Sindicato e CSP-Conlutas contestam Ministro da Fazenda Guido Mantega e mostram que a GM está sim demitindo trabalhadores, apesar da isenção de impostos concedida pelo governo
As declarações sobre o saldo de empregos na General Motors dadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira, dia 31, contrariam dados do próprio Governo Federal. Conforme estudos já divulgados pelo Dieese – Subseção Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a General Motors fechou, no período de um ano, 1.189 postos de trabalho no país. Nesse número não estão incluídas as 356 demissões feitas por meio de PDV, muito menos os cerca de 2 mil cortes que a empresa ameaça fazer.
A declaração do ministro, dada em entrevista coletiva após reunião com o vice-presidente da Anfavea e diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, desconsidera não apenas os números do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) do Ministério do Trabalho (em que se baseou o estudo feito pela subseção do DIEESE do Sindicato), mas a realidade vivida pelos trabalhadores da montadora em São José dos Campos. Pior, o ministro faz estas afirmações sem o mínimo cuidado de ouvir a outra parte, o Sindicato dos trabalhadores. Dessa forma, o Ministro diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM.
Os números são claros: de julho de 2011 a junho de 2012, a GM fechou 1.044 postos de trabalho (saldo entre demissões e contratações) em São José dos Campos. Em São Caetano, foram 349 postos a menos. A única fábrica a fechar o período com saldo positivo foi em Gravataí, com 204. Caso o Governo Federal prossiga com a postura de mero espectador, esses números poderão dar um salto ainda maior. Não há mais dúvidas: a GM está se preparando para colocar até 2 mil trabalhadores na rua.
E tudo isso em uma empresa que está em um momento de aumento de suas vendas e batendo recordes de faturamento e lucro em suas unidades no Brasil, em particular na unidade de São José dos Campos, responsável por 35% do faturamento da GM em nosso país.
Espera-se das autoridades brasileiras, principalmente em momentos como esse em que o emprego de milhares de trabalhadores está em risco, um comportamento responsável. E não é isso que se observa quando o ministro Mantega - o homem que está à frente das finanças do país – afirma que o que está ocorrendo na GM é “normal”, e quando diz que “não cabe ao governo entrar nessa questão de organização interna das fábricas”.
Como assim, ministro? Quer dizer que o que cabe ao governo é apenas repassar recursos públicos a estas empresas para que elas aumentem seus lucros?
Garantir a manutenção de postos de trabalho é, sim, papel do Governo Federal, principalmente quando este mesmo governo beneficia as indústrias com bilhões de reais do dinheiro público, repassados em forma de isenção fiscal.
Há meses o Sindicato vem apresentando à GM várias propostas para evitar as demissões, sem que esta demonstre a mínima disposição de negociar. Há tempos estamos alertando o governo federal para as demissões que vem ocorrendo na montadora, mas até agora o ministro Mantega não se dignou a receber a representação dos trabalhadores para ouvir nosso ponto de vista. Deveria fazê-lo antes de se manifestar da forma que o fez no dia de hoje.
Da nossa parte, Sindicato dos Metalúrgicos e da CSP-Conlutas, reafirmamos a posição contrária a qualquer demissão na empresa e a disposição de resistir contra mais esse abuso aos direitos dos trabalhadores da empresa e da comunidade de São José dos Campos. E voltamos a insistir no pedido de audiência que encaminhamos ao governo na semana passada (até agora não obtivemos resposta) para levar as informações e, mais uma vez, as propostas do Sindicato para evitar as demissões.
Retirado do Site do PSTU
As declarações sobre o saldo de empregos na General Motors dadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira, dia 31, contrariam dados do próprio Governo Federal. Conforme estudos já divulgados pelo Dieese – Subseção Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a General Motors fechou, no período de um ano, 1.189 postos de trabalho no país. Nesse número não estão incluídas as 356 demissões feitas por meio de PDV, muito menos os cerca de 2 mil cortes que a empresa ameaça fazer.
A declaração do ministro, dada em entrevista coletiva após reunião com o vice-presidente da Anfavea e diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, desconsidera não apenas os números do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) do Ministério do Trabalho (em que se baseou o estudo feito pela subseção do DIEESE do Sindicato), mas a realidade vivida pelos trabalhadores da montadora em São José dos Campos. Pior, o ministro faz estas afirmações sem o mínimo cuidado de ouvir a outra parte, o Sindicato dos trabalhadores. Dessa forma, o Ministro diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM.
Os números são claros: de julho de 2011 a junho de 2012, a GM fechou 1.044 postos de trabalho (saldo entre demissões e contratações) em São José dos Campos. Em São Caetano, foram 349 postos a menos. A única fábrica a fechar o período com saldo positivo foi em Gravataí, com 204. Caso o Governo Federal prossiga com a postura de mero espectador, esses números poderão dar um salto ainda maior. Não há mais dúvidas: a GM está se preparando para colocar até 2 mil trabalhadores na rua.
E tudo isso em uma empresa que está em um momento de aumento de suas vendas e batendo recordes de faturamento e lucro em suas unidades no Brasil, em particular na unidade de São José dos Campos, responsável por 35% do faturamento da GM em nosso país.
Espera-se das autoridades brasileiras, principalmente em momentos como esse em que o emprego de milhares de trabalhadores está em risco, um comportamento responsável. E não é isso que se observa quando o ministro Mantega - o homem que está à frente das finanças do país – afirma que o que está ocorrendo na GM é “normal”, e quando diz que “não cabe ao governo entrar nessa questão de organização interna das fábricas”.
Como assim, ministro? Quer dizer que o que cabe ao governo é apenas repassar recursos públicos a estas empresas para que elas aumentem seus lucros?
Garantir a manutenção de postos de trabalho é, sim, papel do Governo Federal, principalmente quando este mesmo governo beneficia as indústrias com bilhões de reais do dinheiro público, repassados em forma de isenção fiscal.
Há meses o Sindicato vem apresentando à GM várias propostas para evitar as demissões, sem que esta demonstre a mínima disposição de negociar. Há tempos estamos alertando o governo federal para as demissões que vem ocorrendo na montadora, mas até agora o ministro Mantega não se dignou a receber a representação dos trabalhadores para ouvir nosso ponto de vista. Deveria fazê-lo antes de se manifestar da forma que o fez no dia de hoje.
Da nossa parte, Sindicato dos Metalúrgicos e da CSP-Conlutas, reafirmamos a posição contrária a qualquer demissão na empresa e a disposição de resistir contra mais esse abuso aos direitos dos trabalhadores da empresa e da comunidade de São José dos Campos. E voltamos a insistir no pedido de audiência que encaminhamos ao governo na semana passada (até agora não obtivemos resposta) para levar as informações e, mais uma vez, as propostas do Sindicato para evitar as demissões.
Retirado do Site do PSTU
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