quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Liberdade para Daciolo e todos os grevistas presos pelo governo Cabral

Policiais e bombeiros suspendem greve e exigem libertação imediata dos presos políticos


Familiares de presos se consolam
Apesar de policiais militares, civis e bombeiros terem suspendido a greve no Rio nesse dia 13, os grevistas apontados como líderes do movimento continuam presos no presídio de segurança máxima de Bangu 1. O cabo Benevenuto Daciolo e mais 10 outros bombeiros, além de nove policiais militares, estão presos na penitenciária da zona oeste do Rio. Além deles, estão detidos ainda em quartéis da polícia sete PM’s e 162 bombeiros, por terem aderido ao movimento de paralisação.

Dacíolo está em greve de fome desde que foi preso por ‘incitamento à greve’, na noite de quarta-feira, dia 8. A prisão ocorreu poucas horas após uma gravação telefônica do bombeiro com parlamentares sobre a mobilização dos militares ter sido transmitida pelo Jornal Nacional e momentos antes da desocupação da Assembleia Legislativa da Bahia, então tomada pelos grevistas.


Cabral ditador

A determinação para a prisão dos dirigentes da greve na penitenciária de Bangu partiu diretamente do governo de Sérgio Cabral (PMDB). O governador instaurou um verdadeiro estado de exceção no Rio para sufocar a greve dos bombeiros e policiais, aprovada no dia 9. Além de determinar a prisão imediata para quem aderir à greve, editou um decreto reduzindo pela metade o prazo para investigação disciplinar dos militares, com a possibilidade de expulsão da corporação.

A prisão dos dirigentes em Bangu, além disso, é ilegal, como apontam a própria OAB, já que a detenção de policiais militares e bombeiros deve ocorrer em locais especiais (Batalhão Especial Prisional para os PM’s e Grupamento Especial Prisional para os bombeiros). Para intimidar os policiais e isolar o movimento, Sérgio Cabral passa por cima da própria lei que diz defender ao reprimir grevistas.


Liberdade já aos presos políticos

A brutal repressão desencadeada pelo governo petista de Jaques Wagner na Bahia, articulada com o Governo Dilma e a mobilização de tropas federais, assim como a truculenta ação de Cabral no Rio, representam uma escalada repressiva do Estado frente aos movimentos de greve. Além dos soldados do Exército, foi revelado o uso de grampos telefônicos contra grevistas, além de agentes infiltrados em assembleias e atividades do movimento.

Governo Federal e os governos estaduais da Bahia e Rio mandam, assim, mais que uma mensagem aos demais policiais e bombeiros de outros estados. A ação rápida e enérgica foi uma demonstração de força do Estado, a dois anos da Copa e quatro das Olimpíadas, representando um marco na criminalização do direito de greve e aos movimentos sociais.

A greve no Rio foi suspensa e será rediscutida após o carnaval. A mobilização agora se centra na libertação imediata de Daciolo e demais grevistas, presos políticos do governo Cabral.


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Da série 'O que é', As Forças Armadas


Retirado do Site do PSTU

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