Um grupo de ativistas da causa palestina e das revoluções que atingem o Norte da África e oriente Médio lançaram o boletim Al Thawra (A Revolução, em árabe). A proposta do boletim é construir uma rede de solidariedade a todas as revoluções (Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein) e à resistência palestina nas quis os ativistas estão envolvidos. Assim, o objetivo é discutir as perspectivas desse grandioso processo revolucionário e desfazer mitos. Leia abaixo a apresentação do boletim.
Leia o Boletim
Enquanto os levantes continuam a sacudir o mundo árabe, no fechamento deste boletim, o registro de mais um ataque por parte de Israel à faixa de Gaza. Segundo notícias veiculadas pela imprensa internacio¬nal, o saldo em apenas quatro dias (a partir de 9 de março) foi de 25 mortos e mais de 70 feridos. Na mesma semana, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em Washington para pedir apoio a invasão ao Irã. De olho no seu eleitorado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contudo, prefere aguardar. Mas faz questão de declarar o sagrado apoio ao estado sionista. A solidariedade internacional faz-se fundamental.
Enquanto isso, tendo protagonizado grandes revoluções em 2011, que resultaram na queda de quatro ditaduras, o mundo árabe permanece movimentado. No Egito, as massas voltam às ruas, assim como no Bahrein. Na Líbia, a população rechaça o governo interino do Conselho Nacional de Transição e o prenúncio é de que continue a se levantar para assegurar as necessárias transformações. Na Síria, a revolução atinge o ponto alto. Sem qualquer possibilidade de recuo diante de um ditador sanguinário, a situação avança para uma guerra civil.
Peça chave no jogo geopolítico na região, a Palestina anseia por mudanças. Enquanto isso, seus cidadãos promovem suas próprias manifestações, seja em solidariedade às revoluções nos países vizi¬nhos, seja contra o apartheid a que estão submetidos. A resistência dentro e fora dos territórios ocupados segue. Em 25 de fevereiro último, 8 mil marcharam contra os assentamentos e a política segregacionista em Al Khalil (nome árabe da cidade de Hebron, na Cisjordânia). Em 30 de março, Dia da Terra para os palestinos, uma gran¬de marcha rumo a Al Quds (Jerusalém) está programada.
Os palestinos expandem ainda o cha¬mado por BDS (boicotes, desinvestimentos e sanções) ao apartheid de Israel. Na contramão, o governo brasileiro tem firmado nos últimos anos acordos militares com Israel e universidades consagradas têm ampliado os convênios de cooperação com instituições que sustentam a ocupação de territórios palestinos. Diante desse cenário, intensificar a campanha de BDS em âmbito nacional é imprescindível. Programado para ocorrer em Porto Alegre, entre 28 de novembro e 1º de dezembro deste ano, o Fórum Social Palestina Livre reveste-se de grande importância para se amplificar essa iniciativa em todo o Brasil e na América Latina. Além de levantar essa bandeira, é o momento de a solidariedade internacional erguer suas vozes pelo direito de retorno, o fim da ocupação israelense e a liberdade aos presos políticos, entre outras demandas urgentes dos palestinos e palestinas.
O ano de 2012 promete.
Diante de toda essa movimentação, nós, que estivemos envolvidos em construir solidariedade a todas as revoluções (Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein) e à resistência palestina, decidimos lançar este boletim para discutir as perspectivas desse grandioso processo revolucionário e desfazer mitos. Não é um informativo acadêmico, é um boletim para os ativistas que estão diretamente envolvidos nos movimentos de solidariedade. Neste primeiro número, artigos sobre a Palestina, a Síria, o Egito, a Líbia e também sobre o protagonismo feminino nas revoluções, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. E uma entrevista sobre documentário gravado em campos de refugiados palestinos situados na Jordânia. Boas lutas!
Retirado do Site do PSTU
Enquanto os levantes continuam a sacudir o mundo árabe, no fechamento deste boletim, o registro de mais um ataque por parte de Israel à faixa de Gaza. Segundo notícias veiculadas pela imprensa internacio¬nal, o saldo em apenas quatro dias (a partir de 9 de março) foi de 25 mortos e mais de 70 feridos. Na mesma semana, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em Washington para pedir apoio a invasão ao Irã. De olho no seu eleitorado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contudo, prefere aguardar. Mas faz questão de declarar o sagrado apoio ao estado sionista. A solidariedade internacional faz-se fundamental.
Enquanto isso, tendo protagonizado grandes revoluções em 2011, que resultaram na queda de quatro ditaduras, o mundo árabe permanece movimentado. No Egito, as massas voltam às ruas, assim como no Bahrein. Na Líbia, a população rechaça o governo interino do Conselho Nacional de Transição e o prenúncio é de que continue a se levantar para assegurar as necessárias transformações. Na Síria, a revolução atinge o ponto alto. Sem qualquer possibilidade de recuo diante de um ditador sanguinário, a situação avança para uma guerra civil.
Peça chave no jogo geopolítico na região, a Palestina anseia por mudanças. Enquanto isso, seus cidadãos promovem suas próprias manifestações, seja em solidariedade às revoluções nos países vizi¬nhos, seja contra o apartheid a que estão submetidos. A resistência dentro e fora dos territórios ocupados segue. Em 25 de fevereiro último, 8 mil marcharam contra os assentamentos e a política segregacionista em Al Khalil (nome árabe da cidade de Hebron, na Cisjordânia). Em 30 de março, Dia da Terra para os palestinos, uma gran¬de marcha rumo a Al Quds (Jerusalém) está programada.
Os palestinos expandem ainda o cha¬mado por BDS (boicotes, desinvestimentos e sanções) ao apartheid de Israel. Na contramão, o governo brasileiro tem firmado nos últimos anos acordos militares com Israel e universidades consagradas têm ampliado os convênios de cooperação com instituições que sustentam a ocupação de territórios palestinos. Diante desse cenário, intensificar a campanha de BDS em âmbito nacional é imprescindível. Programado para ocorrer em Porto Alegre, entre 28 de novembro e 1º de dezembro deste ano, o Fórum Social Palestina Livre reveste-se de grande importância para se amplificar essa iniciativa em todo o Brasil e na América Latina. Além de levantar essa bandeira, é o momento de a solidariedade internacional erguer suas vozes pelo direito de retorno, o fim da ocupação israelense e a liberdade aos presos políticos, entre outras demandas urgentes dos palestinos e palestinas.
O ano de 2012 promete.
Diante de toda essa movimentação, nós, que estivemos envolvidos em construir solidariedade a todas as revoluções (Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein) e à resistência palestina, decidimos lançar este boletim para discutir as perspectivas desse grandioso processo revolucionário e desfazer mitos. Não é um informativo acadêmico, é um boletim para os ativistas que estão diretamente envolvidos nos movimentos de solidariedade. Neste primeiro número, artigos sobre a Palestina, a Síria, o Egito, a Líbia e também sobre o protagonismo feminino nas revoluções, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. E uma entrevista sobre documentário gravado em campos de refugiados palestinos situados na Jordânia. Boas lutas!
Retirado do Site do PSTU
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