Um dos assassinados teria sido autor da filmagem que flagrou policiais executando um pedreiro no Campo Limpo
O ano de 2013 mal começou e uma nova chacina na periferia de
São Paulo choca pela violência e brutalidade. Na noite desse 4 de
janeiro um grupo de 14 homens encapuzados chegaram em dois carros e uma
moto a um bar no bairro de Jardim Rosana, região do Campo Limpo, Zona
Sul da cidade. Identificaram-se como policiais e abriram fogo, matando
sete pessoas e deixando outras três feridas. Ao menos 50 tiros foram
disparados segundo testemunhas.
O bar fica bem próximo ao local onde, em novembro do ano passado, policiais militares foram flagrados por um cinegrafista amador prendendo e executando o servente Paulo Batista do Nascimento. Especula-se que o cinegrafista que registrou a execução do pedreiro, cuja identidade nunca foi revelada, esteja entre os mortos da chacina. A informação foi inicialmente divulgada pela própria Polícia Civil, sendo logo depois desmentida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado que afirmou não "haver indícios" da ligação entre a chacina e o assassinato cometido por PM's no ano passado.
Uma das vítimas fatais do ataque foi o rapper Laércio da Silva Grimas, conhecido como Dj Lah, do grupo Conexão do Morro e parceiro musical de Mano Brown, dos Racionais MC’s. Ele tinha 33 anos e deixou 4 filhos. O assassinato coletivo gerou comoção e indignação no meio. "Estamos em uma ditadura, no limite da opressão. Nos bairros ricos a polícia dá bom dia, dá boa tarde. Aqui, ela mata" declarou à Folha de S. Paulo o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, durante o velório de Lah.
Uma das músicas do Conexão do Morro denuncia a violência policial que atinge as periferias de São Paulo. Tragédia que passou dos versos e rimas para a realidade. Para Lah, seus amigos e familiares: "Tem rato na área mano corra perdão é coisa rara/ Mesmo estando na sua não querem saber então saia/ De uniforme cinza assassinos são os homens".
Estado de sítio permanente
Mais uma vez, o medo impera na Zona Sul de São Paulo. A região já havia sido uma das mais visadas durante a onda de violência que levou o pânico à periferia da cidade em 2012. Apesar de o governo Alckmin negar, para a população da região não há dúvidas de que a chacina desse dia 4 foi realizada por policiais militares articulados em grupos de extermínio. Grupos que espalham o terror pela periferia e impõem um estado de sítio informal e uma pena de morte sumária para jovens negros.
Uma espécie de serviço terceirizado da política de higienização social e extermínio de pobres imposto pelo governo Alckmin.
Retirado do Site do PSTU
Dj Lah, vítima da chacina na Zona Sul de São Paulo |
O bar fica bem próximo ao local onde, em novembro do ano passado, policiais militares foram flagrados por um cinegrafista amador prendendo e executando o servente Paulo Batista do Nascimento. Especula-se que o cinegrafista que registrou a execução do pedreiro, cuja identidade nunca foi revelada, esteja entre os mortos da chacina. A informação foi inicialmente divulgada pela própria Polícia Civil, sendo logo depois desmentida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado que afirmou não "haver indícios" da ligação entre a chacina e o assassinato cometido por PM's no ano passado.
Uma das vítimas fatais do ataque foi o rapper Laércio da Silva Grimas, conhecido como Dj Lah, do grupo Conexão do Morro e parceiro musical de Mano Brown, dos Racionais MC’s. Ele tinha 33 anos e deixou 4 filhos. O assassinato coletivo gerou comoção e indignação no meio. "Estamos em uma ditadura, no limite da opressão. Nos bairros ricos a polícia dá bom dia, dá boa tarde. Aqui, ela mata" declarou à Folha de S. Paulo o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, durante o velório de Lah.
Uma das músicas do Conexão do Morro denuncia a violência policial que atinge as periferias de São Paulo. Tragédia que passou dos versos e rimas para a realidade. Para Lah, seus amigos e familiares: "Tem rato na área mano corra perdão é coisa rara/ Mesmo estando na sua não querem saber então saia/ De uniforme cinza assassinos são os homens".
Estado de sítio permanente
Mais uma vez, o medo impera na Zona Sul de São Paulo. A região já havia sido uma das mais visadas durante a onda de violência que levou o pânico à periferia da cidade em 2012. Apesar de o governo Alckmin negar, para a população da região não há dúvidas de que a chacina desse dia 4 foi realizada por policiais militares articulados em grupos de extermínio. Grupos que espalham o terror pela periferia e impõem um estado de sítio informal e uma pena de morte sumária para jovens negros.
Uma espécie de serviço terceirizado da política de higienização social e extermínio de pobres imposto pelo governo Alckmin.
Retirado do Site do PSTU
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