“Capaz de pisar no pescoço da mãe”..., “mau-caráter”... ”corrupto”..., “comprador de voto”... Com essas expressões vulgares trocadas mutuamente, os principais dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) estadual e municipal retratam o que é este partido hoje.
O lamentável espetáculo das prévias com a guerra de liminares, agressões físicas entre os militantes, ameaças e agressões até contra a imprensa que cobriam o evento, deixa a população de Recife com uma pergunta no ar: é essa gente que governa a cidade?
O PT de ontem
Toda uma geração de ativistas sérios e abnegados dedicou parte de suas vidas à construção de um partido que representasse os interesses da classe trabalhadora no país. Homens e mulheres que enfrentavam a Ditadura Militar e buscavam um instrumento de luta contra a exploração e opressão a que eram submetidos nas fábricas, nos canteiros de obra, nas escolas e no campo acreditaram no projeto do PT nos anos de 1980.
Nesse percurso o PT teve um papel fundamental para a construção de uma consciência de classe em determinada época da história recente do Brasil. O jargão “trabalhador vota em trabalhador” resumia esta postura que se difundiu entre uma grande parcela dos trabalhadores. Era um tempo em que ser do PT significava ser um ativista consciente, um lutador de classe, um militante sério. Tinha-se orgulho de erguer a bandeira desse partido nas mobilizações e nos atos públicos.
O PT de hoje
Como todos podem perceber esse tempo já se foi. Hoje o PT abriga em suas fileiras o que existe de pior na política brasileira e suas bandeiras quase não são vistas nos protestos. Não foi o PT que inventou a corrupção, a má administração do dinheiro público, a troca de favores na política. Mas o PT rapidamente se adaptou a tudo isso ao chegar ao poder e hoje comanda o Estado brasileiro seguindo à risca a cartilha escrita pelas velhas oligarquias da direita tradicional (DEM/ex-PFL, PMDB, PSDB e tantas outras siglas de aluguel).
Antes os filiados contribuíam com suas cotizações para a manutenção do partido e tinham direito a decidir sobre os rumos da sigla, hoje o PT se sustenta com dinheiro de grandes empresário (muitos deles acusados de corrupção), de parlamentares (muitos deles envolvidos em escândalos) e de relações questionáveis com o Estado. Tudo é decidido pelos caciques em negociatas das quais os filiados sequer tomam conhecimento.
Dilma, Eduardo, João da Costa e Rands trabalham intensamente para derrotar toda e qualquer mobilização independente dos trabalhadores nos últimos anos, não apenas com o uso tradicional da repressão, mas, principalmente com a cooptação das lideranças sindicais, populares e estudantis.
Essa situação deixa evidente que o imenso nível de investimento público em Suape, através de isenções fiscais, empréstimos e subsídios especialmente para empresas multinacionais, não serviu para alterar em nada a situação da classe trabalhadora no estado. Isso aparece nos níveis baixíssimos de saúde, escolaridade, na precariedade das moradias e no aumento absurdo da barbárie que atinge principalmente os jovens negros e mulheres trabalhadoras, especialmente na cidade de Recife.
Se para os empresários há todo tipo de incentivos, para os trabalhadores o governo de frente popular reserva a truculência e a repressão. Assim tem sido com as mobilizações estudantis contra o aumento das passagens, com a luta dos camelôs pelo direito de comercializarem nas ruas de Recife e com as lutas dos operários de Suape.
As Prévias em Recife
Com essa trajetória, fica fácil entender que nas prévias do PT de Recife não há uma disputa de projetos para governar a cidade. Há uma batalha pelo comando do aparato da prefeitura com seus milhares de cargos comissionados, os contratos milionários com empreiteiras e prestadoras de serviço terceirizado, pelas verbas do PAC e tantos outros recursos federais que nunca são investidos em benefício do povo.
João da Costa, que atuou no passado no movimento estudantil e depois assumiu o controle do Orçamento Participativo indicado por João Paulo, acostumou-se no poder e decidiu que não iria largar o osso, mesmo sendo tão questionado pela população em geral. O povo credita a ele com toda razão os sérios problemas na saúde, na educação e no saneamento da cidade, enquanto aumenta sem parar a arrecadação e os envios de verbas federais nos cofres da prefeitura.
Maurício Rands, que já foi advogado trabalhista do movimento sindical em outra época, acompanhou também o retrocesso do PT e da CUT e não vacilou em ser vanguarda na reforma da previdência que atingiu duramente os servidores públicos, hoje é o agente direto de Eduardo Campos no PT, que o lançou na disputa, com o intuito de intervir diretamente na prefeitura.
