segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que esperar da Rio+20?

Leia o boletim especial divulgado pelo PSTU durante as atividades da Rio+20 e a Cúpula dos Povos


Boletim distribuído durante atividades da Cúpula dos Povos
Vinte anos após uma das maiores conferências ambientais do mundo, a ECO-92, os resultados não poderiam ser piores para o meio ambiente. A cada dia, 25 espécies desaparecem da Terra. Até o fim deste século, a temperatura média na Terra deve subir entre 1,8º e 4ºC. Seguem o aquecimento global e o derretimento das geleiras. Os governos tentam jogar a culpa dos problemas ambientais na população, quando apenas 4% da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa estão ligados ao desperdício ou lixo individuais. Os outros 96% estão relacionados, principalmente, com a grande produção industrial.

Nós, trabalhadores, somos vitimas dessa situação. Sofremos as consequências do desmatamento e da contaminação de rios e mares; ingerimos agrotóxicos e peixes contaminados. Por sua vez, os mais pobres são os mais expostos a enchentes e deslizamentos. Os reais responsáveis pelo dano ambiental são as grandes corporações, bancos, latifúndios e governos - que financiam e lucram com a degradação. Enquanto não atacarmos o problema em sua raiz, seguiremos rumo à barbárie.

A Rio+20, como todas as conferências ambientais organizadas pela ONU, será um verdadeiro fracasso. Os governos são financiados em suas milionárias campanhas eleitorais pelas grandes empresas poluidoras e, depois, atuam na defesa dos lucros dessas mesmas empresas. Uma conferência realizada pela ONU, que é formada por esses governos, não pode solucionar os problemas ambientais. Barack Obama e Angela Merkel sequer participarão do evento. Por tudo isso, durante a conferência, participaremos com outros movimentos sociais do mundo na Cúpula dos Povos, evento paralelo e crítico à Rio+20. A direção da Cúpula não assume com clareza um programa socialista para o meio ambiente. É essa a proposta que o PSTU oferece aos ativistas presentes.


Contra a injustiça social e a crise ambiental, a nossa luta é pelo socialismo!

As condições de vida da humanidade estão ameaçadas. Hoje todos os países do mundo têm governos obedientes ao poder econômico das grandes empresas, dos bancos e dos latifundiários. Estes buscam aumentar cada vez mais o seu lucro, mesmo que ao custo do esgotamento dos recursos naturais do nosso planeta.

No capitalismo, a competição e o mercado é que determinam o que vai ser produzido, e em que quantidade. Não importa a necessidade da maioria e nem a capacidade da Terra de sustentar tal produção. Ou seja, a lógica capitalista é inconciliável com uma verdadeira preservação do meio ambiente. Uma empresa que supostamente colocasse a preservação ambiental acima do lucro seria logo ‘devorada’ por todas as outras, porque a competição sempre leva a uma concentração cada vez maior de riquezas nas mãos dos que lucram mais. Não podemos crer que os governos possam regular esse mecanismo, porque esses mesmos governos, em todo o mundo, são financiados pelas empresas.

É por isso que o PSTU defende o socialismo. Para que tudo que se produz esteja de acordo com as necessidades da maioria das pessoas, o que inclui a preservação do meio ambiente e da vida no planeta. Através de comitês democráticos de direção das empresas, por parte dos trabalhadores, a produção seria controlada a serviço do bem-estar de todos. Desta forma, a humanidade não seria mais refém de um punhado de capitalistas e de seus políticos de aluguel que destroem nossas condições de vida e nos ameaçam com uma catástrofe ambiental cada vez mais iminente.

Baixe o boletim especial do PSTU na íntegra


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Retirado do Site do PSTU

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