Pinheirinho recebeu solidariedade internacional |
A violenta desocupação do
Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), completará um ano no próximo
dia 22 de janeiro. Para que não caia no esquecimento a ação bárbara do
governo do Estado de São Paulo e da Polícia Militar, um ato será
realizado no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a partir
das 19h.
Um ano depois, os moradores ainda lutam por justiça. “Temos o dever de nunca olvidarmos, para que não venha acontecer novamente e, principalmente, exigir moradia para as famílias desalojadas e punição aos responsáveis, disse Antônio Donizete Ferreira, advogado e liderança da ocupação.
A principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país, como nas diversas marchas a Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao Pinheirinho no mundo inteiro.
A desocupação
Na madrugada de 22 de janeiro de 2012, os nove mil moradores do Pinheirinho foram surpreendidos com a invasão da Polícia Militar para a desocupação do terreno. Mais de dois mil soldados, cavalaria, helicópteros, bombas de gás, balas de borracha e de fogo foram utilizadas contra trabalhadores que moravam no local há quase oito anos. A ação chocou pessoas no mundo inteiro por sua desumanidade.
As cenas eram de guerra. Famílias inteiras ficaram sem suas casas e foram levadas a abrigos semelhantes a campos de concentração. Foram registradas denúncias de estupro por policiais da ROTA no bairro vizinho, Campo dos Alemães. A violência também teve como consequência duas mortes, uma por atropelamento de um trabalhador e outra de um idoso causada diretamente por espancamento.
O terreno ocupado em 2004 pertencia, supostamente, à massa falida da indústria Selecta, pertencente ao megaespeculador Naji Nahas. Além de dever os impostos da área aos cofres públicos, Nahas é um bandido de fama internacional, condenado por diversos crimes financeiros. Mesmo assim, nada foi feito para regularizar o bairro e entregar a terra aos moradores do Pinheirinho.
Durante os oito anos em que lá estiveram, estas famílias construíram um verdadeiro bairro, com igrejas, pequenos comércios e prestadoras de serviços. A comunidade também era conhecida por participar da vida política da cidade, como nos protestos contra aumento de salário dos vereadores e contra o aumento das tarifas de ônibus, por exemplo. No Pinheirinho, a maioria dos trabalhadores era formada por empregadas domésticas, metalúrgicos, garçons entre outros.
SERVIÇO:
Dia 22/1/2013
Às 19h
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Rua Mauricio Diamante, 65 – Centro – São José dos Campos)
Retirado do Site do PSTU
Um ano depois, os moradores ainda lutam por justiça. “Temos o dever de nunca olvidarmos, para que não venha acontecer novamente e, principalmente, exigir moradia para as famílias desalojadas e punição aos responsáveis, disse Antônio Donizete Ferreira, advogado e liderança da ocupação.
A principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país, como nas diversas marchas a Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao Pinheirinho no mundo inteiro.
A desocupação
Na madrugada de 22 de janeiro de 2012, os nove mil moradores do Pinheirinho foram surpreendidos com a invasão da Polícia Militar para a desocupação do terreno. Mais de dois mil soldados, cavalaria, helicópteros, bombas de gás, balas de borracha e de fogo foram utilizadas contra trabalhadores que moravam no local há quase oito anos. A ação chocou pessoas no mundo inteiro por sua desumanidade.
As cenas eram de guerra. Famílias inteiras ficaram sem suas casas e foram levadas a abrigos semelhantes a campos de concentração. Foram registradas denúncias de estupro por policiais da ROTA no bairro vizinho, Campo dos Alemães. A violência também teve como consequência duas mortes, uma por atropelamento de um trabalhador e outra de um idoso causada diretamente por espancamento.
O terreno ocupado em 2004 pertencia, supostamente, à massa falida da indústria Selecta, pertencente ao megaespeculador Naji Nahas. Além de dever os impostos da área aos cofres públicos, Nahas é um bandido de fama internacional, condenado por diversos crimes financeiros. Mesmo assim, nada foi feito para regularizar o bairro e entregar a terra aos moradores do Pinheirinho.
Durante os oito anos em que lá estiveram, estas famílias construíram um verdadeiro bairro, com igrejas, pequenos comércios e prestadoras de serviços. A comunidade também era conhecida por participar da vida política da cidade, como nos protestos contra aumento de salário dos vereadores e contra o aumento das tarifas de ônibus, por exemplo. No Pinheirinho, a maioria dos trabalhadores era formada por empregadas domésticas, metalúrgicos, garçons entre outros.
SERVIÇO:
Dia 22/1/2013
Às 19h
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Rua Mauricio Diamante, 65 – Centro – São José dos Campos)
Retirado do Site do PSTU
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