sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Metalúrgicos da GM decidem: se não houver acordo, haverá greve por tempo indeterminado

Com a greve, os trabalhadores pretendem pressionar a presidente Dilma para que assine uma Medida Provisória proibindo as demissões





Se não houver acordo, greve começa nesta segunda
Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia, realizada nesta quinta-feira, dia 24, as propostas apresentadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos à montadora, na reunião de ontem. Em votação, eles decidiram que, caso a GM não aceite chegar a um acordo com o Sindicato, haverá greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 28.

Com a greve, os trabalhadores pretendem pressionar a presidente Dilma Rousseff para que assine uma Medida Provisória proibindo que empresas beneficiadas por incentivos fiscais realizem demissões. A GM, assim como todo o setor automotivo, foi beneficiada pelo Plano Brasil Maior, que inclui a redução de IPI para veículos.

A negociação com a GM será retomada no próximo sábado, dia 26, a partir das 10h. Na última reunião com a GM, o Sindicato apresentou uma proposta com sete itens, condicionados a novos investimentos na fábrica e garantia de que não haja demissões.

No dia 26, termina o acordo que colocou os trabalhadores em layoff (suspensão do contrato de trabalho) e suspendeu o plano de demissão em massa.

No ano passado, a GM anunciou que pretendia demitir 1.840 trabalhadores e fechar o setor MVA (Montagem de Veículos Automotores). A empresa abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que já teve a adesão de mais de 300 funcionários.

Hoje a fábrica possui 7.500 trabalhadores e produz os modelos Classic, S10 e Blazer, além de motores e transmissões.

Desde o início das negociações, o Sindicato vem tentando contato com a presidente Dilma para que tome medidas concretas em defesa do emprego, mas até agora nada foi feito pelo Governo Federal.

“Se não houver acordo com a GM, a responsabilidade pelas demissões será da empresa e também da presidente Dilma. A GM não está em crise, vendeu muito em função da redução de IPI e, mesmo assim, quer colocar na rua 1.500 pais e mães de família. Não vamos aceitar isso. A presidente não pode ficar simplesmente assistindo a essa grave situação e não tomar nenhuma providência. Vamos exigir que o governo federal se posicione a favor dos trabalhadores e que as demissões sejam proibidas”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros.




Audiência Pública

A Câmara Municipal de São José dos Campos realiza, nesta quinta-feira, dia 24, às 16h, uma audiência pública para colocar em discussão a situação dos trabalhadores do General Motors. Foram convidados representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e da GM, que já confirmaram presença.


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Retirado do Site do PSTU

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