Ato reuniu professores, alunos e pais |
Juntos, estudantes, professores (as), e moradoras do Bairro acompanhadas de seus/suas filhos reivindicavam o direito à creche para poderem trabalhar, de ser mãe, e protestavam contra a violência que ainda faz parte do cotidiano de grande parte das mulheres.
Durante a caminhada diversas mulheres expuseram suas opiniões que enriqueceram a atividade denunciando problemas crônicos do bairro, como a falta de infra-estrutura, enfatizada pela moradora Ivonete: “queremos saber onde estão as pistas para fazermos caminhadas e as praças para fazermos exercícios que Micarla (prefeita da cidade) prometeu na campanha. Os ônibus do Nova Natal são péssimos e não temos nem como sair com nossos filhos!”, protestou a moradora.
Já a estudante Kécia voltou o seu olhar a um dos espaços que mais contribuem para a reprodução do machismo na sociedade, as famílias e os lares: “queremos também lembrar às nossas mães e aos nossos pais que os irmãos devem receber os mesmo direitos e deveres que as irmãs, e não terem privilégios enquanto fazemos os trabalhos da casa”.
A professora Amada Gurgel que contribuiu na construção da atividade e também esteve presente na caminhada, chamou a atenção para o fato de que não basta ser mulher para defender os interesses das mulheres trabalhadoras: “hoje, temos Dilma na presidência da república, Rosalba no Governo do Estado e Micarla na prefeitura. No entanto, as mulheres continuam enfrentando os mesmo graves problemas que sempre enfrentaram e continuam morrendo vítimas da violência. É necessário estar comprometida com a classe trabalhadora para que os problemas das mulheres sejam superados”, disse Amanda, que é professora de escolas públicas do bairro.
A concentração aconteceu na Rua do Pastoril, onde foram confeccionadas faixas que levavam as palavras de ordem, e a caminhada saiu chamando a atenção da população pela Rua da Chegança até chegar à Avenida da Ciranda, momento em que foi realizada uma grande ciranda que envolveu todos os participantes e simbolizou o lançamento da aliança entre os trabalhadoras(es) do Nova Natal e a luta em defesa dos direitos das mulheres, por uma sociedade justa e livre das opressões.
Retirado do Site do PSTU
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