sábado, 19 de novembro de 2011

Sindicalistas da CSP-Conlutas viajam para República Dominicana e o Haiti

Eles participam de encontro sindical caribenho e de atividades de solidariedade ao povo haitiano


No dia 18 os companheiros Gilberto Gomes, o Giba, dirigente da Federação Sindical Democrática de Minas Gerais e Antonio Barros, o Macapá, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos viajam para a República Dominicana e para o Haiti.

Entre os dias 18 a 22 participarão em Santo Domingo, República Dominicana, do VIII Encontro Latino Americano e Caribenho de Sindicalistas. E nos dias 23 a 27 estarão visitando o Haiti onde participarão de atividades em solidariedade ao povo haitiano em sua luta contra a presença das tropas de ocupação da Minustah.

Estarão levando o apoio à luta contra a ocupação e suas conseqüências. O recrudescimento da violência e repressão, com prisões arbitrárias em manifestações, desrespeito ao direito de organização sindical, junto com uma política de privilegiar o ressurgimento organizado dos Tonton Macoutes, banda paramilitar assassina utilizada pelas ditaduras de Papa Doc e Baby Doc.

É a forma de buscar a “estabilidade” do Haiti utilizada pela Minustah com a cumplicidade da imensa maioria dos governos Latino americanos. Repressão direta para manter os baixos salários, nenhuma ajuda humanitária de fato, violações, estupros, prisões e agora a tentativa de “criar” um exército ou policia nacional no Haiti se apoiando no que de pior tem no país: os Tonton Macoute.

Abaixo enviamos uma moção que queremos colher assinaturas, para que os companheiros possam entregar tanto para o Comando da Minustah quanto para o Governo Martely.

Pedimos que todos assinem e repassem para suas listas mais essa iniciativa de solidariedade.

Enviar para dirceutravesso1@gmail.com e batay@batayouvriye.org


Abaixo Assinado Haiti

Nós, abaixo assinados, exigimos a imediata retirada das tropas de ocupação da ONU no Haiti. Desde o inicio os governos dos países que se somaram a missão da ONU tem dado apoio a uma vergonhosa política colonialista, racista e de dominação econômica e militar do povo haitiano para garantir os interesses das grandes empresas internacionais e do imperialismo.

Temos assistido, nos últimos 7 anos, ataques às liberdades democráticas, prisões e repressão dos haitianos, além de violações de mulheres e crianças.

Agora, com o governo Martelly veio o ressurgimento dos instrumentos locais para repressão, intimidação e dominação do povo haitiano, como as bandas paramilitares, como faziam os Tonton macoutes. Também se pensa retornar com o exército macoute de antes. Em outras palavras: está ressurgindo a ditadura dos macoutes , agora fortalecida com o retorno de Baby Doc. Tudo isto só pode acontecer pela presença das tropas de ocupação e sua política, por traz do discurso de ajuda humanitária, de impedir o livre direito de organização e autodeterminação do povo haitiano.

São exemplos disso os casos recentes como a demissão de dirigentes sindicais do recém fundado Sindicato SOTA, as prisões de ativistas em manifestações, novos casos de estupros e assassinatos, sempre com a participação direta ou no mínimo conivência das tropas de ocupação.


Por isso, exigimos:

  • Readmissão dos dirigentes do sindicato SOTA e seu reconhecimento real pela patronal. Pela livre organização sindical no Haiti;

  • Fim da repressão ao povo haitiano e dos trabalhadores em particular;

  • Abaixo a ditadura neo-duvalierista de Martelly;

  • Fim da ocupação militar do Haiti. Abaixo a Minustah!


  • Retirado do Site do PSTU

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