PSTU apresentou candidaturas socialistas
da juventude nessas eleições. Mas nossos sonhos não cabem nas urnas e a
luta tem que continuar
O fim das eleições municipais mostra uma derrota da oposição de direita ao Governo Federal, assim como vitórias importantes dos partidos governistas.
Embora termine o processo com mais prefeituras que o PT, o PSDB perdeu 83 prefeituras em relação às eleições passadas, ficando agora com 704. O DEM, apesar de ter vencido em Salvador, teve uma queda violenta no número de prefeituras que comanda, de 495 em 2008 para 276 agora. Por sua vez, o PT passou de 550 prefeituras há quatro anos para 634 neste ano, destacando-se a vitória de Fernando Haddad em São Paulo. O PMDB, embora não siga a tendência de crescimento de seu aliado, continua como o partido governista com mais prefeituras, 1027 no total.
O PSB, um destaque destas eleições, passou de 308 prefeituras em 2008 para 441. Apesar de compor a base de apoio do governo, mantém um diálogo aberto com o PSDB, tendo inclusive este partido como aliado em alguns lugares neste ano. Em 2014, o capital político acumulado agora pode servir tanto para permanecer na posição em que está nacionalmente, quanto para apostar em algum projeto ao lado da oposição de direita.
A vitória das oposições aos governos locais não pode ser interpretada propriamente como uma novidade no cenário político nacional. A troca de prefeitos se deu entre partidos de projetos políticos muito semelhantes. Em São Paulo, por exemplo, Haddad aliou-se a ninguém menos que Paulo Maluf (PP).
Cresce o espaço para as propostas da esquerda
A real novidade destas eleições é que, apesar de a velha política estar muito bem representada pelas vitórias descritas acima, houve uma significativa votação em partidos como PSOL e PSTU, de oposição à esquerda do governo. Até mesmo o PT teve, em determinado momento de suas campanhas, de fazer um discurso mais voltado aos pobres. Há alguns fatores que podem explicar isso, como um desgaste pelos dez anos de governo do PT, uma descrença nos partidos tradicionais, ou ainda a lenta desaceleração da economia brasileira. Seja qual for a razão, é possível constatar que esse espaço foi aproveitado de modos bem distintos.
O PSOL sai do processo eleitoral com seu primeiro prefeito em uma capital, Clécio Luís em Macapá (AP). Além disso, teve votações expressivas com Edmilson Rodrigues em Belém e Marcelo Freixo no Rio de Janeiro. No entanto, esses que foram os maiores exemplos do bom desempenho eleitoral do partido infelizmente também mostraram o quanto seu projeto eleitoral cobra um preço alto.
No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo aglutinou a insatisfação com os rumos da cidade de 28% do eleitorado. Mas sua defesa da UPP (Unidade de Policiamento Pacificadora) e o fato de não usar seu tempo de TV para divulgar lutas como a greve das federais, mostraram uma candidatura que, infelizmente, esforçou-se para obter a confiança da burguesia carioca. Por essa razão, conseguiu o apoio de Andréa Gouvêa Vieira (PSDB) e se recusou a unificar os setores combativos numa frente de esquerda. A mesma lógica explica porque, quando perguntado se cortaria o ponto de grevistas em uma possível gestão sua, respondeu “depende”.
A chegada do PSOL ao segundo turno das eleições em duas capitais traria cenas ainda mais preocupantes. Em Macapá, sob a orientação de Randolfe Rodrigues, Clécio recebeu apoio do DEM, um absurdo que fala por si só. O senador do PSOL chegou ainda a afirmar que as alianças feitas representariam o acordo no projeto político para a capital do Amapá. Mas a maior surpresa veio mesmo de Belém.
Passando por cima das definições políticas que nortearam a frente e sem levar em conta até mesmo a opinião contrária às alianças da maioria dos companheiros do PSOL de Belém, a campanha de Edmilson convidou o PT e o PDT para apoiá-lo no segundo turno. Nada menos que Lula e Dilma pediram voto no PSOL. Aloísio Mercadante, grande inimigo dos estudantes, professores e técnicos que pararam por três meses as universidades brasileiras, teve espaço para defender o projeto educacional do governo federal e chamar a votar no 50. Diante disso tudo, rompemos com a frente e chamamos voto crítico na sua candidatura com nossos próprios materiais.