Rands cumpriu o lamentável papel de ter sido o relator da reforma da previdência, que acabou com a aposentadoria integral, com a isonomia de reajuste entre ativo e inativo e aumentou o tempo para a aposentadoria de milhares de trabalhadores. Também fez o serviço sujo de ser o chefe da tropa de choque que defendeu os deputados do PT envolvidos no escândalo do mensalão. Não se pode esquecer que Rands é um os defensores fiéis da privatização da COMPESA.
Pela Frente de Esquerda, com um programa socialista
Não basta ficarmos enojados diante desse espetáculo, nossas vidas (salários, empregos, direitos) estão em jogo se esses senhores se perpetuam no poder. A classe trabalhadora da cidade de Recife precisa entrar em cena e se definir por uma alternativa a tudo isso, no campo das lutas e das eleições também.
Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) aceitamos o desafio de desmascarar o governo de frente popular em Pernambuco e em Recife. Como já afirmamos, nosso compromisso é unicamente com trabalhadores. Afirmamos sem medo de errar que os governos de Dilma (PT), Eduardo Campos (PSB) e João da Costa (PT) estão a serviço dos grandes empresários, banqueiros, latifundiários e políticos corruptos. Chamamos os militantes sérios e honestos do PT a romperem com esse partido que nada mais tem a ver com suas origens.
Achamos que tanto os representantes da velha direita (Mendonça do DEM, Henry do PMDB, Jungman do PPS) como os candidatos governistas (João da Costa e Maurício Rands do PT) fazem parte de um mesmo projeto de governar para os ricos e contra os trabalhadores.
Por isso, estamos apresentando o companheiro Jair Pedro como pré-candidato do partido à prefeitura do Recife. Jair é uma alternativa da classe trabalhadora, comprometido com as lutas populares e disposto a governar apenas para os trabalhadores e povo pobre da cidade.
Desde muito antes das eleições temos feito um insistente chamado aos partidos de oposição de esquerda no estado, especialmente ao psol, ao PCB e também ao PCR, para que formemos uma frente de esquerda. Uma frente que se expressasse nas eleições e nas lutas dos trabalhadores em Pernambuco. Uma frente de oposição de esquerda aos governos de Dilma, Eduardo e João da Costa; vinculada ao processo de reorganização do movimento sindical, estudantil e popular no estado como reflete hoje a CSP/CONLUTAS, com uma clara postura classista, um compromisso com a classe trabalhadora, suas lutas e reivindicações, sem qualquer relação ou apoio financeiro de setores patronais, ou com partidos de aluguel e da direita tradicional no estado.
Esse chamado está mais atual do que nunca.
Retirado do Site do PSTU
O lamentável espetáculo das prévias com a guerra de liminares, agressões físicas entre os militantes, ameaças e agressões até contra a imprensa que cobriam o evento, deixa a população de Recife com uma pergunta no ar: é essa gente que governa a cidade?
O PT de ontem
Toda uma geração de ativistas sérios e abnegados dedicou parte de suas vidas à construção de um partido que representasse os interesses da classe trabalhadora no país. Homens e mulheres que enfrentavam a Ditadura Militar e buscavam um instrumento de luta contra a exploração e opressão a que eram submetidos nas fábricas, nos canteiros de obra, nas escolas e no campo acreditaram no projeto do PT nos anos de 1980.
Nesse percurso o PT teve um papel fundamental para a construção de uma consciência de classe em determinada época da história recente do Brasil. O jargão “trabalhador vota em trabalhador” resumia esta postura que se difundiu entre uma grande parcela dos trabalhadores. Era um tempo em que ser do PT significava ser um ativista consciente, um lutador de classe, um militante sério. Tinha-se orgulho de erguer a bandeira desse partido nas mobilizações e nos atos públicos.
O PT de hoje
Como todos podem perceber esse tempo já se foi. Hoje o PT abriga em suas fileiras o que existe de pior na política brasileira e suas bandeiras quase não são vistas nos protestos. Não foi o PT que inventou a corrupção, a má administração do dinheiro público, a troca de favores na política. Mas o PT rapidamente se adaptou a tudo isso ao chegar ao poder e hoje comanda o Estado brasileiro seguindo à risca a cartilha escrita pelas velhas oligarquias da direita tradicional (DEM/ex-PFL, PMDB, PSDB e tantas outras siglas de aluguel).
Antes os filiados contribuíam com suas cotizações para a manutenção do partido e tinham direito a decidir sobre os rumos da sigla, hoje o PT se sustenta com dinheiro de grandes empresário (muitos deles acusados de corrupção), de parlamentares (muitos deles envolvidos em escândalos) e de relações questionáveis com o Estado. Tudo é decidido pelos caciques em negociatas das quais os filiados sequer tomam conhecimento.
Dilma, Eduardo, João da Costa e Rands trabalham intensamente para derrotar toda e qualquer mobilização independente dos trabalhadores nos últimos anos, não apenas com o uso tradicional da repressão, mas, principalmente com a cooptação das lideranças sindicais, populares e estudantis.
