quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mais uma mulher assassinada em Porto Alegre

Qual a relação entre esse crime machista e o investimento do governo Dilma em publicidade?


Servidora Janice Maria Laux,assassinada no último dia 15
A servidora pública municipal Janice Maria Laux, de 51 anos, foi assassinada com quatro tiros em seu apartamento no centro da capital, no dia 15 de agosto. O principal suspeito é seu ex-namorado, que está foragido. Poucas semanas antes, ela foi à delegacia e registrou uma ameaça de morte de seu ex-companheiro. Segundo a polícia, como Janice não levou a denúncia adiante, não recebeu nenhuma medida protetiva.

Há menos de um mês atrás, no dia 26 de julho, a enfermeira Márcia, servidora do município de Porto Alegre, e seu filho, foram assassinados covardemente pelo marido. As coincidências entre os dois crimes são várias. E o motivo por trás é o mesmo: o machismo que mata. No caso de Janice, que chegou a procurar a polícia, encontrou um Estado omisso, que agora lava as mãos, justificando e responsabilizando a vítima por não ter dado prosseguimento ao processo. Infelizmente, casos assim se repetem aos milhares no país.


Sem investimento

No dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completou 6 anos. Trata-se, sem dúvida, de uma importante vitória do movimento feminista brasileiro, que durante muito tempo lutou para que o Estado brasileiro reconhecesse o machismo e os seus crimes, assim como o dever do poder público de proteger e amparar as mulheres vítimas de violência. Porém, uma lei que não garante investimento acaba por virar letra morta e peça de publicidade.

Todas as pesquisas apontam um dado alarmante: seguem crescendo os homicídios e as agressões em geral contra as mulheres. Inversamente, vemos o orçamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) encolher. Em 2011, dos míseros R$ 114,4 milhões destinados à pasta, apenas R$ 47,4 milhões foram desembolsados. Já para este ano, a dotação da SPM diminuiu para R$ 107,2 milhões, dos quais certamente apenas uma fração será utilizada. A parte “economizada” deverá compor o superávit primário, engordando ainda mais os cofres dos bancos na forma de pagamento de juros e amortização da dívida pública.

Para termos uma ideia do quão ínfimo é o investimento do governo do PT em políticas de combate ao machismo, só a publicidade institucional, a cargo exclusivo da Presidência da República, consumiu R$ 127,5 milhões em 2011, quase o triplo do valor executado pela SPM nesse ano.

Só a empresa de publicidade de Duda Mendonça (DM&AP), esse que está sendo julgado pelo STF por ter participado do esquema de corrupção do mensalão, já recebeu mais de R$ 195,2 milhões desde o início da era PT na presidência.

Esse é o conteúdo de classe dos governos do PT. Bilhões de reais para os banqueiros e empreiteiras. E para as mulheres, as migalhas que sobram, que caiem no chão. Muita publicidade, nenhum ou quase nenhum combate efetivo ao machismo.


Retirado do Site do PSTU

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