quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Manifestantes protestam no Rio durante o sorteio da Copa

Movimentos sociais denunciam violência contra o povo pobre por causa da Copa e das Olímpiadas


Fotos Noel e Rafael Nunes
Detalhe do protesto no Rio
No dia 30 de Julho, os movimentos populares do Rio de Janeiro deram um passo muito importante ao tomarem as ruas da cidade. Há exatamente dois meses, o Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, da qual fazem parte o PSTU, CSP-Conlutas e ANEL, começou a preparação de um ato que denunciasse todas as barbáries que estão sendo cometidas pelos governos, contra a população pobre, com a vinda dos mega eventos.

Não estamos falando apenas da quantidade enorme de desvios de verbas com as obras dos grandes estádios, estradas e aeroportos, recursos esses que poderiam estar sendo investidos nas melhorias das condições básicas de milhões de brasileiros. Nem apenas do Maracanã, que está sendo completamente destruído para dar lugar a um estádio com menos lugares e mais elitizado, onde os pobres também não terão mais acesso, mas de uma brutal criminalização da pobreza que remove, agride e mata todos os dias em nosso país e que se acentuou com o advento dos mega eventos.

Esse dia, que era de festa para os governantes e empresários, já que teria o sorteio das eliminatórias para a Copa do Mundo e valeu a doação de R$ 30 milhões dos cofres públicos (do governo e município do Rio) para empresas controladas pela Globo para organizar o evento, acabou sendo marcado por um dia de protestos em várias frentes do Comitê.



Centenas de pessoas saíram em passeata do Largo do Machado até o local onde era organizado o sorteio, na Marina da Glória. A grande maioria do ato, formado por comunidades e favelas atingidas pelas obras de infraestrutura dos jogos e pela política de segurança dos governos, denunciaram as remoções, a militarização e toda a criminalização da pobreza que vitima milhares de jovens todos os anos.

A CSP-Conlutas, através do setorial de movimento popular, levou uma enorme faixa dizendo “não à criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e das lutas”. No início da passeata a Frente Nacional de Torcedores carregava bandeiras e faixas exigindo a saída do presidente corrupto da CBF, Ricardo Teixeira. Uma enorme faixa do PSTU também chamava a saída do corrupto e denunciava os ataques do governador do Rio, Sérgio Cabral, aos trabalhadores. Os profissionais em educação, que estão construindo uma vitoriosa greve, levaram faixas, cartazes, apitos e se somaram às atividades denunciando que os ataques do Governo do Rio, também eram contra o funcionalismo público.

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No final do ato, foi encaminhada uma carta de exigências e princípios aos organizadores do evento e uma bola gigante que simbolizava, através de mensagens escritas e assinadas, que essa Copa não é nossa.

Agora o passo seguinte é organizarmos as jornadas de luta de Agosto com o apoio dos movimentos populares culminando com a marcha em Brasília no dia 24 e preparar o ato do Grito dos Excluídos para o dia 7 de Setembro.

No RS ocorre ato neste dia 5 organizado pela Frente Nacional dos Torcedores, ANEL e CSP-Conlutas. A manifestação será realizada às 12h na Esquina Democrática


Retirado do Site do PSTU

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