Essa situação deixa evidente que o imenso nível de investimento público em Suape, através de isenções fiscais, empréstimos e subsídios especialmente para empresas multinacionais, não serviu para alterar em nada a situação da classe trabalhadora no estado. Isso aparece nos níveis baixíssimos de saúde, escolaridade, na precariedade das moradias e no aumento absurdo da barbárie que atinge principalmente os jovens negros e mulheres trabalhadoras, especialmente na cidade de Recife.
Se para os empresários há todo tipo de incentivos, para os trabalhadores o governo de frente popular reserva a truculência e a repressão. Assim tem sido com as mobilizações estudantis contra o aumento das passagens, com a luta dos camelôs pelo direito de comercializarem nas ruas de Recife e com as lutas dos operários de Suape.
As Prévias em Recife
Com essa trajetória, fica fácil entender que nas prévias do PT de Recife não há uma disputa de projetos para governar a cidade. Há uma batalha pelo comando do aparato da prefeitura com seus milhares de cargos comissionados, os contratos milionários com empreiteiras e prestadoras de serviço terceirizado, pelas verbas do PAC e tantos outros recursos federais que nunca são investidos em benefício do povo.
João da Costa, que atuou no passado no movimento estudantil e depois assumiu o controle do Orçamento Participativo indicado por João Paulo, acostumou-se no poder e decidiu que não iria largar o osso, mesmo sendo tão questionado pela população em geral. O povo credita a ele com toda razão os sérios problemas na saúde, na educação e no saneamento da cidade, enquanto aumenta sem parar a arrecadação e os envios de verbas federais nos cofres da prefeitura.
Maurício Rands, que já foi advogado trabalhista do movimento sindical em outra época, acompanhou também o retrocesso do PT e da CUT e não vacilou em ser vanguarda na reforma da previdência que atingiu duramente os servidores públicos, hoje é o agente direto de Eduardo Campos no PT, que o lançou na disputa, com o intuito de intervir diretamente na prefeitura.
Rands cumpriu o lamentável papel de ter sido o relator da reforma da previdência, que acabou com a aposentadoria integral, com a isonomia de reajuste entre ativo e inativo e aumentou o tempo para a aposentadoria de milhares de trabalhadores. Também fez o serviço sujo de ser o chefe da tropa de choque que defendeu os deputados do PT envolvidos no escândalo do mensalão. Não se pode esquecer que Rands é um os defensores fiéis da privatização da COMPESA.
Pela Frente de Esquerda, com um programa socialista
Não basta ficarmos enojados diante desse espetáculo, nossas vidas (salários, empregos, direitos) estão em jogo se esses senhores se perpetuam no poder. A classe trabalhadora da cidade de Recife precisa entrar em cena e se definir por uma alternativa a tudo isso, no campo das lutas e das eleições também.
Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) aceitamos o desafio de desmascarar o governo de frente popular em Pernambuco e em Recife. Como já afirmamos, nosso compromisso é unicamente com trabalhadores. Afirmamos sem medo de errar que os governos de Dilma (PT), Eduardo Campos (PSB) e João da Costa (PT) estão a serviço dos grandes empresários, banqueiros, latifundiários e políticos corruptos. Chamamos os militantes sérios e honestos do PT a romperem com esse partido que nada mais tem a ver com suas origens.
Achamos que tanto os representantes da velha direita (Mendonça do DEM, Henry do PMDB, Jungman do PPS) como os candidatos governistas (João da Costa e Maurício Rands do PT) fazem parte de um mesmo projeto de governar para os ricos e contra os trabalhadores.
Por isso, estamos apresentando o companheiro Jair Pedro como pré-candidato do partido à prefeitura do Recife. Jair é uma alternativa da classe trabalhadora, comprometido com as lutas populares e disposto a governar apenas para os trabalhadores e povo pobre da cidade.
Desde muito antes das eleições temos feito um insistente chamado aos partidos de oposição de esquerda no estado, especialmente ao psol, ao PCB e também ao PCR, para que formemos uma frente de esquerda. Uma frente que se expressasse nas eleições e nas lutas dos trabalhadores em Pernambuco. Uma frente de oposição de esquerda aos governos de Dilma, Eduardo e João da Costa; vinculada ao processo de reorganização do movimento sindical, estudantil e popular no estado como reflete hoje a CSP/CONLUTAS, com uma clara postura classista, um compromisso com a classe trabalhadora, suas lutas e reivindicações, sem qualquer relação ou apoio financeiro de setores patronais, ou com partidos de aluguel e da direita tradicional no estado.
Esse chamado está mais atual do que nunca.
Retirado do Site do PSTU
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