População trabalhadora é a maior prejudicada pela falta de investimentos
No último dia 14 de março, quarta-feira, os trabalhadores que dependem do sistema de metrô e trens metropolitanos de São Paulo sentiram, novamente, o descaso do governo do PSDB para com o transporte público. Desta vez, as falhas na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e no Metrô duraram 5 horas e prejudicaram mais de 200 mil pessoas.
Os problemas começaram na linha 9 (esmeralda), e afetaram a linha 5 (lilás). Em seguida a linhas 3 (vermelha) e 1 (azul) foram paralisadas para recolhimento das composições que apresentaram falhas no sistema de portas, freios e tração. Em menos de 3 meses, esta já é a oitava falha que paralisa o sistema de transporte de passageiros sobre trilhos da capital.
O Gerente de Operações do Metrô, Waldir Fratini, reconheceu que todas as semanas ocorrem falhas no sistema, e classificou a pane generalizada de quarta-feira como “coincidência”. O fato, entretanto, não pode ser visto como mero acaso se analisadas as cifras investidas na área últimos anos. Hoje, todo sistema de transportes de São Paulo está em colapso, e a raiz do problema reside no baixo investimento público no setor.
No último ano, o governo de São Paulo cortou investimentos em 5 das 6 linhas da CPTM, justamente as que apresentam mais falhas. Os cortes chegam a R$ 238 milhões. O orçamento da empresa também foi reduzido em R$ 47 milhões.
A linha 9 foi a mais afetada, com corte de 38,6% dos investimentos, que passaram de R$ 202 milhões para R$ 121 milhões. Não por coincidência, foi lá que ocorreu um descarrilamento em 16 de fevereiro.
Na linha 7, onde uma colisão no ano passado deixou mais de 40 passageiros feridos, o corte foi de 36,7%. Mesma situação da linha 12, cujo corte foi de 29%. No início do mês, uma falha mecânica levou os passageiros a saltar dos trens e seguir a pé pelos trilhos.
Hoje, o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo, com quatro milhões de usuários por dia. Porém, como os números comprovam esse crescimento da demanda não foi acompanhado pela contratação de funcionários e investimentos em infraestrutura.
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, trata-se de um problema estrutural, fruto de décadas de atraso. “A cidade cresceu, e junto com ela a demanda pelo metrô, que ainda possui uma malha pequena, com poucas alternativas para os usuários, então mesmo que ocorra um problema pequeno, seu efeito será em cascata. Se houvesse novos entroncamentos, o problema seria menor” . Além disso, a superlotação dos trens causa um desgaste nas peças maior do que o normal e a manutenção, hoje terceirizada, não consegue repor tudo.
Privataria tucana
O governo do PSDB segue privatizando o metrô sob a justificativa de que não tem dinheiro para manter o transporte público e de que a gestão do setor privado é mais eficiente, o que garantiria maior qualidade para o usuário. Entretanto, o governo teve dinheiro para bancar os R$ 2,4 bilhões da construção da linha 4 (Amarela) que, nas mãos da iniciativa privada, também custou a vida de nove operários, mortos no desabamento do túnel Pinheiros, além da destruição de casas de dezenas de famílias, muitas delas, até hoje não receberam qualquer tipo de indenização.
Longe de ser um modelo de qualidade, o metrô da linha 4 é um dos que mais apresenta falhas no sistema de energia, com média de uma paralisação por mês. Diante de tantas falhas, a ViaQuatro, que administra a linha, ainda coloca a culpa nos usuários.
Agora, o governo Alckmin também anuncia a privatização através de Parcerias Público Privadas (PPP) da linha 5 (lilás) e as novas linhas 6 (laranja) e 15 (branca).
Principal meio de locomoção da população trabalhadora, o sistema Metrô/CPTM é o mais caro da América do Sul. Em capitais como Buenos Aires e Santiago, o preço da passagem não chega a R$ 3,00 e nas regiões metropolitanas de Nova Iorque e Madri, que possuem uma malha ferroviária bem maior que a da capital paulista, o preço é o mesmo para quem compra mais de 10 bilhetes.
A mudança deste quadro depende da mobilização dos trabalhadores em defesa de um metrô público, de qualidade, que esteja a serviço da população, e não do lucro do setor privado.
