional “ampla, geral e irrestrita”.
Shell e outras empresas estão prontas para o leilão
As multinacionais petroleiras esperam por este leilão já há algum tempo para poderem abocanhar as riquezas petrolíferas descobertas na costa brasileira, afinal o ultimo leilão foi em 2008. É a oportunidade para empresas como a Exxon Mobil Corp, Total AS, Royal Dutch Shell, British Petroleum e Devon, que pretendem avançar sobre as áreas do pré-sal que podem conter pelo menos 5 trilhões de dólares em petróleo.
“A Shell vai olhar com grande interesse as áreas que serão leiloadas”, disse André Araújo, diretor executivo da Shell Brasil, afirmando ainda esperar “que o leilão da 11 ª rodada marque o retorno de rodadas de licitações regulares.” A canadense Niko Resources, pretende colocar as mãos em pelo menos 2.000 quilômetros quadrados. Em agosto, a Petrobras e a BP Plc descobriram petróleo a 76 quilômetros (47 milhas) da costa, na Bacia do Ceará, onde alguns dos blocos serão leiloados, ressaltando o potencial da região.
Até mesmo a OGX de Eike Batista está buscando investimentos para as aquisições e, junto com ela, a Odebrecht Óleo & Gás anunciou que “está na pista”. “Queremos agradecer à presidenta Dilma pela sensibilidade de autorizar [a rodada] neste momento, dando sinalização efetiva ao setor” , disse João Carlos de Luca, presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo).
O governo espera arrecadar até R$ 10 bi com o leilão de blocos de petróleo. E prepara novas entregas para 28 e 29 de novembro de 2013, além de um leilão para exploração de gás e óleo não convencional, incluindo aquele conhecido como gás de xisto, para 11 e 12 de dezembro. O governo necessita deste dinheiro para cobrir os rombos nas finanças do Estado causado pelos constantes subsídios que continua dando às multinacionais de outros setores da economia.
Com isso, as “Big Oil Companies” tomam nossas riquezas e o patrimônio nacional. A Shell já tem 14 concessões no Brasil, 9 off-shore no Espírito Santo, Campos e Santos e 5 on-shore na bacia do São Francisco. Além da Shell, estão tomando nossas riquezas o BG Group, a Repsol e a Sinopec. Sem falar na Exxon Mobil Corp, que cresceu 18% e a PetroChina Co, que avançou 6%.
Grande parte da produção de petróleo do Brasil já não pertence mais ao nosso povo. E o que está projetado é que isso continue a acontecer. Nossa riqueza e nossa renda petroleira estão sendo entregues às grandes multinacionais do petróleo e alimentando de combustível o imperialismo norte-americano.
Dilma mentiu na campanha eleitoral
“Não vou destruir o Estado, diminuindo seu papel. Não permitirei que o patrimônio nacional seja dilapidado e partido em pedaços” . Essas foram frases do discurso da candidata do PT à presidência durante a campanha eleitoral de 2010. Mas agora os empresários comemoram a entrega do patrimônio nacional no setor petrolífero.
A continuidade do processo de privatização já atingiu os aeroportos e as rodovias. Setores estratégicos estão sendo entregues aos imperialistas, donos das grandes multinacionais. Aeroportos e o setor energético constituem uma questão de soberania nacional, estratégicos para o nosso desenvolvimento.
Pela volta do monopólio estatal do petróleo
Para fazer baixar o preço do litro da gasolina e termos gás de cozinha de graça para a população, é preciso fortalecer a campanha “O petróleo tem que ser nosso”, pela retomada de todos os blocos exploratórios e campos petrolíferos que estão sob o domínio e o controle das “Big Oil”, sem indenização e pela garantia de uma Petrobras 100% estatal.
Para iniciar o processo de mobilização, no Rio de Janeiro já se realizou, no dia 14 de março, a Plenária da Campanha "O petróleo tem que ser nosso" no Sindipetro-RJ. Foi decidida uma grande mobilização da campanha para barrar a 11ª Rodada de Licitações que acontecerá em Maio. Estiveram presentes os representantes da CSP-Conlutas e do PSTU.
No entanto, essa mobilização deve ganhar um caráter nacional, mobilizar a sociedade e unificar as entidades do movimento nesta luta. Os petroleiros devem marcar um dia de paralisação nacional para o dia do Leilão. A campanha contra o Leilão deve ser parte integrante da Marcha a Brasília de 24 de abril, assim como os atos do 1º de Maio que ocorrerem em todo pais. É fundamental que sejam formados comitês operativos para coordenarem as ações em todos as cidades e estados.
Retirado do Site do PSTU
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