Revolução deve se enfrentar agora com a CNT e a OTAN
O ex-ditador Muammar Kadafi foi morto na manhã desse dia 20 de outubro enquanto tentava fugir da cidade em que estava refugiado, em Sirte, na Líbia. Após informações desencontradas, o Conselho Nacional de Transição (CNT) confirmou a morte do ex-ditador, mas ainda se especula as condições em que ela ocorreu.
A versão da imprensa internacional dá conta que o comboio que levava Kadafi para o oeste do país foi atacado por aviões franceses da OTAN e drones (aviões não tripulados) dos EUA, que não saberiam que o ex-ditador estaria ali. Por terra, o ex-ditador foi finalmente preso pelos rebeldes líbios.
Primeiro foi divulgada a notícia de que ele teria sido capturado vivo, ainda que ferido. O comandante do CNT, Mohamed Leith chegou a confirmar a notícia à agência France Press: ‘Ele foi capturado, está gravemente ferido, mas ainda respirando’.
Fotos de agências internacionais, porém, mostravam o ex-ditador morto. Dois vídeos gravados em celular ainda na manhã do dia 20 confirmam que Kadafi foi capturado com vida, mas que morreu logo depois. O primeiro-ministro líbio, Mahmoud Jibril, afirmou em coletiva de imprensa que o ex-ditador foi ferido após ser preso, durante uma troca de tiros entre rebeldes e seus apoiadores, e morrido a caminho do hospital. Nas imagens em que aparece morto, é possível perceber uma perfuração no crânio. Um legista da cidade de Misrata, para onde o cadáver foi transportado, atestou ao canal de TV Al Arabiya que a causa da morte foi um disparo no abdome.
Fim de um ditador
O que parece mais provável é que o ex-ditador da Líbia, que comandou o país com mãos de ferro por 42 anos, foi morto pelos rebeldes e a população do próprio país. Lembra assim o linchamento do cadáver do ditador fascista Benito Mussolini na Itália após a derrota do nazi-fascismo, pela própria população. As comemorações que se espalharam pela Líbia não deixam margem para dúvidas: a morte do ex-ditador foi recebida como uma grande vitória para as massas, oito meses após o início do levante que foi reprimido brutalmente pelas forças de Kadafi e causaram milhares de mortes.
Embora o regime tenha caído ‘oficialmente’ junto com a tomada de Trípoli, em agosto, Sirte, a cidade natal do ex-ditador, ainda resistia e o desaparecimento de Kadafi levantava dúvida sobre uma eventual recomposição de forças para retomar o poder. Sua morte enterra de vez o antigo regime ditatorial e abre novas perspectivas para as massas na Líbia. É um alento também para a Primavera Árabe e os povos que lutam contra seus ditadores e são vítimas de repressão, como na Síria e no Iêmen.
Rebeldes comemoram anúncio da morte do ex-ditador líbio
Revolução está longe de terminar
A morte de Kadafi está longe de representar o fim da revolução líbia. Cai o antigo regime ditatorial, mas em seu lugar postula-se o CNT, formado por antigos membros e aliados do regime kadafista. O conselho, junto com a OTAN, tem o objetivo de desarmar e aplacar a resistência popular, consolidar um governo entreguista e manter a situação subordinada do país árabe ao imperialismo. Manteria, assim, a entrega do petróleo líbio às potências imperialistas.
A queda da ditadura de Kadafi e o avanço da Primavera Árabe, por outro lado, podem colocar em rota de colisão as massas com o imperialismo e seus agentes. Como disse um jornalista espanhol, as massas na Líbia ‘tem armas, aprenderem a usá-las e não vão querer desfazer-se delas facilmente’.
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Grande vitória do povo líbio e da revolução árabe
Retirado do Site do PSTU
Imagem do ex-líder líbio morto |
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Fotos de agências internacionais, porém, mostravam o ex-ditador morto. Dois vídeos gravados em celular ainda na manhã do dia 20 confirmam que Kadafi foi capturado com vida, mas que morreu logo depois. O primeiro-ministro líbio, Mahmoud Jibril, afirmou em coletiva de imprensa que o ex-ditador foi ferido após ser preso, durante uma troca de tiros entre rebeldes e seus apoiadores, e morrido a caminho do hospital. Nas imagens em que aparece morto, é possível perceber uma perfuração no crânio. Um legista da cidade de Misrata, para onde o cadáver foi transportado, atestou ao canal de TV Al Arabiya que a causa da morte foi um disparo no abdome.
Fim de um ditador
O que parece mais provável é que o ex-ditador da Líbia, que comandou o país com mãos de ferro por 42 anos, foi morto pelos rebeldes e a população do próprio país. Lembra assim o linchamento do cadáver do ditador fascista Benito Mussolini na Itália após a derrota do nazi-fascismo, pela própria população. As comemorações que se espalharam pela Líbia não deixam margem para dúvidas: a morte do ex-ditador foi recebida como uma grande vitória para as massas, oito meses após o início do levante que foi reprimido brutalmente pelas forças de Kadafi e causaram milhares de mortes.
Embora o regime tenha caído ‘oficialmente’ junto com a tomada de Trípoli, em agosto, Sirte, a cidade natal do ex-ditador, ainda resistia e o desaparecimento de Kadafi levantava dúvida sobre uma eventual recomposição de forças para retomar o poder. Sua morte enterra de vez o antigo regime ditatorial e abre novas perspectivas para as massas na Líbia. É um alento também para a Primavera Árabe e os povos que lutam contra seus ditadores e são vítimas de repressão, como na Síria e no Iêmen.
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A morte de Kadafi está longe de representar o fim da revolução líbia. Cai o antigo regime ditatorial, mas em seu lugar postula-se o CNT, formado por antigos membros e aliados do regime kadafista. O conselho, junto com a OTAN, tem o objetivo de desarmar e aplacar a resistência popular, consolidar um governo entreguista e manter a situação subordinada do país árabe ao imperialismo. Manteria, assim, a entrega do petróleo líbio às potências imperialistas.
A queda da ditadura de Kadafi e o avanço da Primavera Árabe, por outro lado, podem colocar em rota de colisão as massas com o imperialismo e seus agentes. Como disse um jornalista espanhol, as massas na Líbia ‘tem armas, aprenderem a usá-las e não vão querer desfazer-se delas facilmente’.
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