PM aproveita ação da ultra e reprime brutalmente protesto; estudantes estão sendo levados a presídios
A Polícia Militar reprimiu de forma violenta e deteve 25 estudantes na Unifesp em Guarulhos na noite desse dia 14 de junho. Os alunos detidos foram encaminhados à Polícia Federal na Lapa, zona oeste de São Paulo e, nesse dia 15, 23 deles estavam sendo encaminhados a um Centro de Detenção Provisória, indiciados por crimes como formação de quadrilha e danos ao patrimônio público.
Os estudantes da Unifesp estão em greve desde o dia 23 de março contra as precárias condições da universidade e por direitos estudantis. A reitoria, por outro lado, além de se negar a negociar, trata o movimento como caso de polícia.
Ação da ultra e resposta brutal da polícia
O episódio ocorreu após uma assembleia intercampi que envolveu estudantes de outras unidades, como Guarulhos, Diadema e São José dos Campos. Terminada a assembleia no final da tarde, os estudantes resolveram realizar uma manifestação contra a violenta desocupação da Diretoria Acadêmica da universidade, realizada pela PM no último dia 6, quando 43 estudantes foram detidos.
Alguns grupos de ultraesquerda, porém, tentaram transformar o protesto em uma nova tentativa de ocupação da diretoria. O diretor do campus, Marcos Cezar, chamou a polícia, que já chegou de forma truculenta ao local. A PM, como mostra claramente um vídeo gravado por um estudante, reagiu com brutal violência. As imagens mostram com nitidez quando, em determinado momento, um policial simplesmente "sequestra" uma estudante e a leva do local, sendo seguido pelos alunos. A ação desatou uma repressão brutal, com tiros de balas de borracha e gás lacrimogêneo. Vários estudantes ficaram feridos.
"Foi mais uma ação desastrada da ultra e uma repressão brutal da polícia, toda uma situação causada, na verdade, pela intransigência da reitoria, que se nega a negociar depois de 85 dias de greve", afirma o estudante da Unifesp, Pedro Camargo, da Executiva Estadual da ANEL.
Condições precárias
Os estudantes da Unifesp estão em greve e mobilizados contra a precária e insuficiente estrutura da universidade, que sequer tem condições de abrigar todos os alunos, obrigados a utilizarem salas de aula de escolas públicas da região. A pauta de reivindicações dos estudantes é de 2007 e exige, entre outros pontos, ampliação da biblioteca, laboratórios, moradia estudantil e creche. A reitoria, no entanto, não negocia e sequer aceita participar de audiências públicas para discutir os problemas.
Atualização dia 15, às 22h: Na noite dessa sexta-feira o juiz da 1ª Vara Federal ordenou a libertação dos estudantes detidos. Eles, porém, continuarão respondendo pelos crimes em que foram indiciados
Retirado do Site do PSTU
Reprodução | ||
Momento em que um PM agarra estudante |
Os estudantes da Unifesp estão em greve desde o dia 23 de março contra as precárias condições da universidade e por direitos estudantis. A reitoria, por outro lado, além de se negar a negociar, trata o movimento como caso de polícia.
Ação da ultra e resposta brutal da polícia
O episódio ocorreu após uma assembleia intercampi que envolveu estudantes de outras unidades, como Guarulhos, Diadema e São José dos Campos. Terminada a assembleia no final da tarde, os estudantes resolveram realizar uma manifestação contra a violenta desocupação da Diretoria Acadêmica da universidade, realizada pela PM no último dia 6, quando 43 estudantes foram detidos.
Alguns grupos de ultraesquerda, porém, tentaram transformar o protesto em uma nova tentativa de ocupação da diretoria. O diretor do campus, Marcos Cezar, chamou a polícia, que já chegou de forma truculenta ao local. A PM, como mostra claramente um vídeo gravado por um estudante, reagiu com brutal violência. As imagens mostram com nitidez quando, em determinado momento, um policial simplesmente "sequestra" uma estudante e a leva do local, sendo seguido pelos alunos. A ação desatou uma repressão brutal, com tiros de balas de borracha e gás lacrimogêneo. Vários estudantes ficaram feridos.
"Foi mais uma ação desastrada da ultra e uma repressão brutal da polícia, toda uma situação causada, na verdade, pela intransigência da reitoria, que se nega a negociar depois de 85 dias de greve", afirma o estudante da Unifesp, Pedro Camargo, da Executiva Estadual da ANEL.
Condições precárias
Os estudantes da Unifesp estão em greve e mobilizados contra a precária e insuficiente estrutura da universidade, que sequer tem condições de abrigar todos os alunos, obrigados a utilizarem salas de aula de escolas públicas da região. A pauta de reivindicações dos estudantes é de 2007 e exige, entre outros pontos, ampliação da biblioteca, laboratórios, moradia estudantil e creche. A reitoria, no entanto, não negocia e sequer aceita participar de audiências públicas para discutir os problemas.
Atualização dia 15, às 22h: Na noite dessa sexta-feira o juiz da 1ª Vara Federal ordenou a libertação dos estudantes detidos. Eles, porém, continuarão respondendo pelos crimes em que foram indiciados
Retirado do Site do PSTU
Nenhum comentário:
Postar um comentário