Como não poderia deixar de ser, as opções do PSOL têm conseqüências para além das eleições. Clécio, já em suas primeiras declarações, afirmou que seu governo não será uma trincheira contra o governo federal.
O PSTU, por seu lado, não entrou nesse jogo sujo de alianças e manteve firme seu programa em defesa dos trabalhadores e da juventude. Sem receber nenhum real de empresas e sem abrir mão das nossas idéias, elegemos dois vereadores que farão da tribuna das câmaras municipais de Natal (RN) e Belém (PA) verdadeiras trincheiras contra os governos e favor das lutas dos trabalhadores. Em Aracajú, nossa candidata à prefeitura, Vera, obteve 6,6% ou 20.241 dos votos. Como todos os nossos candidatos, eles apresentaram a necessidade de a cidade servir a quem mais precisa, os trabalhadores, e não aos lucros dos grandes empresários.
A professora Amanda Gurgel obteve quase 33.000 votos, um resultado histórico em Natal, já que o vereador mais votado na história daquela cidade recebeu 14.000. Amanda foi ainda a vereadora percentualmente mais votada nas capitais. Cleber Rabelo é o primeiro operário a ser eleito vereador em Belém (PA). Ambos cruzaram os bairros mais pobres de suas cidades renovando as esperanças de muitos trabalhadores desiludidos com o PT. Foram eleitos fazendo uma nova política, independente do governo federal e do financiamento de empresas, sem pagar um cabo eleitoral, contando somente com a contribuição dos apoiadores e o trabalho de militantes que voluntariamente se dispunham a construir nas ruas nossas campanhas.
Nós da Juventude do PSTU estivemos presentes nessas campanhas e não foram poucos os companheiros e companheiras que no período eleitoral foram voluntariamente para Natal e Belém fazer política de um modo totalmente novo. Nossos jovens inclusive fizeram mais: vários foram candidatos, mostrando a cara de uma juventude que esteve nas principais lutas dos últimos meses.
A juventude que luta e sonha teve alternativa em 2012!
Não é fácil ser jovem no Brasil. Maioria da população nas cidades de nosso país, a busca por um emprego que pague bem e com direitos sociais garantidos, por educação de qualidade, pelo direito à diversão, pela livre expressão da individualidade, faz do cotidiano uma luta permanente.
Os candidatos da Juventude do PSTU levaram para a televisão a vida real. Foram a cara dos estudantes que lutaram contra o REUNI e o PNE do governo na greve das federais; dos que não se conformaram com aumentos abusivos nos preços de passagens de ônibus e tomaram as ruas protestando; dos que gritaram alto contra os preconceitos do dia-a-dia; dos jovens do mundo todo em luta para não pagar por uma crise econômica que não lhes pertence.
Júlio Anselmo, candidato a vereador no Rio de Janeiro, denunciou as péssimas condições das escolas e universidades, sendo um ponto de apoio para a luta dos estudantes contra os planos para educação de Eduardo Paes (PMDB) e do governo federal.
A bandeira da luta contra o machismo, racismo e a homofobia foi uma constante nas candidaturas jovens do PSTU. Tamiris Rizzo, de Santos, Matheus “Gordo”, de Porto Alegre, e Mariah Mello de Belo Horizonte, foram a cara dessa luta nas suas cidades e chamaram os trabalhadores e a juventude a combaterem as opressões.
Leonardo Maia mostrou a situação precária do transporte público na cidade de Teresina e lembrou dos milhares que no ano passado tomaram as ruas da capital do Piauí e derrubaram o aumento do preço da passagem. Os grandes índices de violência das cidades brasileiras foram denunciados por Wibsson Lopes, de Maceió.
Muitos jovens no Brasil inteiro acompanharam nossas candidaturas e saíram com vontade de fazer mais por um mundo diferente. Por isso, resolveram se filiar ao PSTU e manter viva cotidianamente a empolgação do período de campanha. Isso tem uma explicação: todas as nossas candidaturas mostraram que um mundo radicalmente diferente, um mundo socialista, é possível.
Mas nossos sonhos não cabem nas urnas e a luta tem que continuar. Você que panfletou ao nosso lado, bateu de porta em porta no seu bairro para divulgar as propostas socialistas, acreditou que é possível não cair no vale-tudo eleitoral, faça como centenas de jovens: sonhe e lute conosco. Filie-se ao PSTU!
