É a resposta dos trabalhadores à intransigência do governo Alckmin e sua política de sucateamento e privatização do transporte; Metrô não aceita catracas livres
Assembleia dos metroviários realizada na noite desse 22 de maio reuniu cerca de 2 mil trabalhadores e aprovou por quase unanimidade greve por tempo indeterminado a partir desse dia 23, quarta-feira. Foi uma resposta dos trabalhadores ao descaso e intransigência da direção da empresa e do governo Geraldo Alckmin.
Antes mesmo do início da assembleia, era visível a disposição de luta dos metroviários, com cartazes dizendo “Greve”, “Mais salários, menos tarifa”, “Mais investimentos nos metrôs”, fazendo coro à campanha impulsionada pelo sindicato “Chega de Sufoco, mais metrô! Menos tarifa!”, que une a luta pelas reivindicações trabalhistas à campanha em defesa do transporte público.
No início da assembleia, os metroviários deram uma salva de palmas ao maquinista Rogério Fornaza que evitou que o acidente ocorrido no último dia 16 na Linha Vermelha se transformasse em uma tragédia. Na ocasião, ele acionou o freio de emergência assim que percebeu a falha que causou a colisão entre os dois trens. Da mesma forma, os trabalhadores aplaudiram os metroviários e os seguranças que deram suporte aos passageiros acidentados na Estação Carrão.
Intransigência e greve
O atraso no início da assembleia apenas serviu para agitar ainda mais o ânimo dos metroviários. Mas era preciso esperar o término da reunião de conciliação entre os representantes do sindicato e da empresa no Tribunal Regional do Trabalho, que começara horas antes. A reunião, porém, não avançou devido à intransigência da direção do metrô, que propõem apenas 4,15% de reajuste e 1,5% de aumento real. Os trabalhadores, por sua vez, reivindicam a reposição da inflação pelo Índice de Custo de Vida do Dieese, de 5,37%, e aumento real de 14,99%, além de Vale Alimentação de R$ 280,45 (a empresa propõe apenas R$ 158,57).
Uma das principais reivindicações da categoria é a equiparação salarial, mas que também não teve nenhuma resposta por parte do governo. A campanha salarial também conta com bandeiras como 2% do PIB para o transporte público, a redução da tarifa e o fim do processo de privatização imposto pelo governo tucano ao sistema público de transporte.
O presidente do sindicato dos metroviários, Altino Melo dos Prazeres, apresentou as propostas do metrô na reunião, prontamente vaiadas pelos trabalhadores. Em seguida colocou em votação a greve, aprovada por quase todos os dois mil funcionários presentes no local. Em seguida os metroviários já começaram a organizar as comissões de convencimento para garantir a greve. “Esperamos que a direção do metrô não seja irresponsável e não coloque gente despreparada para operar os trens, colocando a segurança da população em risco”, alertou Altino.
Governo e Justiça não aceitam catracas livres
A direção do Metrô rechaçou a proposta dos metroviários de alternativa à greve, de liberar as catracas para a população. Os funcionários do metrô argumentaram que esta seria uma forma de marcar o protesto da categoria e ao mesmo tempo não prejudicar a população, o que sempre é utilizado como justificativa pelo governo e pela Justiça para atacarem o direito de greve no setor. O metrô, porém, não aceitou a medida e chegou, em nota à imprensa, ameaçar a chamar a polícia caso os funcionários liberassem as catracas. desembargadora Anélia Li Chum, do TRT, por sua vez, também proibiu a liberação das catracas.
A Justiça ainda determinou a manutenção de 100% do efetivo trabalhando durante o horário de pico e 85% nos demais horários, sob risco de multa de R$ 100 mil por dia ao sindicato. A entidade, porém, afirmou que não irá cumprir.
“Importante para todos os trabalhadores”
A dirigente do PSTU em São Paulo e pré-candidata à prefeitura da cidade, Ana Luiza, esteve presente à assembleia prestando apoio e solidariedade aos metroviários. “Estou aqui para parabenizar os trabalhadores do metrô e a sua disposição de luta, é uma inspiração para todos os trabalhadores”, afirmou.
