Solenidade dá largada no congresso da entidade
Diversas delegações ainda chegavam a Sumaré (SP) quando acontecia a solenidade de abertura do I Congresso da CSP-Conlutas, na noite desse 27 de abril. Longe de ser um ato burocrático e enfadonho, o ato de abertura emocionou e empolgou os presentes. Grande parte dos participantes vinha direto do encontro de mulheres, ocorrido durante todo o dia.
A ampla mesa refletia a pluralidade da composição e bandeiras da central. Um dos convidados à abertura, o cabo Benevenuto Daciolo, dirigente dos bombeiros no Rio e injustamente demitido pelo governo Cabral após a greve da categoria no início do ano, reconheceu os estudantes da ANEL no plenário e os conclamou a gritarem a palavra-de-ordem que ele havia ouvido no congresso da entidade, em 2011. “Não sou capacho do governo Federal, sou estudante livre da Assembleia Nacional”, responderam os estudantes, em uníssono.
“Estamos lutando agora pela anistia”, afirmou Daciolo, denunciando a política repressora do governo e a sua prisão arbitrária. O cabo convidou a todos para uma grande manifestação no Rio, em frente ao Copacabana Palace, no dia 20 de maio. Ao final, Daciolo ensaiou seu tradicional grito de guerra. “Quem é, quem é?”, perguntou, ao que todos responderam: “são os trabalhadores no local”.
Uma das falas que mais emocionaram os presentes foi o de Dirce Veron, da etnia Kaiowá e Guarani, representando as comunidades indígenas. “Em nossa comunidade somos 70 mil indígenas, estou aqui para dizer ‘nós existimos’”, afirmou. “Os kaiowás, os guaranis, existem”, afirmou enfaticamente, denunciando o governo que se esquece dos indígenas.
Dirce teve seu pai assassinado em uma disputa por terra no Mato Grosso, e reclama do pouco caso das autoridades. “Enquanto olhava o caixão do meu pai, me lembrava que eles só vem aqui para as eleições, e depois não aparecem mais”. A representante indígena afirmou que, para o governo, “nós não temos nenhum valor, quem tem valor lá é gado”.
A ativista egípcia Fatma Ramadan, que já havia participado do encontro de mulheres, também compôs a mesa de abertura do congresso. Representante da Federação de Sindicatos Independentes do Egito, Fatma falou sobre a importância da classe trabalhadora na derrubada do regime de Mubarak. “Do ano 2000 até a queda de Mubarak, em 25 de janeiro de 2011, os trabalhadores egípcios fizeram mais de três mil greves”, relatou.
O estudante secundarista chileno Camilo Pinto também relatou as recentes lutas que estremecem o país de Piñera.
Compôs a mesa também, além de outros dirigentes sindicais e do movimento popular, o representante da Intersindical, Mané Melato, do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região. Apesar de pontuar os temas dissonantes, Melato expôs a necessidade de unificar as lutas. Já José Maria de Almeida, o Zé Maria, agradeceu todos os presentes, ressaltou a importância das delegações internacionais e reafirmou a necessidade de se unir as lutas, ainda que por hoje não seja possível unificar as entidades. Saudou também os setores que se aproximam da CSP-Conlutas, como a Fenasps.
Retirado do Site do PSTU
Diego Cruz | ||
Cabo Daciolo sauda o Congresso da CSP-Conlutas |
A ampla mesa refletia a pluralidade da composição e bandeiras da central. Um dos convidados à abertura, o cabo Benevenuto Daciolo, dirigente dos bombeiros no Rio e injustamente demitido pelo governo Cabral após a greve da categoria no início do ano, reconheceu os estudantes da ANEL no plenário e os conclamou a gritarem a palavra-de-ordem que ele havia ouvido no congresso da entidade, em 2011. “Não sou capacho do governo Federal, sou estudante livre da Assembleia Nacional”, responderam os estudantes, em uníssono.
“Estamos lutando agora pela anistia”, afirmou Daciolo, denunciando a política repressora do governo e a sua prisão arbitrária. O cabo convidou a todos para uma grande manifestação no Rio, em frente ao Copacabana Palace, no dia 20 de maio. Ao final, Daciolo ensaiou seu tradicional grito de guerra. “Quem é, quem é?”, perguntou, ao que todos responderam: “são os trabalhadores no local”.
Uma das falas que mais emocionaram os presentes foi o de Dirce Veron, da etnia Kaiowá e Guarani, representando as comunidades indígenas. “Em nossa comunidade somos 70 mil indígenas, estou aqui para dizer ‘nós existimos’”, afirmou. “Os kaiowás, os guaranis, existem”, afirmou enfaticamente, denunciando o governo que se esquece dos indígenas.
Dirce teve seu pai assassinado em uma disputa por terra no Mato Grosso, e reclama do pouco caso das autoridades. “Enquanto olhava o caixão do meu pai, me lembrava que eles só vem aqui para as eleições, e depois não aparecem mais”. A representante indígena afirmou que, para o governo, “nós não temos nenhum valor, quem tem valor lá é gado”.
A ativista egípcia Fatma Ramadan, que já havia participado do encontro de mulheres, também compôs a mesa de abertura do congresso. Representante da Federação de Sindicatos Independentes do Egito, Fatma falou sobre a importância da classe trabalhadora na derrubada do regime de Mubarak. “Do ano 2000 até a queda de Mubarak, em 25 de janeiro de 2011, os trabalhadores egípcios fizeram mais de três mil greves”, relatou.
O estudante secundarista chileno Camilo Pinto também relatou as recentes lutas que estremecem o país de Piñera.
Compôs a mesa também, além de outros dirigentes sindicais e do movimento popular, o representante da Intersindical, Mané Melato, do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região. Apesar de pontuar os temas dissonantes, Melato expôs a necessidade de unificar as lutas. Já José Maria de Almeida, o Zé Maria, agradeceu todos os presentes, ressaltou a importância das delegações internacionais e reafirmou a necessidade de se unir as lutas, ainda que por hoje não seja possível unificar as entidades. Saudou também os setores que se aproximam da CSP-Conlutas, como a Fenasps.
Retirado do Site do PSTU
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