Retirado do Site do PSTU
Candidaturas jovens e de luta |
O fim das eleições municipais mostra uma derrota da oposição de direita ao Governo Federal, assim como vitórias importantes dos partidos governistas.
Embora termine o processo com mais prefeituras que o PT, o PSDB perdeu 83 prefeituras em relação às eleições passadas, ficando agora com 704. O DEM, apesar de ter vencido em Salvador, teve uma queda violenta no número de prefeituras que comanda, de 495 em 2008 para 276 agora. Por sua vez, o PT passou de 550 prefeituras há quatro anos para 634 neste ano, destacando-se a vitória de Fernando Haddad em São Paulo. O PMDB, embora não siga a tendência de crescimento de seu aliado, continua como o partido governista com mais prefeituras, 1027 no total.
O PSB, um destaque destas eleições, passou de 308 prefeituras em 2008 para 441. Apesar de compor a base de apoio do governo, mantém um diálogo aberto com o PSDB, tendo inclusive este partido como aliado em alguns lugares neste ano. Em 2014, o capital político acumulado agora pode servir tanto para permanecer na posição em que está nacionalmente, quanto para apostar em algum projeto ao lado da oposição de direita.
A vitória das oposições aos governos locais não pode ser interpretada propriamente como uma novidade no cenário político nacional. A troca de prefeitos se deu entre partidos de projetos políticos muito semelhantes. Em São Paulo, por exemplo, Haddad aliou-se a ninguém menos que Paulo Maluf (PP).
Cresce o espaço para as propostas da esquerda
A real novidade destas eleições é que, apesar de a velha política estar muito bem representada pelas vitórias descritas acima, houve uma significativa votação em partidos como PSOL e PSTU, de oposição à esquerda do governo. Até mesmo o PT teve, em determinado momento de suas campanhas, de fazer um discurso mais voltado aos pobres. Há alguns fatores que podem explicar isso, como um desgaste pelos dez anos de governo do PT, uma descrença nos partidos tradicionais, ou ainda a lenta desaceleração da economia brasileira. Seja qual for a razão, é possível constatar que esse espaço foi aproveitado de modos bem distintos.
O PSOL sai do processo eleitoral com seu primeiro prefeito em uma capital, Clécio Luís em Macapá (AP). Além disso, teve votações expressivas com Edmilson Rodrigues em Belém e Marcelo Freixo no Rio de Janeiro. No entanto, esses que foram os maiores exemplos do bom desempenho eleitoral do partido infelizmente também mostraram o quanto seu projeto eleitoral cobra um preço alto.
No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo aglutinou a insatisfação com os rumos da cidade de 28% do eleitorado. Mas sua defesa da UPP (Unidade de Policiamento Pacificadora) e o fato de não usar seu tempo de TV para divulgar lutas como a greve das federais, mostraram uma candidatura que, infelizmente, esforçou-se para obter a confiança da burguesia carioca. Por essa razão, conseguiu o apoio de Andréa Gouvêa Vieira (PSDB) e se recusou a unificar os setores combativos numa frente de esquerda. A mesma lógica explica porque, quando perguntado se cortaria o ponto de grevistas em uma possível gestão sua, respondeu “depende”.
A chegada do PSOL ao segundo turno das eleições em duas capitais traria cenas ainda mais preocupantes. Em Macapá, sob a orientação de Randolfe Rodrigues, Clécio recebeu apoio do DEM, um absurdo que fala por si só. O senador do PSOL chegou ainda a afirmar que as alianças feitas representariam o acordo no projeto político para a capital do Amapá. Mas a maior surpresa veio mesmo de Belém.
Passando por cima das definições políticas que nortearam a frente e sem levar em conta até mesmo a opinião contrária às alianças da maioria dos companheiros do PSOL de Belém, a campanha de Edmilson convidou o PT e o PDT para apoiá-lo no segundo turno. Nada menos que Lula e Dilma pediram voto no PSOL. Aloísio Mercadante, grande inimigo dos estudantes, professores e técnicos que pararam por três meses as universidades brasileiras, teve espaço para defender o projeto educacional do governo federal e chamar a votar no 50. Diante disso tudo, rompemos com a frente e chamamos voto crítico na sua candidatura com nossos próprios materiais.
