Cerca de 10 mil manifestantes enfrentam a polícia na praça que virou símbolo da revolução no Egito
A Praça Tahrir voltou a ser palco de protestos e repressões policiais nessa terça-feira, dia 28 de junho. Depois de serem barrados de participarem de um evento no teatro central do Cairo, familiares das vítimas da Revolução de 25 de janeiro, junto com manifestantes que protestavam em frente ao Ministério do Interior, entraram em confronto com a polícia, na primeira batalha campal de rua desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.
Os protestos foram ganhando mais adesão a partir da repressão policial, e se encaminharam à Praça Tahrir, chegando a cerca de 10 mil participantes de acordo com relatos. Fecharam as ruas de acesso à praça e foram rumo ao prédio do Ministério do Interior. A polícia, de prontidão, fez de tudo pra proteger o governo dos manifestantes, jogando gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha. De acordo com o Ministro da Saúde Hatem Ashraf Shehata, já são mais de 1000 feridos. Uma série de ambulâncias e médicos voluntários ficaram em volta da praça atendendo as vítimas. Relatos no twitter denunciaram a morte de uma adolescente de 14 anos pela polícia.
A explosão dos protestos está vinculada à frustração que permanece no país após a queda do ditador. As condições sociais de vida da população seguem inalteradas, e há uma evidente desconfiança no atual governo das Forças Armadas. Nos protestos se ouviam gritos como “Abaixo o Regime!” e “Abaixo o Marechal de Campo Tantawi!”, líder do governo de transição.
O governo declarou que os manifestantes eram apenas bandidos, e que a juventude não devia segui-los e manchar as conquistas da Revolução. Atualmente, para disputar os rumos do país, dizem defender os feitos dos trabalhadores egípcios e tentam convencê-los que o melhor caminho a seguir é a realização de reformas e das eleições parlamentares. O ‘Movimento 6 de abril’, junto a outras organizações, estão exigindo que seja garantido o julgamento de Mubarak e sua família, dos membros da polícia corrupta e dos assassinos da Revolução, além da garantia de todas as liberdades democráticas. Diziam os manifestantes nos protestos: "enquanto governarem os militares, a justiça não será feita."
Os protestos mostram que a população está mais uma vez perdendo a paciência. Algumas centenas de manifestantes resolveram, após o anoitecer da quarta, 29, trazer suas barracas e voltar ao acampamento da Praça Tahrir, contra o governo de transição, até a queda de Tantawi. Esse é o caminho para seguir a Revolução que se iniciou em 25 de janeiro sem data para acabar.
É preciso ocupar novamente as ruas, mobilizar as categorias de trabalhadores e a juventude para conquistar as melhorias concretas na vida da população. É preciso que de uma vez por todas, o povo que teve a força de derrubar um ditador de 30 anos no poder, coloque em suas próprias mãos o governo do seu país.
Retirado do Site do PSTU
Manifestante egípcio enfrenta polícia no centro do Cairo |
Os protestos foram ganhando mais adesão a partir da repressão policial, e se encaminharam à Praça Tahrir, chegando a cerca de 10 mil participantes de acordo com relatos. Fecharam as ruas de acesso à praça e foram rumo ao prédio do Ministério do Interior. A polícia, de prontidão, fez de tudo pra proteger o governo dos manifestantes, jogando gás lacrimogêneo e atirando balas de borracha. De acordo com o Ministro da Saúde Hatem Ashraf Shehata, já são mais de 1000 feridos. Uma série de ambulâncias e médicos voluntários ficaram em volta da praça atendendo as vítimas. Relatos no twitter denunciaram a morte de uma adolescente de 14 anos pela polícia.
A explosão dos protestos está vinculada à frustração que permanece no país após a queda do ditador. As condições sociais de vida da população seguem inalteradas, e há uma evidente desconfiança no atual governo das Forças Armadas. Nos protestos se ouviam gritos como “Abaixo o Regime!” e “Abaixo o Marechal de Campo Tantawi!”, líder do governo de transição.
O governo declarou que os manifestantes eram apenas bandidos, e que a juventude não devia segui-los e manchar as conquistas da Revolução. Atualmente, para disputar os rumos do país, dizem defender os feitos dos trabalhadores egípcios e tentam convencê-los que o melhor caminho a seguir é a realização de reformas e das eleições parlamentares. O ‘Movimento 6 de abril’, junto a outras organizações, estão exigindo que seja garantido o julgamento de Mubarak e sua família, dos membros da polícia corrupta e dos assassinos da Revolução, além da garantia de todas as liberdades democráticas. Diziam os manifestantes nos protestos: "enquanto governarem os militares, a justiça não será feita."
Os protestos mostram que a população está mais uma vez perdendo a paciência. Algumas centenas de manifestantes resolveram, após o anoitecer da quarta, 29, trazer suas barracas e voltar ao acampamento da Praça Tahrir, contra o governo de transição, até a queda de Tantawi. Esse é o caminho para seguir a Revolução que se iniciou em 25 de janeiro sem data para acabar.
É preciso ocupar novamente as ruas, mobilizar as categorias de trabalhadores e a juventude para conquistar as melhorias concretas na vida da população. É preciso que de uma vez por todas, o povo que teve a força de derrubar um ditador de 30 anos no poder, coloque em suas próprias mãos o governo do seu país.
Retirado do Site do PSTU
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