quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ao Sindicato de Bancários de SP, Osasco e Região: Repressão na CABB-SP

Na quinta-feria, dia 12 de julho, um novo episódio de repressão e assédio moral aconteceu na Central de Atendimento do BB de SP. Vários atendentes foram chamados de surpresa para reuniões com gerentes de área, que duravam em torno de uma hora. Nas reuniões os administradores apresentavam uma relação de atrasos, discordâncias no ponto eletrônico e faltas não autorizadas, mostrando o quanto estes funcionários estão vulneráveis, intimidando-os. Ao final, da reunião, emitiam um documento, entitulado “ata de reunião”, tendo como conteúdo a relação de faltas, atrasos, discordâncias do ponto eletrônico, a ciência destes e o alerta de que poderiam  ser demitidos pelo banco. Nesta situação constrangedora, os colegas eram pressionados a assinarem esta “ata” que apresenta também código de sigilo ($40).  Sendo este documento confidencial, o Banco fica protegido e o colega refém do Banco, impedido de apresentar este documento em qualquer circunstância.

Essa forma de assédio é uma novidade no BB, implementada pelo Gerente Geral Claudio Rocha, que inclusive não tem base nos normativos do banco.  Ela vem somar-se ao número abusivo de pedidos de informação, aos vários tipos de constrangimentos e controle que os funcionários sofrem, além da anotação irregular que foi feita na GDP, depois da ultima paralisação.

Essa nova medida repressora é um total desrespeito aos funcionários e ao movimento sindical. Acontece um dia após uma reunião nacional de negociação com o banco, onde foi feita a exigência de que o banco reverta as anotações na GDP dos funcionários da Central. Também já foi feita denúncia ao Ministério Público do Trabalho contra o gestor Claudio Rocha e o seu nome foi denunciado a nível nacional no Boletim do MNOB.

A política da diretoria do Sindicato de SP de desmarcar a paralisação que foi aprovada no II Encontro Nacional dos Atendentes de CABB’s e que estava articulada com as Centrais de Salvador e São José dos Pinhais foi um elemento fundamental para gerência do banco se sentir forte e tomar a medida repressiva de quinta-feira.

Exigimos que o Sindicato de SP reveja sua postura e em conjunto com os delegados sindicais da CABB, marcando um novo dia de paralisação, ainda para esse mês. Que o sindicato faça uma denúncia com o nome do gerente geral Cláudio Rocha na Folha Bancária, que exija, na negociação com o banco, o fim da repressão dentro da CABB-SP e por último, denuncie junto a justiça e ao ministério do trabalho esse novo episódio de irregularidades e assédio moral.

Assinam Delegados Sindicais da Verbo Divino

Fabiana Borges (Babi)
Erika Valadares
Maria Valeria (Belela)
Hugo Lacerda


Retirado do Site da CSP-Conlutas

Nenhum comentário:

Postar um comentário