Retirado do Site do PSTU
No último dia 14 de março, quarta-feira, os trabalhadores que dependem do sistema de metrô e trens metropolitanos de São Paulo sentiram, novamente, o descaso do governo do PSDB para com o transporte público. Desta vez, as falhas na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e no Metrô duraram 5 horas e prejudicaram mais de 200 mil pessoas.
Os problemas começaram na linha 9 (esmeralda), e afetaram a linha 5 (lilás). Em seguida a linhas 3 (vermelha) e 1 (azul) foram paralisadas para recolhimento das composições que apresentaram falhas no sistema de portas, freios e tração. Em menos de 3 meses, esta já é a oitava falha que paralisa o sistema de transporte de passageiros sobre trilhos da capital.
O Gerente de Operações do Metrô, Waldir Fratini, reconheceu que todas as semanas ocorrem falhas no sistema, e classificou a pane generalizada de quarta-feira como “coincidência”. O fato, entretanto, não pode ser visto como mero acaso se analisadas as cifras investidas na área últimos anos. Hoje, todo sistema de transportes de São Paulo está em colapso, e a raiz do problema reside no baixo investimento público no setor.
No último ano, o governo de São Paulo cortou investimentos em 5 das 6 linhas da CPTM, justamente as que apresentam mais falhas. Os cortes chegam a R$ 238 milhões. O orçamento da empresa também foi reduzido em R$ 47 milhões.
A linha 9 foi a mais afetada, com corte de 38,6% dos investimentos, que passaram de R$ 202 milhões para R$ 121 milhões. Não por coincidência, foi lá que ocorreu um descarrilamento em 16 de fevereiro.
Na linha 7, onde uma colisão no ano passado deixou mais de 40 passageiros feridos, o corte foi de 36,7%. Mesma situação da linha 12, cujo corte foi de 29%. No início do mês, uma falha mecânica levou os passageiros a saltar dos trens e seguir a pé pelos trilhos.
Hoje, o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo, com quatro milhões de usuários por dia. Porém, como os números comprovam esse crescimento da demanda não foi acompanhado pela contratação de funcionários e investimentos em infraestrutura.
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, trata-se de um problema estrutural, fruto de décadas de atraso. “A cidade cresceu, e junto com ela a demanda pelo metrô, que ainda possui uma malha pequena, com poucas alternativas para os usuários, então mesmo que ocorra um problema pequeno, seu efeito será em cascata. Se houvesse novos entroncamentos, o problema seria menor” . Além disso, a superlotação dos trens causa um desgaste nas peças maior do que o normal e a manutenção, hoje terceirizada, não consegue repor tudo.
Privataria tucana
O governo do PSDB segue privatizando o metrô sob a justificativa de que não tem dinheiro para manter o transporte público e de que a gestão do setor privado é mais eficiente, o que garantiria maior qualidade para o usuário. Entretanto, o governo teve dinheiro para bancar os R$ 2,4 bilhões da construção da linha 4 (Amarela) que, nas mãos da iniciativa privada, também custou a vida de nove operários, mortos no desabamento do túnel Pinheiros, além da destruição de casas de dezenas de famílias, muitas delas, até hoje não receberam qualquer tipo de indenização.
Longe de ser um modelo de qualidade, o metrô da linha 4 é um dos que mais apresenta falhas no sistema de energia, com média de uma paralisação por mês. Diante de tantas falhas, a ViaQuatro, que administra a linha, ainda coloca a culpa nos usuários.
Agora, o governo Alckmin também anuncia a privatização através de Parcerias Público Privadas (PPP) da linha 5 (lilás) e as novas linhas 6 (laranja) e 15 (branca).
Principal meio de locomoção da população trabalhadora, o sistema Metrô/CPTM é o mais caro da América do Sul. Em capitais como Buenos Aires e Santiago, o preço da passagem não chega a R$ 3,00 e nas regiões metropolitanas de Nova Iorque e Madri, que possuem uma malha ferroviária bem maior que a da capital paulista, o preço é o mesmo para quem compra mais de 10 bilhetes.
A mudança deste quadro depende da mobilização dos trabalhadores em defesa de um metrô público, de qualidade, que esteja a serviço da população, e não do lucro do setor privado.
Retirado do Site do PSTU
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