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Local onde os dois trens colidiram em São Paulo |
O aumento da demanda no metrô de São Paulo (são 4,5 milhões de pessoas transportadas por dia) que gera a superlotação e o aumento insuportável do ritmo de trabalho dos metroviários, evidencia o tamanho da negligência do governo Alckmin e também do prefeito Kassab com a segurança da população e dos trabalhadores.
O acidente desse dia 16, apesar de inédito, não é um fato isolado. Sabemos das diversas panes e falhas no sistema que nem sempre são divulgadas pela empresa e o governo. Na CPTM acidentes são frequentes. No ano passado mesmo houve cinco mortes por atropelamento de trabalhadores em pleno expediente.
Se esse acidente tivesse ocorrido na Linha4 (amarela), onde os trens não têm operador, poderia ter tido consequências ainda piores. Com certeza o operador cumpriu um papel fundamental para impedir maiores danos. Em nome do lucro, o governo e a empresa privatizam e fecham postos de trabalho, deixando a população sob risco.
O acidente ocorreu ao mesmo tempo em que a empresa negava mais uma vez as reivindicações dos metroviários, anunciando um reajuste menor que a inflação medida pelo Dieese.
A superlotação do metrô e trens, a falta de funcionários, as más condições de trabalho, os ataques aos direitos, o arrocho salarial, o alto preço da tarifa, a falta de segurança, só tem uma saída: a unificação da mobilização dos metroviários e ferroviários pelo país, com o apoio da população, apontando um projeto de investimento público no transporte público estatal, para garantir expansão com qualidade, redução da tarifa, aumento geral dos salários e melhores condições de trabalho, e exigindo dos governos federal, estaduais e municipais a implementação desse projeto.
O PSTU se soma à campanha dos sindicatos pelos 2% do PIB para o transporte público, estatal, de qualidade com tarifa reduzida (social). Por isso o PSTU apoia totalmente a luta dos metroviários e ferroviários de São Paulo nas suas campanhas salariais, assim como de todo o setor metro-ferroviário do país. Na última terça-feira, trabalhadores de trens e metrôs operados pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos, ligado ao Ministério das Cidades) deflagraram greve em resposta ao reajuste zero da presidente Dilma, que infelizmente demonstra intransigência nas negociações, se recusando sequer a inflação e avançando a privatização no metrô, como ocorre em Belo Horizonte.
Retirado do Site do PSTU
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