quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PSTU/RN faz ato público em defesa da participação nas eleições

Manifestação contou com a presença de diversas outras legendas

Na tarde de ontem (11), no Calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Natal, o PSTU deu mais uma demonstração de que não aceita as injustiças da sociedade capitalista. Em resposta à injusta impugnação de suas candidaturas pelo TRE no Rio Grande do Norte, o PSTU realizou um ato público em defesa de sua participação nas eleições de outubro e contra a decisão burocrática da Justiça Eleitoral. O Tribunal alega que não foi apresentado documento que comprove a existência do Diretório Estadual dentro do prazo estabelecido. Entretanto, o partido tem todos os documentos que mostram a regularidade da legenda.

O famoso ato "PSTU na Praça", que lançou a campanha pelo direito democrático de participar das eleições, contou com a solidariedade de representantes e candidatos de outros partidos no RN, inclusive os de orientação política contrária ao PSTU.

Manifestação chamou a atenção dos que passavam pelo Calçadão

O representante do PSOL, Santino Arruda, caracterizou a impugnação do PSTU pelo TRE como "repugnante". "A Justiça não pode tirar da luta aqueles que defendem os trabalhadores. Por que a Justiça não pega corruptos, como Fernando Collor ou o próprio Lauro Maia? É repugnante o que o TRE está fazendo com o PSTU.", criticou Santino.

Além de partidos políticos, estiveram presentes também outras organizações, como o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular e a Associação dos Anistiados Políticos do RN. Aluízio Matias, do Centro de Direitos Humanos, disse que a exclusão do PSTU das eleições é parte da criminalização dos movimentos sociais. "Somos totalmente solidários ao PSTU por reconhecer sua trajetória de luta. A Justiça brasileira é contraditória e criminaliza os movimentos sociais e os partidos de esquerda que defendem as lutas dos trabalhadores.", atacou Aluízio.

Membro da Associação dos Anistiados Políticos do RN, Meri Medeiros, que foi preso durante a ditadura, afirmou que a impugnação foi um atentado contra a liberdade. "Isso é um cerceamento da liberdade. Nós que lutamos tanto pela democracia brasileira somos solidários ao PSTU. Esse movimento deve crescer para fortalecer a democracia.", assinalou Medeiros.


O bancário e candidato a deputado federal pelo PSTU, Juary Chagas, denunciou a farsa da "festa da democracia" nas eleições. "Ouvimos todos os dias que as eleições são uma festa da democracia. Mas isso não é verdade. O que impera nas eleições é o poder econômico. Quem tem mais dinheiro tem mais espaço e vence a disputa. Isso se reflete no pouco tempo de TV que nós temos e na nossa exclusão dos debates.", explicou Juary, lembrando o recente caso da Rede Bandeirantes, que excluiu Zé Maria Simone Dutra dos debates.

Já ao final do ato, a candidata ao governo do RN, Simone Dutra, criticou mais uma vez a perseguição da Justiça e a impugnação das candidaturas. "Conosco a Justiça é sempre implacável. Seja cassando nossas candidaturas, seja retirando nossos programas de tv do ar. Pelo crivo do TRE passaram corruptos, como o filho da ex-governadora Vilma de Faria, Lauro Maia, que desviou 36 milhões de reais dos recursos da saúde. Mas o PSTU, que defende uma sociedade socialista e o fim da exploração dos trabalhadores, não pode passar. Que tipo de Justiça é essa? Estamos aqui lutando para garantir nosso direito de disputar as ideias na sociedade.", concluiu Simone.

Com informações do Blog do PSTU/RN

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