Os "argumentos" e a estratégia dos 1%
Se é verdade que as corporações financeiras geraram uma bolha de especulação que explodiu gerando a crise atual, não devemos esquecer que a crise real - que os trabalhadores estão enfrentando - foi criada pelo governo em colaboração com as corporações. A administração Obama escolheu os bancos e as grandes indústrias para salvar. Tanto Democratas quanto Republicanos são aliados nos planos de austeridade para cortar serviços públicos em nível estadual e federal.
As ações do governo e das diversas assembleias legislativas estaduais, desde o início da crise, mostram grandes contradições entre o que dizem nossos representantes eleitos (que representam o "povo americano" e "Main Street", no caso dos Democratas) e o que eles fazem quando tomam decisões.
O caráter de classe do salvamento e das medidas de austeridade é evidente para muitos trabalhadores. Infelizmente, a maioria dos trabalhadores ainda acredita que este não é o verdadeiro programa do governo Obama. Apesar de ser cada vez mais evidente em suas ações, a maioria ainda acredita que o Partido Democrata não é o partido de Wall Street e das grandes corporações.
Por quê? É porque os dois principais partidos (ou seja, Democrata e Republicano), a mídia burguesa, muitas ONGs, e a burocracia sindical querem que as pessoas acreditam que Obama ou os democratas estão "encurralados" pelas "corporações gananciosas". Além disso, eles divulgam a ideia de que "suas mãos estão atadas" pelo Partido Republicano. Tentam mostrar que Obama (e os democratas) gostaria de aumentar os impostos e realmente combater o desemprego, mas "os Republicanos não deixam".
A verdade é que as empresas de Wall Street financiaram fortemente as campanhas eleitorais de ambos os partidos, como também os demais setores burgueses: não há dúvida de que eles vão controlar o governo recém-eleito. A retórica republicana sobre a tributação e o ataque aos sindicatos é baseada em mentiras, mas pelo menos é muito claro sobre os interesses de classe que representa. O Partido Democrata sempre teve uma posição oportunista sobre a política econômica: eles escondem-se atrás da ofensiva política pública dos republicanos, para acabar implementando as mesmas políticas. De fato, nos últimos 30 anos ambos os partidos vêm defendendo a aplicação de políticas de desregulamentação do sistema financeiro e incentivos fiscais para os ricos, como mostra a política de isenção de impostos aos ricos, feita por Bush e mantida por Obama.
Ameaça das corporações de terceirização no exterior
Tanto os partidos Republicano e Democrata dizem que, se mais impostos forem cobrados das corporações, e se os salários e benefícios forem mantidos ou aumentados, as empresas irão à falência ou serão forçadas a deixar o país e dezenas de milhares de empregos serão perdidos.
Isto só é verdade se se aceita que as corporações têm o direito ao lucro sem estar sujeitas ao controle dos trabalhadores e da sociedade em geral. Esta não é uma fatalidade, é uma opção política. As empresas deveriam ser forçadas a pagar salários dignos para todos e para garantir serviços públicos sociais adequados.
A verdade é que as corporações aumentam constantemente seus lucros através das medidas de desregulamentação implementadas nos últimos 30 anos de neoliberalismo pelo sistema bipartidário. Elas também são beneficiadas ao não pagar os impostos que devem ao Estado: "Entre 2008-2010, as doze maiores empresas pagaram uma taxa efetiva de impostos de 1,5 % negativo, na verdade, ganhando bilhões de dólares do governo em subsídios fiscais enquanto faturaram US$ 171 bilhões em lucros [2]."
Além disso: "Em 2010, empresas dos EUA sonegaram cerca de US$ 60 bilhões em impostos de renda, usando uma variedade de dispositivos e truques para registrar seus lucros em subsidiárias no exterior, enquanto as 100 maiores empresas (segundo a revista Fortune) receberam cerca de US$ 89,6 bilhões em contratos federais [3]."
Um governo que realmente represente os trabalhadores obrigaria as corporações a pagar seus impostos ou as nacionalizaria e processaria seus proprietários, como o “Leão” persegue os trabalhadores.
O mito do crescimento do bolo
O sistema bipartidário nos quer fazer acreditar que se os ricos não forem tributados, sua participação ativa na economia fará o bolo crescer e sua riqueza será dividida com os trabalhadores.
Na realidade, isso nunca funcionou. Os ricos de fato acumularam uma riqueza sem precedentes no último período neoliberal: os 0,001% mais ricos da população dos EUA (cerca de 3 mil pessoas) possuem 976 vezes mais do que 90% (270 milhões)! [4]. Eles optaram por investir seu capital acumulado não nos setores produtivos da economia, mas nos setores de maior risco do sistema financeiro, porém mais lucrativos, principalmente na compra da dívida de empréstimos subprime e causando a crises financeiras.
