Uma das maiores greves já realizada pela categoria bancária. Um cenário político propício com um segundo turno, a candidata do governo ameaçada nas urnas, o governo desesperado para acabar com a greve e um recorde nos lucros dos bancos.
Todo este cenário daria a certeza de um bom acordo, um índice melhor, a isonomia ou a recuperação das perdas do Plano Real para a categoria bancária. Porém, entrou em cena o comando nacional da CUT, orientando o fim da greve e a aceitação da proposta.
Para o membro do MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) filiado à CSP –Conlutas, Wilson Ribeiro, o acordo feito representa uma perda de oportunidade para a categoria obter conquistas importantes. “A proposta foi apresentada de forma diferenciada entre os bancos. O MNOB, que sempre defendeu o fim da Mesa Única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), considera que nesta campanha a CUT conseguiu o pior, pois manteve o que a Mesa Única tinha de ruim e não garantiu o que tinha de melhor no Acordo da Fenaban”, explica Ribeiro.
Segundo o representante do MNOB, os 16,33% no piso da Fenaban deveriam ter sido aplicados nos bancos públicos, mas isso não foi garantido nas negociações. Por outro lado, os 7,5% foi o índice que serviu de parâmetro para se fechar os Acordos nos bancos públicos. “O MNOB orientou a rejeição da proposta e apresentação de uma contra-proposta de 16,33% no piso, com reflexo nos quadros de carreiras dos bancos e 12% sobre todas as verbas salariais. Infelizmente, a maioria das assembléias do país aprovou a proposta dos bancos e recuou da greve”, lamenta.
Greve continua em alguns estados
A paralisação dos bancários continuou no Banco do Brasil do Rio Grande do Sul e Ceará. A greve foi mantida também na Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Amapá. No Basa (Banco da Amazônia) a greve também continua. Os sindicatos do Maranhão e Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo em Bauru, rejeitaram a proposta, mas acataram a decisão da maioria do país e encerraram a greve.
Indignação
Wilson salienta que a greve não acabou porque os grevistas não queriam mais lutar. Segundo o representante do MNOB, ocorreu o contrário. Em todas as assembléias os grevistas ficaram indignados com a postura dos dirigentes sindicais que defendiam a proposta dos bancos. “A greve encerrou com a presença dos gerentes votando pelo fim do movimento”, avalia.
Ele acrescenta ainda que os bancários terminam a campanha salarial com uma contradição: “A categoria do setor econômico que obteve o maior lucro termina com o menor reajuste. Enquanto metalúrgicos conseguiram 10,81% e petroleiros 9% os bancários saem com um índice de 7,5%!”, finaliza.
Retirado do Site da CSP-Conlutas
Todo este cenário daria a certeza de um bom acordo, um índice melhor, a isonomia ou a recuperação das perdas do Plano Real para a categoria bancária. Porém, entrou em cena o comando nacional da CUT, orientando o fim da greve e a aceitação da proposta.
Para o membro do MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) filiado à CSP –Conlutas, Wilson Ribeiro, o acordo feito representa uma perda de oportunidade para a categoria obter conquistas importantes. “A proposta foi apresentada de forma diferenciada entre os bancos. O MNOB, que sempre defendeu o fim da Mesa Única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), considera que nesta campanha a CUT conseguiu o pior, pois manteve o que a Mesa Única tinha de ruim e não garantiu o que tinha de melhor no Acordo da Fenaban”, explica Ribeiro.
Segundo o representante do MNOB, os 16,33% no piso da Fenaban deveriam ter sido aplicados nos bancos públicos, mas isso não foi garantido nas negociações. Por outro lado, os 7,5% foi o índice que serviu de parâmetro para se fechar os Acordos nos bancos públicos. “O MNOB orientou a rejeição da proposta e apresentação de uma contra-proposta de 16,33% no piso, com reflexo nos quadros de carreiras dos bancos e 12% sobre todas as verbas salariais. Infelizmente, a maioria das assembléias do país aprovou a proposta dos bancos e recuou da greve”, lamenta.
Greve continua em alguns estados
A paralisação dos bancários continuou no Banco do Brasil do Rio Grande do Sul e Ceará. A greve foi mantida também na Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Amapá. No Basa (Banco da Amazônia) a greve também continua. Os sindicatos do Maranhão e Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo em Bauru, rejeitaram a proposta, mas acataram a decisão da maioria do país e encerraram a greve.
Indignação
Wilson salienta que a greve não acabou porque os grevistas não queriam mais lutar. Segundo o representante do MNOB, ocorreu o contrário. Em todas as assembléias os grevistas ficaram indignados com a postura dos dirigentes sindicais que defendiam a proposta dos bancos. “A greve encerrou com a presença dos gerentes votando pelo fim do movimento”, avalia.
Ele acrescenta ainda que os bancários terminam a campanha salarial com uma contradição: “A categoria do setor econômico que obteve o maior lucro termina com o menor reajuste. Enquanto metalúrgicos conseguiram 10,81% e petroleiros 9% os bancários saem com um índice de 7,5%!”, finaliza.
Retirado do Site da CSP-Conlutas
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