Governo do Rio vai colocar policiais dentro das escolas públicas
É inadmissível a política do governador Sérgio Cabral (PMDB) e de seu Secretário de Educação, Wilson Risolia, de ocupar as escolas do estado com homens armados e treinados para matar. Nesse dia 2 de maio, foi assinado um convênio com a Secretaria de Segurança, que garantirá a presença de 450 policiais em 90 unidades escolares.
O economista e administrador de empresas, Wilson Risolia, além de enquadrar a Educação como um negócio, com metas a serem atingidas e estatísticas para serem exibidas e manipuladas, agora deseja submeter a comunidade docente e discente a um regime disciplinador e militarizado.
Conhecemos bem o autoritarismo do ditador do Rio. Na greve da educação de 2009, a Polícia Militar atacou com uma violência selvagem professores e funcionários que lutavam nas ruas por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Em 2011 prendeu 439 bombeiros, capturados pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), apenas por se organizarem no Quartel Central em busca de dignidade. Enquanto isso, Cabral segue livre em sua empreitada de corrupção com a empresa Delta.
Nas comunidades carentes, a PM sob a bandeira da pacificação, agride, humilha e saqueia casas de moradores honestos que ganham a vida com o suor de seu trabalho. O estupro de uma mulher por três policiais do Batalhão de Choque na favela da Rocinha é apenas uma amostra da “pacificação”. Até mesmo as manifestações culturais e os espaços de convivência das comunidades estão sendo proibidos e fechados.
Cabral e Risolia pretendem expandir essa política de controle e higienização social para dentro das escolas, com a justificativa de auxiliar os educadores e coibir o tráfico de drogas. Um primeiro questionamento: drogas, brigas entre alunos e destrato com os profissionais da educação não são “privilégios” da escola pública. O ensino privado está repleto de pequenos traficantes de classe média que compram e vendem drogas de altíssima sofisticação dentro das instituições de ensino na Zona Sul do Rio de Janeiro. Seguindo a lógica do governador, a PM também deveria pacificar as escolas privadas e os cursinhos preparatórios que cobram mensalidades exorbitantes.
Segundo questionamento: desde quando a Secretaria de Segurança entende alguma coisa de Educação? A escola pública não precisa de balas de borracha, gás de pimenta e o temido taser (arma não letal que já matou centenas através do disparo de dardos elétricos de 50 mil volts). Como se não bastasse, o projeto será financiado pela Secretaria de Educação, que gastará R$ 2 milhões por mês. Ou seja, ao invés de reajustar o salário dos profissionais da educação ou melhorar a qualidade da merenda, o governo vai investir no aparato repressivo do Estado. Segundo as informações do próprio governo, os estudantes poderão até mesmo ser revistados pelos policiais! É inegável que o policiamento criminalizará também as ações sindicais da categoria.
Os profissionais da educação sabem muito bem o que a ensino público necessita. O orçamento destinado à Educação é totalmente insuficiente para atender o patamar minimamente aceitável para manter uma escola em funcionamento. Em 2011, 400 mil pessoas participaram do Plebiscito Nacional e exigiram de Dilma o investimento de 10% do PIB para educação.
Ao invés do fechamento de escolas, compactação de turmas e projetos meritocráticos que chantageiam os professores, a Educação precisa de mais concursos públicos, melhores salários e condições de trabalho que não comprometam a saúde mental dos professores e funcionários. No lugar de PM’s, precisamos de mais professores, pedagogos, psicólogos, merendeiras, agentes auxiliares de creche e inspetores.
A escola é (ou deveria ser) um espaço da livre produção de conhecimento e de socialização. Ali se formam aqueles que vão carregar o país nas costas, que vão construir prédios, aviões e automóveis. Que serão os futuros professores, engenheiros, médicos e arquitetos. Bancários, administradores, comerciantes ou garis. Até mesmo os policiais passaram pelos bancos escolares. Educação não rima com lucro, tampouco com repressão. Educação e liberdade são indissociáveis.
