Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirma que não “não viu nenhum problema” no projeto do vereador Carlos Apolinário (DEM)
Nesse dia 2 de agosto a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou o projeto de Lei do vereador Carlos Apolinário (DEM) que institui na capital o “Dia do Orgulho Heterossexual”. De acordo com o próprio projeto do vereador ligado às igrejas evangélicas, a prefeitura deverá ficar responsável por, nesse dia, “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.
Aprovado, o projeto foi levado para a sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que pode vetar ou não. Embora tenha se negado a divulgar qual será a sua decisão, o prefeito já afirmou que não viu “nenhum problema” no projeto aprovado pelos vereadores, “um projeto como outro qualquer”, declarou à imprensa.
Há anos tramitando na Câmara, o projeto foi desengavetado num momento em que crescem os ataques e discursos homofóbicos no país. A aprovação do “Dia do Orgulho Heterossexual” foi amplamente repudiado nas redes sociais, como no Twitter, e chegou a ganhar repercussão internacional. Por outro lado, não são poucos os que mostram simpatia à medida.
Orgulho de quê?
Em defesa de seu projeto, Apolinário repete que “ser gay é um direito, não um privilégio”. E que, já que existe o “Dia do Orgulho Homossexual”, ele teria também o direito de celebrar a sua heterossexualidade. Discurso esse repetido também por seus apoiadores. “É preciso que os gays aprendam a viver em sociedade, respeitando a ordem e os bons costumes. Vamos combater a homofobia e a heterofobia, pois ser gay é um direito e não um privilégio” , escreveu o vereador em um artigo publicado no paulistano Diário de São Paulo.
Seria assim mesmo? “Um grupo oprimido afirma o seu orgulho como forma de reivindicar o seu espaço, a luta por igualdade, contra a inferiorização social”, afirma Douglas Borges, da Secretaria LGBT do PSTU. Já um “Dia do Orgulho Heterossexual” só serviria para “reafirmar o padrão heteronormativo, reafirmar uma posição ideológica já dominante”. Ainda mais, num período de aumento da homofobia, “acirrar a polarização social”. Reforçaria, assim, o ódio contra os homossexuais.
Seria tão absurdo como criar o “Dia do Orgulho Branco”. “Quem ganha com isso são justamente aqueles que pensam como o deputado Jair Bolsonaro” , afirma Douglas, que vê ainda um perigo fascista no discurso moralista de em “defesa da ordem e dos bons costumes”. “Isso faz recordar o movimento reacionário que se vinculava à moral dominante e que serviu de base de apoio ao Golpe Militar de 1964 (marcha da familia com Deus e pela liberdade)"
Retirado do Site do PSTU
Divulgação | ||
Vereador Carlos Apolinário (DEM) |
Aprovado, o projeto foi levado para a sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que pode vetar ou não. Embora tenha se negado a divulgar qual será a sua decisão, o prefeito já afirmou que não viu “nenhum problema” no projeto aprovado pelos vereadores, “um projeto como outro qualquer”, declarou à imprensa.
Há anos tramitando na Câmara, o projeto foi desengavetado num momento em que crescem os ataques e discursos homofóbicos no país. A aprovação do “Dia do Orgulho Heterossexual” foi amplamente repudiado nas redes sociais, como no Twitter, e chegou a ganhar repercussão internacional. Por outro lado, não são poucos os que mostram simpatia à medida.
Orgulho de quê?
Em defesa de seu projeto, Apolinário repete que “ser gay é um direito, não um privilégio”. E que, já que existe o “Dia do Orgulho Homossexual”, ele teria também o direito de celebrar a sua heterossexualidade. Discurso esse repetido também por seus apoiadores. “É preciso que os gays aprendam a viver em sociedade, respeitando a ordem e os bons costumes. Vamos combater a homofobia e a heterofobia, pois ser gay é um direito e não um privilégio” , escreveu o vereador em um artigo publicado no paulistano Diário de São Paulo.
Seria assim mesmo? “Um grupo oprimido afirma o seu orgulho como forma de reivindicar o seu espaço, a luta por igualdade, contra a inferiorização social”, afirma Douglas Borges, da Secretaria LGBT do PSTU. Já um “Dia do Orgulho Heterossexual” só serviria para “reafirmar o padrão heteronormativo, reafirmar uma posição ideológica já dominante”. Ainda mais, num período de aumento da homofobia, “acirrar a polarização social”. Reforçaria, assim, o ódio contra os homossexuais.
Seria tão absurdo como criar o “Dia do Orgulho Branco”. “Quem ganha com isso são justamente aqueles que pensam como o deputado Jair Bolsonaro” , afirma Douglas, que vê ainda um perigo fascista no discurso moralista de em “defesa da ordem e dos bons costumes”. “Isso faz recordar o movimento reacionário que se vinculava à moral dominante e que serviu de base de apoio ao Golpe Militar de 1964 (marcha da familia com Deus e pela liberdade)"
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