Sindicato dos metroviários desafia governo Alckmin a abrir catraca
Retirado do Site do PSTU
Metroviários aprovam greve em São Paulo |
Antes mesmo do início da assembleia, era visível a disposição de luta dos metroviários, com cartazes dizendo “Greve”, “Mais salários, menos tarifa”, “Mais investimentos nos metrôs”, fazendo coro à campanha impulsionada pelo sindicato “Chega de Sufoco, mais metrô! Menos tarifa!”, que une a luta pelas reivindicações trabalhistas à campanha em defesa do transporte público.
No início da assembleia, os metroviários deram uma salva de palmas ao maquinista Rogério Fornaza que evitou que o acidente ocorrido no último dia 16 na Linha Vermelha se transformasse em uma tragédia. Na ocasião, ele acionou o freio de emergência assim que percebeu a falha que causou a colisão entre os dois trens. Da mesma forma, os trabalhadores aplaudiram os metroviários e os seguranças que deram suporte aos passageiros acidentados na Estação Carrão.
Intransigência e greve
O atraso no início da assembleia apenas serviu para agitar ainda mais o ânimo dos metroviários. Mas era preciso esperar o término da reunião de conciliação entre os representantes do sindicato e da empresa no Tribunal Regional do Trabalho, que começara horas antes. A reunião, porém, não avançou devido à intransigência da direção do metrô, que propõem apenas 4,15% de reajuste e 1,5% de aumento real. Os trabalhadores, por sua vez, reivindicam a reposição da inflação pelo Índice de Custo de Vida do Dieese, de 5,37%, e aumento real de 14,99%, além de Vale Alimentação de R$ 280,45 (a empresa propõe apenas R$ 158,57).
Uma das principais reivindicações da categoria é a equiparação salarial, mas que também não teve nenhuma resposta por parte do governo. A campanha salarial também conta com bandeiras como 2% do PIB para o transporte público, a redução da tarifa e o fim do processo de privatização imposto pelo governo tucano ao sistema público de transporte.
O presidente do sindicato dos metroviários, Altino Melo dos Prazeres, apresentou as propostas do metrô na reunião, prontamente vaiadas pelos trabalhadores. Em seguida colocou em votação a greve, aprovada por quase todos os dois mil funcionários presentes no local. Em seguida os metroviários já começaram a organizar as comissões de convencimento para garantir a greve. “Esperamos que a direção do metrô não seja irresponsável e não coloque gente despreparada para operar os trens, colocando a segurança da população em risco”, alertou Altino.
Governo e Justiça não aceitam catracas livres
A direção do Metrô rechaçou a proposta dos metroviários de alternativa à greve, de liberar as catracas para a população. Os funcionários do metrô argumentaram que esta seria uma forma de marcar o protesto da categoria e ao mesmo tempo não prejudicar a população, o que sempre é utilizado como justificativa pelo governo e pela Justiça para atacarem o direito de greve no setor. O metrô, porém, não aceitou a medida e chegou, em nota à imprensa, ameaçar a chamar a polícia caso os funcionários liberassem as catracas. desembargadora Anélia Li Chum, do TRT, por sua vez, também proibiu a liberação das catracas.
A Justiça ainda determinou a manutenção de 100% do efetivo trabalhando durante o horário de pico e 85% nos demais horários, sob risco de multa de R$ 100 mil por dia ao sindicato. A entidade, porém, afirmou que não irá cumprir.
“Importante para todos os trabalhadores”
A dirigente do PSTU em São Paulo e pré-candidata à prefeitura da cidade, Ana Luiza, esteve presente à assembleia prestando apoio e solidariedade aos metroviários. “Estou aqui para parabenizar os trabalhadores do metrô e a sua disposição de luta, é uma inspiração para todos os trabalhadores”, afirmou.
Retirado do Site do PSTU
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