Trabalhadores param pela aplicação do piso |
No município, a greve começou em 6 de fevereiro. Intransigente, o prefeito Elmano Ferrer não negocia com a categoria e tenta criminalizar o movimento. Já o governo Wilson Martins, que enfrenta a greve desde 27 de fevereiro, faz enrolação nas negociações, defendendo o piso calculado pelo MEC, mas com reajuste diferenciado (de apenas 6%), para os professores que não estão no início de carreira, aprofundando a defasagem salarial da categoria. A proposta é praticamente a mesma do ano anterior e foi rejeitada pelos trabalhadores.
As greves, que contam com ações unificadas, também têm como pauta de reivindicação a instituição de 1/3 de Horário Pedagógico (HP), auxílio-alimentação, melhoria dos planos de cargos e carreiras e questões específicas voltadas para a melhoria das condições de trabalho. No município, há ainda a luta por eleições diretas para diretor de escolas e creches.
As ações unitárias, dentre elas, assembleias e passeatas, foram defendidas por militantes da Oposição Sindical “Educação Com Lutas”, ligada à CSP-Conlutas, em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Estadual (Sinte-PI) e pela direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindiserm), dirigido entre outras correntes, por militantes da CSP-Conlutas. O Sinte-PI é dirigido por militantes ligados à CUT e CTB, sendo que a presidente da entidade é filiada ao PSB, do governador Wilson Martins.
“A unificação, sem dúvida, fortalece ambas as categorias na luta pela implantação do piso salarial profissional. É hora de nos unirmos para colocarmos milhares de trabalhadores em educação nas ruas de Teresina contra esses governos fora da lei”, disse Sinésio Soares (Délio), presidente do Sindserm e militante da CSP-Conlutas.
No dia 1° de março, após uma assembleia unificada, milhares de trabalhadores saíram em passeata pelas ruas de Teresina denunciando o descaso do prefeito Elmano Ferrer e do governador Wilson Martins com a educação pública. Os titulares das secretarias de Educação Estadual e Municipal evidenciam o processo de privatização do ensino público. No município e no Estado, quem comanda as respectivas secretarias de Educação são grandes empresários do ensino privado.
Retirado do Site do PSTU
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