Fotos Agência Brasil | ||
Marcha exigiu a criminalização da homofobia |
No último dia 16 de maio foi realizada a 3ª edição da Marcha Nacional Contra Homofobia, que reuniu cerca de 1500 pessoas de vários estados, entre representantes do movimento LGBT, associações, entidades sindicais, estudantis e partidos políticos.
A Marcha é uma atividade do calendário do movimento gay que ocorre sempre em maio. O movimento adotou o dia 17 como o Dia Internacional de luta contra a Homofobia (que significa ódio, agressão, violência, discriminação e até morte das pessoas LGBT’s) pois a data marca uma vitória importante do movimento: é o dia em que o termo Homossexualidade foi retirado do Código Internacional de Doenças.
No Brasil, durante essa semana ocorreram várias manifestações pelo fim da homofobia. Em São Paulo, a Associação das Mães pela Igualdade organizou um ato significativo no dia 12,na Avenida Paulista. Em Brasília, a ANEL organizou a Semana “UNB fora do armário” como forma de protestar pela perseguição neonazista ocorrida há alguns meses naquela universidade.
Na contramão
Em Brasília o Congresso Nacional se aproveitou do calendário. O Deputado Federal Jean Willys do PSOL organizou o 9º Seminário Nacional LGBT da Câmara dos Deputados com o tema “Respeito a Diversidade se aprende na infância”. A atividade contou com a participação de deputados petistas, Ong’s e organizações cooptadas pelo governo, e esteve descolada da pauta central do movimento gay que é o combate à onda de violência homofóbica que corre solta pelo país.
O seminário, além disso, aconteceu em dois dias concorrendo com a 3ª Edição da Marcha, mostrando como esse setor não acredita na ação direta dos setores oprimidos. Já no Senado Federal, a petista Marta Suplicy em sintonia com ABGLT organizou o Seminário com a Pauta do PLC – 122 (Projeto de Lei pela Criminalização da Homofobia). Na abertura do seminário, a senadora pediu para que o movimento tivesse paciência e que soubesse esperar o melhor momento para criminalizar, deixando evidente como a importante pauta desse segmento oprimido pode ser utilizada de maneira leviana no calendário eleitoral.
A marcha
Embora a Marcha tenha sido realizada por setores governistas, este ano o tema foi “Homofobia tem cura: educação e criminalização”. O tema teve relação com as contradições que o Governo Federal abriu no movimento gay. A questão da educação foi reivindicada pois a presidenta Dilma vetou, por pressão da bancada homofóbica, a distribuição do material didático – pedagógico do projeto Escola Sem Homofobia desenvolvido pelo próprio governo. Logo na concentração, em frente ao Palácio do Planalto, a militância LGBT já puxava palavras de ordem como: “ôôô Dilma pisou na bola a homofobia continua na escola”.
O Setorial LGBT da CSP-Conlutas levou uma coluna que se diferenciou dos setores governistas e fez uma intervenção destacando o histórico de participação dessa central nas marchas, a importância da ação direta dos trabalhadores e oprimidos na luta organizada e unificada. O estudante de Serviço Social da UNB, Lucas Brito, militante da ANEL, foi um dos primeiros a falar. Deixou claro que ”a homofobia é presente nas escolas e nas universidades e que a saída para tanta discriminação é a organização de todos os oprimidos”.
A principal exigência da marcha foi a criminalização da Homofobia. Estudos demonstram que o número de assassinatos de homossexuais no Brasil atingiu novo recorde em 2011, chegando a 266. Mais grave ainda: um levantamento parcial de 2012 aponta para a superação desses números, já que houve 106 assassinatos só nos três primeiros meses. É o país mundial em assassinatos de LGBT’s.*
O diretor do Sindsef-SP (sindicato dos servidores públicos federais de São Paulo), Carlos Daniel pediu o fim das mortes de homossexuais, bissexuais, transexuais e travestis. “Nós queremos parar de enterrar gays e travestis no Brasil. Infelizmente, no governo Dilma o assassinato de LGBT’s só aumentou” .
A professora Amanda Gurgel (PSTU), destacou em sua fala a frustração das expectativas com a eleição da primeira presidente mulher no Brasil. Abordou a necessidade dos participantes da marcha exigirem a aprovação imediata do PLC 122. “Infelizmente o país não mudou com a eleição de uma mulher, continuamos vendo o assassinato de homossexuais. A criminalização da homofobia é uma necessidade. O movimento não pode depositar esperanças de que a presidenta cumpra essa tarefa”.
Criminalização da homofobia já!
O PSTU tem a compreensão de que não é possível lutar contra a exploração capitalista sem que combinemos a esta luta o combate direto e cotidiano contra todas as formas de opressão. A homofobia fortalece uma moral que não compartilhamos. Por isso, somos radicalmente contrários aos posicionamentos do Governo Dilma perante a comunidade LGBT que agoniza, morre e necessita de políticas públicas. Nesse sentido, conclamamos todos os gays, lésbicas, travestis e transexuais da classe trabalhadora a exigir da Presidenta Dilma a equiparação de todos os direitos entre casais heterossexuais e homossexuais; pela imediata aprovação do PLC – 122 original e a imediata liberação do kit anti – homofobia nas escolas.