Retirado do Site do PSTU
Se é verdade que as corporações financeiras geraram uma bolha de especulação que explodiu gerando a crise atual, não devemos esquecer que a crise real - que os trabalhadores estão enfrentando - foi criada pelo governo em colaboração com as corporações. A administração Obama escolheu os bancos e as grandes indústrias para salvar. Tanto Democratas quanto Republicanos são aliados nos planos de austeridade para cortar serviços públicos em nível estadual e federal.
As ações do governo e das diversas assembleias legislativas estaduais, desde o início da crise, mostram grandes contradições entre o que dizem nossos representantes eleitos (que representam o "povo americano" e "Main Street", no caso dos Democratas) e o que eles fazem quando tomam decisões.
O caráter de classe do salvamento e das medidas de austeridade é evidente para muitos trabalhadores. Infelizmente, a maioria dos trabalhadores ainda acredita que este não é o verdadeiro programa do governo Obama. Apesar de ser cada vez mais evidente em suas ações, a maioria ainda acredita que o Partido Democrata não é o partido de Wall Street e das grandes corporações.
Por quê? É porque os dois principais partidos (ou seja, Democrata e Republicano), a mídia burguesa, muitas ONGs, e a burocracia sindical querem que as pessoas acreditam que Obama ou os democratas estão "encurralados" pelas "corporações gananciosas". Além disso, eles divulgam a ideia de que "suas mãos estão atadas" pelo Partido Republicano. Tentam mostrar que Obama (e os democratas) gostaria de aumentar os impostos e realmente combater o desemprego, mas "os Republicanos não deixam".
A verdade é que as empresas de Wall Street financiaram fortemente as campanhas eleitorais de ambos os partidos, como também os demais setores burgueses: não há dúvida de que eles vão controlar o governo recém-eleito. A retórica republicana sobre a tributação e o ataque aos sindicatos é baseada em mentiras, mas pelo menos é muito claro sobre os interesses de classe que representa. O Partido Democrata sempre teve uma posição oportunista sobre a política econômica: eles escondem-se atrás da ofensiva política pública dos republicanos, para acabar implementando as mesmas políticas. De fato, nos últimos 30 anos ambos os partidos vêm defendendo a aplicação de políticas de desregulamentação do sistema financeiro e incentivos fiscais para os ricos, como mostra a política de isenção de impostos aos ricos, feita por Bush e mantida por Obama.
Ameaça das corporações de terceirização no exterior
Tanto os partidos Republicano e Democrata dizem que, se mais impostos forem cobrados das corporações, e se os salários e benefícios forem mantidos ou aumentados, as empresas irão à falência ou serão forçadas a deixar o país e dezenas de milhares de empregos serão perdidos.
Isto só é verdade se se aceita que as corporações têm o direito ao lucro sem estar sujeitas ao controle dos trabalhadores e da sociedade em geral. Esta não é uma fatalidade, é uma opção política. As empresas deveriam ser forçadas a pagar salários dignos para todos e para garantir serviços públicos sociais adequados.
A verdade é que as corporações aumentam constantemente seus lucros através das medidas de desregulamentação implementadas nos últimos 30 anos de neoliberalismo pelo sistema bipartidário. Elas também são beneficiadas ao não pagar os impostos que devem ao Estado: "Entre 2008-2010, as doze maiores empresas pagaram uma taxa efetiva de impostos de 1,5 % negativo, na verdade, ganhando bilhões de dólares do governo em subsídios fiscais enquanto faturaram US$ 171 bilhões em lucros [2]."
Além disso: "Em 2010, empresas dos EUA sonegaram cerca de US$ 60 bilhões em impostos de renda, usando uma variedade de dispositivos e truques para registrar seus lucros em subsidiárias no exterior, enquanto as 100 maiores empresas (segundo a revista Fortune) receberam cerca de US$ 89,6 bilhões em contratos federais [3]."
Um governo que realmente represente os trabalhadores obrigaria as corporações a pagar seus impostos ou as nacionalizaria e processaria seus proprietários, como o “Leão” persegue os trabalhadores.
O mito do crescimento do bolo
O sistema bipartidário nos quer fazer acreditar que se os ricos não forem tributados, sua participação ativa na economia fará o bolo crescer e sua riqueza será dividida com os trabalhadores.
Na realidade, isso nunca funcionou. Os ricos de fato acumularam uma riqueza sem precedentes no último período neoliberal: os 0,001% mais ricos da população dos EUA (cerca de 3 mil pessoas) possuem 976 vezes mais do que 90% (270 milhões)! [4]. Eles optaram por investir seu capital acumulado não nos setores produtivos da economia, mas nos setores de maior risco do sistema financeiro, porém mais lucrativos, principalmente na compra da dívida de empréstimos subprime e causando a crises financeiras.
Retirado do Site do PSTU
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