Trabalhadores enfrentam repressão policial em canteiros de obras do governo
Começou forte o primeiro dia de greve dos trabalhadores da construção civil de Belém (PA) nesse dia 5 de setembro. A paralisação havia sido deliberada na assembleia realizada no último dia 25 e que reuniu 2 mil operários, e ratificada no dia 1º, prazo dado à patronal. “Nossa greve começou muito forte, os trabalhadores estão indignados com os baixos salários e as condições de serviço e estão demonstrando muita disposição de luta”, afirma Cleber Rabelo, dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém (PA). Após paralisarem os canteiros, cerca de 10 mil trabalhadores marcharam pelas principais ruas da cidade.
“Saímos dos canteiros e fomos até o sindicato e de lá seguimos em passeata pela Almirante Barroso até o Entroncamento, e tomamos conta da Praça do Monumento da Cabanagem”, informa Cleber. Lá os operários realizaram assembleia para definir os rumos do movimento. O dirigente denuncia ainda que o governo deslocou todo o aparato repressivo para acompanhar as mobilizações. Além da Tropa de Choque e do COE (Comando de Operações Especiais), várias viaturas do Comando Tático e até caminhões da Cavalaria acompanharam os operários.
Em algumas obras do governo, como a da Santa Casa, a polícia reprimiu com bombas de gás e spray pimenta. Dois operários também acabaram detidos. “Os trabalhadores questionaram essa atitude vergonhosa do governo, porque aqui não tem bandidos, somos todos pais e mães de família lutando por um salário justo”, indigna-se Cleber.
Reivindicações
No início das negociações da campanha salarial, a patronal ofereceu apenas o equivalente a 1% de reajuste real, uma provocação que indignou os operários. Após várias mobilizações e pressão, o Sinduscon-PA, sindicato patronal, acenou com reajuste real de 3%, ainda bem abaixo dos lucros do setor no último período e das necessidades dos operários. A reivindicação dos trabalhadores é de salário de R$ 680 aos serventes, R$ 770 aos meio-oficiais, R$ 1000 para os profissionais; além de cesta básica de R$ 150, plano de saúde, qualificação e 10% de vagas para as mulheres. A incorporação das reivindicações das mulheres e a participação feminina estão sendo destaque nessa campanha.
Além da pauta salarial, Cleber destaca ainda o conjunto de reivindicações políticas que estão sendo levantadas nas mobilizações. “Nossa luta também é contra a corrupção que impera nesse estado, exigindo a prisão dos corruptos, contra a divisão do Pará e contra a usina de Belo Monte”, afirma.
Uma negociação no Tribunal Regional do Trabalho estava marcada para as 16h desse dia 5, mas a patronal, além de se manter intransigente, não havia confirmado presença.
Retirado do Site do PSTU
Começou forte o primeiro dia de greve dos trabalhadores da construção civil de Belém (PA) nesse dia 5 de setembro. A paralisação havia sido deliberada na assembleia realizada no último dia 25 e que reuniu 2 mil operários, e ratificada no dia 1º, prazo dado à patronal. “Nossa greve começou muito forte, os trabalhadores estão indignados com os baixos salários e as condições de serviço e estão demonstrando muita disposição de luta”, afirma Cleber Rabelo, dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém (PA). Após paralisarem os canteiros, cerca de 10 mil trabalhadores marcharam pelas principais ruas da cidade.
“Saímos dos canteiros e fomos até o sindicato e de lá seguimos em passeata pela Almirante Barroso até o Entroncamento, e tomamos conta da Praça do Monumento da Cabanagem”, informa Cleber. Lá os operários realizaram assembleia para definir os rumos do movimento. O dirigente denuncia ainda que o governo deslocou todo o aparato repressivo para acompanhar as mobilizações. Além da Tropa de Choque e do COE (Comando de Operações Especiais), várias viaturas do Comando Tático e até caminhões da Cavalaria acompanharam os operários.
Em algumas obras do governo, como a da Santa Casa, a polícia reprimiu com bombas de gás e spray pimenta. Dois operários também acabaram detidos. “Os trabalhadores questionaram essa atitude vergonhosa do governo, porque aqui não tem bandidos, somos todos pais e mães de família lutando por um salário justo”, indigna-se Cleber.
Reivindicações
No início das negociações da campanha salarial, a patronal ofereceu apenas o equivalente a 1% de reajuste real, uma provocação que indignou os operários. Após várias mobilizações e pressão, o Sinduscon-PA, sindicato patronal, acenou com reajuste real de 3%, ainda bem abaixo dos lucros do setor no último período e das necessidades dos operários. A reivindicação dos trabalhadores é de salário de R$ 680 aos serventes, R$ 770 aos meio-oficiais, R$ 1000 para os profissionais; além de cesta básica de R$ 150, plano de saúde, qualificação e 10% de vagas para as mulheres. A incorporação das reivindicações das mulheres e a participação feminina estão sendo destaque nessa campanha.
Além da pauta salarial, Cleber destaca ainda o conjunto de reivindicações políticas que estão sendo levantadas nas mobilizações. “Nossa luta também é contra a corrupção que impera nesse estado, exigindo a prisão dos corruptos, contra a divisão do Pará e contra a usina de Belo Monte”, afirma.
Uma negociação no Tribunal Regional do Trabalho estava marcada para as 16h desse dia 5, mas a patronal, além de se manter intransigente, não havia confirmado presença.
Retirado do Site do PSTU
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