Retirado do Site do PSTU
É inadmissível a política do governador Sérgio Cabral (PMDB) e de seu Secretário de Educação, Wilson Risolia, de ocupar as escolas do estado com homens armados e treinados para matar. Nesse dia 2 de maio, foi assinado um convênio com a Secretaria de Segurança, que garantirá a presença de 450 policiais em 90 unidades escolares.
O economista e administrador de empresas, Wilson Risolia, além de enquadrar a Educação como um negócio, com metas a serem atingidas e estatísticas para serem exibidas e manipuladas, agora deseja submeter a comunidade docente e discente a um regime disciplinador e militarizado.
Conhecemos bem o autoritarismo do ditador do Rio. Na greve da educação de 2009, a Polícia Militar atacou com uma violência selvagem professores e funcionários que lutavam nas ruas por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Em 2011 prendeu 439 bombeiros, capturados pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), apenas por se organizarem no Quartel Central em busca de dignidade. Enquanto isso, Cabral segue livre em sua empreitada de corrupção com a empresa Delta.
Nas comunidades carentes, a PM sob a bandeira da pacificação, agride, humilha e saqueia casas de moradores honestos que ganham a vida com o suor de seu trabalho. O estupro de uma mulher por três policiais do Batalhão de Choque na favela da Rocinha é apenas uma amostra da “pacificação”. Até mesmo as manifestações culturais e os espaços de convivência das comunidades estão sendo proibidos e fechados.
Cabral e Risolia pretendem expandir essa política de controle e higienização social para dentro das escolas, com a justificativa de auxiliar os educadores e coibir o tráfico de drogas. Um primeiro questionamento: drogas, brigas entre alunos e destrato com os profissionais da educação não são “privilégios” da escola pública. O ensino privado está repleto de pequenos traficantes de classe média que compram e vendem drogas de altíssima sofisticação dentro das instituições de ensino na Zona Sul do Rio de Janeiro. Seguindo a lógica do governador, a PM também deveria pacificar as escolas privadas e os cursinhos preparatórios que cobram mensalidades exorbitantes.
Segundo questionamento: desde quando a Secretaria de Segurança entende alguma coisa de Educação? A escola pública não precisa de balas de borracha, gás de pimenta e o temido taser (arma não letal que já matou centenas através do disparo de dardos elétricos de 50 mil volts). Como se não bastasse, o projeto será financiado pela Secretaria de Educação, que gastará R$ 2 milhões por mês. Ou seja, ao invés de reajustar o salário dos profissionais da educação ou melhorar a qualidade da merenda, o governo vai investir no aparato repressivo do Estado. Segundo as informações do próprio governo, os estudantes poderão até mesmo ser revistados pelos policiais! É inegável que o policiamento criminalizará também as ações sindicais da categoria.
Os profissionais da educação sabem muito bem o que a ensino público necessita. O orçamento destinado à Educação é totalmente insuficiente para atender o patamar minimamente aceitável para manter uma escola em funcionamento. Em 2011, 400 mil pessoas participaram do Plebiscito Nacional e exigiram de Dilma o investimento de 10% do PIB para educação.
Ao invés do fechamento de escolas, compactação de turmas e projetos meritocráticos que chantageiam os professores, a Educação precisa de mais concursos públicos, melhores salários e condições de trabalho que não comprometam a saúde mental dos professores e funcionários. No lugar de PM’s, precisamos de mais professores, pedagogos, psicólogos, merendeiras, agentes auxiliares de creche e inspetores.
A escola é (ou deveria ser) um espaço da livre produção de conhecimento e de socialização. Ali se formam aqueles que vão carregar o país nas costas, que vão construir prédios, aviões e automóveis. Que serão os futuros professores, engenheiros, médicos e arquitetos. Bancários, administradores, comerciantes ou garis. Até mesmo os policiais passaram pelos bancos escolares. Educação não rima com lucro, tampouco com repressão. Educação e liberdade são indissociáveis.
Retirado do Site do PSTU
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