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Financiam campanhas caríssimas que são as que têm alguma chance de serem vitoriosas. Controlam assim os governos e parlamentares eleitos, e depois cobram suas faturas com os contratos que almejam com os poderes públicos.
Os dois grandes blocos dirigidos pelo PT e PSDB-DEM têm acordo no fundamental, na aplicação do plano econômico, a serviço da grande burguesia que os financia. Por exemplo, esses partidos vão apoiar as medidas que estão sendo preparadas pelo governo e o Congresso para atacar os trabalhadores depois das eleições. Foi o principal sindicato dirigido pela CUT, o de metalúrgicos do ABC, que apresentou ao Congresso a proposta dos Acordos Coletivos Especiais (ACE’s) que significam uma reforma Trabalhista disfarçada que pode atacar direitos básicos como as férias e décimo terceiro salário.
Os trabalhadores nem imaginam que, ao votar pelos candidatos desses partidos, estão dando apoio a este tipo de ataque contra eles mesmos.
Dois lutadores socialistas furaram o bloqueio
Por isso mesmo não existe nenhuma possibilidade de se chegar a uma mudança radical da sociedade através da via morta das eleições. E é por isso também que, quando conseguimos vencer a burguesia nesse terreno controlado por eles, temos que comemorar muito.
Nessas eleições, os lutadores socialistas do PSTU conseguiram vitórias muito importantes, ao ter votações significativas para nossos candidatos em todo o país e eleger Cleber Rabelo, em Belém, e Amanda Gurgel, em Natal. Alguma coisa dos ventos que sacode o mundo começam a soprar no Brasil.
Essa campanha vitoriosa foi realizada sem um centavo da burguesia ou da corrupção. Foi financiada pelos próprios trabalhadores e jovens que nos apoiam. Nessa campanha não atuou nenhum cabo eleitoral pago. Foi feita pela militância e os simpatizantes do PSTU.
A campanha foi uma expressão das lutas do movimento de massas. Cleber esteve à frente da duríssima greve da construção civil de 17 dias, em meio às eleições. Amanda surgiu no cenário nacional como um a professora em greve que questionou diretamente os parlamentares em um vídeo que se massificou rapidamente na internet.
E assim foi com o conjunto de nossos candidatos. Toninho, em São José dos Campos (SP), foi a expressão da luta do Pinheirinho e dos metalúrgicos da GM. Ana Luíza, em São Paulo, dedicou parte da campanha ao apoio à greve do funcionalismo público federal. Vanessa, em Belo Horizonte, é da direção do sindicato dos professores e de suas greves. Cyro Garcia, no Rio, é uma das mais importantes lideranças das lutas bancárias. Gonzaga, em Fortaleza, dirigiu as greves da construção civil.
Não aceitamos financiamento da burguesia como o PSOL. Não concordamos com o corte do ponto dos grevistas como Marcelo Freixo. Não defendemos alianças com partidos burgueses. Não aceitamos crescer eleitoralmente à custa de incorporar as práticas que já levaram o PT ao desastre atual.
Temos consciência de que conseguimos pontos de apoio em parlamentos burgueses para o que é mais importante: a luta direta dos trabalhadores. Temos agora mais apoio para as lutas contra os ACE’s e a favor das greves.
Chamamos todos os que estiveram juntos conosco nessa campanha eleitoral a se juntarem a nós. Filiem-se o PSTU. O socialismo cresce.
Retirado do Site do PSTU
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