Marcha na Cúpula dos Povos reuniu cerca de 25 mil no Rio
Nesta quarta-feira, 20 de março, o Rio assistiu à maior manifestação de rua dos últimos anos, quando um mar de gente ocupou a Avenida Rio Branco, no centro da cidade. A Marcha dos Povos reuniu pelo menos 25 mil manifestantes. Enquanto as últimas expectativas em torno à Rio+20 se dissolviam, a marcha foi um símbolo da polarização conquistada pela Cúpula dos Povos nas ruas cariocas.
Com a presença de diversas centrais sindicais, partidos políticos, sindicatos, entidades da causa ambiental, ONGs, organizações indígenas e ativistas de vários países, o tamanho da marcha impactou até mesmo seus participantes. A animação tomou conta dos manifestantes e não poderia ser diferente.
Igualmente, não faltou irreverência para expressar a luta pela preservação ambiental. Cartazes e faixas, fantasias, maquiagem e bonecos gigantes deram o colorido à manifestação. Um dos maiores retrocessos ecológicos do Brasil no período de governos do PT, o Código Florestal, foi amplamente denunciado na manifestação. Segundo cartazes distribuídos no ato, “o jogo ainda não acabou”.
Em uníssono, a marcha foi uma crítica contundente ao discurso do “capitalismo verde” proposto pela Rio+20. O fracasso da reunião de cúpula impulsionou a denúncia da hipocrisia dos governos de todo o mundo.
A presença da greve das universidades
Professores, funcionários e estudantes em greve nas universidades federais marcaram presença. Os ativistas da educação concentraram-se em frente a ALERJ, na rua Primeiro de Março, e se dirigiram à Candelária, onde se juntaram à passeata – compondo uma bela coluna, de pelo menos 2500 manifestantes.
As palavras de ordem mais cantadas na greve foram ouvidas na marcha. Entre elas, “Cadê o dinheiro? A Dilma deu tudo para o banqueiro e o bicheiro” ou “A greve unificou. É estudante, funcionário e professor!”. A precarização imposta pelo REUNI também esteve clara no conteúdo políticos das intervenções.
ANEL e CSP-CONLUTAS emprestaram suas forças a engrossar a coluna da greve. A ausência da UNE na coluna, além de ilustrar a incapacidade da velha entidade em dar rumo à greve dos estudantes, foi seguidamente denunciada nas palavras de ordem.
Socialismo ou barbárie ambiental
O PSTU esteve presente no ato, onde denunciou as conseqüências da exploração predatória da natureza promovida pelo capitalismo ao redor do mundo. Para o partido, conferências como a Rio+20 não podem oferecer saída à crise ambiental, porque os governos de todos os países estão subordinados ao interesse das empresas que poluem.
Nesse sentido, a marcha foi mais um espaço importante para a defesa do socialismo. Para Cyro Garcia, pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSTU, “a situação do meio ambiente e a falência de mais uma reunião de cúpula do imperialismo para tratar da questão reforçam a atualidade da causa socialista. Quando nos deparamos com a destruição do planeta, vemos que o mercado e a sanha por lucros estão conduzindo a humanidade, literalmente, à destruição. Essa compreensão é parte fundamental de nossa convicção de lutar pela planificação da exploração dos recursos naturais, como parte da construção de um mundo socialista”.
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Atingidos pela Vale protestam durante a Cúpula dos Povos
Retirado do Site do PSTU
Fotos Gustavo Speridião | ||
Marcha também reuniu os servidores em greve |
Com a presença de diversas centrais sindicais, partidos políticos, sindicatos, entidades da causa ambiental, ONGs, organizações indígenas e ativistas de vários países, o tamanho da marcha impactou até mesmo seus participantes. A animação tomou conta dos manifestantes e não poderia ser diferente.
Igualmente, não faltou irreverência para expressar a luta pela preservação ambiental. Cartazes e faixas, fantasias, maquiagem e bonecos gigantes deram o colorido à manifestação. Um dos maiores retrocessos ecológicos do Brasil no período de governos do PT, o Código Florestal, foi amplamente denunciado na manifestação. Segundo cartazes distribuídos no ato, “o jogo ainda não acabou”.
Em uníssono, a marcha foi uma crítica contundente ao discurso do “capitalismo verde” proposto pela Rio+20. O fracasso da reunião de cúpula impulsionou a denúncia da hipocrisia dos governos de todo o mundo.
A presença da greve das universidades
Professores, funcionários e estudantes em greve nas universidades federais marcaram presença. Os ativistas da educação concentraram-se em frente a ALERJ, na rua Primeiro de Março, e se dirigiram à Candelária, onde se juntaram à passeata – compondo uma bela coluna, de pelo menos 2500 manifestantes.
As palavras de ordem mais cantadas na greve foram ouvidas na marcha. Entre elas, “Cadê o dinheiro? A Dilma deu tudo para o banqueiro e o bicheiro” ou “A greve unificou. É estudante, funcionário e professor!”. A precarização imposta pelo REUNI também esteve clara no conteúdo políticos das intervenções.
ANEL e CSP-CONLUTAS emprestaram suas forças a engrossar a coluna da greve. A ausência da UNE na coluna, além de ilustrar a incapacidade da velha entidade em dar rumo à greve dos estudantes, foi seguidamente denunciada nas palavras de ordem.
Socialismo ou barbárie ambiental
O PSTU esteve presente no ato, onde denunciou as conseqüências da exploração predatória da natureza promovida pelo capitalismo ao redor do mundo. Para o partido, conferências como a Rio+20 não podem oferecer saída à crise ambiental, porque os governos de todos os países estão subordinados ao interesse das empresas que poluem.
Nesse sentido, a marcha foi mais um espaço importante para a defesa do socialismo. Para Cyro Garcia, pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSTU, “a situação do meio ambiente e a falência de mais uma reunião de cúpula do imperialismo para tratar da questão reforçam a atualidade da causa socialista. Quando nos deparamos com a destruição do planeta, vemos que o mercado e a sanha por lucros estão conduzindo a humanidade, literalmente, à destruição. Essa compreensão é parte fundamental de nossa convicção de lutar pela planificação da exploração dos recursos naturais, como parte da construção de um mundo socialista”.
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