Como não poderia deixar de ser, as opções do PSOL têm conseqüências para além das eleições. Clécio, já em suas primeiras declarações, afirmou que seu governo não será uma trincheira contra o governo federal.
O PSTU, por seu lado, não entrou nesse jogo sujo de alianças e manteve firme seu programa em defesa dos trabalhadores e da juventude. Sem receber nenhum real de empresas e sem abrir mão das nossas idéias, elegemos dois vereadores que farão da tribuna das câmaras municipais de Natal (RN) e Belém (PA) verdadeiras trincheiras contra os governos e favor das lutas dos trabalhadores. Em Aracajú, nossa candidata à prefeitura, Vera, obteve 6,6% ou 20.241 dos votos. Como todos os nossos candidatos, eles apresentaram a necessidade de a cidade servir a quem mais precisa, os trabalhadores, e não aos lucros dos grandes empresários.
A professora Amanda Gurgel obteve quase 33.000 votos, um resultado histórico em Natal, já que o vereador mais votado na história daquela cidade recebeu 14.000. Amanda foi ainda a vereadora percentualmente mais votada nas capitais. Cleber Rabelo é o primeiro operário a ser eleito vereador em Belém (PA). Ambos cruzaram os bairros mais pobres de suas cidades renovando as esperanças de muitos trabalhadores desiludidos com o PT. Foram eleitos fazendo uma nova política, independente do governo federal e do financiamento de empresas, sem pagar um cabo eleitoral, contando somente com a contribuição dos apoiadores e o trabalho de militantes que voluntariamente se dispunham a construir nas ruas nossas campanhas.
Nós da Juventude do PSTU estivemos presentes nessas campanhas e não foram poucos os companheiros e companheiras que no período eleitoral foram voluntariamente para Natal e Belém fazer política de um modo totalmente novo. Nossos jovens inclusive fizeram mais: vários foram candidatos, mostrando a cara de uma juventude que esteve nas principais lutas dos últimos meses.
A juventude que luta e sonha teve alternativa em 2012!
Não é fácil ser jovem no Brasil. Maioria da população nas cidades de nosso país, a busca por um emprego que pague bem e com direitos sociais garantidos, por educação de qualidade, pelo direito à diversão, pela livre expressão da individualidade, faz do cotidiano uma luta permanente.
Os candidatos da Juventude do PSTU levaram para a televisão a vida real. Foram a cara dos estudantes que lutaram contra o REUNI e o PNE do governo na greve das federais; dos que não se conformaram com aumentos abusivos nos preços de passagens de ônibus e tomaram as ruas protestando; dos que gritaram alto contra os preconceitos do dia-a-dia; dos jovens do mundo todo em luta para não pagar por uma crise econômica que não lhes pertence.
Júlio Anselmo, candidato a vereador no Rio de Janeiro, denunciou as péssimas condições das escolas e universidades, sendo um ponto de apoio para a luta dos estudantes contra os planos para educação de Eduardo Paes (PMDB) e do governo federal.
A bandeira da luta contra o machismo, racismo e a homofobia foi uma constante nas candidaturas jovens do PSTU. Tamiris Rizzo, de Santos, Matheus “Gordo”, de Porto Alegre, e Mariah Mello de Belo Horizonte, foram a cara dessa luta nas suas cidades e chamaram os trabalhadores e a juventude a combaterem as opressões.
Leonardo Maia mostrou a situação precária do transporte público na cidade de Teresina e lembrou dos milhares que no ano passado tomaram as ruas da capital do Piauí e derrubaram o aumento do preço da passagem. Os grandes índices de violência das cidades brasileiras foram denunciados por Wibsson Lopes, de Maceió.
Muitos jovens no Brasil inteiro acompanharam nossas candidaturas e saíram com vontade de fazer mais por um mundo diferente. Por isso, resolveram se filiar ao PSTU e manter viva cotidianamente a empolgação do período de campanha. Isso tem uma explicação: todas as nossas candidaturas mostraram que um mundo radicalmente diferente, um mundo socialista, é possível.
Mas nossos sonhos não cabem nas urnas e a luta tem que continuar. Você que panfletou ao nosso lado, bateu de porta em porta no seu bairro para divulgar as propostas socialistas, acreditou que é possível não cair no vale-tudo eleitoral, faça como centenas de jovens: sonhe e lute conosco. Filie-se ao PSTU!
Retirado do Site do PSTU
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