Milhões de pessoas comemoram pelas ruas do Egito a queda de Mubarak
O ditador do Egito, Hosni Mubarak, que comandava o país há 30 anos, acaba de renunciar. O anúncio foi realizado pelo seu vice, Omar Suleiman, que também deixa o seu posto. Dezoito dias após o começo da revolução que sacudiu o país e atraiu a atenção de todo o mundo, finalmente cai o ditador que por anos comandou um regime opressivo aliado dos EUA e Israel.
A queda da ditadura de Mubarak ocorre em meio aos massivos protestos que se seguiram ao pronunciamento em que o ditador se recusava a deixar o posto, na noite desse dia 10 de fevereiro. Ocorre também poucas horas após o próprio Exército ter anunciado apoio ao processo de transição defendido por Mubarak e conclamado a população a voltar para casa.
A população, porém, desafiando o governo e as próprias Forças Armadas, continuou nas ruas do país. Milhares marcharam e cercaram os principais prédios públicos do Cairo, além da sede da TV estatal, e sitiaram o palácio presidencial.
Além das massivas manifestações, várias greves estouravam pelo país, exigindo além de reivindicações como aumento salarial, a queda do governo. Os trabalhadores anunciavam também uma greve geral a partir desse dia 12 pela saída do ditador.
Comemoração
Milhões de egípcios comemoram nas ruas a queda do ditador. O correspondente do PSTU no Cairo, Luiz Gustavo Porfírio, relatou o momento em que o povo egípcio foi informado da renúncia de Mubarak. ”Há uma euforia coletiva nas ruas, as pessoas cantam, pulam, os mais religiosos gritam Alah Mabak (Deus é grande), é o momento mais emocionante da minha vida”
Ao que tudo indica, as mobilizações não devem terminar com a saída de Mubarak. ”As pessoas estão mobilizadas, há muita reclamação sobre os baixos salários, o nível de pobreza, há muita insatisfação da juventude, e as pessoas não vão parar, o espírito revolucionário invadiu o coração de todos”, relatou Luiz Gustavo em meio às comemorações nas ruas do Cairo.
Nenhuma confiança no Exército; assegurar as mudanças
Durante a sua declaração, Suleiman afirmou que Mubarak repassava o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas. O homem forte do governo agora, Mohamed Hussein Tantawi, é conhecido como "poodle de Mubarak", e militar de confiança dos EUA. O Exército, que ficou até o último momento ao lado do ditador, já sinalizou claramente que fará tudo para manter a essência do regime.
A insurreição do povo egípcio não visava somente a ditadura de Mubarak, mas mirava também o desemprego, a fome, e principalmente a falta de perspectiva da juventude no país. Os EUA e a saída militar visam controlar uma transição do governo, mas mantendo as atuais condições do país, fazendo com que a população volte para casa se sentindo vitoriosa, mas sem qualquer tipo de mudança em suas condições de vida.
“As massas egípcias foram um grande exemplo para o mundo todo, mas essa mobilização não pode parar agora” , opina José Maria de Almeida, o Zé Maria, presidente do PSTU , afirmando que o povo deve seguir mobilizado até o desmantelamento de todo o aparato repressivo, a destituição da cúpula militar e a punição de todos os envolvidos na repressão, exigindo ainda o fim dos acordos com o Israel e o Imperialismo.
“Só um governo dos trabalhadores pode assegurar o atendimento das reivindicações das massas egípcias, como emprego e salário digno” , finaliza Zé Maria.
Retirado do Site do PSTU
Povo comemora nas ruas a deposição do ditador |
A queda da ditadura de Mubarak ocorre em meio aos massivos protestos que se seguiram ao pronunciamento em que o ditador se recusava a deixar o posto, na noite desse dia 10 de fevereiro. Ocorre também poucas horas após o próprio Exército ter anunciado apoio ao processo de transição defendido por Mubarak e conclamado a população a voltar para casa.
A população, porém, desafiando o governo e as próprias Forças Armadas, continuou nas ruas do país. Milhares marcharam e cercaram os principais prédios públicos do Cairo, além da sede da TV estatal, e sitiaram o palácio presidencial.
Além das massivas manifestações, várias greves estouravam pelo país, exigindo além de reivindicações como aumento salarial, a queda do governo. Os trabalhadores anunciavam também uma greve geral a partir desse dia 12 pela saída do ditador.
Comemoração
Milhões de egípcios comemoram nas ruas a queda do ditador. O correspondente do PSTU no Cairo, Luiz Gustavo Porfírio, relatou o momento em que o povo egípcio foi informado da renúncia de Mubarak. ”Há uma euforia coletiva nas ruas, as pessoas cantam, pulam, os mais religiosos gritam Alah Mabak (Deus é grande), é o momento mais emocionante da minha vida”
Ao que tudo indica, as mobilizações não devem terminar com a saída de Mubarak. ”As pessoas estão mobilizadas, há muita reclamação sobre os baixos salários, o nível de pobreza, há muita insatisfação da juventude, e as pessoas não vão parar, o espírito revolucionário invadiu o coração de todos”, relatou Luiz Gustavo em meio às comemorações nas ruas do Cairo.
Nenhuma confiança no Exército; assegurar as mudanças
Durante a sua declaração, Suleiman afirmou que Mubarak repassava o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas. O homem forte do governo agora, Mohamed Hussein Tantawi, é conhecido como "poodle de Mubarak", e militar de confiança dos EUA. O Exército, que ficou até o último momento ao lado do ditador, já sinalizou claramente que fará tudo para manter a essência do regime.
A insurreição do povo egípcio não visava somente a ditadura de Mubarak, mas mirava também o desemprego, a fome, e principalmente a falta de perspectiva da juventude no país. Os EUA e a saída militar visam controlar uma transição do governo, mas mantendo as atuais condições do país, fazendo com que a população volte para casa se sentindo vitoriosa, mas sem qualquer tipo de mudança em suas condições de vida.
“As massas egípcias foram um grande exemplo para o mundo todo, mas essa mobilização não pode parar agora” , opina José Maria de Almeida, o Zé Maria, presidente do PSTU , afirmando que o povo deve seguir mobilizado até o desmantelamento de todo o aparato repressivo, a destituição da cúpula militar e a punição de todos os envolvidos na repressão, exigindo ainda o fim dos acordos com o Israel e o Imperialismo.
“Só um governo dos trabalhadores pode assegurar o atendimento das reivindicações das massas egípcias, como emprego e salário digno” , finaliza Zé Maria.
Retirado do Site do PSTU
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