*Fonte: Grupo Gay da Bahia
Retirado do Site do PSTU
A Marcha é uma atividade do calendário do movimento gay que ocorre sempre em maio. O movimento adotou o dia 17 como o Dia Internacional de luta contra a Homofobia (que significa ódio, agressão, violência, discriminação e até morte das pessoas LGBT’s) pois a data marca uma vitória importante do movimento: é o dia em que o termo Homossexualidade foi retirado do Código Internacional de Doenças.
No Brasil, durante essa semana ocorreram várias manifestações pelo fim da homofobia. Em São Paulo, a Associação das Mães pela Igualdade organizou um ato significativo no dia 12,na Avenida Paulista. Em Brasília, a ANEL organizou a Semana “UNB fora do armário” como forma de protestar pela perseguição neonazista ocorrida há alguns meses naquela universidade.
Na contramão
Em Brasília o Congresso Nacional se aproveitou do calendário. O Deputado Federal Jean Willys do PSOL organizou o 9º Seminário Nacional LGBT da Câmara dos Deputados com o tema “Respeito a Diversidade se aprende na infância”. A atividade contou com a participação de deputados petistas, Ong’s e organizações cooptadas pelo governo, e esteve descolada da pauta central do movimento gay que é o combate à onda de violência homofóbica que corre solta pelo país.
O seminário, além disso, aconteceu em dois dias concorrendo com a 3ª Edição da Marcha, mostrando como esse setor não acredita na ação direta dos setores oprimidos. Já no Senado Federal, a petista Marta Suplicy em sintonia com ABGLT organizou o Seminário com a Pauta do PLC – 122 (Projeto de Lei pela Criminalização da Homofobia). Na abertura do seminário, a senadora pediu para que o movimento tivesse paciência e que soubesse esperar o melhor momento para criminalizar, deixando evidente como a importante pauta desse segmento oprimido pode ser utilizada de maneira leviana no calendário eleitoral.
A marcha
Embora a Marcha tenha sido realizada por setores governistas, este ano o tema foi “Homofobia tem cura: educação e criminalização”. O tema teve relação com as contradições que o Governo Federal abriu no movimento gay. A questão da educação foi reivindicada pois a presidenta Dilma vetou, por pressão da bancada homofóbica, a distribuição do material didático – pedagógico do projeto Escola Sem Homofobia desenvolvido pelo próprio governo. Logo na concentração, em frente ao Palácio do Planalto, a militância LGBT já puxava palavras de ordem como: “ôôô Dilma pisou na bola a homofobia continua na escola”.
O Setorial LGBT da CSP-Conlutas levou uma coluna que se diferenciou dos setores governistas e fez uma intervenção destacando o histórico de participação dessa central nas marchas, a importância da ação direta dos trabalhadores e oprimidos na luta organizada e unificada. O estudante de Serviço Social da UNB, Lucas Brito, militante da ANEL, foi um dos primeiros a falar. Deixou claro que ”a homofobia é presente nas escolas e nas universidades e que a saída para tanta discriminação é a organização de todos os oprimidos”.
A principal exigência da marcha foi a criminalização da Homofobia. Estudos demonstram que o número de assassinatos de homossexuais no Brasil atingiu novo recorde em 2011, chegando a 266. Mais grave ainda: um levantamento parcial de 2012 aponta para a superação desses números, já que houve 106 assassinatos só nos três primeiros meses. É o país mundial em assassinatos de LGBT’s.*
O diretor do Sindsef-SP (sindicato dos servidores públicos federais de São Paulo), Carlos Daniel pediu o fim das mortes de homossexuais, bissexuais, transexuais e travestis. “Nós queremos parar de enterrar gays e travestis no Brasil. Infelizmente, no governo Dilma o assassinato de LGBT’s só aumentou” .
A professora Amanda Gurgel (PSTU), destacou em sua fala a frustração das expectativas com a eleição da primeira presidente mulher no Brasil. Abordou a necessidade dos participantes da marcha exigirem a aprovação imediata do PLC 122. “Infelizmente o país não mudou com a eleição de uma mulher, continuamos vendo o assassinato de homossexuais. A criminalização da homofobia é uma necessidade. O movimento não pode depositar esperanças de que a presidenta cumpra essa tarefa”.
Criminalização da homofobia já!
O PSTU tem a compreensão de que não é possível lutar contra a exploração capitalista sem que combinemos a esta luta o combate direto e cotidiano contra todas as formas de opressão. A homofobia fortalece uma moral que não compartilhamos. Por isso, somos radicalmente contrários aos posicionamentos do Governo Dilma perante a comunidade LGBT que agoniza, morre e necessita de políticas públicas. Nesse sentido, conclamamos todos os gays, lésbicas, travestis e transexuais da classe trabalhadora a exigir da Presidenta Dilma a equiparação de todos os direitos entre casais heterossexuais e homossexuais; pela imediata aprovação do PLC – 122 original e a imediata liberação do kit anti – homofobia nas escolas.
*Fonte: Grupo Gay da Bahia
Retirado do Site do PSTU
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